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CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES

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CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES
Crime Material: É aquele em que existe 1 resultado previsto na lei e é exigido para sua consumação. Ex. Art. 121 Homicídio
Crime Formal: É aquele em que existe 1 resultado previsto na lei, mas não é exigido para sua consumação. Ex. Art. 158 Extorsão, Art. 159 – Extorsão Mediante Seqüestro. Não há necessidade de receber o que exige. Se exigiu já consumou. Se constrangeu, já consumou.
Crime de Mera Conduta: É aquele em que a mera conduta já consuma o crime. O tipo penal não descreve um resultado (naturalístico), apenas uma conduta. Ex. Art. 135 – Omissão de Socorro. Art. 150 Violação de domicilio na modalidade permanecer.
Crime Comissivo: Praticado por ação Crime Omissivo: Praticado por omissão. Pode ser:
Omissivo Próprio ou Omissivo Puro: Aquele que não admite tentativa, pois ou o Agente faz o que deve fazer ou não faz. Ex. Art. 135 – Omissão de Socorro.
Art. 269 – Deixar o médico de informar a autoridade pública doença de notificação compulsória.
Omissão Imprópria ou Crime Comissivo Por Omissão: É aquele em que se pratica pela inobservância do dever jurídico de agir. Omissão penalmente relevante. Omissão Imprópria (art. 13 parag. 2º “a”, “b” e “c”
Crime Complexo: É o que resulta da fusão de dois ou mais crimes. Ex. At. 157 Roubo = Nada mais é do que o art. 155 Furto com a grave ameaça art. 147
Crime Comum: É o que pode ser praticado por qualquer pessoa. Ex. Homicídio. Qualquer um pode matar, não exige uma qualidade especial para ser praticado.
Crime Próprio: É o que exige uma qualidade especial para ser praticado. Ex. Os crimes praticados por funcionário público. Art. 312. Peculato. Art. 213 Estupro, só o homem.
Crime de Mão Própria: É aquele em que somente o autor pode praticar, não tem como pedir para que outro o faça por ele. Não admite o chamado longa manus.
Ex. Prevaricação – art. 319. Falso Testemunho art. 342 Crime Consumado: É o que reúne todos os elementos do tipo penal.
Crime Tentado: É o que não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente Crime Falho: É a chamada Tentativa Perfeita
Crime Continuado: Art. 71 Quando pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, faz-se presumir que o crime posterior é conseqüência do anterior. Ex. O caixa de um supermercado que tira R$ 1,00 todo dia do caixa.
Crime Doloso: Art. 18, Inciso I – É quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.
Crime Culposo: Art. 18, Inciso II – É quando o agente não quis o resultado, mas deu causa a este por imprudência, negligência ou imperícia
Crime Preterdoloso: É uma espécie de crime agravado pelo resultado. Dolo no antecedente (Conduta) e Culpa no conseqüente (Resultado). Lesão corporal seguida de morte. Art. 129, parag. 3º
Crime de Ação Única: Crime praticado por apenas 1 conduta, 1 verbo. Ex. Homicídio somente matar tem no tipo penal.
Crime de Ação Múltipla ou Conteúdo Variado ou Tipo Misto: É aquele em que o tipo penal tem mais de uma conduta, ação, verbo. Ex.: Art. 180 – Receptação, art. 122. Induzir, Instiga ou Auxiliar alguém a suicidar-se.
Crime Unissubjetivo ou Unilateral ou Monossubjetivo Concurso Eventual: É aquele em que pode ser praticado por 1 pessoa. Cuidado, mas também pode ser por mais, enquanto o próximo somente por mais de uma, nunca por 1 pessoa. Crime Plurissubjetivo ou Concurso Necessário: É aquele em que somente pode ser praticado por várias pessoas. Art. 288 Formação de Quadrilha, Art. 137 – Rixa
Crime Unissubsistente: Crime praticado por apenas 1 ato. Não há como fracionar os atos, não há como fracionar o inter criminis, conseqüentemente não admite tentativa. Ex. Art. 140 Injúria
Crime Plurissubsistente: Crime praticado por mais de 1 ato. Tem como fracionar o inter criminis Ex. Homicídio.
Crime de Dano: É aquele que exige efetivamente 1 dano. Lesão Corporal – art. 129, Homicídio – art. 121 Crime de Perigo: É aquele em que não se exige o dano, apenas o perigo em abstrato já consuma o crime. Ex. art. 132 – Periclitação a vida ou saúde de outrem.
Crime de Forma Livre: É aquele em que não se exige um modo de ser feito, um jeito de ser praticado, para que seja aceito. Ex. Art. 121 – Homicídio. Pode- se matar de qualquer jeito.
Crime de Forma Vinculada: Exige-se que seja feito de uma certa forma, se não será fato atípico ou outro crime. Ex. Art. 213 – Estupro – Apenas a conjunção carnal, pênis, vagina pois qualquer ato diverso da conjunção carnal será tido como Atentado violento ao pudor, art. 214.
Crime de Ímpeto: É aqel praticado no impulso. Podemos colocar como exem o Homicídio Privilegiado, praticado sob violenta emoção.
Crime Habitual: É aquele em que uma conduta isolada não constitui crime. Ex. Art. 282 Exercício Ilegal da Medicina. Art. 229 – Casa de Prostituição 
Crime Instantâneo: É aqel em q a consumação não se prolonga no tempo, de consumação imediata. Ex. Art. 121 - Homicídio
Crime Permanente: É sua consumação se prolonga no tempo. Ex. Tráfico de drogas, na modalidade manter em depósito. Art. 148 - Seqüestro
Crime Instantâneo de Efeitos Permanentes: É aquele em que sua consumação não se prolonga no tempo, porém os seus efeitos, suas conseqüências permanecem no tempo. Há autores que digam o homicídio. Mas como unanimidade termo o art. 155 parag. 3º Equipara-se a coisa alheia móvel a energia elétrica.
Crime Multitudinário: É o crime praticado sob a influência de multidão
Crime Transeunte: É aquele crime em que passa e NÃO deixa vestígios. Art. 140 Injúria
Crime Não-Transeunte: É aquele que passa e deixa vestígios. Ex. Art. 121 Homicídio. Art. 129 – Lesão Corporal
Crime Mono-ofensivo: É aquele em que só ofende apenas 1 bem jurídico tutelado. Ex. Art. 129 – Somente a vida
Crime Pluriofensivo ou Composto: É aquele em que ofende ou atinge mais de 1 bem jurídico tutelado. Ex. Latrocínio – O patrimônio e a vida.
Crime Vago: É aquele em que não tem 1 sujeito passivo é indeterminado, é a coletividade. Ex. Art. 233 Ato obsceno – Art. 211 – Ocultação de cadáver.
Quanto ao sujeito:
Crime comum: pode ser praticado por qualquer pessoa. Ex.: homicídio, roubo, furto. Crime próprio: exige uma condição ou qualidade específica do sujeito ativo. Ex.: mãe no infanticídio e servidor público no peculato. 
Quanto à conduta:
Crime comissivo: cometidos por meio de uma ação. Ex.: sequestro.
Crime omissivo: praticado através de uma abstenção, um não agir. Ex.: omissão de socorro.
Quando ao resultado:
Crime material: exige resultado naturalístico. Ex.: nos crimes dolosos contra a vida, exige a morte para a consumação.
Crime formal: não há necessidade de resultado naturalístico, embora seja perfeitamente possível a sua ocorrência. Assim, basta a conduta humana para a sua consumação. Ex.: na concussão, apenas com a exigência se consuma o delito, não necessitando da obtenção de vantagem econômica. Referida vantagem apenas teria relevância para fins de aplicação da pena.
Crime de mera conduta: exigese apenas a conduta do agente, não comportando a ocorrência de resultado naturalístico. Ex.: porte ilegal de arma de fogo, algumas formas de violação de domicílio, etc.
Quanto à intenção do agente:
Crime de dano: consuma-se com a efetiva lesão do bem jurídico tutelado. Ex.: furto.
Crime de perigo abstrato: o perigo de lesão ao bem jurídico é presumido pela lei. Ex.: tráfico ilícito de substâncias entorpecentes.
Crime de perigo concreto: o perigo de lesão ao bem jurídico deve ser devidamente demonstrado ou comprovado. Ex.: expor a vida ou saúde de alguém a perigo (art. 132, CP) e dirigir sem habilitação (art. 309, CTB). 
Crime de perigo individual: perigo de lesão abrange apenas uma pessoa ou número determinado de pessoas. Ex.: crimes previstos nos artigos 130 a 137, todos do Código Penal.
Crime de perigo coletivo: perigo de lesão ou dano abrange um número indeterminado de pessoas. Ex.: artigos 250 a 259, todos do Código Penal.
Quanto ao momento da consumação: 
Crime instantâneo: a consumação se dá em uma única conduta e não produz resultado prolongado no tempo, ou seja, o momento consumativoé definido. Ex.: homicídio.
Crime permanente: a consumação se dá em uma única conduta, contudo se prolonga no tempo enquanto durar a vontade do agente. Ex.: extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma de fogo ou de substâncias entorpecentes.
Quanto ao número de agentes:
Crime unissubjetivo: pode ser praticado por uma única pessoa. Havendo concurso de agentes, tratar-se-á
de concurso eventual. Ex.: homicídio, aborto, estelionato, etc.
Crime plurissubjetivo ou de concurso necessário: somente pode ser praticado por mais
de uma pessoa e com liame subjetivo entre as mesmas (concurso de agentes). Ex.: associação criminosa, organização criminosa, rixa, etc.).
Quanto ao modus operandi:
Crime unissubsistente: admite a prática do crime por meio de um único ato. Ex.: injúria verbal.
Crime plurissubsistente: exige uma ação consistente em vários atos. Ex.: homicídio.

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