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FARMACOLOGIA 1

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Dose= mg/Kg
Peso= Kg, g, mg. 1kg = 1000g = 1000mg
[ ] concentração = mg/ml ou % = gramas em 100ml
Volume = litros ou ml 1l = 1000ml
1º passo: relacionar a dose com o peso.
2º passo: relacionar a concentração com a massa encontrada do 1º passo.
AULA 1 – FARMACOTÉCNICA
Técnica de preparação de fármacos. 
Forma farmacêutica: forma de apresentação do medicamento
Prazo de validade: a partir da data de validade o medicamento vai perdendo seu PA (principio ativo) e a sua conservação, ficando mais fácil uma contaminação. 
Principio ativo: principal componente dentro de uma formulação, é o responsável pelo efeito terapêutico/farmacológico do medicamento. Os remédios genéricos sempre vêm com o nome do principio ativo.
Fórmula farmacêutica: conjunto de todas as substancias que constituem um medicamento.
Excipiente ou veiculo: tudo que não é principio ativo. Não tem efeito terapêutico, ele pode ajudar a dissolver o PA, pode ser corante, aromatizante, conservante. 
Placebo: não tem PA só excipiente. 
Remédio: todos os meios usados para prevenir ou curar uma doença. (Medicamento, oração, comer chocolate, namorar, fisioterapia)
Medicamento: produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, paliativa ou para fins de diagnóstico.
- M. Alopáticos: é aquele que provoca um efeito contrário ao sintoma que está sendo tratado. Obter a cura pelo contrario.
CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
Obs. Sempre que se fala em solução significa que é homogênea, o PA se mistura muito bem a formulação, não precisa agitar.
Quanto ao estado físico:
a) Medicamentos Líquidos:
soluções injetáveis: preparações líquidas estéreis, livres de qualquer substância capaz de provocar reações pirogênicas. Utilizadas para administração parenteral. Ex: solução de glicose 50 %, sulfato de atropina injetável, etc.
soluções para uso oral: são líquidos destinados à administração oral. Diferem das soluções injetáveis por dispensar a exigência de esterilidade. São muito utilizadas, principalmente pela facilidade de administração e boa absorção dos fármacos no TGI. Ex: Novalgina gotas, etc.
Obs: A diferença da solução oral para a injetável é que a injetável é estéril!
Emulsões: é a mistura interna de líquidos imiscíveis (óleo/água). Essa forma farmacêutica possibilita administrar em uma única mistura substâncias hidro e lipossolúveis. Não pode esquecer de agitar. Ex: Emulsão de Scott, Emulsão de benzoato de benzila, etc.
Suspensões: é a mistura de um sólido (normalmente um pó) em um líquido, onde esse não seja solúvel. São utilizadas para uso oral, aplicações tópicas, e em administrações parenterais (SC ou IM). Se não misturar vamos tomar apenas o excipiente e o PA vai ficar no pó. Ex: suspensão de insulina, micostatin, etc.
Xaropes: soluções quase saturadas de sacarose em água (onde é veiculado o princípio ativo). São geralmente utilizados como calmantes da tosse, sendo administrados por via oral. Ex: Xarope tiratosse, MM expectorante, etc. O açúcar também funciona como conservante. Mas temos que tomar cuidado com pacientes diabéticos.
Elixires: soluções hidroalcoólicas de substâncias medicinais adocicadas e aromatizadas. O álcool vai atuar como o conservante, é adoçado com adoçante, indicado para diabéticos. Ex: Elixir paregórico, Elixir de maracujá, etc.
Obs. Diferença entre xarope e elixir: os dois são doces, mas o elixir é adoçado com adoçante, e o conservante dele é o álcool e no xarope é o açúcar. 
Loções: preparações farmacêuticas líquidas aquosas, homogênea de aplicação na pele sem fricções. Apresentam vantagens sobre as pomadas por serem menos irritantes à superfície cutânea e mais facilmente removidas. Ex: Dermoxil, etc.
Enema, Clister e Lavagem: são formas farmacêuticas líquidas destinadas à administração retal, com fim laxativo ou para produzir efeito local ou sistêmico (anti-helmíntico, suplemento nutritivo). Essas formas diferenciam-se pelo volume administrado. Usado para fins de exame, ou paciente com constipação intensa.
Infusos: são formas farmacêuticas obtidas por infusão, que consiste em extrair os princípios ativos da droga com água fervente por alguns minutos. Corresponde aos chás. Ex: infusão de erva doce, camomila, etc.
Decoctos: diferem dos infusos por serem preparados por cozimento, ou seja, por aquecimento da droga com água até a ebulição. Ex: decocto de cravo, da índia, jaborandi, etc.
Tinturas: são preparações habitualmente concentradas, obtidas pelo tratamento do tecido vegetal ou animal com um solvente, a fim de retirar seus componentes ativos. O líquido extrator, na maioria dos casos é o álcool diluído 40 %. Ex: Tintura de ópio, boldo, etc.
Linimentos: são preparações líquidas para aplicações sobre a pele por meio de fricções.
b) Medicamentos sólidos:
Pós: formas farmacêuticas constituídas por um conjunto de partículas sólidas obtidas por divisões adequadas da droga. Pode ser utilizadas para a preparação de outras formas farmacêuticas, como comprimidos e granulados ou pode ser usado diretamente como medicamento. Ex: Bicarbonato de sódio.
Granulados: formas farmacêuticas constituídas por açúcar associado a substâncias medicamentosas, apresentando aspecto de pequenos grãos irregulares. Podem ser administrados por via oral ou destinar-se a preparações de comprimidos. Ex: Agiolax.
Obs: pós e grânulos podem auxiliar na preparação de medicamentos.
Comprimidos: Preparações farmacêuticas de consistência sólida e forma variada, obtida pela compressão de substâncias medicamentosas secas. Ex: doril, Cibalena, etc.
Drágeas: são comprimidos revestidos. As principais vantagens dessa forma farmacêutica são: possibilitar o emprego de substâncias que não podem sofrer ação do suco gástrico, por via oral. Nesse caso o revestimento deve ser gastro-resistente. Ex: Cataflan drágeas, Memorex, etc.
Obs. Diferença de drágea e comprim.? Comprimidos tem formas e tamanhos variáveis, e pode ou não ser sulcado, ele sofre a ação do acido clorídrico e vai ser degradado no estomago, já as drágeas tem revestimentos externo para que ela passe intacta pelo estomago e não sofra ação do acido clorídrico, ela vai ser degradada no intestino e não pode ser cortada ao meio.
Cápsulas: preparações farmacêuticas constituídas por um invólucro, que pode ser de natureza amilácea ou gelatinosa, destinado a receber medicamentos em pó ou líquidos. São utilizadas para mascarar o cheiro e/ou sabor desagradáveis dos medicamentos. Ex: Ampicilina, Nootropil, etc. Não é recomendado abrir as capsulas apenas em ultimo caso porque a absorção vai ser menor.
Pílulas: são preparações farmacêuticas sólidas, esféricas, apresentando fácil ingestão. Podem ser drágeas ou comprimidos de pequeno tamanho. Ex: Diane, Minulet, etc.
Supositórios: são preparações farmacêuticas sólidas, de forma e peso adequados e que destinam-se à introdução no reto, onde irão desagregar e sofre absorção. Comumente apresentam forma ovóide. Ex: Eufilin, Supositório de glicerina, etc.
Óvulos: de consistência sólida, forma ovóide, destinadas à absorção vaginal. Devem desintegrar-se ou dissolver-se à temperatura do organismo. Ovulos de progesterona para fazer relaxamento uterino em mulheres gravidas. Dependendo do caso pode ser ingerido via oral.
Anel Vaginal: anel anticoncepcional usado por 3 semanas 
Adesivos: analgésicos, anticoncepcionais, nicotina. 
Medicamentos semissólidos:
Ungüentos: forma farmacêutica gordurosa, semissólida, destinada a aplicação sobre a pele. Atuam como adstringentes, antissépticos e protetores. Ex: Ungüento de picrato de butesin, etc.
Pomadas: Oleosa, mas não tanto quanto o unguento. São preparações que têm por excipiente óleos diversos, aos quais se acrescentam substâncias medicinais destinadas à administração tópica. Ex: Pomada de arnica, Pomada de lassar, etc.
Cremes: 50% agua 50% óleo. Ele absorve mais rápido. Formas farmacêuticas destinadas ao uso externo, constituído por duas fases intimamente dispersas uma na outra (aquosa e oleosa), de consistência semilíquida. As substâncias terapêuticas podemestar dissolvidas ou emulsionadas numa das fases. Ex: Betnovate creme.
Géis: Muito mais aquoso. 
Obs. A diferença entre essas 4 formas são a composição de agua e óleo. As vezes o mesmo PA se apresenta nas 4 formas. 
Erossol/Spray:
Apresenta partículas gasosas. Suspensão de finas partículas sólidas ou líquidas, dispersas em gás ou gases propelentes, conservadas em recipientes adequados. Podem ser utilizadas para aplicações por via cutânea, inalatória e mucosas. Ex: Aerolin spray, etc.
AULA 2 – FARMACOCINÉTICA
Farmacocinética: movimento da droga pelo organismo.
Temos 4 processos cinéticos: absorção, distribuição, biotransformação e excreção.
Vias de administração: portas de entrada do medicamento para o nosso organismo, é o método de introdução do fármaco no organismo, a mais usada é a via oral. O ideal seria colocar a medicação onde ela precisa agir, mas nem sempre isso é possível. Dependendo do protocolo e da terapêutica, vamos ter que saber escolher uma via de administração e uma forma de apresentação que vá proporcionar o efeito que eu quero, pois a via de adm vai influenciar na velocidade e extensão da absorção. Quanto maior for a absorção maior e mais rápido será o efeito farmacológico. 
Para isso temos que observar: Tipo de ação: efeito sistêmico ou local? O Adesivo de nicotina/anticoncepcional por exemplo precisa ter efeito sistêmico, então ele vai precisar ter hidratantes, emolientes que proporcione hidratar essa pele e aumentar a absorção através de promotores de absorção facilitando a penetração.
Rapidez de ação: adesivo tem ação prolongada já a endovenosa tem ação rápida. 
Natureza do fármaco: não adianta colocar um comprimido na sublingual se ele não foi feito para ser ingerido assim, temos que respeitar a natureza do fármaco. 
As principais vias que temos são classificadas em: via tópica (local) deposito em um local na mucosa, mas não necessariamente vamos ter um efeito local, pode ser sistêmico também (adesivos). 
Vias digestivas: conhecidas como vias enterais, a medicação vai passar pelo trato gastrointestinal. Ex: Sublingual, oral e retal. A sublingual e a retal podem ser consideradas vias tópicas quando usadas com efeito local.
Vias parenterais: conhecidas como vias injetáveis. Ex: Via endovenosa, intramuscular, intradermica, intraperitoneal. Alguns classificam as vias parenterais como diretas e indiretas, diretas com auxilio de agulhas, indiretas sem auxilio de agulha (canal).
Via tópica
Quais os tipos de mucosa que eu posso utilizar para administrar a medicação? 
Diretamente na derme: na pele integra temos duas possibilidades da medicação alcançar os vasos sanguíneos, ou pelos poros das glândulas ou pelos poros dos folículos pilosos. Essa via necessita de substancias para hidratar a pele e os promotores de absorção para facilitar a entrada.
Mucosa orofaringe (bucal): Ex: Omcilon orabase nas aftas 
Mucosa nasal: soro fisiológico para hidratar o nariz.
Mucosa retal: supositório (efeito local) ou supositório com alguma medicação (para hemorroidas por ex) vai ter uma absorção e ter um efeito sistêmico. 
Mucosa vaginal e uretral: hormônios a base de gel, óvulos, pomadas
Auricular (ouvido) e Conjuntiva (ocular).
Vantagens: Efeitos locais (tópicos) e/ou sistêmicos, Fácil absorção de drogas lipossolúveis em mucosas (folículos pilosos ou gl.sebáceas)
Desvantagens: pele integra x pele alterada e níveis sanguíneos. 
Vias digestivas
Via oral
Características: As drogas podem ter um caráter acido ou básico e ai dependendo do ph que se encontra vai ocorrer uma dissociação em forma molecular (molécula H2O) ou ionizada (H+O-) só a forma molecular que passa de um compartimento para outro, a forma ionizada fica aprisionada. Toda droga tem um PKA (constante de dissociação) ela pode formar moléculas ou íons. No intestino se tem a absorção de drogas com pka de 3 a 8, ou seja ácidos ate básicos. Se tem a droga ou acida ou básica, tem o ph do meio onde a droga vai se encontrar e tem a forma pela qual ela vai ficar apresentada. 
A droga de caráter acido num ph mais acido vai prevalecer a sua forma de moléculas
A droga de caráter acido num ph mais básico vai prevalecer a sua forma ionizada
A droga de caráter básico num ph mais básico vai prevalecer a sua forma de moléculas
A droga de caráter básico num ph mais acido vai prevalecer a sua forma ionizada
Quem vai sofrer a absorção são as forma moleculares e dependendo do ph da formula e o meio que ela se encontra vai se formar mais moléculas ou não. O ideal é formar mais moléculas.
Quando o caráter da droga é semelhante ao ph do meio é onde ela vai ficar molecular. Quando se fala que a droga tem um pka de 3 significa que quando essa medicação se encontra numa solução aquosa de ph de 3 nós temos um equilíbrio entre essas duas formas. 50% na sua forma molecular e 50% na forma ionizada. Conforme muda o ph ela vai tender para uma das formas. 
Estomago: O nosso estomago é um órgão especializado em digerir, temos a ação dos sucos digestivos para isso. Ele é um órgão que tem pouca área de absorção, ele é pouco vascularizado, tem grande presença de muco isso dificulta tbm a absorção. Algumas drogas de caráter acido começa a ser um pouco absorvido no estomago, mas a maioria não. Uma droga acida que começa a ser absorvida no estomago quando chega na porção inicial do intestino que ainda é um pouco acida, consegue formar moléculas, conforme vai sendo levado para os dois terços finais que são mais básicos começa formar íons.
Intestino delgado: A absorção ocorre a nível de intestino. Drogas com pka de 3 a 8, grande área de absorção (200m²) e alta vascularização.
Vantagens: permite a auto administração/medicação, conveniente, econômica, segura (em casos de erro de dosagem faz a lavagem eliminando grande quantidade), administrações diárias ou por longos períodos.
Desvantagens: auto administração/medicação também, velocidade de esvaziamento tgi, com o estomago vazio o medicamento seria logo mandado para o intestino e seria absorvido, mas na presença de alimento o transito do medicamento vai ser mais lento. Alguns medicamentos prefere-se essa absorção mais lenta; 
PH, tem medicamentos que vai ser degradado no ph do estomago diminuindo e efeito farmacológico; Complexação com alimentos: ex a tetraciclina, muitos tomavam com leite, mas o cálcio do leite com a tetraciclina forma um quelato (complexo que não tem absorção), fazendo perder no lado nutricional pq não vai absorver o cálcio do leite e no lado fármaco, pq não vai absorver a tetraciclina. Como não sabemos a composição de todos medicamentos melhor tomar com agua sempre. 
Ação irritante, enzimas digestivas, sabor desagradável: muitas vezes a farmacotécnica consegue reverter
Vomito e inconsciência: perde-se antes de ser absorvido. 
Efeito de primeira passagem hepática: a via oral é a que mais sofre esse efeito, primeira vez que esta passando pelo fígado. Medicamento cai no estomago e vai para o intestino, ai se tem o ciclo entrehepatico, através da veia porta ele é direcionado para o fígado, que tem como função a transformação química através de reações enzimáticas, uma parte que chega vai ser inativada caindo na circulação de forma inativa sem seu efeito farmacológico. Ou seja, esse efeito é a perda de parte do medicamento antes dele exercer seu efeito farmacológico. Ele está diminuindo a biodisponibilidade do medicamento. Mas essa perda a farmacocinética já contabilizou na hora da formulação do medicamento.
Ex: antibióticos x anticoncepcionais: pode ter drogas que induzem as enzimas fazendo elas trabalharem mais, então a quantidade de metabólicos que vão ser inativados vai ser maior diminuindo a eficácia do contraceptivo OU os antibióticos podem não estar alterando o figado, mas pode alterar a flora intestinal levando a diarreia, e os contraceptivos dependem do ciclo entre-hepatico para manter essa biodisponibilidade, então se toma a medicação ela passa pelo fígado, parte é inativada, ela sofre essa excreção biliar e retorna para o intestino, o que retornou para o intestinoessas bactérias da flora tbm tem essa capacidade de metabolismo, ela pega aquilo que foi inativado e torna ativo e aí se tem uma absorção dos vasos linfáticos para o sangue, isso mantem a quantidade de hormônios no organismo. Atualmente a taxa de hormônios nas pílulas é muito baixa e o que se perde já faz falta. 
Via Sub-lingual
Evita sistema porta e enzimas digestivas e complexação com alimentos, ela não vai cair no estomago.
Vascularização pelas veias tributarias da jugular interna e maxilar interna.
Via Retal
Vantagens: evita sistema porta e enzimas digestivas, usada quando a via oral está impedida ou inconsciência.
Desvantagens: incapacidade de retenção no tgi, absorção irregular e incompleta, irritação da mucosa retal, diarreia. 
Vias parenterais
Intradérmica, sub-cutanea, intramuscular, intravenosa, intra-arterial, intraperitoneal, intracardíaca, intracanal, vernizes. 
Via subcutânea: administrar pouco volume 0,3 a 1ml
Vantagens: irrigação e consequentemente absorção lenta, tendo então uma ação prolongada. Ex: vacinas, insulina 
Desvantagens: Irritação, dor por que tem muitas fibras sensitivas se apresentando em formas aquosas para diminuir a dor, adm de pequenos volumes. 
Via intramuscular: deposição da droga na massa muscular. Região mais interna e vascularizada, essa, maior vascularização e poucas fibras sensitivas permite boa absorção e indolor (depende da forma farmacêutica) 
Formas farmacêuticas: solução aquosas indolor, oleosas e suspensões aumentam a dor.
Vantagens: absorção imediata, preparações de deposito (suspensão)
Desvantagens: processos inflamatórios, endurações, parestesias, endovenosa acidental. Não permite grandes volumes (no braço ate 3ml, glúteo ate 5ml), substancias irritantes ou pH, pirogenios (capazes de desencadear febre).
Via intravenosa: 
Vantagens: efeito rápido, quase instantâneo, adm de grandes volumes (tanto injeção ou gota-a-gota) e substancias irritantes são mais aceitas.
Desvantagens: reações anafiláticas, embolia, sobrecarga circulatória, irritação do endotélio vascular (formando manchas, fazer rodizio de veias), bacteremia, extravasamento de sangue.
Via nasal: normalmente uso na mucosa nasal para uma ação tópica.
Via pulmonar: através de substancias inalatórias, aerossóis, sprays. Deposita-se na traqueia ou nos brônquios ou nos alvéolos pulmonares. ps. anestésicos via pulmonar com efeito sistêmico.
Vantagens: absorção rápida e quase completa, ausência de efeito de primeira passagem, aplicação local.
Desvantagens: dose adequada difícil, irritação do epitélio pulmonar, traumatismo na entubação. 
AULA 3 e 4 – FARMACOCINÉTICA (Movimento de um fármaco pelo org)
Para que a medicação faça seu efeito, primeiramente temos que introduzir a droga escolhendo a melhor via de administração e a melhor forma de apresentação do medicamento. 
O primeiro processo será a absorção, a droga precisa ser absorvida para o sangue e depois distribuída para todo nosso organismo. Quando a droga chega no sangue, ou ela vai se apresentar na sua forma livre ou ela pode ficar ligada, essa ligação se da principalmente pela albumina, porém, só passa para outros locais a fração que está na forma livre, a forma ligada não passa, quando chega no espaço intersticial ou até mesmo da célula tbm é possível ter ligações, tem drogas que tem afinidades com tecidos, como o de gordura, o nervoso. Existe o metabolismo em todos os locais, e o que pode ser posto para fora? Aquilo que foi metabolizado e o que ainda não foi biotransformado, então é possível eliminarmos medicamento que ainda tem efeito farmacológico. Tanto o metabolismo como a excreção tem por finalidade colocar fim no efeito farmacológico. O metabolismo tem essa capacidade porque ele transforma um composto em outro, não permitindo uma ligação ou um futuro efeito farmacológico.
Então, para que a droga seja absorvida do local que foi administrada ate a corrente sanguínea, ela tem que passar por barreiras, por membranas, obedecer as leis de difusão. A absorção nada mais é que a passagem da droga do local administrado até ela alcançar a corrente sanguínea. Se administrado pela via intramuscular, vai ser a passagem da droga do musculo até o sangue, no caso da intravenosa ele não vai sofre absorção, porque já foi administrado direto no sangue, por isso essa via tem uma biodisponibilidade de 100%.
Biodisponibilidade: é a fração ativa do fármaco disponível no sangue para qualquer local do organismo.
Então para o fármaco ser absorvido ele tem que obedecer as leis de difusão, atravessar membranas e a características das nossas membranas celulares são a constituição bi-lipídica, por isso quanto mais lipossolúvel for a estrutura química do medicamento melhor ele passa por essas camadas bi-lipidicas, quanto mais hidrossolúvel mais dificuldade ele vai ter, porque ele vai precisar passar pelos poros que essa proteínas formam.
Toda droga tem uma característica mais lipo ou hidro, não dá pra ser 100% um dos dois, porque as membranas são bi-lipidicas, mas nos espaços existe agua, então tem que ter um pouco de cada, isso se chama coeficiente de partição lipídeo-agua. Quanto maior o coeficiente maior a liposolubilidade = maior a solubilidade. 
Os tipos de transporte que essas drogas fazem uso para se difundir pelo nosso organismo são:
- Difusão passiva através dos lipídeos: a molécula vai se difundir entre as camadas bi-lipidicas, geralmente vai a favor do gradiente de concentração (+ conc para o – conc ate alcançar equilibrio)
- Difusão passiva através dos poros aquosos: passa entre duas células, ou entre os canais formados pelas proteínas. As drogas mais hidro vão usar esse meio de transporte.
- Através de transportadores: existem moléculas que funcionam como transportadores, ele pega o composto de um lado e leva para o outro, mas nesse caso há gasto de energia. A glicose por exemplo precisa do Glut (?) que faz esse papel.
- Endocitose: para moléculas grandes, é quando a célula engloba partículas liquidas ou solidas (pinocitose, fagocitose).
Existem algumas propriedades que estão relacionados com o fármaco e que vai influenciar diretamente no processo de absorção, que são chamadas de propriedades fisio-quimicas da droga:
- Solubilidade: solúvel em gordura ou agua? Lipossolúvel, hidrossolúvel...
- Coeficiente de partição óleo/agua: que determina a solubilidade 
- Peso molecular: quanto maior for pior é 
- Forma farmacêutica: Solução > capsula > comprimido > drágea. Ordem decrescente de absorção.
- Carater iônico: na dissociação ele vai se apresentar na forma molecular ou ionizada, a molecular passa mais facilmente. Quando o caráter da droga está igual a do meio que ela se encontra a forma molecular que prevalece.
- PH do meio: acida, alcalina
Ex Via Oral: a absorção vai acontecer a nível de intestino, que é cheio de microvilosidades bi-lipidicas, é uma área especializada em absorção. Os alimentos, líquidos, taxa de esvaziamento, interferem na absorção pela via oral.
Ex Via IM: a forma vai interferir, a aquosa é mais rápida, a oleosa mais lenta e a suspensão mais lenta ainda, a irrigação sanguínea tbm interfere.
Depois que absorveu o processo que vai começar é a DISTRIBUIÇÃO.
Distribuição é o movimento do fármaco no organismo após a absorção ou passagem da droga do sangue para os tecidos.
Na Via endovenosa, os órgãos que recebem primeiro a medicação são aqueles mais vascularizados, os tecidos mais nobres (coração, pulmões, fígados, cérebro), mas após um tempo todos os tecidos se igualam.
Quando a droga chega no sangue, uma parte dela fica ligada à proteínas plasmáticas e parte fica livre, a forma livre consegue passar para os tecidos e a forma ligada continua no sangue.
Dependem de fatores como:
- Propriedades físico-quimicas da droga: lipossolubilidade, ela tbm vai ter que atravessar membranas, porem agora é do sangue para os tecidos.
- Ligação a proteínas plasmáticas: tomar cuidado quando a taxa de ligação é maior que 90% pois pode ter interação medicamentosa. Dois medicamentos disputam pelo espaço, aqueleque tem mais afinidade fica mais ligado e o outro vai ter sua forma mais livre aumentando seu efeito consequentemente os efeitos colaterais, o certo que todos os medicamentos tenham a taxa certa de suas formas ligadas e livres.
- Reservatórios teciduais: a droga que tem afinidade por um tecido acaba ficando presa nele, a tetraciclina tem afinidade por osso, quando em contato ele vai "quelar" formando manchas marrons no dente por exemplo, então ao invés dele voltar para o sangue ele fica aprisionado no tecido com o qual ele tem afinidade.
- Barreiras orgânicas: Barreira Hematoencefalica (meninges) elas não tem poros, só drogas lipossolúveis conseguem chegar no SNC, ou a Barreira Placentaria, ela já permite a passagem de drogas hidrossolúveis, mais é uma barreira a mais a se passar
- pH do local da absorção: acidas ou alcalinas
- Redistribuição: a droga sai do tecido em vai para o sangue para que a droga possa chegar nos tecidos menos irrigados ou aqueles que não foram irrigados ainda. Ex Rivotril: efeito rebote, que nada mais é que os tecidos redistribuindo para o sangue, o efeito vai ser menor.
A BIOTRANSFORMAÇÃO é a transformação química da droga por um processo enzimático.
A metabolização é a trasnformação quimica de um composto que nao pertence ao organismo, enquanto a biotransformação seria de um composto pertencente ao meu organismo.
Toda forma farmacêutica é composta de uma formula e dentro destes compostos tem o responsável pelo efeito farmacológico que é o PA, esse PA pode estar ativado (sendo capaz de desenvolver seu efeito farmacológico) ou inativado.
Quando a droga passa pela primeira fase, onde ocorrem reações de oxidação, redução, hidrólise pode se, a partir da passagem por essa fase, tornar aquilo que tinha ação farmacológica num metabolito que perdeu seu efeito, ou seja, inativando o PA, ou essas reações podem manter ou aumentar o efeito. Pode haver tbm um PA inativo (medicamento pró droga), então precisa-se obrigatoriamente passar por uma reação química para torna-lo ativo.
A fase 2 é considerada uma fase de conjugação (somar uma coisa à outra), existem vários compostos no organismo que servem para ser conjugados (sulfatos, acido glicuronico) com outras substancias. Quando conjuga o que vai sair é um metabolito altamente hidrosoluvel (molécula grande, preparada para ser excretada princ. pela urina) esse metabolito é totalmente inativo.
*As fases não precisam acontecer na ordem, pode acontecer só a 1, 2 ou as duas.
* Fase 1 reação enzimática e Fase 2 reação de conjugação.
* Resumo: Metabolismo é a transformação de um composto através da ação de enzimas, que se pode antes de inativar totalmente, tornar ativa, inativa, manter ou aumentar a atividade.
Estruturas responsáveis pelo metabolismo/biotransformação:
- Microssomas hepáticos: é o principal, células do fígado altamente especializadas que se agrupam formando o citocromo. Esse é o metabolismo hepático os outros são considerados metabolismos não-hepaticos.
- Plasma; Celulas sanguíneas; Rins; Pulmoes; Paredes intestinais; Secreções digestivas.
Algumas drogas que são tidas como indutoras (aumenta o numero de enzimas, acelera o processo) acaba reduzindo o efeito farmacológico. Obs. Ela pode acelerar as enzimas que outros medicamentos estão usando causando a aceleração do processo e consequentemente a redução do efeito farmacológico.
Já as inibidoras enzimáticas vão inibir o metabolismo, deixando ele mais lento, demorando mais para inativar o medicamento, então o efeito farmacológico fica aumentado assim como seus efeitos colaterais pois o medicamento fica acumulado. Pode se ter interações medicamentosas tbm, caso um segundo remédio use as mesmas enzimas ele tbm vai ter um efeito aumentado.
Tempo de meia vida plasmática: tempo que essa medicação leva para ser degradada (50%) no sangue. Se o tempo de meia vida de uma medicação é 5 horas significa que de 100% no primeiro momento daqui 5horas vai haver apenas 50%. Por isso existe o tempo de medicação 
Tempo de meia vida biológica: tempo que leva para ser reduzida/degradada a concentração da droga em determinado tecido.
Cinetica de primeira ordem: o sistema enzimático é saturado, não adianta aumentar a ingestão, pois o metabolismo é constante. O org demora 1hr para metabolizar 10g de álcool, se ingerirmos 100gr vai demorar 10hrs. 
EXCREÇÃO
Pode ocorrer por:
- As principais portas de saída são através da urina (renal), fezes (biliar).
- Tem também a via pulmonar que funciona como entrada e tbm saída.
- Leite: durante a lactação ou ingestão do leite animal
- Suor, saliva, lagrimas
Excreção renal, tem dois fatores que podem contribuir para que a excreção renal aumente ou diminua: grau de ligação a proteínas plasmáticas e o coeficiente de partição lipídeo/agua. Quanto maior o coeficiente maior a absorção.
Tem 3 processos renais básicos:
- Filtração glomerular: por diferença de pressão tem esse processo, só consegue filtrar drogas livres, baixo peso molecular, drogas não ionizadas (forma molecular) e drogas lipossolúveis.
- Secreção tubular: quando sai do sangue e vai para o túbulo. Conseguimos secretar drogas livres, na forma ionizada e hidrossolúveis. 
- Reabsorção tubular: quando sai do tubo e volta para o sangue (para evitar perdas significantes). Conseguimos reabsorver íons, glicose, aminoácidos, ureia, drogas lipossolúveis e na forma molecular.
* As vezes precisamos mudar o pH da urina para conseguir excretar algumas drogas, pq se tivermos uma urina acida e intoxicação por drogas acidas ela não vai ser excretada pois vai formar moléculas e vai ficar sendo reabsorvida por muito tempo, se tornarmos a urina básica o medicamento que é acido vai ficar na forma ionizada não sendo reabsorvida e consequentemente excretada.
O que sai na constituição da urina é aquilo que foi filtrado + aquilo que o organismo jogou para o tubo descontando o que ele pegou de volta. Excreção= Filtrado + secretado – reabsorvido
Excreção Biliar
Se não foi reabsorvido no intestino pelo ciclo enterro-hepatico ele vai ser excretado pelas fezes.
Caracteristicas de drogas que saem pela bile: drogas com peso molecular grande, carregadas positivamente ou negativamente e o processo vai contra o gradiente de concentração.
Excreção Pulmonar
- Gases e substancias voláteis
Leite
- Lipossolubilidade
- Risco para o lactente
- Ingestão de leite animal
Aula pratica
1 – 3 para entrar em hipnose na intraperitoneal e 10 -15 na subcutânea.
AULA 5 – APLICAÇÃO INTRAMUSCULAR
Seringa: Bico central ou lateral, cilindro (graduação em ml), apoio de dedo e èmbolo. 
As seringas podem ser de 3, 5 ou 10 ml.
Agulha: Bisel, canhão, conector e capa para agulha
25x6 (utilizada em crianças)
25x7 (a mais utilizada, ótima para aplicações de subst. Aquosas)
25x8 (utilizada para aplicação de soluções oleosas e suspensões)
25x9 (idem a 25x8)
30x7 (a mais utilizada para aplicações intramusculares glútea)
30x8 (utilizada na aplicação de soluções oleosas e suspensões na região glútea)
30x9 (idem a 30x8)
Procedimentos para preparo da seringa:
1- lavar bem as mãos;
2- após a lavagem, usar álcool nas mãos;
3- abrir a seringa pelas abas traseiras prendendo a seringa pelo êmbolo com o dedo, fazendo com que fique sobre o papel, após puxar a parte plástica;
4- destravar a seringa
5- deixar a seringa sobre o papel estéril
6- abra a agulha pelas abas traseiras até uma posição pelo qual a parte do conector fique livre para o encaixe do bico da seringa. Encaixe e após retire o plástico da embalagem da agulha.
7- travar a agulha na seringa
8- não retire a tampa da agulha até que as ampolas estejam abertas para o preparo.
Técnica de aplicação região deltoidiana
Cuidados:
- Volume máximo de 3 ml;
- Contra indicado em crianças menores de 10 anos devido o pequeno desenvolvimento muscular;
- Contra indicado em pessoas magras com pouco desenvolvimento muscular
- Contra indicado em idosos
- Injeções consecutivas
Técnica:
- Fazer assepsia com algodão embebido em álcool;
- Esta assepsia será feita emum único sentido e direção
- A aplicação será feita no braço, em média de quatro dedos a baixo da articulação do ombro em ângulo de 900 graus;
- Aplicar (forma de dardo)
- Aspirar
- Injetar o medicamento
- Após o término, colocar o algodão no local da aplicação
- Não reencapar a agulha
Técnica de aplicação na região glútea 
Cuidados:
- Volume máximo é de 5 ml;
- Quando o volume for maior que 5 ml, aplique em dois locais diferentes ou aplique lentamente;
- Considerado o melhor local para aplicação intramuscular;
- Pode ser feito em crianças, idosos e pessoas magras
Técnica:
- Similar ao da aplicação deltoidiana;
- Aplicar no quadrante superior externo. Trace uma linha imaginária, início da prega glútea até o quadril. Divida ao meio com uma linha vertical obtendo quatro quadrantes. Aplicar em ângulo de 900 graus profundamente. 
AULA 6 – FARMACODINAMICA
- Mecanismos de ação dos fármacos
- É o estudo dos efeitos fisiológicos e bioquímicos de drogas e seus mecanismos de ação
Temos dois grupos de drogas que podem agir de duas formas diferentes
- Fármacos inespecíficos: eles não precisam se ligar a uma estrutura própria do organismo para agir, eles não dependem de um alvo/receptor no organismo, eles modificam o ambiente onde se encontram. Dependem de suas propriedades físico-quimicas para poder agir. No caso de azia por conta do estomago acido, o antiacido vai alterar o ph do estomago, tornando mais básico. Representam 5% dos fármacos. Os laxantes absorvem agua dentro do intestino fazendo o individuo evacuar bem liquido. O manitol vai atraindo agua facilitando o contraste dos órgãos para exames
Ex: antiácidos, laxantes, diurético osmótico (manitol)
- Fármacos específicos: depende de um lugar/alvo/receptores para se ligar. Para ele poder agir ele vai depender de uma estrutura química compatível com o receptor para conseguir se ligar e agir. Ansioliticos tem como alvo o GABA. Os anti-histaminicos bloqueiam os receptores onde a histamina se liga, bloqueando sua ação. 
Ex: ansiolíticos, anti-histaminicos, anti-hipertensivos
Quem pode servir de receptor no nosso organismo?
Geralmente são macromoléculas proteicas que estão no nosso organismo por causa dos nossos mediadores químicos/nossos neurotransmissores. Nós temos inclusive enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos, receptores de membrana/ citosólicos, ácidos nucleicos que podem funcionar como receptores desde que tenha a estrutura química compatível. 
Nos receptores de dopamina temos 4 classes: D1, D2 D3 D4 , muda-se alguma sequencia na formação dessas proteínas e isso vai mudar inclusive as respostas pela qual esses receptores são responsáveis. 
Os medicamentos para esquizofrenia por exemplo atuam no D2 e D4, eles são antagonistas, eles vão se ligar ao receptor e vão bloquear esse receptor, esquizofrênicos tem muita ação de dopamina em determinados locais do SNC e esse excesso de dopamina que leva às alucinações e crises, então usa-se esses medicamentos para bloquear a ação desses receptores.
Para que as drogas possam agir a gente se tem características básicas:
- Alta potencia: está relacionado com a dose, é capaz de ter um efeito mesmo em quantidades pequenas. Quanto mais potente melhor pois menos será necessário
- Especificidade química: estrutura química compatível com o receptor para poder se ligar
- Especificidade biológica: seletividade por determinado tipo de tecido, a adrenalidade dá preferencia pelo beta 1 que esta no tecido cardíaco causando braquicardia do que pelo beta 2 que esta no musculo esquelético que causa tremores.
ACOPLAMENTO Receptor-Efetor
Pode-se ter 3 situações:
- A droga se liga a um receptor compatível e a gerou-se uma resposta
- Um único receptor a droga se liga, mas esse receptor é ligado a dois efetores, essa estimulação do receptor pode gerar dois efeitos distintos, um efeito esperado (terapêutica) e um efeito colateral. Nesse caso foi um receptor ligado a dois efetores
- Dois receptores distintos e a droga é capaz de ativar os dois causando dois efeitos diferentes.
Por isso se tem mais de uma ação quando se toma um medicamento. 
TEORIAS DA AÇÃO DE FARMÁCOS
-Teoria da ocupação: "A intensidade de ação de uma droga é proporcional ao número de receptores ocupados". Ou seja quanto maior o numero de receptores ativados maior seria a intensidade dessa resposta. 
- Teoria da Afinidade e Atividade Intrínseca: A interação fármaco-receptor compreende 2 fases: complexação do fármaco com o receptor (afinidade = capacidade de ligação da droga com o receptor) e produção de efeito (atividade intrínseca ou eficácia). Eficacia é em nível macromolecular, é a capacidade da ligação gerar um nível de resposta.
AGONISTA: droga que é capaz de se ligar a um receptor e gerar 100% de resposta. Tem afinidade e atividade. Amplia-se o efeito porque tanto o fisiológico quanto a droga é capaz de gerar efeito, então a ação é mais intensa. 
AGONISTA PARCIAL: capaz de se ligar mas gera uma resposta parcial. Tem afinidade e alguma atividade.
ANTAGONISTA: capaz de se ligar porem não gera nenhuma resposta. Tem afinidade e nenhuma atividade. Ele encaixa (mas sem conseguir mandar sinais para dentro da célula) bloqueando o receptor. Em um individuo com pressão alta porque ta com muita adrenalina circulante usa-se um medicamento antagonista que vai se ligar sem causar respostas e vai ocupar o receptor.
REGULAÇÃO DOS RECEPTORES
Os receptores não são moléculas estáticas, a gente consegue alterar a quantidade e a ativação desses receptores, então se usamos por um longo período drogas agonistas ou antagonistas a gente modifica essa situação. 
- Dessensibilização: é o uso continuo de drogas agonistas, de tanto estimular vai chegar uma hora que o receptor não consegue mais responder, ele perde a atividade intrínseca. Chama-se down-regulation ou interiorização, o receptor que esta na membrana não está mais 'funcionante'. Criando uma tolerância/o organismo acostumou.
- Supersensibilização: estimulação contínua de drogas antagonistas o organismo vai começar a fazer mais síntese de receptor, porque ele percebe que não está conseguindo fazer neurotransmissao, porque a droga esta bloqueando os receptores, então ele aumenta o numero de receptores para que os neurotransmissores consigam agir. Conhecido como up-regulation ou síntese de receptores adicionais. Ex: anti-hipertensivos. O médico vai sempre aumentar as doses porque vai haver mais receptores disponíveis
INTERAÇÃO ENTRE DROGAS
- Antagonismo: Quando um medicamento anula ou reduz o efeito do outro. Os efeitos farmacológicos estão se processando em sentidos opostos, cada um para um caminho. Tem 3 tipos de antagonismo:
* Químico: interação quimica entre duas drogas. Ex: carvão ativado em pessoas com diarreia, o carvão vai se unir às toxinas das bactérias da flora e essa união evita que a toxina irrite mais ainda a via intestinal. Ou medicamentos que se ligam a metais pesados para reduzir os efeitos dessa intoxicação.
* Funcional/Fisiológico: Envolvimento de duas drogas agonistas, uma estimula o receptor e outra reprime. Foi o que fizemos com os camundongos, estimulamos o SNC mas depois aplicamos um depressor do SNC, ou seja, levamos ele à convulsão mas depois anestesiamos eles para bloquear essas convulsões. 
* Competitivo: Envolvimento de uma droga agonista e uma antagonista. Elas competem pelo mesmo receptor. Foi o que fizemos nos coelhos, usamos a pilocarpina que é uma droga agonista do sistema parassimpático e depois a atropina que é antagonista (depressora). Ganha quem tiver em maior quantidade. 
- Sinergismo: quando usa-se mais de um medicamento e os efeitos não se anulam, mas eles se mantém ou é reforçado. Os efeitos se processam em um mesmo sentido. 
* Adição: quando se mantém os efeitos da combinação. A= 2 A+B= 2
* Potenciação: quando o efeito combinado de duas drogas é maior do que quando se usa uma delas isolada. A=2 mas A+B=4
POTENCIA X EFICÁCIA
 
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
Margem de segurança nada mais é do que o índice terapêutico, é elequem vai estabelecer essa margem. É a quantidade de droga que se precisa para ser capaz de fazer o efeito farmacológico ou matar o indivíduo.
- Indice terapêutico: estabelece uma segurança clinica do medicamento. IT= DL50/DE50
- Dose eficaz: produz efeitos benéficos
- Dose letal: capaz de matar
O IT não leva em consideração as características genéticas de cada um, ele só leva em consideração a média das respostas. 
Como ele é obtido: pega se 50 camundongos por exemplo, e administra uma medicação, aquela dose que foi capaz de fazer efeito farmacológico em 25 deles é considerado a dose eficaz e a dose que foi capaz de matar os outros 25 é considerada a dose letal. E ai quando se divide uma droga pela outra se obtem um numero, quanto mais longe do 1, maior é a diferença entre as duas doses. 
Ex Omeprazol: DE: 20 DL: 1500, IT= 75. Isso quer dizer que o omeprazol é uma droga bastante segura, pode-se aumentar a dose que não vai chegar a dose letal. 
Ex Digoxina: DE: 05mg DL: 10mg IT= 2. Droga com margem de segurança pequena, se for aumentar a dose tem que ser aos poucos.
AULA - FATORES QUE ALTERAM O EFEITO DE MEDICAMENTOS
As alterações podem ser: Quantitativas (alterações na intensidade do efeito, maior ou maior) ou Qualitativas (na natureza da resposta).
Os fatores podem ser: Intrínsecos (dependem do organismo) ou Extrínsecos (dependem da droga). 
Grande parte desses fatores vão estar atuando na velocidade de absorção ou na forma de eliminar a droga pelo metabolismo ou excreção.
FATORES INTRÍNSECOS
- Variabilidade individual
População homogênea – Mesmo sendo da mesma espécie cada um tem uma intensidade de resposta. Curva de frequência, grande parte de uma população vai responder dentro de uma faixa de efeito médio de um medicamento. Essa variação individual de intensidade é determinada pela nossa genética. 
- Fatores genéticos e Idiossincrasia
Idiossincrasia é uma reação adversa devido a uma alteração genética, altera-se enzimas, tanto o numero de enzimas que um organismo pode ter como na velocidade que essa enzima trabalha. Resposta anormal/inespera à uma droga devido alteração genética. 
Ex: Suxametônio, ele relaxa a musculatura esquelética e é muito usado durante cirurgias, ela tem uma ação curta, alguns pacientes apresentaram apnéia e se descobriu que eles tinham uma deficiência em uma anzima plasmática que metaboliza o suxametônio, pra esses indivíduos a droga passa a ter uma ação mais longa, porque demora mais para ser inativada no organismo. 
* Efeito colateral de um medicamento também é uma reação adversa, só que o efeito colateral acontece em decorrência do mecanismo de ação do medicamento e não por uma alteração genética.
- Espécie animal
Importante para pesquisadores e para medicina veterinária. Espécies diferentes podem apresentar variações quantitativas e qualitativas. Ex: Morfina hipnoanalgésicas ela leva a depressão do SNC nos humanos, nos animais ela causa estímulo do SNC (variação qualitativa)
- Idade
Os extremos da vida são mais delicados
As alterações acontecem mais nos momentos de eliminação da droga na biotransformação e na excreção
- Peso e Composição Corpóreos
Fazemos a relação dose x peso para adequar isso. Precisamos levar em consideração a composição corpórea (ex: massa magra e gorda) de cada individuo também. 
- Sexo
Masc x Fem não tem muitas diferenças, apenas quando o organismo passa por alterações hormonais muito grandes como: menstruação, gestação, lactação, menopausa. Já nos ratos a fêmea tem uma resistência maior que o macho. 
- Estados Patológicos
Doenças alteram os efeitos de medicamentos, principalmente quando elas acometem órgãos de absorção, biotransformação e excreção. Ex: indivíduos desnutridos tem menos albumina, se ingerir drogas que se ligam a essa proteína vai circular mais na forma livre do que ligada, então o efeito vai ser mais intenso. 
- Estados Psicológicos e Religiosos
Efeitos decorrentes de fatores emocionais.
Pode interferir positivamente ou negativamente.
FATORES EXTRÍNSECOS
- Propriedades inerentes ao fármaco
Nada mais é do que as características físico-químicas da droga, sua estrutura, tamanho, solubilidade, peso molecular, lipossolubilidade.
Está mais voltado para a velocidade de absorção do que da eliminação como nos fatores intrínsecos. 
- Formas farmacêuticas
Solução > capsula >comprimido > drágeas 
- Condições de administração
Via de administração: endovenosa > intraperitoneal > intramuscular > via oral
Dose: relação quantitativa ou quantal. 
Na quantitativa: + dose + intensidade do efeito. Tiopental 20mg ataxia; 40mg ataxia, hipnose; 200mg Ataxia, hipnose e morte. Em alguns casos mesmo aumentando a dose o efeito se mantem o mesmo, isso acontece porque se usou todos os receptores que aquela droga se liga. 
Na relação quantal: Tem ou não o efeito. + dose + a proporção de indivíduos que vão responder com o efeito. Ex: morte
- Condições de uso
Frequência de utilização, quanto mais longo o tratamento maior a chance de acontecer efeitos cumulativos ou de tolerância. Efeito cumulativo acontece com medicamento com metabolismo mais lento que demora para ser inativado, então efeito cumulativo é quando a velocidade de absorção é maior que a de eliminação (quando se toma 2 comp de uma vez, ou em vez de 8 em 8 toma de 6 em 6).
A tolerância é o efeito que acontece depois de um bom tempo de uso da medicação, ela pode acontecer por conta do efeito farmacocinético (drogas indutoras enzimáticas, elas aceleram o metabolismo diminuindo o efeito farmacológico, pois diminui a concentração plasmática ativa da droga) ou por efeito farmacodinâmico (estimula demais o receptor, alterando a atividade dele) Tolerancia cruzada é aquela que acontece quando um medicamento sofre as consequências das alterações que um outro medicamento causou. 
- Interações medicamentosa
Quando se usa mais de um medicamento e ele leva a diminuição ou anulação da resposta de outra (antagonismo)
Ou quando um medicamento mantém ou potencializa o efeito do outro (sinergismo de adição ou potenciação).

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