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Análise de Demonstrações Financeiras

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Análise de Demonstrações Financeiras
Aula 1:
 Empresa, sistema de informações e análise das demonstrações contábeis.
	As empresas têm como objetivo produzir riquezas para seus sócios, acionistas e para a sociedade. Para tal, necessita de um planejamento eficaz que concilie competitividade, qualidade e fidelização de seus clientes. O ato de planejar não se encerra no ambiente empresarial, pois a empresa interfere e sofre interferências do meio no qual está inserida.
	Por isso, faz-se necessário o processamento organizado de dados que geram informações para a tomada de decisões, muitas vezes imediatas. Esta transformação de dados em informações úteis é o que denominamos Sistema de Informação.  Para o apoio às decisões temos, principalmente, subsistema de informações contábeis, cujas informações são confiáveis e geradas em tempo hábil para suprir o subsistema de informações gerenciais e cumprir os objetivos a que se destinam.
Empresa
	Quando pensamos em empresa, em seus objetivos, a primeira palavra que vem em nossa mente é: LUCRO. Dificilmente paramos para analisar o quanto as empresas interferem em nosso cotidiano. E, para alcançar o tão sonhado lucro, além da eficiência de sua operacionalidade, é necessário que essa interferência seja positiva para atrair e fidelizar os clientes que irão garantir a venda de seus produtos e/ou serviços.
	Então, podemos dizer que uma empresa além de seus objetivos de produzir riqueza para seus sócios e acionistas, também tem um compromisso em satisfazer os desejos e as necessidades humanas, ou seja, produz riqueza também para a sociedade.
	Outro fator importante é que nenhuma empresa sobrevive em uma “redoma”. O resultado de suas atividades influencia nas decisões do mercado onde atua e cada empresa deve estar pronta para uma possível reorganização interna de acordo com esse mercado.
Sistemas
	Um sistema é um conjunto de partes interligadas e interdependentes, cuja finalidade é trabalhar de forma organizada para a execução eficiente de uma função com objetivos específicos.
	Mas para atender o fim proposto, todo sistema realiza o seguinte fluxo de recursos:
Entrada: Representa as fases de alimentação do sistema; da inserção de recursos, de informações.
Processamento: É quando o sistema organiza tudo o que recebeu de acordo com as necessidades e objetivos requisitados e prepara as respostas a serem apresentadas.
Saída: representa os resultados gerados pelo sistema o qual se espera estar de acordo com o esperado. Quando uma resposta não é satisfatória, uma análise deve ser feita para verificação da entrada e/ou processamento e alterações serão realizadas – é o que chamamos de feedback (ou retroalimentação).
A interação entre entradas e saídas com o meio ambiente caracteriza o sistema como fechado ou aberto.
Sistema fechado: Um sistema fechado realiza pouquíssimas ou nenhuma troca com o meio ambiente onde está inserido. Por exemplo, máquinas.
Sistema aberto: Um sistema aberto está em constante troca com o ambiente ao seu redor. Por exemplo, o corpo humano.
A empresa e seus sistemas
	Para o sucesso de seu funcionamento, toda empresa deve estar em harmonia com o ambiente e a sociedade onde atua, entendendo seus desejos e suas necessidades e transformando-os em produto e serviços.
	Nesse contexto, entender quem são as variáveis ambientais da empresa é fundamental para o início e para o consequente sucesso do planejamento estratégico.
	Planejamento estratégico é o momento do processo de gestão em que são definidos os objetivos e são traçadas as metas para alcançá-los de forma qualitativa (processos) e quantitativa (orçamento).
Subsistemas de informação
	A eficiência do sistema empresa, ou seja, a satisfação da sociedade e o desejado lucro são:
	
A empresa é um grande sistema composto por subsistemas de informação cujas saídas se integram para o funcionamento do todo.
Subsistemas da Informação: Subsistemas de Informação: produção, comercial, gerenciamento, jurídico, RH, contábil/financeiro, entre outros.
Subsistema gerencial e subsistema contábil
	Como visto, um sistema é um conjunto de partes organizadas para atender determinados objetivos.
	Trazendo esse conceito para o universo empresarial, podemos dizer que as referidas partes são funções e processos organizados para viabilizar o planejamento, a execução e o controle das atividades a serem desempenhadas para atender os objetivos da organização.
	No processo decisório, as informações disponíveis precisam ser analisadas, e os resultados obtidos norteiam a gestão da empresa. 
E em uma organização informatizada, os administradores dispõem do Subsistema de Informações Gerenciais (SIG) que devem integrar todos os setores da empresa com vistas ao gerenciamento uniforme.
	Uma das fontes de informações é o Subsistema de Informações Contábeis. Este subsistema tem como objetivo prover seus usuários com demonstrações e relatórios gerenciais de conteúdo econômico, financeiro e operacional. 
	
As informações geradas pela contabilidade servirão de base para diversas decisões e, para tanto, devem ter as seguintes características:
Confiabilidade: Diz respeito à veracidade e à consonância com os Princípios Fundamentais e Normas Contábeis.
Tempestividade: A informação contábil deve estar pronta em tempo hábil para atingir o fim proposto.
Compreensibilidade: Refere-se à clareza da disposição dessas informações as quais serão descritas em idioma nacional para o usuário a que se destine.
Comparabilidade: Permite que os usuários possam reconhecer a evolução das informações ao longo do tempo.
Subsistema gerencial e subsistema contábil
	Estamos falando em “tomar decisões, demonstrações, relatórios”. Então, em uma empresa, quem são os usuários internos e externos das informações geradas pelo subsistema contábil?
	Em nossa disciplina iremos trabalhar as informações geradas por um subsistema do subsistema contábil: o de Análise Financeira e de Balanços. 
De acordo com Padoveze (1998), os objetivos do Subsistema de Análise Financeira e de Balanços são:
Permitir uma análise de tendência de todos os indicadores.
Permitir uma visão geral da empresa, para uma avaliação de sua solidez, capacidade de pagamento, liquidez financeira e adequação da rentabilidade.
Permitir uma visão do potencial da empresa, em termos de fluxo futuro de lucros e caixa.
Permitir uma avaliação constante do valor da empresa, para acompanhamento de sua imagem no mercado financeiro e de investimentos.
Aula 2: 
Demonstrações contábeis e padronização
	
	As empresas devem se basear nos valores contidos nas demonstrações financeiras para fundamentarem os objetivos a serem alcançados e as metas traçadas para tal. E, fora do ambiente da empresa, investidores, credores, governo e outros usuários externos irão utilizar tais relatórios para basearem suas decisões com relação à referida empresa.
Por serem instrumentos utilizados em diversos ambientes e setores corporativos, estas devem ter uma linguagem universal para que o entendimento seja uniforme. A padronização vem caminhando para converter nossas demonstrações em padrões internacionais, conferindo mais confiabilidade e atraindo mais investidores para as empresas.
Nesta aula, serão apresentados os relatórios a serem publicados após encerramento do seu exercício fiscal.
Contabilidade e finanças
	As áreas de contabilidade e finanças na empresa estão interligadas e a harmonia entre elas permite que o fluxo de recursos na empresa seja eficiente para suprir as necessidades relativas ao seu crescimento e à satisfação de seus sócios/acionistas, funcionários e clientes. De acordo com Ching, Marques e Prado (2010), podemos desmembrar a área de FINANÇAS em cinco grupos, com as respectivas funções:
Gestão do caixa: Lida com as instituições financeiras, buscando aplicar dinheiro ou obter linhas de financiamento mais adequadas a cada tipo de operação. É responsável pelo planejamento da estrutura de capital da empresa.
Cobranças e pagamentos: Estipulapolítica de concessão de crédito da empresa e efetua as cobranças das faturas, bem como o pagamento das duplicatas dos fornecedores e prestadores de serviços.
Contabilidade financeira: Responsável por registrar as transações da empresa, organizar as informações contábeis e elaborar as demonstrações financeiras.
Custos: Apura os custos dos produtos e dos serviços da empresa, bem como sugere medidas de melhorias e de racionalização dos custos.
Planejamento financeiro: Elabora o orçamento financeiro, compara a realidade com a situação orçada, faz comentários e emite relatórios financeiros gerenciais de acompanhamento.
Demonstrações contábeis
	Demonstrações Financeiras fornecem os dados a serem analisados para responderem sobre estrutura financeira e de capital de uma empresa, facilitando o crédito e atraindo os investidores. 
 
De acordo com a Lei 6.404/76, Lei das Sociedades Anônimas, e suas alterações, sendo as mais recentes as Leis 11.638/07 e 11.941/09, temos os seguintes relatórios contábeis obrigatórios a serem publicados após encerramento do seu exercício fiscal no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação:
Balanço Patrimonial
Demonstração de resultados
Demonstração de fluxo de caixa
Demonstração do Valor Adicionado
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis
Relatório da Administração
Parecer do Conselho Fiscal
Parecer dos Auditores Independentes
Tais demonstrações, para atender as necessidades dos usuários, devem ser confiáveis, relevantes e padronizadas segundo princípios e convenções contábeis, para que possam ser entendidas igualmente no país de origem ou internacionalmente.
Demonstração do valor adicionado
É a Demonstração Contábil que apresenta a posição financeira de uma empresa em determinada data. Ele representa o equilíbrio entre as origens de recursos da empresa e a sua destinação. Ou seja, entre ATIVOS,  PASSIVOS e o capital próprio (PL). Vamos conhecê-los em detalhes.  
ATIVOS
Bens: valores mensuráveis pertencentes à empresa: caixa, estoque, equipamentos, etc.
Direitos: valores pertencentes à empresa, que estão em poder de outros: vendas a prazo, saldo em conta bancária, contas a receber, etc.
Ativos circulantes: contém os bens e direitos realizáveis em até 365 dias a contar da publicação do balanço.
Ativos não circulantes: contém os bens e direitos  realizáveis após 365 dias a contar da publicação do balanço. Pode ser: realizável, a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
PASSIVOS
Obrigações com terceiros: dívidas contraídas pela empresa para financiar suas atividades. Por exemplo, fornecedores, salários a pagar, empréstimos, etc.
PL (Patrimônio liquido): passivos que registram os valores da constituição da empresa e de suas atividades, o capital próprio.
Circulante: contém as obrigações com terceiros com vencimento até 365 a contar da publicação do balanço.
Não circulante: contém as obrigações com terceiros com vencimento após 365 dias a contar da publicação do balanço.
Demonstração de resultados
	É a Demonstração Contábil que descreve o resultado da empresa em determinado período, ou seja, confronta suas:
RECEITAS: Valores das vendas de produtos, mercadorias e serviços.
CUSTOS: Gastos com produção.
DESPESAS: Gastos para gerar receitas.
LUCRO = RECEITAS > CUSTOS + DESPESAS
PREJUÍZO = RECEITAS < CUSTOS + DESPESAS
DRE
A demonstração de Resultado do Exercício é uma forma estruturada de se evidenciar a composição do resultado econômico da entidade, ou seja, é um critério de se organizarem as receitas auferidas e as despesas incorridas no período.
É uma demonstração que evidencia o resultado econômico da empresa, pois a transformação do Lucro em Fluxo de Caixa vai depender do ciclo financeiro da empresa (Prazo de Giro dos Estoques, Prazo Médio de Recebimento e Prazo Médio de Pagamento dos Fornecedores).
A Demonstração de Resultados do Exercício é o relatório que evidencia de forma ordenada, o resumo das receitas e despesas ocorridas em determinado período. É apresentada de forma vertical, partindo das receitas e as devidas deduções, obtendo no final o resultado líquido (lucro ou prejuízo).
RECEITA BRUTA
(-) Deduções e Impostos sobre vendas= RECEITA LÍQUIDA
(-) Custos = LUCRO BRUTO
(-) Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(+/-) Receitas e Despesas Não Operacionais = LUCRO ANTES DO IR E DA CSLL
(-) IR e CSLL
(-) Participação dos Funcionários
= LUCRO LÍQUIDO (ou PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO
Demonstração do fluxo de caixa
	Este demonstrativo tornou-se obrigatório a partir da atualização de 2007 na Lei das S.A, em substituição à DOAR (Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos). Mas por que a importância desse novo demonstrativo?
	Comparando o Balanço de uma empresa em dois ou mais períodos, pode-se observar que LUCRO  e DINHEIRO EM CAIXA tem evoluções distintas.
	A demonstração do Fluxo de Caixa pode ser elaborada por dois métodos:
Direto 
I - Atividades operacionais 
II - Atividades de investimento
III - Atividades de financiamento
Saldo inicial de caixa
Saldo final de caixa
Aumento do caixa (saldo inicial - saldo final)
Indireto 
I - Atividades operacionais
Lucro líquido (+/-) ajustes de conciliação = Caixa líquido das operações
II - Atividades de investimento
III - Atividades de financiamento
Saldo inicial de caixa
Saldo final de caixa
Aumento do caixa (saldo inicial - saldo final)
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
	Este demonstrativo apresenta a movimentação dos itens que compõem o Patrimônio Líquido entre os anos e tem a seguinte representação gráfica:
Demonstração do valor adicionado (DVA)
	Também instituída pela alteração de 2007 da Lei das S.A, a DVA evidencia a riqueza gerada pela empresa e de que maneira ela foi distribuída. 
Esta riqueza, chamada de Valor Adicionado ou agregado = valor da sua produção - consumo de bens e serviços de terceiro.
São relatórios que integram e complementam a apresentação das Demonstrações Financeiras, com intuito de esclarecimento e comprovação de autenticidade das informações disponibilizadas.
Notas explicativas: Objetiva elucidar saldos de contas e práticas contábeis utilizadas, como movimentação dos estoques, empréstimos etc.
Relatório de administração: É uma análise conjuntural da empresa, feita pela administração, descrevendo acontecimentos e projeções.
Parecer do conselho fiscal: É um relatório, elaborado por um conselho externo à empresa, atestando que as demonstrações financeiras podem ser submetidas à deliberação da Assembleia Geral dos Acionistas.
Parecer dos auditores independentes: É um documento, emitido por auditores externos à empresa, que atesta a veracidade dos números contidos nas demonstrações financeiras a serem apresentadas.
Análise Horizontal: técnica de análise que compara valores obtidos em períodos antecedentes ou subsequentes, relacionando-os através de números índices
Análise Vertical: O processo de análise que consiste na determinação da porcentagem de cada conta ou de grupo em relação ao seu conjunto
Análise horizontal e vertical
	Por meio das demonstrações financeiras, podem-se encontrar as respostas necessárias para fundamentar as mudanças ocorridas nos resultados em comparação com o planejamento estratégico, verificar as disponibilidades de recursos para financiamentos das atividades e, para os usuários externos à empresa, identificar as melhores alternativas de investimentos.
	Para tais decisões, serão realizadas análises dos dados contidos nas demonstrações que se dividem em:
Análises Horizontal e Vertical: São métodos de análise comparativa entre períodos que permite identificar a movimentação dos itens Patrimoniais e de resultados e comparar com os resultados do setor para situar a empresa e disparar as medidas de correção, caso sejam necessárias.
Análise de Índices ou Quocientes: estabelece indicadores de situações específicas referentes aos aspectos econômico e financeirode uma empresa.
Análise do Capital de Giro.
Nesta aula, serão conhecidos os procedimentos para análise horizontal e vertical. São métodos de análise comparativa entre períodos que permite identificar a movimentação dos itens patrimoniais e de resultados e comparar com os resultados do setor para situar a empresa e disparar as medidas de correção, caso sejam necessárias.
Análise das demonstrações financeiras
	Como já vimos, as demonstrações financeiras são a base para tomada de decisões para usuários internos e externos à organização. Para tal, são utilizados, principalmente, o Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultados.
	
As principais técnicas de ANÁLISE COMPARATIVA das demonstrações financeiras são:
Ajustes e reclassificações nas demonstrações a serem analisadas
	Antes de serem realizadas as análises desejadas, são necessários alguns ajustes e reclassificações nas demonstrações para prover melhor confiabilidade.
Duplicatas Descontadas: Por serem consideradas uma espécie de empréstimo para o capital de giro e representarem uma obrigação para a empresa, caso não sejam quitadas pelos clientes, deverão ser pagas pela empresa, então se aconselha reclassificá-las no passivo circulante.
Empréstimos entre coligadas: Por serem realizadas entre empresas do mesmo grupo, em geral não há prazo de pagamento, então, devem ser reclassificadas no longo prazo caso estejam no circulante.
Empréstimos recebidos de interligadas: Estes deverão ser classificados no curto prazo, pois podem ser exigidos a qualquer momento.
Deduções do PL: 
Bens Obsoletos: bens sem valor de uso ainda registrados devem ter seu valor no ativo e no PL retirados para análise.
Débitos não Cobráveis: feitos por diretores, cotistas da empresa ou grupo sem certeza de realização.
Depósitos Judiciais: valores depositados em juízo referente á causas trabalhistas, fiscais etc.
Excessos da Reavaliação Patrimonial: retificação de  valores acima do razoável.
PPDD Insuficiente: ajuste a ser feito quando a provisão para devedores duvidosos for considerada insuficiente.
Inicialmente, para facilitar o aprendizado dos métodos e índices, trabalharemos os números contidos nas demonstrações sem ajustes.
Para exemplificar, vamos utilizar o Balanço Patrimonial e a DRE da empresa Natura Cosméticos S.A contidas em seu relatório anual do ano de 2010.
Análise vertical
	Esta análise consiste em verificar a representatividade percentual de cada conta ou grupo em relação:
Ao total do ativo ou passivo, no caso do Balanço Patrimonial.
Ao total de receita líquida, no caso da DRE.
Também podemos analisar uma conta com relação ao seu grupo no referido demonstrativo.
A análise vertical do balanço nos permite visualizar a participação do capital de terceiros, próprio na composição total da origem dos recursos e de sua aplicação na empresa.
Com relação à DRE, vemos quanto o lucro e os gastos representam do total de receitas obtidas pela empresa.
ATENÇÃO: na análise da DRE, utilizamos a receita líquida como base, pois os impostos sobre as vendas e as deduções não representam recursos da empresa. A multiplicação por 100 nas duas fórmulas transforma o resultado em percentual.
	Vamos, então, começar a analisar algumas contas da nossa empresa-exemplo:
	
Ao realizar o Balanço da Natura Cosméticos no ano 2010, valores da Controladora, verificamos que:
NO ATIVO: O Caixa e seus equivalentes representam  8% do total do ativo e  21% do ativo circulante.
NO ATIVO: Contas a receber representam 19% do total do ativo e 49% do ativo circulante.
NO ATIVO: Os investimentos representam 42% do total do ativo e 68% do ativo não circulante.
NO ATIVO: O ativo não circulante representa 62% do total do ativo.
ATIVO CIRCULANTE e ATIVO NÃO CIRCULANTE
Com relação às aplicações de recursos circulantes, podemos concluir que os valores a receber de clientes têm saldos maiores que suas disponibilidades imediatas.
	
Com relação ao total de aplicações de recursos (ativo), é maior o percentual de aplicações em longo prazo e, em sua maioria, são investimentos em outras empresas (controladas).
No Passivo
NO PASSIVO: Os fornecimentos (estrangeiros) outras contas a pagar representam 21% do total do passivo e 8% do passivo circulante.
NO PASSIVO: Os fornecedores (de empresas do grupo) representam 9% do total do passivo e 33% do passivo circulante.
NO PASSIVO: Os empréstimos de longo prazo representam 14% do total do passivo e 48% do passivo não circulante.
NO PASSIVO: O passivo circulante representa 29% do passivo total.
NO PASSIVO: As obrigações com terceiros (circulante + não circulante) representam 52% do total do passivo.
NO PASSIVO: Os recursos próprios (PL) representam 48% do total do passivo.
Podemos concluir que as obrigações com fornecedores representam 35% das origens de recursos de curto prazo, e os empréstimos são responsáveis por quase metade das dívidas de longo prazo. 
Com relação ao total de origem de recursos da empresa,  verificamos que estes são distribuídos  praticamente  iguais, com pouca diferença percentual para as origens de terceiros.
Na DRE, de 2010, da empresa Controladora, temos:
	
O retorno bruto da empresa representa 59% das receitas obtidas.
O custo de produção das vendas representa 41% das receitas obtidas.
O lucro da empresa antes do IR e da CSLL representa 19% das receitas obtidas.
Os impostos sobre o lucro representam 6% das receitas obtidas.
O lucro líquido representa 13% das receitas obtidas.
Podemos concluir que das receitas obtidas, 41% deverão cobrir os custos de produção e, após  descontar as despesas e os impostos, a empresa obtém um retorno líquido a ser distribuído aos acionistas e reinvestido no percentual de 13%.
Análise vertical comparativa
	Fizemos análises verticais referentes ao ano de 2010 e vimos o comportamento de algumas contas no ano citado. Todavia, se faz necessária uma comparação entre os anos (dois ou mais) para acompanhar o andamento da empresa e, a partir daí, serem tomadas as decisões de acordo com os objetivos de cada usuário das demonstrações.
Ao ver esses números, podemos pensar:
O que ocasionou essa perda percentual de lucro? 
O preço de venda e os custos estão satisfatórios? 
Estão acompanhando o mercado? 
Os gestores, então, vão buscar essas informações em seus relatórios contábeis e como usuários externos das demonstrações de outras empresas.
Exercício 
Onde: 
1.964.369 veio do total do passivo circulante + total do passivo não circulante.
1.257.502 total do patrimônio liquido
3.221.871 total do passivo e patrimônio liquido
Resposta:
Lucro liquido do exercício = 744.050/ receita liquida = 5.136.712
744.050/5.136.172 = 0,1349 14%
Análise horizontal
	Esta análise tem como objetivo verificar a evolução das Contas Patrimoniais e de Resultado, comparativamente entre os anos. Assim, calculamos os percentuais da seguinte maneira:
Na fórmula, o número 1 representa o valor anterior contido no atual, que devemos descontar para obtermos apenas a variação. Multiplicamos por 100 para transformar a variação em percentual.
É importante ressaltar que as variações podem ser positivas e negativas. Elas também devem ser analisadas em conjunto com sua representatividade no grupo (Análise Vertical).
No Ativo: 
O montante de Caixa e Equivalentes, entre 2009 e 2010, diminuiu em R$ 48.338, ou seja, teve uma redução de 19%.
O montante do ativo circulante, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 85.956, ou seja, teve uma evolução de 9%.
O montante do ativo não circulante, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 244.586, ou seja, apresentou uma evolução de 18%.
No Passivo
O montante do passivo circulante, entre 2009 e 2010, diminuiu em R$ 195.388, ou seja, teve uma redução de 21%. 
Note que, por se tratar do montante de obrigações, esta é uma redução positiva para a empresa.
O montante do passivo não circulante, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 408.250,ou seja, teve uma evolução de 208%8%. 
Note que, por se tratar do montante de obrigações, está é uma evolução negativa para a empresa. Deve-se, neste caso, verificar por meio das notas explicativas, a que se deve esse aumento. Pode ser para financiar capital de giro ou imobilizado, por exemplo.
O montante do PL, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 117.680, ou seja, teve uma evolução de 10% em sua riqueza própria.
NA ADRE
	O montante das receitas obtidas entre 2009 e 2010 aumentou em R$ 921.153, ou seja, teve uma evolução de 20% em suas vendas.
O montante do retorno (LUCRO) bruto, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 593.782, ou seja, teve uma evolução de 23%. 
Note que este aumento percentual maior que o da receita se deve ao fato de os custos de produção das vendas aumentaram somente 17%.
O montante de retorno operacional ( lucro antes do imposto de renda e da contribuição social), entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 240.404, ou seja, teve uma evolução de 30%.
O montante do IR e da CSLL, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 180.278, ou seja, a carga tributária federal da empresa aumentou em 40%.
O retorno (lucro) líquido da empresa, entre 2009 e 2010, aumentou em R$ 60.126, ou seja, o retorno para seus acionistas evoluiu em 9%.
Aula 04
Análise da estrutura de capitais
	Toda empresa necessita de financiamentos para manter suas atividades, sejam estes de curto ou de longo prazo. Os financiamentos de curto prazo, passivo circulante, devem, preferencialmente, estarem relacionados aos ativos de curto prazo, assim como os de longo prazo devem financiar ativos de longo prazo. 
Esta relação permite que a empresa controle seus recebimentos com prazos de pagamento.
	Os financiamentos necessários às empresas podem ser de origens próprias (PL) ou decorrentes de créditos obtidos junto a terceiros. O departamento financeiro de uma organização deve estar sempre atento ao montante requerido, observando o benefício gerado por conta de um empréstimo e qual o endividamento da empresa no encerramento de suas atividades.
	Outro fator importante diz respeito ao interesse sobre o retorno gerado por todo o investimento realizado na empresa. Este retorno pode medir o resultado referente ao ativo investido ou o capital injetado na empresa pelos sócios, ambos por meio dos lucros obtidos.
	Nesta aula, serão conhecidos os índices de endividamento e de rentabilidade das organizações.
Estruturas de capitais
	Conforme já visto em estudo, sabemos que o do Balanço Patrimonial representa o montante de recursos que circula na empresa, ou seja:
	ATIVO
(Aplicações de Recursos)
Bens + Direitos
PASSIVO
(Origens de Recursos)
PL (Recursos Próprios)
Neste contexto, algumas perguntas podem surgir:
Como a empresa financia seu ativo?
Quanto de recursos de terceiros a empresa necessita para manter sua operacionalidade?
Qual o retorno obtido sobre o capital investido pela empresa?
Endividamento
	O índice de endividamento geral mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores. Quanto maior for este índice, maior será o montante de capital de terceiros, que vem sendo utilizado para gerar lucros.
	Na estrutura de capitais disponíveis da empresa é preciso que se conheça a proporcionalidade entre recursos próprios e de terceiros, a dependência da empresa no curto prazo e como se compõe sua exigibilidade.
	O primeiro índice relativo ao endividamento a ser analisado mede, em percentual, a participação do capital de terceiros, financiando o ativo da empresa.
	
Onde: Exigível Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante.
Em nossa empresa-exemplo, na Controladora, no ano de 2010, concluímos que a Natura está financiando suas atividades contando com  52% de credores externos à empresa (para cada real aplicado no ativo, R$ 0,52 são provenientes de terceiros). Comparativamente, a empresa aumentou em 2% o percentual participativo de capital externo em sua estrutura financiamentos.
Este índice mostra o grau de dependência financeira da empresa, ou seja, o quanto do ativo é financiado por dívidas (obrigações). Quanto maior o percentual, mais cuidados requer da área financeira da empresa, pois os juros decorrentes de empréstimos, por exemplo, podem comprometer a capacidade da empresa em saldar essas dívidas. Cabe analisar o retorno obtido com a utilização destes recursos obtidos externos.
Grau de endividamento
	Outro índice referente ao montante de capitas que circulam na empresa é o chamando Grau de Endividamento.
Na Natura Controladora, em 2010, encontramos 1,07 dizemos, então, que para cada real de investimento próprio, a empresa necessitou de R$ 1,07 de capital externo. Comparativamente, a empresa começou a utilizar um pouco mais de capitais de terceiros com relação os recursos próprios:
Neste índice, um valor acima 1 indica o montante de investimentos captados de terceiros com relação ao investimento próprio da empresa. Cabe ressaltar novamente a importância da relação custo/benefício da utilização dos investimentos.
Composição do Endividamento
No índice chamado Composição do Endividamento, faz-se a análise do montante das dívidas em curto prazo com relação ao endividamento total.
Na Natura Controladora, em 2010, o índice de capital de curto prazo foi de 55%. Comparativamente, a empresa passou a adquirir mais empréstimos de longo prazo em relação ao ano anterior, cujo percentual era de 17%, em 2009, e passou para 45%, em 2010.
Exigível Total = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
	Segundo, Ching, Marques e Prado (2010), devem ser considerados os seguintes quesitos para análise dos resultados do endividamento de uma empresa:
Os itens do ativo circulante, basicamente, estoques e contas a receber, devem ser financiados por endividamento de curto prazo, isto é, fornecedores, contas a pagar e empréstimos.
As aplicações de recursos em ativo permanente, em se tratando, por exemplo, de uma expansão ou modernização do parque fabril, ou aumento do número de lojas de uma rede de fast-food, devem ser financiadas por recursos de longo prazo (empréstimo e capital) de forma a propiciar uma perfeita sincronia entre geração de caixa e pagamento de recursos (empréstimos e dividendos).
A empresa deve ter sempre como meta o alongamento de suas dívidas, visando aliviar a pressão no caixa em honrar compromissos de curto prazo.
Nada conta a participação de capital de terceiros na estrutura de capital da empresa, desde que o retorno auferido pelo negócio seja superior ao custo financeiro dos financiamentos.
Deve-se sempre ter em mente que uma participação de capital de terceiros muito elevada em relação ao capital próprio pode tornar a empresa vulnerável a qualquer imprevisto, pois, em um momento de revés, ela pode ser forçada a se desfazer de estoques a qualquer preço, a fim de quitar encargos financeiros e o valor do principal dos empréstimos em aberto, garantindo, dessa maneira, sua sobrevivência.
Rentabilidade
	Os índices de rentabilidade medem o retorno (lucro) de uma empresa com relação aos investimentos realizados. Quanto maior este retorno, melhor para a empresa em termos de geração de valor. Todavia, é necessário avaliar os riscos envolvidos, pois, em geral, são proporcionais às rentabilidades oferecidas.
	
De maneira genérica, a rentabilidade de um negócio é dada pela expressão:
E, de lucro e capital podemos utilizar para análises:
	Lucro 
• Líquido
• Operacional
• Lajir
	Capital
		• Ativo
• Ativo operacional
Vamos conhecer e aprender, então, sobre os índices de rentabilidade. Na fase de aprendizado do endividamento, vemos que a empresa contrai dívidas para financiar o ativo. Desta forma, para que os juros sobre os financiamentos se justifiquem, este ativo deve gerar um retorno satisfatório para a empresa. 
Neste contexto, vamos estudar o Índice de Retorno sobre o Ativo 
(ROA – Return On Assets).
	Continuando com a Natura Cosméticos, Controladora, ano 2010, encontramos um ROA de 30%, ou seja, cada R$1 de ativo investidogerou R$ 0,30 de retorno.
O ROA indica a eficiência no gerenciamento dos ativos, por meio do retorno obtido após as operações da empresa. Ressalta-se que, ao utilizarmos o lucro líquido como parâmetro, extraímos o imposto de renda e a contribuição social, por serem despesas que devem ser pagas e seus valores não dependerem da administração da organização.
	Outro índice que mede a rentabilidade é o Retorno sobre o Investimento 
(ROI – Return On Investment).
O Ativo Operacional é representado pelo Total do Ativo deduzido do Passivo Circulante, que representam os gastos de funcionamento da empresa.
Na Natura Controladora, ano 2010, encontramos um retorno de 66%.
O ROI indica o retorno para investimentos feitos em médio e longo prazos e, consequentemente, a capacidade gerencial da alta administração corroborando com o aprendizado de que se devem priorizar as dívidas de longo prazo.
Falamos do retorno sobre o ativo financiando por terceiros. Vamos, então, mostrar o retorno obtido pelos sócios por meio de seus financiamentos, ou seja, pelo PL. Este é o Índice de Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE – Return on Equity).
Na Natura Controladora, ano 2010, o retorno dos investimentos feitos pelos sócios foi em torno de 62%.
Acabamos de ver o retorno obtido pela nossa empresa-exemplo, gerado por suas atividades e obtido pelos sócios.
 
Aula 05
	
Análise de liquidez e lucratividade
	Desde que uma empresa inicia suas atividades, seus sócios e acionistas trabalham para, além de perpetuar as atividades da empresa, gerar lucros. Tais atividades têm dois polos: necessitam de recursos para acontecerem e são responsáveis pelas vendas de mercadorias, produtos ou serviços. Com relação às necessidades de financiamentos a serem adquiridos pela empresa, também é necessário que a organização apresente credibilidade juntos aos agentes financiadores e conheça sua disponibilidade financeira. Com essa finalidade, são feitas análises por meio dos índices de liquidez que relacionam recursos adquiridos com os recursos disponíveis em curto e longo prazos. As vendas são responsáveis pela geração de lucro, uma vez que a empresa consiga administrar os custos e as despesas relacionados a estas. Neste contexto, os índices de lucratividade medem o retorno obtido com as vendas com relação à produção, aos valores operacionais e não operacionais.
Índice de liquidez
	Os índices de liquidez evidenciam a capacidade da empresa em pagar seus compromissos e dívidas.
	Como já vimos, as empresas contam com recursos de terceiros para seus investimentos. Para obter esses montantes, seus credores precisam confiar em sua capacidade de pagamento. Esta análise é obtida por meio dos índices de liquidez: corrente, seca, imediata e geral.
	A análise da Liquidez Corrente 
É a capacidade de empresa honrar seus compromissos vencíveis no exercício seguinte ao do encerramento do balanço. Enfatiza a capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo, por meio da composição:
	
	Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas, bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos, financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante.
Dando continuidade às análises da Natura Controladora, ano de 2010, encontramos o índice de 1,34, significando que para cada R$1,34 disponível ou a receber no curto prazo a empresa tem R$1,00 a pagar, também no curto prazo.
Um Índice de Liquidez Corrente encontrado maior que 1 revela a suficiência da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo.
Ao analisarmos o Índice de Liquidez Corrente, alguns pontos devem ser levados em conta, de acordo com Ching, Marques e Prado (2010).
O ativo circulante engloba itens como disponibilidades, contas a receber, estoques e despesas pagas antecipadamente, cujo grau de conversão em caixa pode ser muito variado.
A presença de estoques no numerador pode diminuir a validade do quociente como indicador de liquidez caso os estoques levem, por exemplo, em média, 90 dias para serem vendidos. É preciso verificar se os estoques não estão superavaliados ou, até mesmo, obsoletos.
No caso de contas a receber, a empresa pode demorar 60 dias para receber suas vendas a prazo, além de se considerar o risco associado à ocorrência de inadimplência.
É preciso tomar cuidado com o possível descasamento dos vencimentos do contas a receber, do lado do ativo circulante, com os vencimentos do contas a pagar, do lado do passivo circulante, uma vez que o índice de liquidez corrente em si não evidencia a sincronização entre  recebimentos e pagamentos.  Uma empresa com um índice aparentemente bom, igual a 3,0, pode apresentar  problemas de liquidez caso a maior parte de suas obrigações vençam nos primeiros 30 dias, ao passo que os recebimentos estejam concentrados nos próximos 70 dias.
A diminuição do índice de liquidez corrente não representa, necessariamente, perda da capacidade de a emprea pagar suas dívidas de curto prazo, pois pode significar um gerenciamento mais eficiente dos itens de estoques, do contas a receber e do contas a pagar.
Índice de liquidez seca
	Outro índice relacionado à solvência é o Índice de Liquidez Seca. 	Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques, por não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão inseridos. O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez corrente, sendo cauteloso com relação ao estoque para a liquidação de obrigações.
Na Natura Controladora, ano 2010, o Índice de Liquidez Seca encontrado foi de 1,09.
Este índice resolve alguma inadequação por parte da liquidez corrente, uma vez que desconta do numerador os efeitos de um estoque que, por ventura, demore, ou não tenha condições de ser vendido.
Índice de liquidez imediata
	Índice conservador considera apenas caixa, saldos bancários e aplicações financeiras de liquidez imediata para quitar as obrigações. Excluindo-se além dos estoques as contas e valores a receber. Um índice de grande importância para análise da situação a curto-prazo da empresa.
	Uma empresa apresenta Índices de Liquidez Imediata de dois anos: 20X8 = 1,12 e 20X9 = 1,06. Assim, analisando o índice do ano de 20x8 com 20x9, podemos concluir que A capacidade de pagar no curto prazo piorou em 20x9.
	Além de descontar os estoques e com o intuito de indicar as disponibilidades imediatas de solvência da empresa, temos o Índice de Liquidez Imediata.
Na natura Controladora, ano de 2010, este índice foi de 0,28, significando que para cada R$ 1,00 de passivo circulante a empresa dispõe, imediatamente, de R$ 0,28 centavos.
	Disponibilidade = Caixa
Um índice pequeno de liquidez imediata faz com que o departamento financeiro tenha mais atenção na geração de recursos para quitar as dívidas de curto prazo.
Índice de liquidez geral
	Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa, incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores também são obtidos no balanço patrimonial.
	Falamos dos índices de liquidez relacionados ao curto prazo. Vamos, então, relacionar as disponibilidades e obrigações, incluindo o longo prazo: o Índice de Liquidez Geral.
Em nossa empresa-exemplo, Natura Controladora, ano 2010, encontramos 1,04, ou seja, para cada R$1,00 de obrigações de curto e longo prazos, temos R$ 1,04 de disponibilidades de curto e longo prazos.
É importante que este índice seja analisado em conjunto com a liquidez corrente, pois aquisição de empréstimo, por exemplo, favorece a liquidez corrente, mas o comprometimento das disponibilidades por conta desta operação estará registrado no longo prazo.
Nas primeiras aulas, falamos dos objetivos da empresa em produzir riquezas para seus sócios/acionistas e mencionamos o lucro, ou seja, o resultado positivo entre receitas, custos e despesas. Para medir essa eficiência, são utilizadosos índices de lucratividade: Margem Bruta, Margem Operacional e Margem Líquida.
Margem Bruta
Para medir o retorno da produção (ou vendas comerciais e serviços prestados), relacionamos as vendas líquidas com o lucro bruto (vendas – custos). 
Este é o Índice da Margem Bruta.
No resultado comparativo da Natura Controladora, em 2010, encontramos um retorno de produção, na ordem de 59% e um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
Índices de lucratividade
	Já tratamos dos custos. Agora, vamos falar da lucratividade das atividades operacionais, ou seja, o lucro gerado com as vendas após as despesas e possíveis outras receitas operacionais. É o Índice de Margem Operacional.
Índice de Margem Operacional
	
No resultado comparativo da Natura Controladora, ano 2010, encontramos 19%, e observamos um aumento de 1% em relação ao ano anterior.
Índice de Margem Líquida
Outro índice de lucratividade que é calculado após os resultados não operacionais e impostos sobre o lucro é o Índice de Margem Líquida.
A margem líquida indica a representatividade do lucro disponível em relação às vendas líquidas.
LLD = Lucro Líquido Disponível Antes da Distribuição dos Dividendos VL = Vendas Líquidas (ou Receitas Líquidas ou Faturamento Líquido)
No resultado comparativo da Natura Controladora, ano 2010, encontramos 13%, e observamos um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
Ou seja, para cada R$ 100,00 a Natura tem R$ 15,00 de lucro disponível.
Lucratividade e rentabilidade
	Lucratividade é diferente de Rentabilidade
	Ganho sobre vendas / Ganho sobre investimento
Aula 6: 
Índices de rotação: Índices de Rotatividade, Eficiência ou Atividade da Empresa.
	Toda organização trabalha para atender seus clientes e honrar seus compromissos. Este processo integra a operacionalidade da empresa e as atividades de aquisição de estoques, produção, pagamento aos fornecedores e recebimento das vendas. É importante que a empresa conheça o tempo em que suas mercadorias ou produtos permanecem estocados e os prazos de financiamentos obtidos junto aos fornecedores, para poder estabelecer uma política de crédito que subsidie seus pagamentos e que seja interessante para seus clientes.
Índices de rotação (eficiência ou atividade)
	A continuidade do funcionamento de uma empresa depende do seu ciclo de recursos, além da qualidade de seus produtos e atendimento aos clientes para continuar renovando seus estoques, mantendo seus prazos de entrega e honrando seus compromissos. Os índices de rotação relacionam o Balanço Patrimonial e a DRE, exibindo resultados expressos em períodos de tempo para efeito de prazos de recebimento, pagamento e movimentação de estoques.
Os índices de giros e prazos a serem estudados nesta aula serão:
Giro dos Estoques e Prazo Médio de Estocagem; 
Giro do Contas a Receber e Prazo Médio de Recebimento;
Giro do Contas a Pagar e Prazo Médio de Pagamento;
Posicionamento Relativo e Giro de Caixa;
Giro do Ativo Total;
Giro do Ativo Operacional.
Giro dos estoques e prazo médio de estocagem
	O Índice de Giro dos Estoques indica quantas vezes o estoque girou, ou seja, a compra foi transformada em custo das vendas.
	Este índice deve ser combinado com o Índice de Prazo Médio de Estocagem (PME), que indica quanto tempo uma mercadoria permanece em estoque no caso do varejo ou quanto tempo uma matéria-prima leva para ser transformada em produto.
Podemos, então, verificar que os estoques giram 16 vezes no ano e decorre, em média, 23 dias entre produção, estocagem e venda.
Giro de Estoque 
 GE =  Estoque Inicial + Compras – Estoque Final
                             Estoque (Médio)
      Estoque (Médio) = (Estoque Inicial + Estoque Final) / 2
                          Ou = (Soma dos Estoques mensais) / 12
	A Análise do Giro dos Estoques é eficiente quando comparada com valores passados ou de outras empresas do grupo. Esta análise revela a operacionalidade de diferentes empresas e um índice alto de giro deve ser acompanhado de perto para evitar falhas na reposição dos estoques e consequente falta para o mercado consumidor.
Giro do contas a receber e prazo médio de recebimento
	O Índice de Giro do Contas a receber indica quantas vezes gira o saldo do contas a receber da empresa.
	A Receita Bruta, para efeito deste índice, refere-se ao total das vendas + impostos – devoluções.
	Este índice deve ser combinado com o Índice de Prazo Médio de Recebimento (PMR), que indica o tempo médio que a empresa leva para receber suas vendas.
Em nossa empresa-exemplo, Natura Controladora, ano 2010, vemos que o Contas a Receber se renova 14,3 vezes ao ano e que após a venda, a empresa demora, em média, 26 dias para recebê-la.
Uma das formas de se analisar o Contas a Receber, é analisando o giro do contas a receber. O giro do contas a receber nada mais é que o número de vezes que o Contas a Receber transitaram pelo caixa durante o ano. Ela é frequentemente utilizada em conjunto com a análise do capital de giro, e é um indicador importante da "qualidade" do capital de giro de uma empresa e é vital para sua capacidade operacional.
Giro das Contas a Receber = Vendas a Prazo / Saldo Médio das contas a receber
A análise deste índice indica que quanto maior o resultado, menos tempo a empresa leva para receber suas vendas. Todavia, a empresa deve relacionar sua política de crédito e seus prazos junto aos fornecedores com a disponibilidade de seus clientes, tentando não torná-la muito restritiva para não perder mercado consumidor.
Giro do contas a pagar e prazo médio de pagamento
	O Índice do Giro do Contas a Pagar indica quantas vezes no ano a empresa quita suas dívidas junto aos fornecedores. Cabe ressaltar que em uma indústria os valores referentes à mão de obra direta e aos custos indiretos de fabricação estão inclusos nos valores dos estoques.
O valor das compras é obtido pelo cálculo: 
Estoque inicial + CPV (ou CMV) – estoque final
 (fórmula do CMV = EI + Compras – EF).
	O Giro dos Estoques é conciliado com o Índice de Prazo Médio de Pagamento (PMP), que indica o tempo médio entre a aquisição de mercadorias, ou matéria-prima e o pagamento ao fornecedor.
Na Natura Controladora, ano 2010, vemos que a empresa paga seus fornecedores em torno de 22,2 vezes ao ano e o prazo de pagamento é, em média, 16 dias.
É importante para a empresa que seu prazo de pagamento seja menor que o prazo de recebimento, para não comprometer o caixa disponível. Quanto maior este prazo, melhor, desde que os juros incorridos não sejam altos.
Posicionamento relativo e ciclo de caixa
	O Índice de Posicionamento Relativo correlaciona os prazos de estocagem, recebimento e pagamento e está diretamente ligado aos Índices de Liquidez.
	
	O Índice de Ciclo de Caixa (ou financeiro) se inicia com o pagamento da matéria-prima ou mercadorias até o recebimento das vendas. Em uma linha do tempo, temos a seguinte representação e cálculo:
	Calculando o nosso exemplo, Natura Controladora, ano 2010, encontramos um posicionamento relativo de 3,06 e um ciclo de caixa de 33 dias.
Um índice de posicionamento relativo acima de 1 indica que os investimentos em estoques e clientes superam os financiamentos recebidos de fornecedores. Quando igual a 1, os prazos são iguais; e quando menor, os financiamentos de fornecedores são menores que os investimentos em clientes, indicando uma situação mais favorável.
O Ciclo Operacional, indicado na linha do tempo, indica o tempo total da empresa entre compra de matéria-prima ou mercadorias e o recebimento das vendas. O Ciclo de Caixa indica o tempo entre o pagamento dos insumos e o recebimento das vendas.
Giros do ativo
	Os Índices de Giro do Ativo analisam a relação entre as vendas líquidas e os ativos da empresa. Indicam a utilização eficiente do ativo para gerar vendas. Quanto maior o valor encontrado, maior o potencial de retorno da empresa. Tem-se, então, os seguintes índices:
	
Giro do ativo total
Giro do ativooperacional
Analisando a Natura Controladora, ano 2010, encontramos um Giro de Ativo na ordem de 2,3 vezes e referente ao Ativo Operacional em torno de 3,4 vezes.
É importante para a empresa que esta obtenha muitas vendas com a utilização de poucos ativos. Uma empresa unicamente comercial tem um índice acima de 1, e as empresas industriais têm este índice inferior a 1, devido ao valor do ativo imobilizado.
Aula 7: 
Análise do capital de giro
	A correlação entre origem e aplicação de recursos, obedecendo seus prazos, curtos e longos, aliada à gestão salutar dos recursos de curto prazo são importantes para definir a situação financeira da empresa e a possibilidade de crescimento operacional.
	A manutenção das atividades operacionais de uma empresa requerem recursos imediatos, os quais são chamamos de capital de giro e este depende diretamente do clico financeiro da empresa.
	Nesta aula, será estudado como se compõe e se comporta o capital de giro em uma empresa, como definir a necessidade deste recurso e a importância do saldo disponível: o saldo em tesouraria.
Gestão de capital de giro
	Conforme já estudado, os recursos captados pela empresa têm origem própria ou de terceiros, e estes são financiados para empresa em curto ou longo prazo.
	Para a manutenção do equilíbrio financeiro, os recursos de curto prazo, passivo circulante, devem ser aplicados em ativos circulantes de rápido processo de transformação. Estes recursos de curto prazo são o chamado capital de giro para apoiar as atividades operacionais da empresa.
	Uma gestão eficiente do capital de giro consiste em diminuir o ciclo financeiro, ou seja, o tempo entre a compra de materiais e o recebimento das vendas.
	Algumas decisões podem ser tomadas para financiar ativos circulantes, e envolvem:
Empréstimos de curto prazo e outras disponibilidades de financiamento
Política de crédito e cobrança de recebíveis
Financiamento dos estoques
Financiamento dos recebíveis
	A gestão do capital de giro e as decisões envolvidas espelham preocupações do tipo:
	• Disponibilidade de matéria-prima e de estoque.
	• Operação da linha de produção de forma contínua.
	• Concessão de crédito aos clientes e cobrança dos atrasados.
	• Aproveitamento de vantagens de compra a crédito e descontos por 	pagamento antecipado.
	• Gestão de caixa e disponível.
	• Pagamento dos funcionários, impostos e demais obrigações em dia.
Análise Financeira Dinâmica – Método Fleuriet
	Ao encontrarmos os índices de análises já estudados como, por exemplo, os de liquidez, tem-se a impressão de que um saldo existente, como o de contas a receber, é totalmente realizado para saldar os passivos. Mas sabemos que alguns valores são pagos e outros são incorporados durante o período analisado. Desta forma, temos, então, contas de movimentação cíclica.
Capital de giro (CDG)
Necessidade de capital de giro
Saldo de tesouraria (T)
	Neste contexto, surge o Modelo Fleuriet de Análise Financeira Dinâmica, baseado em três itens do Balanço Patrimonial, classificados para atender aos objetivos do método criado pelo professor Michel Fleuriet, na década de 70.
Capital de giro
	O ponto principal da análise financeira dinâmica é o capital de giro (ou capital circulante líquido – CCL) e como ele pode ser financiado. Para que uma empresa apresente equilíbrio financeiro, suas obrigações de curto prazo devem ser financiadas por recursos de curto prazo e as obrigações de longo prazo, por recursos de longo prazo.
O capital circulante líquido consiste no investimento realizado na empresa para cobrir o espaço de tempo entre o pagamento aos fornecedores e recebimento dos clientes, denominada gap de caixa ou ciclo financeiro (já visto anteriormente).
Podemos visualizar o CCL (AC – PC) no Balanço Patrimonial da seguinte forma:
Necessidade de capital de giro
	Quanto maior o ciclo financeiro da empresa, maior a necessidade de capital de giro.
Ciclo financeiro = ciclo operacional – PMP
Ciclo operacional = PME + PMR
PMP- prazo médio de pagamento
PME- prazo médio de estoque
PMR- prazo médio de recebimento
PMP= (fornecedor/compras)x360
PMR= (Duplicatas a receberx360)/ vendas
	Pode-se concluir então que para se determinar as necessidades de capital de giro, devem-se trabalhar os prazos médios de recebimento, pagamento e estocagem.
	O investimento em capital de giro contribui positivamente para a liquidez da empresa.
Necessidade de capital de giro e saldo em tesouraria
	O Modelo Fleuriet que está sendo analisado fala da análise financeira realizada de forma dinâmica, então, se faz necessário reclassificar o Balanço Patrimonial que, como aprendido, é uma representação estática.
Ativo circulante Ativo Circulante Financeiro (ACF)
			 Ativo Circulante Operacional ou Cíclico (ACO)
Passivo circulantePassivo Circulante Financeiro (PCF)
			 Passivo Circulante Operacional ou Cíclico (PCO)
Onde:
ACF = caixa, bancos, aplicações financeiras etc.
ACO = estoques, contas a receber, PPDD, adiantamentos etc.
PCF = empréstimos e financiamentos de curto prazo etc.
PCO = fornecedores, impostos a pagar, salários a pagar, provisões etc.
Então, teremos:
	A necessidade de capital de giro (ACO – PCO) indica o montante de recursos de longo prazo necessários para financiar o capital de giro.
	
Quando são confrontados o capital circulante líquido e a necessidade de capital de giro, estamos avaliando o equilíbrio financeiro da empresa. Em sua situação favorável, encontramos:
	
Nesta situação, o excesso de recursos disponíveis é chamado de saldo em tesouraria.
	O saldo em tesouraria (ACF – PCF) representa uma margem financeira que indica a capacidade da empresa em financiar um crescimento operacional.
Necessidade de capital de giro e saldo e overtrading
	Um desequilíbrio financeiro ocorre quando a necessidade de capital de giro tende a aumentar continuamente e a empresa necessita cada vez mais de recursos que não os contidos no passivo circulante operacional. 
	O aumento progressivo da necessidade de capital de giro é conhecido como overtrading. Nesta situação, como os recursos próprios não são suficientes para manter a operacionalidade da empresa, a mesma começa a recorrer a empréstimos bancários.
	O overtrading pode ocorrer devido aos seguintes fatores:
Crescimento real das vendas a prazo, sem correspondentes prazos concedidos de fornecedores.
Imobilizado com recursos onerosos de curto prazo.
Prejuízos.
Distribuição excessiva de lucros.
Dependência de empréstimos de curto prazo com altas taxas de juros
Ciclo financeiro crescente
	A análise do saldo em tesouraria está relacionada com o autofinanciamento e refere-se à obtenção constante de resultado econômico positivo, ou seja, o lucro retido pela empresa a ser aplicado no sustento da necessidade de capital de giro.
Cálculo do capital de capital de giro, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria
	Continuando a análise da Natura Controladora, ano 2010, vamos calcular os índices aprendidos na presente aula:
Capital Circulante Líquido – R$250,691:
Separando em operacional e financeiro, de acordo com o método Fleuriet:
	Ativo Circulante Financeiro = R$ 206.125 (caixa e equivalentes)
	Ativo Circulante Operacional = R$ 791.414
 
	Passivo Circulante Financeiro = R$ 60.086 (empréstimos e financiamentos de curto prazo)
	Passivo Circulante Operacional = R$ 686.762
	Conclui-se que a Natura apresenta uma situação financeira equilibrada, visto que seu capital circulante líquido é maior que sua necessidade de capital de giro, indicando que possui uma sobra de recursos no montante de R$ 146.039 para financiar um possível aumento operacional.
	Todavia, comparativamente com o ano de 2009, vemos que a empresa apresentava um CCL e um saldo em tesouraria negativos em R$ 30.653 e R$ 215.127, respectivamente. Observa-se, por meio do Balanço Patrimonial, que houve um aumento das disponibilidades provenientes de empréstimos e financiamentos de longo prazo.
Estruturada empresa e equilíbrio financeiro
	É hora de correlacionar o conhecimento aprendido e entender como eles refletem e indicam a estrutura financeira de uma empresa.
Tipo 1- EXCELENTE: Apresenta folga de recursos financeiros no curto prazo, com saldo de tesouraria positivo e ciclo financeiro reduzido. O que representa ameaça neste tipo de empresa é uma queda nas vendas.
Tipo 2- SÓLIDA: Neste tipo de empresa, o passivo circulante operacional não financia o ativo circulante operacional que é suprido pela aplicação no ativo circulante financeiro, garantindo o saldo positivo em tesouraria. Um aumento nas vendas pode elevar o passivo circulante operacional, tornando o saldo em tesouraria negativo.
Tipo 3- INSATISFATÓRIA: Apresenta um CCL inferior à NCG, tornando o saldo em tesouraria negativo, ocasionando dependência de empréstimos de curto prazo. À medida que o CCL e a NCG se distanciam, mais dependente fica a empresa.
Tipo 4- PÉSSIMA: Este tipo de empresa apresenta um desequilíbrio entre origem e aplicação de recursos, visto que um CCL negativo indica que a empresa utiliza recursos de curto prazo para financiar ativos não circulantes. Esta situação ameaça a expansão da empresa.
Tipo 5- MUITO RUIM: Esta situação é um pouco melhor que a anterior, visto que nela existe uma disponibilidade maior de recursos circulantes operacionais por conta de fornecedores e impostos a pagar, por exemplo. A empresa pode melhorar sua situação financeira, se houver uma expansão de atividades.
Tipo 6- ALTO RISCO: Neste tipo de empresa, há o desvio de recursos de curto prazo para o ativo não circulante e uma queda nas vendas diminuiria o saldo do passivo operacional que mantém o saldo em tesouraria positivo.
Aula 8:
 Alavancagem
	Toda empresa deve ter um controle eficaz da estrutura de custos, pois esta é diretamente ligada ao retorno proporcionado pelas vendas e consequente formação do lucro.
	Outro fator a ser observado pela empresa é de que maneira ela pretende financiar suas atividades, ou seja, qual a participação do capital de terceiros nessa decisão.
	Estes crescimentos operacionais são chamados de alavancagem e apresentam riscos para a empresa, que devem ser analisados. Nesta aula, então, você aprenderá a calcular os graus de alavancagem proporcionados pelas decisões tomadas e seus reflexos na remuneração dos proprietários.
	O conceito de alavancagem em finanças tem o mesmo sentido do conceito utilizado na física, ou seja, uma alavanca apoiada em um ponto fixo com intuito de mover ou levantar uma massa com menos esforço. Em finanças, essa massa é o lucro da empresa e o esforço para transformar uma decisão financeira em lucro é chamado grau de alavancagem.
	
	Se a alavancagem estiver relacionada ao resultado operacional, tem-se a alavancagem operacional. Se os objetivos estiverem concentrados no aumento do retorno aos proprietários da empresa temos, então, tem-se a alavancagem financeira.
Revisão gerencial
	Para se entender os conceitos de alavancagem, iremos relembrar um pouco sobre os custos e retornos relativos à produção e à venda em uma análise gerencial.
Veja a estrutura de resultados de uma empresa na visão gerencial:
A margem de contribuição unitária é o valor utilizado para se saber a quantidade mínima a ser produzida e vendida para cobrir os gastos fixos. Esta quantidade é o chamado ponto de equilíbrio e partir dele, cada unidade produzida e vendida gera lucro no valor da MC.
	
Alavancagem operacional
	A alavancagem operacional (operational leverage) está relacionada com os custos e despesas operacionais fixos. Por estes permanecerem constantes dentro de um intervalo de variação relevante, mesmo ocorrendo variação da produção e das vendas.
	Desta forma, a alavancagem operacional acontece quando a empresa consegue aumentar sua produção e sua venda no referido intervalo, havendo, então, o aumento da margem de contribuição para cobrir os gastos fixos e consequente aumento do lucro operacional (Lajir).
Grau de alavancagem operacional
	Está relacionada com os custos e despesas operacionais fixas.
	O grau de alavancagem operacional (GAO) mede a alavancagem operacional realizada pela empresa indicando a variação percentual ocorrida no Lajir (Lucro antes de Juros e Imposto de Renda)
 
	Em finanças, devemos analisar o risco presente em cada operação e, no caso da alavancagem operacional, quanto maior o resultado encontrado, maior o risco, visto que uma redução nas vendas significa uma redução também na margem de contribuição (MC) que cobre os gastos fixos.
Vamos entender GAO por meio de um exemplo prático. Considere a empresa Maximus com a seguinte estrutura de produção e vendas:
Para um nível de vendas relativo a 10.000 kg, teremos um GAO de 3 vezes:
	Significa, então, que o lucro da empresa cresce 3 vezes mais rápido que suas vendas. Quando as vendas passam de 10.000 kg para 12.000 kg, ou seja, com um aumento de 20%, seu lucro aumentará 60% (3 x 20%). Também se pode demonstrar este resultado através da outra fórmula apresentada, considerando o intervalo de vendas entre 10.000 kg e 12.000 kg:
Alavancagem operacional e estrutura de custos
	Para reforçar o entendimento da importância da estrutura de custos na alavancagem operacional de uma empresa, vamos comparar a empresa Maximus com a empresa Plenitude.
Embora as duas empresas apresentem a mesma receita e o mesmo lucro operacional, observa-se que a empresa Plenitude tem gastos fixos proporcionais aos gastos totais maiores que a Maximus e maior alavancagem. Como o gasto fixo está coberto pelo ponto de equilíbrio, tudo que sobra, a margem de contribuição, vai para o lucro. Então, quanto maior a MC, maior o valor direcionado para o lucro.
	Na comparação mostrada, se a venda das duas empresas aumentar 20%, então o lucro poderá ser calculado facilmente:
Alavancagem financeira
	A alavancagem financeira (financial leverage) está relacionada com as despesas financeiras referentes aos juros incidentes sobre o capital de terceiros integrante da estrutura de capital da empresa. Como estas despesas não estão relacionadas com a alteração nas vendas, tendendo a permanecer constantes, o aumento obtido no resultado operacional aumentará, consequentemente, o lucro antes do imposto de renda (Lair) da empresa.
Grau de alavancagem financeira
	O grau de alavancagem financeira (GAF) indica a rentabilidade do capital investido pelos sócios/acionistas.
	Em finanças, devemos analisar o risco presente em cada operação. E, no caso da alavancagem financeira, quanto maior o resultado encontrado, maior o risco, visto que uma redução nas vendas significa um lucro operacional menor para cobrir as despesas financeiras fixas.
	Vamos entender GAF continuando o exemplo da empresa Maximus.
Para um nível de vendas relativo a 10.000 kg, teremos um GAF de 1,33 vezes.
Com seu lucro operacional, encontra-se a mesma variação:
Quando as vendas passam de 10.000 kg para 12.000 kg, ou seja, com um aumento de 20%, há uma redução da alavancagem financeira, passando para 1,19 vezes, diminuindo o risco da empresa:
Grau de alavancagem financeira e estrutura de capitais
	A empresa Maximus tem um empréstimo de R$ 75.000 com juros anuais de 20% (despesas financeiras de R$ 15.000) e capital próprio de R$ 120.000. No entanto, a empresa aumentou seus limites produtivos para um mínimo de 13.000 kg e máximo de 14.000 kg. Para tal, adquiriu um empréstimo de R$ 20.000 com juros anuais de 25% (despesas financeiras de R$ 5.000) ao ano para compra financiada de novas máquinas.
	Têm-se os seguintes valores:
O novo GAF determinado para a empresa, em um volume de vendas de 13.000 kg, será de 1,24 vezes.
Neste caso, vemos que a empresa aumentou o retorno sobre o capital próprio e isso diminui o seu risco, pois reduziu o impacto das despesas financeiras. Para embasar esta análise, vamos verificar o retorno sobre o PL nos 4 limites estudados.
Alavancagem total e grau de alavancagem total
	A alavancagem total refleteo impacto conjunto das alavancagens operacional e financeira, medindo os efeitos dos gastos fixos e das despesas financeiras com juros sobre o lucro líquido com relação às alterações no volume de produção e vendas.
O grau de alavancagem total (GAT) é calculado das seguintes maneiras:
 
Na empresa Maximus em questão, teremos:
Temos, então, que para cada ponto percentual de aumento na margem de contribuição, o lucro antes do IR aumenta em 4 vezes.
Aula 09
EVA, EBITDA e NOPAT 
	
	O lucro continuado é um dos objetivos principais de toda empresa. Todavia, com a crescente competitividade entre as organizações e a constante busca por investidores, torna-se necessário que a remuneração dos proprietários seja cada vez mais satisfatória e maior que o custo de investimento realizado por estes. Esta é a representatividade de agregação de valor ao negócio.
	Em outra análise, a lucratividade da empresa tende a se afastar do resultado econômico para o financeiro à medida que calcula um índice que exclui os efeitos de valores que não transitam pelo caixa como depreciações e amortizações, o EBITDA.
	Nesta aula, você irá aprender sobre EVA (valor econômico agregado) e EBITDA, índices de análise financeira referentes à rentabilidade e lucratividade, respectivamente.
Criação de valor
	Para uma empresa, focar apenas na maximização do lucro não é uma decisão definitiva, principalmente se considerarmos em longo prazo.
	Uma administração financeira eficiente deve primar por decisões que aumentem o valor corrente das ações.
Lucro Decisões Financeiras > Geração de Riqueza Valor das Ações
	Este objetivo de criação de valor deve ser utilizado não somente para sociedades por ações, mas também as individuais e limitadas, pois decisões incorretas podem diminuir o valor de mercado do capital dos sócios.
Custo de Capital
	Após se trabalhar o retorno dos ativos, é necessário ter a determinação do custo de capital da empresa (próprio e de terceiros) para se conhecer a taxa de atratividade dos investimentos e a capacidade de agregar valor.
	O custo de capital de uma empresa (CMPC) é obtido pelo custo de cada fonte de capital ponderado por sua participação na estrutura total de financiamentos.
	O CMPC é a taxa mínima de atratividade da empresa e os retornos sobre os investimentos da empresa (ROI, já estudado) devem gerar um retorno maior que o CMPC.
Exemplo de criação de valor
	Considere que um acionista dispunha de R$ 100.000. Qual a melhor alternativa de investimento?
1ª Opção: Se ele investir em um banco, terá um retorno de 10% daqui a um ano, o que significa um resgate de R$ 110.000 (R$ 100.000 x 1,10). Fazendo o processo inverso, trazendo para valor presente o total gerado, os R$ 110.000 valeriam, hoje, R$ 100.000 (R$ 100.000/1,10).
2ª Opção: A empresa tem um projeto de investimento de R$ 100.000 que vai gerar, daqui a um ano, um fluxo de caixa líquido no montante de R$ 115.000 (retorno de 15%), com custo de oportunidade de 10%.
	Com esses percentuais, valeria a pena investir, visto que o retorno é maior que o custo do capital a ser investido.
Atenção:
Escolhendo a 2ª opção, efetivamente, quanto de riqueza o projeto criará para o acionista?
	O valor presente do projeto será R$ 104.545 (R$ 115.000/1,10). 
Como o projeto custa R$ 100.000, o valor gerado para o acionista será:
E se o retorno do projeto for de 5%?
Caso o projeto fosse implantado, seu valor presente seria R$ 95.455 representaria uma redução de riqueza para o acionista.
Analisando unicamente o projeto, vemos que seu retorno é inferior ao custo do capital de 10%, então não vale a pena.
Valor Econômico Agregado (Economic Value Added – EVA)
	Como visto, o retorno gerado pela empresa deve ser maior que o custo do capital investido pelo acionista.
 Em contabilidade, o lucro líquido apurado é obtido após a dedução do custo de capital de terceiros (juros ou despesas financeiras) referente a empréstimos, financiamentos e prazos de fornecedores e não leva em conta o custo do capital próprio empregado.
	Considere a seguinte estrutura de capital e resultado da empresa Faturando:
Tem-se, então, que o EVA da empresa é R$ 10.000. A empresa Faturando, no período em questão, reduziu a riqueza dos acionistas.
Agora, observe as estruturas de capital e resultado da empresa Valorizando:
Tem-se, então, que o EVA da empresa é R$ 550.000. A empresa Valorizando, no período em questão, aumentou a riqueza dos acionistas.
NOPAT
	Para uma análise mais apurada do EVA, ajustes devem ser feitos ao lucro líquido. O resultado final obtido é chamado NOPAT e, então, o EVA = NOPAT – CMPC.
 	Segundo Frezatti (2001), os ajustes necessários, de acordo com as operações da empresa, são:
Ajuste do tipo 1: Necessidade de identificação do resultado econômico e investimentos em recursos que proporcionem tal resultado. Esses ajustes podem ser classificados em: 
Ajustes sem contrapartida, quando afetam apenas a apuração do resultado econômico operacional sem afetar a base de investimentos para a apuração do retorno; 
E ajustes com contrapartida, quando afetam tanto a apuração do resultado econômico operacional, quanto a base de investimentos para a apuração do retorno.
Ajuste do tipo 2: Necessidade de expurgar valores que não impliquem, necessariamente, em impacto econômico/caixa.
Ajuste do tipo 3: Necessidade de ajustes para expurgar ganhos e perdas não correntes.
NOPAT
EBITDA
 	É a sigla de “Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, que significa "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização", em português.
	O EBITDA é um indicador financeiro, também chamado de Lajida ("Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização"), e representa quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros.
	O EBITDA é importante para os empresários e administradores de empresas, pois dá a possibilidade deles não analisarem apenas o resultado final da organização, e sim o processo com um todo, e esse indicador é bastante utilizado no mercado de ações. 
	
	O EBITDA é utilizado essencialmente para analisar o desempenho das organizações, pois ele é capaz de medir a produtividade e a eficiência da empresa, um ponto que é essencial para o empresário que pretende investir. O termo é bastante utilizado por analistas financeiros em análise de balanços de contabilidade de empresas de capital aberto.
	Para calcular o EBITDA é necessário primeiro calcular o lucro operacional, que é a subtração, a partir da receita líquida, do custo dos produtos vendidos (CPV), das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros).
	Depois, é só somar ao lucro operacional os juros, a depreciação e amortização que estão incluídas no CPV e nas despesas operacionais.
Como Calcular O EBITDA
Aula 10
Conclusões e Relatórios
	O simples cálculo dos índices de análise econômico-financeira provavelmente não será eficiente, se não estiver acompanhado de um relatório que supra os objetivos do usuário dessa análise.
 	O relatório de análise deve estar baseado, além dos índices, no conhecimento prévio da empresa em questão, como sua marca, seus valores históricos e o posicionamento da diretoria.
	Nesta aula, serão abordados os pontos principais para elaboração do relatório de análise financeira e sua importância para uma decisão conclusiva por parte dos usuários, sejam estes investidores, credores ou gestores.
Conclusões e elaboração dos relatórios de análise das demonstrações financeiras
	As demonstrações financeiras se tornarão informações que permitam concluir o perfil da empresa com relação ao crédito, à administração, à lucratividade, à rentabilidade e à eficiência, isoladamente e comparativamente com outras empresas do setor.
	A eficiência da análise de balanços está diretamente relacionada com o montante de informações pertinentes aos objetivosdos usuários que esta consegue fornecer.
	Neste contexto, os relatórios gerados pela análise das demonstrações contábeis devem ser escritos em linguagem corrente, descomplicadas para o entendimento de um leigo.
	A seguir, serão descritos pontos importantes para a elaboração dos relatórios e conclusões que apoiarão futuras decisões.
Processo de elaboração de relatório de análise das demonstrações financeiras
	O processo de análise das demonstrações contábeis e consequente relatório e conclusões segue os seguintes estágios:
Escolha e cálculo dos indicadores.
Comparação com séries históricas e padrões.
Diagnóstico e conclusões.
Relatório.
Principais elementos de um relatório de análise das demonstrações financeiras
	Conforme dito, os relatórios de análise devem ser elaborados de forma clara e sucinta para compreensão de todos os seus usuários.
Podem-se citar como principais elementos de um relatório de análise:
INTRODUÇÃO: porque e para quem o relatório foi elaborado.
SUMÁRIO: relação dos itens abordados.
CORPO: descrição dos itens do sumário.
CONCLUSÕES: opinião individual e comparativa de cada item.
RECOMENDAÇÕES: de acordo com os objetivos do trabalho e os resultados encontrados.
Pré-requisitos para elaboração do relatório de análise das demonstrações financeiras
Conhecimento básico de contabilidade
Conhecimento de técnicas de análise
Atividade da empresa
Políticas e estratégias da empresa
Perfil dos administradores
Influências dos ambientes interno e externo na empresa
Capacidade de interpretação
Árvore do ROA e do ROI (Modelo Dupont)
	Para incrementar a análise das demonstrações contábeis, o desdobramento do ROA e ROI como produto da margem pelo giro auxilia os gestores a identificar desempenhos diferentes do planejamento.
Árvore do ROI (Modelo Dupont)
Pontos de observação para interpretação das demonstrações financeiras
	Após o cálculo dos índices, como proceder à análise conjunta destes? Seguem algumas dicas, pois interpretações isoladas podem induzir ao erro:
1. Conhecimento prévio da empresa analisada: história, produtos ou serviços, marca, imagem, nível tecnológico, relacionamento com instituições financeiras.
2. Exame detalhado das notas explicativas para obter informações adicionais relevantes.
3. Conhecimento dos índices anteriores da empresa para uma análise comparativa.
4. Proceder uma análise comparativa dos índices da empresa com os de concorrentes e com a média do setor, separando por tipos: liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade.
5. Conhecer os pontos fortes e fracos da empresa através das árvores de rentabilidade (ROI e ROA) da empresa.
6. Analisar o preço da ação em comparação com o lucro da referida ação para saber as expectativas do mercado com relação à empresa.
Precauções para a obtenção de melhores conclusões da análise das demonstrações financeiras
Certificar-se de que as demonstrações financeiras foram elaboradas segundo critérios contábeis homogêneos.
Trabalhar com um grupo de índices compatível com a finalidade da análise.
Inteirar-se das peculiaridades da empresa e do seu ramo de negócios.
Realizar comparações do tipo temporal (2 anos, por exemplo) e inter-empresarial de negócios.
Complementar e análise quantitativa com aspectos qualitativos, seja referente aos administradores, seja quanto ao empreendimento.

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