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RESUMAO CARIOLOGIA

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AULA 1 – DIAGNÓSTICO
Diagnosticar é a arte de identificar uma doença a partir de seus sinais (o que vemos) e sintomas (o que o paciente sente).
A cárie é o resultado de atividades metabólicas nos depósitos microbianos (biofilme) que cobrem a superfície dental em qualquer parte o que vai resultar em perda mineral. 
O CD em sua pratica diária faz diagnostico de carie? 
Na verdade, ele examina na cavidade bucal as consequências da atividade metabólica microbiana, portanto, o diagnostico de carie é a detecção dos sinais e sintomas da carie. O CD precisa parar de procurar cavidades, mas se atentar as manchas brancas etc...
Objetivos do diagnostico de carie dentaria
- Temos que diagnosticar para saber qual o tratamento dessa doença;
- Obter a melhor saúde possível ao paciente pela classificação das lesões de cárie que correspondam às melhores opções de tratamento para cada tipo de lesão, ou seja, diagnosticar e classificar cada dente e depois associar com a melhor opção de tratamento;
- Fazer diagnóstico para informar o paciente, pois o paciente não aceita mais qualquer coisa;
- E monitorar o curso clinico da doença, se vemos uma mancha branca tempos que acompanhar.
* Lesão de carie com cavitação – lesão já cavitada.
* Lesão de carie sem cavitação – a primeira manifestação da doença não é uma cavidade e sim uma mancha branca.
* Lesão de carie ativa – em esmalte é uma mancha branca, as características de uma ativa são: branca, opaca, rugosa, se passar a OMS percebemos as rugas e se esfarela. Na dentina uma lesão ativa vai se encontrar amarronzada, amarelada, mostrar tecido em decomposição que esfarela, se passar uma OMS sai lascas
*Lesão de cárie inativa – Mancha branca inativa em esmalte é brilhosa, é preciso secar o dente por 5 minutos para se fazer um bom diagnostico, ela não tem perda de consistência se passar a sonda, na dentina ela é escura, preta, dura, com aspecto de couro.
Quando vamos fazer exame diagnostico de carie a melhor maneira é através de exame visual sob a luz do refletor e tátil com a sonda. 
Esse exame clássico vai: verificar a atividade da lesão; verificar a integridade superficial da lesão (cavitada ou não) e registrar o tanto de lesões cavitadas ou não.
Importante fazer uma sequencia mental de como examinar.
Métodos de registro
- Registro apenas de cavidades (OMS, 1997); Cavidades, perdidos e restaurados. Falha no aspecto de não registrar manchas brancas.
- Registro de lesões cavitadas e não cavitadas (Pittd & Fyffe, 1988): LESC, LECC, LDC, e LDP (atingindo a polpa); 
- Verificação da profundidade da lesão (Ekstrand et al., 1997) – laboratório considera dente seco; (Só usado em laboratório)
- Método de Nyvad, registrava Ativa, não cavitada; Ativa, cavitada; Inativa, não cavitada; Inativa, cavitada; Restaurada; Restaurada, cárie ativa; Restaurada, cárie inativa; 
ATENÇÃO: NEM TODA LESÃO OPACA NA SUPERFÍCIE DENTÁRIA E NEM TODO SULCO PIGMENTADO REPRESENTA CÁRIE DENTÁRIA.
Todas as opacidades refletem um conteúdo mineral diminuído no esmalte, mas podem ser causadas por diversos mecanismos, tanto durante a formação ou pós-erupção do esmalte; 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ou possibilidades de diagnóstico
1 – Carie: mancha branca por carie geralmente na superfície livre vai acompanhar o terço gengival, por maior acumulo de biofilme, ou regiões interproximais. Característica principal: formato de rim.
2 – Fluorose dentária: em casos leves ela pode se confundir com carie, distribuição simétrica nos dentes homólogos, acompanham as estrias de retzius formando um padrão ondulado, estrias brancas horizontais finas.
3 – Hipoplasia ou hipomineralização: manchas ovais ou arredondadas, dentes unitários normalmente incisivos nos dois terços iniciais da coroa, por impacto/traumatismo em dentes decíduos. Obs: tem uma condição ainda estudada MIH que é a hipomineralizaçao do molar incisivo, ela envolve os incisivos centrais superiores e os quatro primeiros molares permanentes, apresenta o esmalte do dente enfraquecido com manchas brancas nos incisivos e amareladas nos molares, a criança tem uma sensibilidade muito aumentada nesses dentes.
ABORDAGEM CLINICA SISTEMATIZADA
- Sequencia de dentes a ser examinados;
- Boa iluminação, com dentes limpos e secos;
- Uso adequado de sonda OMS;
- Sítios de predileção por cárie muda de acordo com as idades: locais que acontece o maior acumulo sulcos, fissuras, proximais, região cervical
Recursos adicionais no diagnóstico: radiografias, transiluminação por fibra ótica, separação dentaria, ampliação, com as técnicas o rendimento diagnostico é maior e as radiografias se fazem menos necessárias.
O diagnostico que vai diferenciar os tratamentos.
Uma lesão inativa precisa de tratamento preventivo, aplicação de flúor, orientação de higiene, dieta e depois monitoramento
Uma lesão ativa sem cavitação/mancha branca: sem tratamento operatório, mas tratamento preventivo e depois monitoramento
Uma lesão com cavitação: tratamento operatório e depois monitoramento. 
Beneficios do exame tátil-visual: pequenas perdas minerais não podem ser detectadas nas radiografias, e rx não consegue determinar a atividade da lesao
AULA 1.2 – CONTROLE MECANICO
O controle mecânico do biofilme se faz importante pela necessidade de remover/desorganizar /controlar o biofilme e estimular a circulação de tecido gengival.
A remoção do biofilme pelo paciente é feita pela escovação com dentifrício, uso de fio dental, já o controle químico se dá pelo uso de agentes que possuem ação de natureza química, como os colutórios. 
A escovação dental é mais ou menos eficiente de acordo com a frequência, horário, técnica. A escova precisa ter cerdas macias ou extra macias, a ponta das cerdas deve ser arredondada e o tamanho da escova deve ser compatível com a arcada dentaria. Para a higienização bucal de bebes, pode ser feito com fraldas, dedeiras, gaze, assim que erupciona o primeiro dente decíduo deve se introduzir o uso de escovas de dente no tamanho adequado e na erupção do segundo dente já se deve usar fio dental. 
POSIÇÃO DE STARKEY
Recomendada quando vamos escovar dentes de crianças em idade pré escolar e tem pouca habilidade manual.
O adulto se posiciona atrás da criança, uma das mãos do adulto segura a mandíbula da criança/afasta gengiva e lábios e a outra mão usa para escovar os dentes. Quando se escova os dentes inferiores se usa o plano horizontal, nos dentes superiores a cabeça da criança é encostada no adulto para se ter uma visão melhor. 
TECNICAS
A escovação precisa ser sistematizada, fazer uma sequencia mental.
Existem técnicas para cada idade.
Não se deve introduzir conceitos novos, precisa adaptar a que já é usada.
Para crianças pequenas usa-se a técnica de fones: movimentos circulares, com a escova em um ângulo de 90° em relação ao longo eixo do dente.
Para crianças em idade escolar usa-se a técnica de Stillman: a escova é colocada paralela ao longo eixo do dente, em seguida deslocada de gengival para oclusal. Na técnica de Stillman modificada acrescentam-se movimentos mesio-distal antes do deslocamento da escova.
Para jovens e adultos usa-se a técnica de Bass, nesse caso a escova é inclina em um ângulo de 45° ao longo eixo do dente. Fazer movimentos vibratórios de cervical para oclusal a cada 2 dentes, porque ao mesmo tempo em que a escova esta escovando o dente ela tbm esta ativando a circulação gengival. 
Usar pouco dentifrício, sempre fluoretado, não deixar crianças engolirem por conta da fluorose, trocar as escovas varia de acordo com a força utilizada, marca, quantas cerdas, o quanto usa e idealmente guardar as escovas fechadas, e se possível fazer desinfecção com clorexedina a 0,12% que é o padrão ouro de desinfecção. Importante escovar a língua.
Existem escovas especificas unitufo, bitufo, interdental, fios dentais, passa fio.
Tem também o controle mecânico feito por profissional, a profilaxia com pasta profilática ou pedra pomes.
CONTROLE QUIMICO
O controle químico atua como coadjuvante do controle mecânico, mas NUNCA deve substituí-lo,pois, inicialmente é necessário que o biofilme seja desorganizado mecanicamente para que os agentes químicos possam agir sobre ele.
Indicações: Falta da habilidade manual; Alterações sistêmicas; Pacientes hospitalizados; Pré e pós operatório (no pré operatório irá possibilitar a realização de um procedimento mais seguro, diminuindo o risco de haver bacteremia, por exemplo).
O controle químico tem por objetivo: Inibir aderência bacteriana (anti adesivos); Parar ou retardar o crescimento bacteriano (antimicrobianos); Remover biofilme estabelecido (removedores); Alterar a patogenicidade do biofilme.
Ação dos agentes químicos: - Atividade antimicrobiana – antibióticos e antissépticos;
- Ação não-enzimática – alteração no metabolismo e na estrutura do biofilme;
- Ação enzimática – dispersão da matriz intercelular do biofilme;
- Interferência com adesão e agregação microbiana.
Critérios dos agentes químicos: - Especificidade – ser especifico para os microrganismos que causam a doença periodontal;
- Eficácia;
- Estabilidade – funcionar durante algum tempo;
- Segurança – baixa toxicidade;
- Substantividade – é o principal critério, consiste na propriedade que a substancia tem de se aderir à superfície da cavidade oral e continuar agindo durante algum tempo.
Meios de aplicação: - Administração sistêmica de antibióticos;
- Administração local através de bochechos, dentifrícios, sprays e vernizes.
DENTIFRÍCIOS – maior cooperação do paciente na escovação (pois o paciente só vai escovar se for com um creme dental), tem ação espumante e refrescante, sabor agradável e pode ser usado para a remoção de manchas. Além disso, servem como veículos liberadores de agentes terapêuticos, tais como o flúor, agentes dessensibilizantes, agentes anti cálculo e antimicrobianos.
Composição: Abrasivo – 40 a 50%; Umectante – 20 a 30%; Água – 1 a 2%; Detergente – 1 a 3%; Flavorizante – 1 a 2%, é o que dá o sabor; Preservante – 0,05 a 0,5%, evita que o produto perca a validade; Agentes terapêuticos – 0,4 a 1%.
Os agentes terapêuticos mais utilizados são os agentes anti-tártaro e enzimas, ervas, fluoreto estanhoso, sanguinarina.
Classificação dos bochechos: - 1ª geração – reduzem o biofilme em 20 a 40%, substantividade reduzida (4 a 6h), uso de 4 a 6 vezes por dia;
- 2ª geração – reduzem o biofilme em até 90%, elevada substantividade (12 a 18h) e uso 2 vezes ao dia.
TRICLOSAN – tem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antimicrobianas; baixa toxicidade e amplo espectro, substantividade moderada, pequena adsorção e efetividade aumentada quando associado aos sais de zinco e aos copolímeros. É bactericida e bacteriostático, pois alteram a permeabilidade celular, compatível com compostos aniônicos como o lauril sulfato de sódio, que é o detergente mais utilizado nos dentifrícios, tem efeito anti-inflamatório pois diminui as prostaglandinas e os leucotrienos. Para elevar sua substantividade pode-se associa-lo ao citrato de zinco ou ao copolímero de acido maleico (gantrez). Está presente em dentifrícios e bochechos, numa concentração de 0,2 a 3%, e deve ser usado de 3 a 6 meses, reduzindo em até 51% a formação de biofilme. Já quando associado ao citrato de zinco e usado por 4 semanas, há a redução de 50% na formação do biofilme. Ex: Colgate, plax
ENZIMAS – tem ação na matriz intercelular da placa, causando dispersão da matriz e digestão dos substratos. Tipos de enzimas: tripsina, quimiotripsina, carboxil peptidase.
ÓLEOS ESSENCIAIS – são feitos com essências naturais, tais como o mentol, timol e eucaliptol. Seu mecanismo de ação é por ruptura da parede bacteriana e inibição das enzimas bacterianas. Tem atividade anti-inflamatória e baixa substantividade. Existe na forma de spray, bochecho, pastilha e dentifrícios. Por ser uma solução alcoólica, pode ter alguns efeitos colaterais, tais como a sensação de queimação, gosto desagradável e manchamento dental.
COMPOSTOS FENÓLICOS – Listerine: é um bochecho de 1ª geração, que age na parede celular contra bactérias gram + e gram -, tem propriedades anti-inflamatórias pois inibe a quimiotaxia dos neutrófilos e inibe a síntese de prostaglandinas, reduz a placa em 20 a 25% e devem ser feitos bochechos de 1min por 4 vezes ao dia.
QUARTENÁRIOS DE AMÔNIA – há o cloreto de cetilpiridínio (cepacol) e o cloreto de benzalcônio. Tem maior ação sobre microrganismos gram positivos e agem aumentando a permeabilidade celular causando assim a lise da parede microbiana. Também aumentam o conteúdo de cálcio no biofilme, o que diminue a calcificação, mas tem baixa substantividade e reduz a placa em até 30%, muito efetivo in vitro.
CLOREXIDINA – é o padrão ouro das substancias químicas para controle do biofilme. Se trata de uma biguanida de amplo espectro que atua sobre bactérias gram + e gram -, fungos e alguns vírus. É de 2ª geração, tem alta substantividade, tem ação anti placa e ação tópica. Seu mecanismo de ação se dá através da interferência na formação da película, alterando assim a aderência microbiana. Tem ação antimicrobiana direta, é bacteriostático (altera permeabilidade vascular) e bactericida (causa lise da parede bacteriana e coagulação do citoplasma).
Formas de apresentação: Bochechos – 0,2 a 0,12% (periogard, por exemplo); Verniz – usa para prevenir carie radicular; Gel – 1, 0,2 e 0,12%; Sprays – 0,1 e 0,2%, indicado para deficientes físicos/mentais, e a 0,2% tem efeito igual ao da solução de bochecho. Quando usado por 24 horas, diminui a quantidade de microrganismos em até 85%, já quando usado por volta de 54 dias, diminui essa quantidade em até 95%. Não induz resistência bacteriana; não apresenta toxicidade sistêmica; quando se faz um bochecho de 1min até 30% da solução fica retida na boca e quanto maior o tempo do bochecho, maior será a adesão e é inativada por compostos aniônicos (lauril sulfato de sódio).
Efeitos colaterais: Manchamento de dentes e língua; Manchamento de resinas; Descamação e sensibilidade da mucosa; Gosto desagradável; Alteração no paladar; Reações alérgicas.
O controle químico NUNCA deve substituir o mecânico; cada caso deve ser avaliado cuidadosamente para que esse controle seja feito adequadamente.
AULA 2 – AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA LESÃO CARIOSA
Sempre quando a gente detecta uma lesão de carie dentaria, o que a gente ta vendo ali é o sinal da doença, nós constatamos o processo final da ação do streptococcus mutans. 
No diagnostico precisamos ver:
- se de fato a condição é uma lesão de carie, e não uma hipoplasia ou fluorose, (diagnostico diferencial)
- precisamos avaliar a severidade da lesão (profundidade e extensão)
- e a atividade da lesão
Detecção de lesão de carie dentaria:
- Lesão ativa: quando ela está em progressão, existe a necessidade de tratamento preventivo/não operatório (quando está em esmalte/mancha branca) ou operatório e tratar os fatores de risco
- Lesão inativa: quando não está havendo progressão, o tratamento é não operatório/tratamento preventivo, é tratar os fatores de risco a carie. 
Glossário de termos específicos em cardiologia
- Destruição localizada de tecido duro dentário suscetível pelos derivados acídicos da fermentação dos carboidratos da dieta pelas bactérias. Longbottom et al., 2012
Então a dieta rica em açucares é um fator de risco. 
- Também pode ser considerada uma doença dos tecidos duros dentários, de desenvolvimento lento, induzida pela dieta e pela presença de bactérias. Longbottom et al., 2012.
- A doença é causada pelo biofilme cariogênico, na qual alguns microrganismos produzem ácidos fracos, particularmente o lático, à medida que metabolizam os carboidratos da dieta. Gradualmente os ácidos dissolvem o conteúdo mineral subjacente do dente, o que pode levar a alterações estruturais irreversíveis no tecido dentário. Longbottom et al., 2012.
Processo de carie: - Sequência de interações entre o biofilme e o dente que podem ocorrer ao longo do tempo sobre a superfície do dente e em seu interior. 
Severidade da lesão de carie: - É a progressão da lesão ao longo do espectro deperda mineral que esse dente está sofrendo, desde a perda inicial em nível molecular até a destruição total do tecido.
Entre o estagio de mancha branca para o de cavidade, existe um estagio que eu não consigo ver, que é o estagio de microcavidade. Lesão não cavitada > microcavidade > lesão cavitada.
Microcavidade: tem a lesão de mancha branca, mas junto com ela encontra-se uma perda mineral que só se consegue detectar com uma sonda.
CARACTERISTICAS ANATOMOPATOLOGICAS DE LESÓES ATIVAS E INATIVAS
A mancha branca é o resultado da perda mineral que esse dente sofreu, e porque ela se mostra como uma mancha branca?
- Porque quando tem um processo carioso no esmalte, se aumenta os espaços interprismaticos, levando a um maior acumulo de liquido nos espaços gerando uma redução na translucidez do esmalte. E a forma da lesão reflete onde o biofilme ficou estagnado
Aspecto clinico das lesões de carie: Quando o resultado leva a uma perda cumulativa de mineral dentário em tal magnitude que a porosidade do esmalte gera uma redução na translucidez do esmalte, podem ser diagnosticadas lesões brancas opacas; a forma da lesão reflete onde o biofilme cresceu e permaneceu por períodos prolongados. Fejerskov & Kidd, 2013.
LESOES DE CARIE
ATIVA EM ESMALTE: é resultado da dissolução direta dos cristais da superfície do esmalte tornando-o amolecido > aumentando essa dissolução, há uma alteração no comportamento óptico do esmalte afetado > há um aumento do volume dos poros intercristalinos > incidência da luz em refração interna > dispersão > opacidez e perda de polimento superficial (rugosidade) > GIZ; 
INATIVA EM ESMALTE: Revertendo os fatores de risco e removendo o acumulo de biofilme, há uma inativação do processo. Remoção mecânica do biofilme de sobre as lesões e (in vivo mudança de fatores de risco)> leva a um desgaste superficial (abrasão) e inatividade da lesão > tornando a superfície brilhante (aumento da reflexão e dispersão da luz) e lisa à sondagem 
ATIVA EM DENTINA: Coloração amarelada ou amarronzada; Amolecimento; Clinicamente se vê o sombreamento sob a superfície que se dá quando há uma lesão de carie interproximal, porem com um esmalte forte na oclusal, ocorre a infiltração bacteriana por proximal deixando a oclusal integra, então vemos apenas um sombreamento. 
INATIVA EM DENTINA: Coloração escura/ preta e endurecida, com aspecto de couro.
Uma reação da dentina frente ao processo carioso é fabricar dentina reacional e o fechamento dos túbulos dentinarios formando os tratos mortos na dentina. (Esclerose dentinaria e formação de dentina reparadora).
Indicadores para avaliação clínica da atividade cariosa além das características anatomopatológicas
Para se fazer um diagnostico não podemos lançar mão apenas da lesão, tem outros fatores como: 
- Presença do biofilme bacteriano: Relativo a desorganização frequente do biofilme através da escovação dentária; In vivo a escovação mecânica e a remoção de placa acidogênica é fator dominante para interromper a lesão aliado ao controle dos fatores de risco. 
- Estagnação bacteriana: ocorre em locais preferenciais de estagnação de biofilme (margem gengival, sulcos, fissuras, interproximais).
- Condição gengival: A gengiva reage ao acúmulo regular de biofilme bacteriano com processo inflamatório;
- Outras variáveis: Presença de flúor; Saliva (xerostomia); Idade do paciente; Maturação pós-eruptiva do esmalte dentário porque o esmalte de um dente recém irrompido é imaturo e pobremente mineralizado > transformação dinâmica permanente (obs. Um dente que ta em infra oclusao tende a acumular mais biofilme)
Decisões de tratamento em cardiologia
Tratamento não operatório para manchas brancas e sulco pigmentado (muito em molares permanentes): higiene bucal, antimicrobianos, flúor no controle de carie.
Tratamento operatório: Uso de materiais restauradores.
AULA 03 – ICDAS
A odontologia vem se sedimentando numa filosofia sempre baseada em evidencias cientificas e a tentativa de classificação dos índices de carie via-se que muitos eram falhos, porque eles não mediam a atividade de lesão cariosa.
A saúde coletiva fala muito sobre CPO-D, mas ele não mede manchas brancas, extensão da cavidade ele é um índice estático.
Abordagem de mínima intervenção: avalia-se desde manchas brancas tenta preservar o máximo possível e trabalham-se os fatores de risco para evitar recidivas
O ICDAS (2002) vem relacionado a todas as logicas preventivas, mínima invasão, diagnostico, odontologia baseada em evidencias, ele foi criado numa reunião de cardiologistas que viram a necessidade de se criar um índice que mensurasse a atividade e a profundidade das lesões cariosas, ele é o sistema clinico visual de classificação para uso na pratica clinica, na educação, pesquisa e epidemiologia odontológica.
Antes do ICDAS os sistemas eram ambíguos e não mensurava os estágios da doença, ele foi desenvolvido para fornecer um sistema de detecção de lesões cariosas que permitisse a comparação entre os dados coletados não apenas nesses diferentes campos mas também em diferentes locais e pontos no tempo, permitindo uma maior confiabilidade entre examinadores (se bem calibrados).
Condições do exame (cai na prova)
- Remover o biofilme; secar muito bem a superfície; utilizar a sonda oms.
Os estágios do código ICDAS
Esse índice é composto por dois dígitos, cada digito corresponde a um fator
- O primeiro digito corresponde a condição restauradora desse dente, a historia pregressa de carie dele. Classificar a superfície a sua condição restauradora, vai diferenciar a superfície em totalmente ou parcialmente selada, superfície restaurada ou coroas
- O segundo digito corresponde a historia de carie, registra a severidade da carie de uma superfície e mensura alterações superficiais e a profundidade histológica potencial com base nas características superficiais.
PRIMEIRO DIGITO
0 – Não selada ou restaurada
1 – Selante parcial
2 – Selante completo
3 – Restauração resina
4 – Restauração de amalgama
5 – Coroa de aço
6 – Coroa ou faceta de porcelana, ouro ou MC
7 – Restauração perdida ou fraturada
8 – Restauração provisória
SEGUNDO DIGITO
0 – Superfície dentária hígida
1 – Primeira alteração visual no esmalte (mancha branca ou sulpig)
2 – Alteração visual evidente no esmalte (pode ser visível até com dente molhado. Mancha branca com cavidade, a sonda se prende, alteração de cor para marrom)
3 – Rompimento do esmalte sem dentina visível (cavidade apenas no esmalte, a sonda "cai" sem chegar na dentina)
4 – Sombreamento da dentina sem cavitação na dentina (sombras de dentina escurecida visíveis através do esmalte que pode apresentar ou não rompimento)
5 – Cavidade evidente com dentina visível (envolve menos da metade da superfície do dente)
6 – Cavidade extensa evidente com dentina visível (envolve mais da metade inclusive a polpa)
AULA 04 – ELEMENTOS CONSIDERADOS FATORES DE RISCO À CÁRIE 
O QUE É RISCO: Probabilidade que um evento nocivo aconteça
Existe formas de mensurar grupos que tenham mais chances de desenvolver doenças bucais, para avaliar dentro da saúde se um fator é risco é preciso estudos longitudinais (aqueles que acompanham o público alvo por algum tempo). Transversal: vai ate um local e coleta dados pontuais daquele momento, ele não consegue dizer se algo é um fator de risco, ele consegue fazer a inferência de pausa "probabilidade" mas não faz relação de causa e efeito. 
Por que se avalia o risco: pois é um dos principais pontos para identificar e poder prevenir, avaliando o risco dá pra se mensurar a necessidade de uma intervenção e a urgência dela... Ex: selantes não são indicados para qualquer pessoa.
Entendendo a carie como uma doença dinâmica mais não necessariamente continua, a avaliação do risco se torna complexa. Exemplos de variáveis: comportamentais, demográficos, variáveis clinicas e radiográficas, níveis socioeconômicos...
O maior fator preditivo é a história pregressa de cárie: pacientes que tiveram lesões e restaurações nos últimos 2-3 anos,ou tem lesões ativas nos faz acreditar que é um paciente de alto risco. 
Dentro do fator preditivo existem alguns cálculos que se pode fazer para dizer se algum fator é considerado um fator de risco: 1º verificar a sensibilidade e a especificidade quando estou usando um conjunto de dados.
	
	Doenças
	Ausência de doenças
	Fator de Risco
	A= verdadeiro positivo
	B= falso positivo
	Ausência de Fator de Risco
	C= falso negativo
	D= verdadeiro negativo 
A sensibilidade calcula o índice de que vc tem acertado no diagnostico, a especificidade calcula a chance dos verdadeiros negativos serem eles mesmo. Para se acertar 100% do estudo o valor da sensibilidade e especificidade tem que dar 1 para cada calculo, mas sempre se tem os que contradizem a regra. Então para um fator de risco estudado ser, de fato, um fator de risco ele tem que estar mais próximo de 1, acima de 0,5 no mínimo. Se for abaixo de 0,5 é apenas um palpite. 
Quando se diz que os valores se aproximam de 1, eu tenho certeza que estou pegando os negativos e positivos verdadeiros, então de fato tal coisa é um fator de risco. 
Existem outras medidas: risco relativo e odds ratio
Elas são usadas de acordo com o tipo de estudo epidemiológico que está sendo feito.
Em um estudo de prevalência o risco relativo é melhor; em um estudo caso-controle o odds ratio é mais adequado. O estudo caso controle é para observar questões raras, de baixa prevalência na população, então quando se tem uma situação com prevalência baixa o OR tende a se aproximar do RR, então significa que em um estudo de prevalência tbm poderia usar o OR. Quando a prevalência é muito alta o OR tende a ser muito maior e ai pode ter uma interpretação errada dos dados. *O OR infla a interpretação dos dados
Existem recomendações baseadas em evidencias fortes ou não: experiência passada ou atual de lesões é uma evidencia forte, já opinião de especialistas e contagem bacteriana são evidências fracas.
Entre bebês e crianças em idade pré-escolar o primeiro fator de risco seriam os fatores sociodemograficos + dieta + contagem de streptoccus; o segundo fator por volta de 2 anos e meio seria a presença de lesões de carie ( o risco dela ter novas lesões é maior). 
Em crianças e adolescente em idade escolar a história pregressa é o maior fator preditivo.
Em idade pós eruptiva (6 anos) o 1º molar permanente tem maior risco no primeiro ano na boca o 2º tem maior risco depois de 2- 3 anos de erupção. 
Cárie radicular em adultos não tem evidencias fortes que associem o fluxo salivar à lesão cariosa radicular, mas sabendo das propriedades da saliva podemos associar a importância dela no desenvolvimento. 
Classificando o risco de um paciente: Se um paciente não tem carie ativa, inativa é risco verde
Se ele tiver carie ativa mais todos os fatores de risco relevantes podem ser alterados (controle de placa, flúor, dieta) ele é risco laranja;
aquele que tem carie ativa e fatores que não podem ser controlados (secura, medicamentos, deficiências) é risco vermelho. 
O tratamento não operatório poderia ser o controle de placa, uso de flúor ,modificação da dieta.

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