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Conteudo Online com reg. participaçao-CADEIA DE SUPRIMENTOS

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AULA – 1 – CADEIA DE SUPRIMENTOS
AULA 2 - Fundamentos da Logística. Conceito de Atividades Logísticas. Ciclos de Atividades Logísticas
A competência logística é alcançada através da coordenação das atividades logísticas: tecnologia da informação, transportes,estoques, armazenagem, embalagem e manuseio e canais de distribuição. O desafio está em gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais, de forma orquestrada com o objetivo de oferecer o nível de atendimento das exigências logísticas.
A tecnologia da informação é decisiva para uma comunicação rápida e precisa nos processos logísticos. A tecnologia atual é capaz de manipular os mais exigentes requisitos de informações As empresas estão aprendendo a utilizar essa tecnologia da informação para elaborar soluções logísticas inovadoras e únicas.
Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico da empresa, mais sensível será a precisão das informações. Sistemas logísticos bem calibrados, baseados no tempo, não têm nenhum excesso de estoque, pois os estoques de segurança são mantidos num nível mínimo. O fluxo de informações torna um sistema logístico dinâmico. A disponibilidade de informações em tempo hábil, com qualidade, é fator-chave às operações logísticas.
 
 
 Logística e marketing de uma distribuição bem-sucedida só serão plenamente satisfeitas através da cooperação no âmbito de todo o canal.
 
Ciclos de atividades logísticas
A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades. A análise da integração logística em termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional. Os fornecedores, a empresa e seus clientes são vinculados através dos meios de comunicação e do transporte.
Ciclos de atividades da distribuição física
	Os ciclos de distribuição física envolvem o processamento e a entrega de pedidos do cliente. A distribuição física está relacionada com as atividades de vendas e marketing, pois proporciona a disponibilidade de produtos, de maneira econômica e a tempo.
O ciclo de atividades típico da distribuição física envolve quatro atividades relacionadas: transmissão de pedidos, seleção de pedidos, transporte do pedido e entrega ao cliente.
A chave para a compreensão da dinâmica do ciclo de atividades da distribuição física é ter em mente que os clientes iniciam o processo fazendo pedidos. A capacitação de resposta logística da empresa vendedora constitui uma das competências mais significativas na estratégia de marketing.
Ciclos de atividades de apoio à produção
	Os ciclos de atividades de apoio à produção consistem na Logística da produção. A produção pode ser vista como estando posicionada entre a distribuição física e as operações de suprimentos de uma empresa. O apoio logístico à produção tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico de materiais e estoque em processo para dar apoio às programações de produção. A movimentação e a armazenagem de produtos, materiais, componentes e peças semi-acabadas entre instalações da empresa representam a responsabilidade operacional da Logística de apoio à manufatura.
A Logística de apoio à manufatura normalmente diz respeito exclusivamente à empresa, ao passo que as outras áreas lidam com a incerteza comportamental de clientes e fornecedores externos. Mesmo em situações em que são efetuados contratos de fabricação com terceiros para aumentar a capacidade interna, o controle total é maior que nas outras duas áreas operacionais.
Numa típica organização de manufatura, suprimentos fornecem materiais e componentes fabricados externamente quando e onde necessários. Iniciada a operação de produção de uma empresa, exigências subseqüentes de movimentação entre fábricas de materiais ou produtos semi-acabados são classificadas como apoio à produção. Concluída a produção, o estoque de produtos acabados é alocado e distribuído diretamente para os clientes ou para centros de distribuição para entrega subsequente para o cliente.
Quando uma empresa tem várias fábricas especializadas em atividades de produção específicas, o sistema de apoio à produção pode exigir uma ampla rede de ciclos de atividades. Visto que fábricas especializadas executam estágios de produção e fabricação exclusivos antes da montagem final, inúmeras manipulações e transferências são normalmente necessárias para concluir o processo de produção.
Ciclos de atividades de suprimentos
Várias atividades ou tarefas são necessárias para facilitar um fluxo ordenado de materiais, peças ou estoque de produtos acabados para um complexo de produção ou distribuição: a procura, colocação do pedido e expedição, transporte e recebimento. Essas atividades são essenciais para completar o processo de suprimentos.
Recebidos os materiais, peças ou produtos de revenda que foram adquiridos, as exigências de armazenagem, manipulação e transporte subsequente para facilitar a produção ou redistribuição são fornecidas da maneira adequada pelos outros ciclos de atividades.
Devido ao âmbito limitado das operações de suprimentos, atualmente elas vêm sendo amplamente identificadas como Logística de Entrada.
Com três diferenças importantes, o ciclo de suprimentos é semelhante ao ciclo de distribuição: tempo de entrega, tamanho do carregamento, método de transporte e o valor dos produtos envolvidos são substancialmente diferentes. Suprimentos requerem frequentemente carregamentos muito grandes.
O objetivo básico de suprimentos é executar a Logística de Entrada pelo menor custo total. O valor mais baixo dos materiais e peças, em relação aos produtos acabados, significa que existe um trade-off em potencial entre o custo da manutenção do estoque em trânsito e o tempo de deslocamento, visando utilizar meios de transporte de baixo custo. Visto que o custo diário para manter os materiais e a maioria dos componentes no canal de suprimentos é menor que o custo de manutenção do estoque de produtos acabados, o pagamento de tarifas muito elevadas por um transporte mais rápido não agrega normalmente nenhum beneficio. Quando componentes de alto valor são empregados na produção, a ênfase geralmente muda para compras em lotes menores e quantidades exatas que exigem um controle logístico acurado (apurado).
Uma característica particular de suprimentos é que o numero de fornecedores utilizados por uma empresa é normalmente menor que a base de clientes atendidos. O ciclo de suprimentos normalmente é mais direto.
 
Aula 3: Cadeia de Suprimentos - Identificação e Visão Integrada dos Fatores Chaves
Ciclos de Atividades Logísticas – Suprimentos
Ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor e inclui todos os processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorre sem atrasos. O fabricante faz pedidos de componentes aos fornecedores que possam reabastecer seus estoques. A relação é muito parecida com aquela entre distribuidores e fabricantes, com uma diferença significativa: enquanto os pedidos entre varejistas e distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda do cliente, os pedidos dos componentes podem ser determinados com precisão, uma vez que o fabricante já decidiu qual será sua programação de produção. Assim é importante que os fornecedores estejam em contato com a programação de produção do fabricante. Os processos desse ciclo de acordo com o autor Meindl (2006) são:
Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de estoque;
Programação da produção do fornecedor;
Fabricação e transporte dos componentes;
Recebimento pelo fabricante
Ciclos de Atividades Logísticas – Produção
Ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante) e inclui todos os processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou varejista). Esse cicloé acionado pelos pedidos dos clientes, pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou pela previsão de demanda dos clientes e pela disponibilidade atual de produtos nos depósitos de produtos acabados do fabricante. Os processos envolvidos nesse ciclo são os seguintes, segundo o autor Meindl (2006):
Chegada do Pedido: Durante esse processo, o distribuidor programa o acionamento do pedido de reabastecimento com base na previsão futura demanda e nos estoques já existentes. O pedido resultante é então transmitido ao fabricante. Em alguns casos, o cliente ou o varejista podem fazer o pedido direto ao fabricante. Em outras ocasiões, o fabricante produz para estocagem em um deposito de produtos acabados;
Programação para Produção: Durante esse processo, os pedidos são integrados ao planejamento ou à programação da produção. Dadas as quantidades de produção necessárias, o fabricante deve decidir qual será a sequencia exata de produção. Caso possua diversas linhas, o fabricante deve decidir também que produtos serão alocados em cada linha. O objetivo desse processo é maximizar a quantidade de pedidos atendidos no prazo, mantendo os custos baixos.
Fabricação e Transporte: Durante esse processo, o fabricante produz de acordo com a programação de produção, atendendo aos padrões de qualidade. Durante a fase de transporte, o produto é transportado ao consumidor, ao varejista, ao distribuidor ou ao deposito de produtos acabados. O objetivo desse processo é entregar o produto na data prometida, atendendo aos padrões de qualidade e mantendo os custos baixos.
Recebimento: Durante esse processo, o produto é recebido pelo distribuidor, pelo deposito de produtos acabados, pelo varejista ou pelo cliente e os registros de estoques são atualizados. Outros processos ligados à estocagem e transferência de fundos também ocorrem.
Ciclos de Atividades Logísticas – Distribuição
Acontece na interface entre o varejista e o distribuidor ou fabricante e engloba todos os processos ligados ao reabastecimento dos estoques do varejista. Inicia-se quando um varejista faz um pedido para reabastecer estoques que deverão atender a uma futura demanda. Em alguns casos, o reabastecimento é feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados.
Em outros casos, o reabastecimento é feito diretamente pela linha de produção do fabricante. O objetivo do ciclo de reabastecimento é restaurar os estoques dos varejistas a um custo mínimo e oferecer simultaneamente a disponibilidade de produtos necessários ao cliente. Os processos envolvidos no ciclo de reabastecimento são os seguintes, de acordo com o autor Meindl (2006):
Atividades Logísticas
Lambert et al. (1998) considera, na Administração da Logística, um conjunto de algumas atividades que compõe o fluxo de um produto desde o ponto de origem até o ponto de consumo, explicando sua importância:
 
 
 
 
Aula 4: Nível de Serviço ao Cliente – Marketing e Logística
Agregar valor aos produtos e serviços, de forma que os benefícios oferecidos aos clientes sejam cada vez mais expressivos, continuamente, ao menor custo possível.
Este é o desejo da grande maioria das empresas que veem, nesta relação, a possibilidade de aumentar seus lucros, ao mesmo tempo que constroem relações comerciais mais duradouras.  A capacidade de uma empresa ser competitiva depende de sua cadeia de valor, isto é, do conjunto de atividades que criam valor para o produto na visão do consumidor.
O Papel de Marketing 
O marketing é a área responsável por captar as informações dos mercados consumidores e desenvolver a visão que irá definir como é possível oferecer mais valor. O marketing é um processo social por meio do qual as pessoas e os grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, com a oferta e com a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006).
Em uma indústria, por exemplo, pode-se dizer que este processo se inicia no desenvolvimento de produtos, que é alimentado por informações coletadas pela área de marketing e termina com a disposição final dos resíduos, após o consumo ou uso do produto pelo usuário final, que o fará influenciado pela forma como a organização faz sua divulgação.
Desta forma, percebe-se que o marketing deve ser orientado para o cliente, atendendo suas solicitações e necessidades. No entanto, diversas áreas se envolvem na criação deste valor e na sua posterior transferência ao mercado.
O papel da Logística
	Este se refere à possibilidade de uma maior participação dos processos relacionados não só à movimentação, mas, principalmente, pela disponibilização dos produtos no lugar certo e na hora certa, que se refere ao processo de distribuição.
Integração Logística x  Marketing
 	Deve-se ter a clareza de que ambos os setores trabalham em função de gerar lucro para a empresa, um lucro suficientemente grande para valer a pena a existência do negócio. E isto ocorre quando é possível vender produtos a um preço acima dos gastos totais para disponibilizá-los ao mercado. Um consumidor faz a sua compra quando percebe que o desembolso que irá fazer será um bom negócio para ele, isto é, quando percebe uma relação de valor favorável para ele no processo de aquisição.
	Desta forma, tem-se, por um lado, o marketing trabalhando para que o cliente esteja disposto a gastar o maior valor possível com o produto. Isto é feito de diversas maneiras, dentre elas pode-se citar a propaganda com pessoas ou situações que geram uma sensação de glamour e status. 
	Por outro lado, tem-se a logística, que visa disponibilizar o produto nas condições ideais para o consumo. E isto tem duas frentes: pode-se aumentar a percepção de valor, auxiliando o marketing no convencimento do cliente, ou pode-se trabalhar na redução de custos do processo de distribuição. 
	O que se pretende é propor um meio para que a logística seja mais efetiva na valorização do produto oferecido, agindo integradamente com a área de marketing, com o menor custo possível associado ao melhor nível de serviços.
Os Diferenciais Competitivos
A seleção de uma boa estratégia logística exige muito dos mesmos processos criativos que o desenvolvimento de uma boa estratégia empresarial. Abordagens inovadoras para a estratégia logística podem oferecer uma vantagem competitiva peculiar, diferenciando-se de todos os concorrentes.
Tem sido sugerido que uma estratégia logística tem três objetivos:
Vantagem em custos;
Vantagens nos níveis de serviços;
Vantagens combinadas.
Usando o processo de Logística, podemos obter uma vantagem competitiva, isto significa uma supremacia duradoura em relação a concorrência, obtendo a preferência dos clientes.
Continuando - Vantagem nos níveis de serviços
Para o seu produto não tornar-se “commodity”, - o diferencial ser o preço, pois o restante será igual aos concorrentes - temos que agregar valor.
Hoje a empresa deve obter seu ganho máximo no inicio do ciclo de ida do produto, sendo sempre que possível referencial de sua área, apresentando constante inovação, se mantendo à frente de seus concorrentes.
Desafios da Logística
Os maiores desafios da Logística no ambiente atual são os seguintes:
Explosão do serviço ao cliente
Redução do Ciclo de Vida dos Produtos
Globalização dos Negócios
Integração organizacional
Nível de Exigência do Nível de Serviço ao Cliente
As principais mudanças necessárias no gerenciamento logístico são:
Encurtar o fluxo logístico: As empresas tendem a encurtar o fluxo logístico trazendo-os para próximo de suas plantas o que permite a operação adotando-se os princípios Just in Time na entrega, e na fabricação, agilizando a colocação dos produtos no mercado.
Melhorar a visibilidade do fluxo logístico: A visibilidade do fluxo logístico é de vital importância para a identificação dos gargalos de produção e na redução dos estoques, para isto as barreiras departamentais devem ser quebradas e as informações compartilhadas.As estruturas devem ser voltadas para o mercado, caracterizadas pela qualidade dos sistemas de informação.
Gerenciar a logística como um sistema: O processo logístico deve ser gerenciado de forma sistêmica, pela importância na combinação da capacidade de produção com as necessidades do mercado. É importante que o processo reconheça os inter-relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam fornecedor ao cliente.
É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema causara reflexos no sistema inteiro. A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem competitiva em mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo as empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em prazos cada vez menores.
Fundamentos da Logística: Custos Logísticos e Nível de Serviços 
Custos Logísticos - Visão do Custo Total
 
 
Nível de Serviços ao Cliente
 
 
LaLonde e Zinszer pesquisaram varias maneiras de como o serviço ao cliente pode ser visto:(1) como uma atividade; (2) em termos de níveis de desempenho; (3) como uma filosofia de gestão. Uma visão de serviço ao cliente como uma atividade sugere que ele pode ser gerenciado. Pensar no serviço ao cliente em termos de níveis de desempenho tem relevância desde que o serviço possa ser mensurado com precisão.
A noção de serviço ao cliente como uma filosofia de gestão mostra a importância da atividade de marketing orientada para o cliente. As três dimensões são importantes, para o entendimento dos fatores que contribuem para o serviço bem sucedido ao cliente. Uma definição ampla deve, portanto abranger as três perspectivas.
LaLonde e seus associados oferecem a seguinte definição: “O serviço ao cliente é um processo cujo objetivo é fornecer benefícios significativos de valor agregado à cadeia de suprimento de maneira eficiente em termos de custo”. Esta definição mostra a tendência de se considerar o serviço ao cliente como uma atividade decorrente de um processo sujeito aos conceitos de gerenciamento da cadeia de suprimento. Portanto um programa de serviço ao cliente deve identificar e dar prioridade a todas as atividades importantes destinadas a atingir objetivos operacionais, devendo também incorporar medidas de monitoramento e desempenho.
O desempenho deve ser monitorado para atingir metas e ter relevância. O principal fator continua sendo: O custo para atingir as metas estabelecidas de serviço representa um investimento razoável? E, caso o investimento seja razoável, para que clientes? Por fim, é possível oferecer aos clientes preferenciais algo mais do que um serviço básico de alto nível? Um serviço adicional, além do básico é normalmente denominado de serviço de valor agregado e são por definição exclusivos para clientes específicos e representam extensões do programa de serviço básico da empresa.
Fatores do Serviço ao Cliente
Os estudos e pesquisas identificam três fatores fundamentais de serviço ao cliente: disponibilidade, desempenho e confiabilidade. A conclusão geral é de que todos esses três aspectos do serviço são importantes. No entanto, determinado atributo pode ser mais ou menos importante, dependendo da situação de mercado.
Disponibilidade
É a capacidade de ter o produto em estoque no momento que ele é desejado pelo cliente. Uma das práticas mais comuns em obtê-la é armazenar em antecipação aos pedidos dos clientes. O planejamento de estoque é baseado, normalmente, em previsões das necessidades e pode incluir estratégias diferenciadas para itens específicos podendo-se classificar como estoque básico e estoque de segurança. Um aspecto importante da disponibilidade é a política de estoques da empresa.
Varias empresas adotaram arranjos logísticos alternativos para completar sua capacidade de disponibilidade de estoque para os clientes, por exemplo deposito principal e deposito secundário. Quando uma empresa tem parte do pedido no armazém principal e o complemento no secundário, a menos que estas duas partes posam ser consolidadas. Poderá ocorrer uma entrega dividida. O fato de a empresa vendedora fazer esforços extraordinários para ter estoque disponível, em vez de deixar pendente parte de uma remessa, pode ser uma indicação positiva de dedicação e comprometimento com a satisfação das necessidades do cliente.
Pelo exposto, fica claro que para alcançar altos níveis de disponibilidade de estoque, de forma consistente, é necessário muito mais planejamento do que estoque em depósitos com base nas previsões de vendas. Programas de diferenciação confiáveis em termos de disponibilidade de estoque não são concebidos nem administrados na “média”. Neles, a disponibilidade é baseada nas três medidas de desempenho seguintes: freqüência de faltas de estoques, índice de disponibilidade e expedição de pedidos completos. Esses três fatores determinam a capacidade da empresa em atender a necessidade especificas de cada um de seus clientes.
Desempenho Operacional
No projeto de sistema logístico, a unidade de análise é o ciclo de atividades (ex: ciclo de suprimento, ciclo de apoio à manufatura e ciclo de distribuição) e a estrutura dos ciclos de atividades fornece a lógica de combinação de nó, níveis, vínculos e atividades essências de apoio às operações. Medidas operacionais determinam o desempenho do ciclo de atividades quanto a: (1) velocidade; (2) consistência; (3) flexibilidade. O desempenho operacional envolve comprometimento logístico com o prazo de execução esperado e sua variação aceitável.
Velocidade 
A velocidade do ciclo de atividade é medida pelo tempo decorrido desde o momento que um pedido é colocado até a chegada de remessa ao cliente. Há aqui há uma estreita relação entre a política de estoques e a velocidade de execução. Essa relação entre prazo de execução do fornecimento e investimento do cliente em estoque é fundamental em operações logísticas baseadas no tempo.
Consistência 
Embora a velocidade do serviço seja essencial, a maioria dos executivos da mais importância a consistência. Consistência é a capacidade da empresa executar seus serviços dentro do prazo de entrega esperado de maneira constante.
Flexibilidade
É a capacidade da empresa de lidar com solicitações extraordinárias dentro de serviço do cliente. A competência da empresa esta diretamente relacionada a maneira como são tratadas as situações inesperadas,de ser “maleável”.
Confiabilidade
Em logística, a qualidade é sinônimo de confiabilidade. Um fator fundamental da qualidade em logística é a capacidade de manter níveis de disponibilidade em estoque e de desempenho operacional planejado. A capacidade de informações rápidas e precisas ao cliente sobre operações logísticas e status de pedidos, são partes da qualidade. Os clientes consideram cada vez mais o fato de que informações antecipadas sobre o conteúdo e a posição de um pedido são mais fundamentais do que o próprio cumprimento do pedido completo. Clientes detestam surpresas. Quase sempre se conformam com situações de faltas ou atrasos quando são avisados antecipadamente.
Aula 5: Tecnologia da Informação - Papel e Importância
A revolução da tecnologia da informação
O avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos anos vem permitindo às empresas executarem operações que antes eram inimagináveis. Atualmente, existem vários exemplos de empresas que utilizam a TI para obter reduções de custo e/ou gerar vantagem competitiva. Vamos ver a seguir três exemplos:
A Dell Computer investiu na venda direta e customizada de computadores pela Internet. O resultado foi um faturamento de US$ 12,3 bilhões em 1998, crescendo 60% em apenas um ano. Além disso, ela obteve um lucro de quase US$ 1 bilhão, sendo considerada como a de melhor desempenho no setor de tecnologia de informação pela revista Business Week em 1998. 
O Wal-Mart, maior varejista do mundo, possui 5.000 fornecedores em todo o mundo e 3.000 lojas localizadas nos Estados Unidos, controla e gerencia suas atividades baseando-se fortemente emTI.
A Souza Cruz conta com uma frota de 900 veículos para atender cerca de 200 mil clientes em todo o Brasil. Uma das ferramentas que utiliza para superar este desafio logístico é um Roteirizador, software que tem como finalidade auxiliar na obtenção da melhor rota para cada entrega. Com isso, seus veículos atingem uma eficiência de 99% e fazem em média 43 entregas por dia.  
Todos estes exemplos denotam como a TI, tanto por meio de sistemas, quanto pelo avanço dos hardwares, é fundamental para o desenvolvimento da Logística. Como este assunto é bastante abrangente, neste artigo serão ressaltadas exclusivamente questões relativas à utilização de sistemas de informação, não entrando em questões relacionadas ao hardware, que serão tratadas numa próxima oportunidade.
Atualmente existe uma verdadeira agitação no que diz respeito à implementação de sistemas de gestão empresarial, conhecidos como ERP. Não são apenas as grandes empresas que têm oportunidade para implementação desta solução; há pacotes de todos os tamanhos e para vários orçamentos.
Estes sistemas visam basicamente permitir a empresa "falar a mesma língua", possibilitando uma gestão integrada. Com isso, relatórios gerenciais com informações diferentes estão com seus dias contados.
Mas e a Logística? Como ela está sendo abordada?
O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas.
Atualmente, três razões justificam a importância de informações precisas e a tempo para sistemas logísticos eficazes.
Os clientes percebem que informações sobre status do pedido, disponibilidade de produtos, programação de entrega e faturas são elementos necessários do serviço total ao cliente.
Com a meta de redução do estoque total na cadeia de suprimento, os executivos percebem que a informação pode reduzir de forma eficaz as necessidades de estoque e recursos humanos. Em especial, o planejamento de necessidades que utiliza as informações mais recentes pode reduzir o estoque, minimizando as incertezas em torno da demanda.
A informação aumenta a flexibilidade permitindo identificar (qual, quanto, como, quando e onde) os recursos que podem ser utilizados para que se obtenha vantagem estratégica.
   
O sistema transacional é a base das operações logísticas; nele é realizado o principal processo logístico, o ciclo do pedido, no qual  serão executadas tarefas, como entrada de pedidos, alocação de estoques, separação de pedidos, expedição, formação de preços e emissão de faturas. Esse sistema transacional é caracterizado por regras formalizadas, comunicações interfuncionais, grandes volumes de transações e um foco operacional nas atividades cotidianas.
Terminado o sistema transacional, segue para o controle gerencial, que é o nível que utiliza as informações disponíveis no sistema transacional para o gerenciamento das atividades logísticas. Neste nível, podem-se encontrar atividades como mensuração financeira, gerenciamento de ativos, mensuração do serviço ao cliente e mensuração da qualidade e produtividade.
Seguindo uma escala de ascensão, parte-se então para o apoio à decisão, que é o nível que embasa as atividades operacionais táticas e estratégicas que possuem elevado nível de complexidade. Programação e roteamento de veículos, gerenciamento e níveis de estoque, configurações de redes são algumas atividades que se podem encontrar nesse nível de função logística.
Concretizados esses três níveis, parte-se para o quarto e último nível de funcionalidade da informação logística, que é o planejamento estratégico, em que as informações logísticas são sustentáculos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da estratégia logística. Nesse nível, encontram-se atividades como formulação de alianças estratégicas, desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacitação e oportunidades e análises do serviço ao cliente focadas e baseadas no lucro.
Aula 6: Tecnologia da Informação - Sistemas Logísticos de Informações
Impacto da TI nas variáveis estratégicas organizacionais
Feldens (2005) apresenta uma revisão da literatura sobre o assunto, além de propor um modelo de pesquisa para mensuração dos impactos da TI na gestão das cadeias. Como resultado de sua pesquisa, o autor destaca a identificação de seis variáveis impactadas pelo uso da TI na SCM, sendo elas: Integração, Processos de Armazenagem, Transportes e Movimentação, Velocidade, Competitividade e Coordenação Interorganizacional. As variáveis são descritas a seguir (FELDENS, 2005).
Princípios Básicos Operacionais
Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios básicos, tais como: disponibilidade, precisão, atualização em tempo hábil e flexibilidade. Esses princípios são definidos a seguir, segundo Bowersox (2001):
 
 
Algumas aplicações da Tecnologia de Informação
Através do uso combinado dessas tecnologias, é possível executar um gerenciamento eficiente e integrado de toda a cadeia de suprimentos.
Segundo Bowersox (2001), o desempenho logístico pode ser significativamente elevado, ao se combinar as tecnologias de informação, com os mais modernos meios de comunicação, já hoje amplamente disseminados e cada vez mais rápidos.
Código de Barras: é uma tecnologia que vem sendo empregada para melhorar a precisão da informação e da velocidade de transmissão dos dados. A utilização se dá ao longo do processo de negócios. A tecnologia veio se tornando cada vez mais visível durante as ultimas décadas, graças ao amplo uso na gestão de inventários e depósitos, em supermercados e outras operações principalmente no setor varejista.
Coletores de Dados: Dispositivos de leitura de dados automática seja através de tecnologias de código de barras ou de radio frequência, para leitura de Smart Labels. Facilitam operações de contagens de mercadorias de controle de rastreabilidade.
Intercambio Eletrônico de Dados: É a movimentação eletrônica de documentos-padrão de negócios especialmente formatados, como pedidos, faturas e confirmações, trocados entre parceiros de negócios. Esse sistema automatiza o processo de compras, dá suporte ao reabastecimento de estoque automático e próxima à relação entre compradores e fornecedores. Por ter sido originalmente baseado em uma rede provada, o EDI exigiu grande desembolso de capital para ser implementado, e a adição de cada novo fornecedor custava caro. Mais recentemente a Internet tem sido substituída como meio de intercambio de informações do EDI, que muda de nome passando a se chamar WebEDI. Essa mudança reduz os investimentos necessários para a utilização e torna o EDI acessível às empresas de menor porte.
Tecnologia que pode ser baseada em transmissão via satélite ou através de telefonia celular muito utilizada em vagões de trem e caminhões para possibilitar o acompanhamento do posicionamento destes. Os dados gerados por esse sistema de rastreamento alimentam sistemas como o TMS e WMS. 
Sistema de Estoque Gerenciado para Vendedor – VMI: Sistema para comunicar aos fornecedores os níveis de estoque ou de demanda de mercadorias, baseados em dispositivos de leituras de níveis de estoque, de fluxos de consumo ou de transações de vendas. Tais sistemas hoje já possuem comunicações eletrônicas diretamente com sites especializados ou com próprios sites dos fornecedores.
Gerenciamento de Transportes – TMS: Os sistemas de gestão de transportes são responsáveis pelo controle de todo o transporte de cargas ajudando as empresas a atenderem aos requisitos de transporte de produtos. Durante os esforços de planejamento e otimização, o TMS determina os modos de transporte e também gerencia a consolidação dos fretes e coordena as empresas de transporte. Quando utilizado em modo de execução e operação, o TMS é responsável pelo roteamento, escalonamento e rastreamento dos transportes, e pagamento e auditagemdos processos.
Geo-Positioning Systems – GPS: Dispositivos que identificam posição de qualquer veiculo/pessoa através do uso dos conceitos de latitude geográfica, em conjunto com mapas digitalizados. São aplicados para controle de desempenho e segurança de transportes.
Sistema de Gestão de Armazém – WMS: O sistema de gestão de armazém rastreia e controla o movimento do inventario dentro do deposito. Facilitando o registro, planejamento e o controle dos processos do deposito.
Identificação por Radio Frequência – RFID: A tecnologia RFID utiliza uma serie de equipamentos como smart cards, etiquetas inteligentes e transponders para possibilitar o rastreamento de produtos através de radio frequência. Assim como o sistema de código de barras, a tecnologia RFID é uma ferramenta de suporte que automatiza processos e melhora a gestão das operações eliminando falhas humanas. Ao mesmo tempo, da poder aos tomadores de decisão disponibilizando informações essenciais sobre o status dos produtos.
Sistemas Integrados de Gestão – ERP: O sistema integrado de gestão é um sistema centralizado capaz de integrar todos os departamentos e funções das empresas em um sistema unificado de informação, com capacidade de atender a todas as necessidades da organização. Gable define os sistemas ERP como os pacotes de software que buscam integrar o amplo espectro de processos e funções de modo a apresentar uma visão holística de um negocio a partir de um único sistema de informação com uma única arquitetura de informação. Já Rosenman define o sistema ERP como um software aplicativo que inclui soluções integradas de negocio para os principais processos e as principais funções administrativas de uma empresa. Os sistemas ERP melhoraram o fluxo de informações através das cadeias de suprimentos em tal grau que se tornaram um padrão de operação.
Sistema de Gestão de Relacionamento com Clientes – CRM: O sistema de gestão de relacionamento com clientes é uma ferramenta inteligente de gestão capaz de unificar as informações sobre os clientes criando uma visão única centralizando as interações com estes e antecipando às necessidades dos clientes. Os sistemas de CRM já receberam inúmeras definições, porém existem elementos comuns a todas as definições incluindo aí o fato de serem tecnologias para possibilitar que clientes individualmente possam ter um dialogo que permita que as empresas customizem seus produtos e serviços de modo a atrair, desenvolver e reter consumidores.
 
 
 
 
 
Aula 7: Estratégia de Estoques - Características, tipos, funções e custo de manutenção. 
O Papel dos Estoques
	A Administração de estoques é de importância significativa na maioria das empresas, tanto em função do próprio valor dos itens mantidos em estoque, associação direta com o ciclo operacional da empresa. Da mesma forma como as contas a receber, os níveis de estoques também dependem em grande parte dos níveis de vendas, com uma diferença: enquanto os valores a receber surgem após a realização das vendas, os estoques precisam ser adquiridos antes das realizações das vendas.
	
	Essa é uma diferença critica e a necessidade de prever as vendas antes de estabelecer os níveis desejados de estoques, torna sua administração uma tarefa difícil. Deve se observar também que os erros na fixação dos níveis de estoques podem levar à perda das vendas ou a custos de estocagem excessivos, residindo portanto na correta determinação dos níveis de estoques, a importância da sua administração. Seu objetivo é garantir que os estoques necessários estejam disponíveis quando necessários para manutenção do ritmo de produção, ao mesmo tempo em que os custos de encomenda e manutenção de estoques sejam minimizados.
	O estoque tem uma participação crucial na capacidade da cadeia de suprimento em apoiar a estratégia competitiva da empresa. Se a estratégia competitiva da empresa exige um alto nível de atendimento, a empresa pode usar o estoque para alcança-la, disponibilizando grandes quantidades de estoques próximas ao clientes. Contrariamente, a empresa também pode usar o estoque para se tornar mais eficiente, reduzindo-o e consequentemente diminuindo seus custos. A escolha implícita sobre o estoque está entre o nível de serviço, resultante da manutenção de maiores estoques, e a eficiência, resultante de estoques menores.
	
Tipos de Estoques
Os estoques se dividem em categorias, sendo estas vinculadas ao fluxo de material e à forma em que será encontrado.
Os estoques, para Bertaglia (2003), se dividem em matéria- prima; produto em processo; produto semi-acabado; produto acabado; estoque de distribuição; estoque em consignação; provisão de materiais para manutenção, reparos e operações produtivas MRO, sendo definidos da seguinte maneira:
Matéria-prima: são itens que sofrem alterações durante o processo de produção;
Produto em processo: Refere-se ao produto durante as diferentes fases do processo produtivo;
Produto Semi-acabado: são aqueles que ficam estocados, esperando alguma operação a mais que os adaptem a variadas formas de uso;
Produto acabado: São aqueles onde já foram realizadas e realizadas todas as operações do processo produtivo, inclusive os testes finais, sendo ainda aprovados pelo controle de qualidade;
Estoque de distribuição: É o item já examinado e aprovado, passando ao centro de distribuição devido as exigências logísticas;
Estoque em consignação: São estoques que ficam com o cliente, mas que por alguma negociação ou acordo mútuo continua na propriedade do fornecedor, até que seja utilizado;
Provisao de materiais para manutenção, reparos e operações produtivas-MRO: Nessa classe estão itens já usados que possam favorecer as operações da organização.
Custos dos estoques
	
	Os estoques incorrem em custos, oneram o capital, ocupam espaço e necessitam de gerenciamento tanto na entrada como na saída. Eles podem tornar-se obsoletos e ultrapassados, causando prejuízos para o empreendimento. Neste sentido não se ode deixar de se levar em consideração o custo de manutenção dos estoques, que são componentes importantes do custo das operações logísticas.
Custos diretamente proporcionais: ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade media estocada. Por exemplo, quanto maior o estoque, maior o custo de capital investido. Do mesmo modo quanto maior a quantidade de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo de aluguel.
Quanto maior o estoque mais área necessária, mais custo de aluguel mais pessoas e equipamentos necessários para manusear os estoques, mais o custo de mão-de-obra e de equipamentos, maiores chances de materiais tornarem-se obsoletos, mais custos decorrentes de materiais que não mais serão utilizados, maiores a chances de materiais serem furtados e/ou roubados.
	Custos inversamente proporcionais: são custos ou fatores de custos que diminuem com o aumento do estoque médio. Isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os denominados custos de obtenção, no caso de itens comprados e custos de preparação, no caso de itens fabricados internamente. 
	Custos independentes: são aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa, como, por exemplo o custo do aluguel de um galpão. Ele geralmente é um valor fixo, independente da quantidade estocada.
	Se somarmos os três fatores de custos analisados até aqui, teremos os custos totais decorrentes das necessidades de se manter os estoques (CT):
	CT=custos diretamente proporcionais + custos inversamente proporcionais + custos independentes
	Uma outra forma de se verificar se os estoques estão tendo um desempenho satisfatório e se não ha necessidade de mudar alguma estratégia ou alguma rotina interna ou externa é a avaliação através de indicadores, os quais serão explanados abaixo.
	
Gestão dos Estoques
A gestão dos estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados,bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados.
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais exemplificados a seguir.
Inventário físico – consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O inventário não deve ser efetuado em excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem gerenciado.
	CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + custos independentes.
Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos clientes:
Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou:
Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média:
Análise de estoques pelo método ABC
Analisar em profundidade milhares de itens no estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na maioria das vezes, desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos importantes. Assim, economizam-se tempo e recursos.
A análise ABC classifica as mercadorias através de alguma medida de desempenho para determinar quais itens não devem faltar no estoque, quais itens podem ficar em falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser excluídos da seleção de estoque.
A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos estoques ou vendas são provenientes de 20% dos itens em estoque ou vendidos.
Como ocorre a sequência do processo de construção da curva ABC:
1 - Lista dos códigos dos produtos ou materiais com as unidades consumidas no período com os respectivos custos unitários.
 
2 - Tabela com a apuração do curso total por item (consumo unitário X custo unitário).
 
3- Tabela com o custo total por item.
 
4 - Tabela com a colocação dos itens em ordem crescente. Cálculo do percentual de participação por item. Acumulação do percentual calculado item a item
 
5 – Curva ABC:
 
Planejamento de Materiais
	A partir da globalização dos mercados, do aumento da concorrência, da necessidade de maior diversificação de produtos e melhoria constante em eficiência operacional, a gestão de demanda passou a ser assunto central na gestão de operações.
	Segue uma breve revisão de alguns conceitos relacionados a gestão de demanda em operações industriais, em ambientes que requerem alta flexibilidade, alta diversidade e, baixos custos, abordando os seguintes tópicos e suas correlações:
 
 
 
 
Aula 8: Gerenciamento de depósitos (centros de distribuição)
A nossa aula hoje vai se referir a armazenagem, o que a gente chama também de centro de distribuição na logística atual, e dentro de uma visão tradicional também nós sempre pensamos que um armazém é para guardar estoques e hoje com o pensamento integrado da cadeia de suprimento, o centro de distribuição tem várias funções. Por exemplo: o centro de distribuição dos supermercados é para separar produtos e entregar, nas grandes redes não tem estoques é o que vai chamar de pro, é a separação de produtos para entrega. Até as transportadoras também tem centro de distribuição para separar produtos por destino. Então, se é distribuição, ele se distingue estrategicamente armazenar produtos, a guardar estoques porque isso é uma coisa muito cara.
Essa é a função dos CDs, tanto que eles usam diversas tecnologias, também tem vários softwares de armazenagem para gerenciar um centro de distribuição percorrendo todos os seus processos para isso acontecer rapidamente. Desde o recebimento dos produtos até a expedição, tanto que vocês vêem por aí verdadeiras redes de centro de distribuição para fazer esse processo de entrega do produto até ao cliente, então nós temos o centro de distribuição é de vital importância para uma rede logística.
Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar sistemas de distribuição capazes de atender de forma econômica os mercados geograficamente distantes das fontes de produção, oferecendo níveis de serviço cada vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo de atendimento. Neste contexto, a atenção se volta para as instalações de armazenagem e como elas podem contribuir para atender de forma eficiente as metas estabelecidas de nível de serviço.
Centro de Distribuição
De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o Centro de Distribuição (CD) é um armazém que tem por objetivo realizar a gestão dos estoques de mercadorias na distribuição física. Em geral, este armazém recebe cargas consolidadas de diversos fornecedores. Estas cargas são então fracionadas com intuito de consolidar os produtos em quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas aos pontos-de-venda, ou em alguns casos aos clientes finais.
 
 
 
 
 
Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas em segmentos bastante diferentes vêm fazendo uso dos CDs. Conforme mencionado, os CDs passaram a ser considerados estratégicos para as empresas. Primeiro, porque através da utilização de CDs, é possível atender mais rápido o cliente, aumentando-se, com isso, o nível de serviço garantindo assim a fidelidade do mesmo. Segundo, porque empresas que desejam ter cobertura nacional num país como o Brasil precisam de pontos de apoio em locais estrategicamente posicionados para assegurar a entrega dos produtos.
Outro fato importante com relação aos CDs é que nos últimos anos, com a consolidação dos operadores logísticos no cenário nacional, os CDs saíram do papel secundário que tinham até então e passaram a fazer parte da estratégia logística das empresas nacionais (Almeida, 2004), visto os inúmeros benefícios de se ter CDs compartilhados.
Segundo Lima (2002), os armazéns de produtos acabados, antes gerenciados pelas próprias indústrias, deram lugar aos CDs, visto que os CDs têm como principal desafio atender corretamente a crescente demanda de pedidos. Esta demanda vem aumentando por dois motivos: primeiro, devido à maior variedade de produtos e, segundo, pela necessidade de melhor atendimento ao cliente.
O recebimento dos produtos significa o início das atividades do CD. O recebimento inclui todas as atividades envolvidas no fato de aceitar os materiais. Durante o recebimento devem ser conferidas as quantidades e a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores e a nota fiscal, entre outros itens. Qualquer diferença entre o solicitado e o entregue deve ser sinalizada neste momento, antes de os produtos entrarem propriamente no CD. Avarias nas embalagens também devem ser detectadas e relatadas durante a operação de recebimento. (Moura, 1997).
Um processo de recebimento de produtos inicia-se quando um veículo entra no CD, aproxima-se e estaciona na doca. Após estacionar o veículo, retiram-se os produtos para iniciar a contagem e conferência física do material. Em alguns CDs, poderá haver equipamentos para nivelar o caminhão com a plataforma, com isso evitam-se eventuais acidentes durante a movimentação de mercadorias. (Moura, 1997).
TECNOLOGIA – Atualmente, com o avanço da tecnologia, durante o recebimento é possível utilizar código de barras e coletores de dados. Essas ferramentas agilizam o processo de conferencia e evitam erros humanos no processo. Em ambiente onde a utilização do código de barras não é eficiente, existe a possibilidade de substituí-lo pelo uso da etiqueta inteligente associado ao uso da tecnologia de RFID.
MOVIMENTAÇAO – A movimentação é realizada após o recebimento dos produtos, sendo sua primeira atividade a descarga dos veículos. Existem dois tipos de movimentação dentro do CD: a transferência consiste em mudar o material da área de recebimento para o local onde ficara estocado, e a separação em retirar o material da área onde foi estocado e leva-lo paraa área de consolidação dos pedidos.
PROCESSO: O processo de movimentação pode ser feito através da força da força física humana ou por meio de equipamentos como empilhadeiras e/ou transpaleteiras, quando são usados pallets ou slip sheet. A utilização de empilhadeiras tem como principal beneficio uma maior produtividade, já que torna a movimentação mais rápida. A segurança da operação na utilização de empilhadeiras é de responsabilidade do gestor do armazém, que deverá indicar funcionários aptos a manusear este equipamento.
Segundo Ballou (1993), a embalagem contribui para uma melhor movimentação, desde que exista uma padronização e que ela seja suficientemente forte para agüentar mais de uma movimentação.
Como citado anteriormente, uma das formas de padronizar a embalagem é a paletização, já que possibilita movimentar maiores quantidades de produtos. Entretanto, deve-se observar a correta distribuição do peso e o correto posicionamento do centro de gravidade, para evitar possíveis acidentes com a empilhadeira em virtude do transporte, principalmente quanto à movimentação.
Outra maneira de se padronizar e de se usar as embalagens é através da utilização de contêineres, que são equipamentos nos quais são colocadas as embalagens secundárias ou produtos soltos durante a armazenagem e o transporte. Suas principais vantagens são: aumento geral da eficiência de movimentação de materiais, redução de avarias durante o transporte, redução de furtos e maior proteção contra fatores ambientais. Porém, como principal desvantagem existe a necessidade de equipamentos específicos de movimentação, pois sem estes fica impossível movimentar um contêiner. (Bowersox & Closs 2001)
Aula 9: Embalagem e manuseio
Nesta aula, nós vamos tratar de embalagens. Nós estamos acostumados a ver embalagem de apresentação do produto, mas agente nunca sabe como essa embalagem chegou até aquele ponto, no ponto de venda. Normalmente a embalagem hoje, ela se divide em embalagem primária, embalagem secundária, embalagem terciária e por aí em diante.
Normalmente as embalagens primárias e secundárias, são embalagens de marketing, são aquelas embalagens que agente vê nas prateleiras na apresentação do produto, mas tem as embalagens terciárias, quartanárias que elas têm um objetivo, são as caixas de papelão que guardam essas embalagens primárias e secundárias. São os paletes que são organizados as caixas dos produtos e são os containeres que normalmente servem para exportação. Esses são os tipos básicos de armazenagem.
Normalmente, a embalagem, ela deve ser compatível por todos os meios onde ela passa. Ela tem que ser compatível com os processos de armazenagem tem que ser compatível com os equipamentos que vão transportá-las, tem que ser compatível para fazer este deslocamento do produto de uma forma mais suave e fácil até o produto final.
Os riscos das embalagens, a embalagem logística agente vê na prateleira produtos bonitos, embalagem de marketing sendo apresentadas, agente nunca imagina que aquilo ali percorreu através de riscos, risco de temperatura, riscos de avarias, risco de transportes e esse é o verdadeiro papel da embalagem. É o conjunto da embalagem, é a embalagem primária, a embalagem secundária e a embalagem terciária e assim sucessivamente. Esse é o real papel da embalagem.
O papel da embalagem
A embalagem se tornou item fundamental da vida de qualquer pessoa e principalmente das atividades de qualquer empresa. O desenvolvimento da embalagem acompanhou o desenvolvimento humano, da necessidade inicial do homem de armazenar água e alimentos em algum recipiente, visando à sobrevivência própria, até o início das atividades comerciais, e à disseminação do uso das embalagens. Hoje estão presentes em todos os produtos, com formas e funções variadas, sempre com a evolução das tecnologias utilizadas, que as tornam cada vez mais eficientes e estratégicas.
Para a Logística, a embalagem é item de fundamental importância, possui relacionamento em todas as áreas, e é essencial para atingir o objetivo logístico de disponibilizar as mercadorias no tempo certo, nas condições adequadas ao menor custo possível, principalmente na distribuição internacional. Para se ter uma ideia da representatividade da embalagem na economia, segundo Moura e Banzato (2000), os gastos com embalagem representam aproximadamente 2% do PNB. E o Brasil perde entre 10% e 15% da sua receita de exportação por causa de embalagens deficientes.
Dependendo do foco em que está sendo analisado, o conceito de embalagem pode variar. Para um profissional da área de distribuição, por exemplo, a embalagem pode ser classificada como uma forma de proteger o produto durante sua movimentação. Enquanto que para um profissional de marketing a embalagem é muito mais uma forma de apresentar o produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma de protegê-lo. Neste conceito, os autores tentam abranger tudo que envolve a concepção da embalagem: arte, técnicas e ciências, bem como suas funções: a de proteção da mercadoria, durante as atividades de Logística, e a de exposição ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem deixar de considerar os custos envolvidos na produção e no transporte de mercadorias.
A embalagem tem interação com todas as funções da logística, armazenamento, manuseio, movimentação de materiais e transporte. Desta interação com as funções Logísticas, pose-se conseguir redução de custos, de tempo na entrega final do produto, redução de perdas e aumento do nível de serviço ao cliente.
Na movimentação de materiais, dentro dos armazéns, e na troca de modal de transporte, é onde a embalagem sofre os maiores impactos, os quais podem causar danos à embalagem primária e ao produto, e onde os impactos da falta de planejamento podem ser percebidos, seja pelo alto número de perdas e/ou adaptação dos equipamentos de transporte, seja pelo aumento do custo decorrente destas perdas e impossibilidade de padronização dos métodos e equipamentos de movimentação, que acabam por aumentar a necessidade de mão-de-obra e reduzir a eficiência.
Neste sentido, Moura & Banzato (2000) citam alguns pontos a serem analisados: até que ponto a embalagem para matéria-prima e para produtos acabados facilita as operações de recebimento, descarga, inspeção, movimentação;
Classificação das embalagens
Quanto à classificação, a mais referenciada é a que classifica de acordo com as funções em primária, secundária, terciária, quaternária e de quinto nível.
Primária: é a embalagem que está em contato com o produto, que o contém. Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, lata de leite condensado e caixa de sabão em pó.
Secundária: é aquele que protege a embalagem primária. Exemplo: O fundo de papelão, com unidades de caixa de leite envolvidas num plástico. É geralmente a unidade de venda no varejo.
Terciária: são as caixas, de madeira, papelão ou plástico.
Quaternária: são embalagens que facilitavam a movimentação e a armazenagem, qualquer tipo de contendor. Exemplo: contêiner.
Quinto nível: é a embalagem “conteinerizada”, ou embalagens especiais para envio a longa distancia.
Funções das embalagens
As principais funções da embalagem são: contenção, proteção e comunicação. A contenção refere-se à função de conter o produto, de servir como receptáculo, por exemplo, quando ocorre de o produto vazar da embalagem, esta função não foi cumprida. O grau de eficiência da embalagem nesta função depende das características do produto. Uma mercadoria perigosa, inflamável, deve sempre ter 100% de eficiência, realizando o investimento necessário para tal. Enquanto um fabricante de um material de menor valor, como sal, por exemplo, pode utilizar uma embalagem com menor grau de eficiência nesta função, o mesmo ocorre com relação à função de proteção.
A função de proteção possibilita o manuseio do produto até o consumo final, sem que ocorram danos na embalagem e/ou produto. Também, com relação a esta função, deve-se estabelecer o grau desejado de proteçãoao produto. Alguns dos principais riscos aos quais a embalagem está submetida são:  choques, aceleração, temperatura, vibração, compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre outros.
E a função de comunicação é a que permite levar a informação, utilizando diversas ferramentas, como símbolos, impressões, cores, RFID1. Nas embalagens primárias, esta função ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo informações sobre a marca e o produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas à Logística, a comunicação ocorre na medida em que impressões de códigos de barra nas embalagens, marcações, cores ou símbolos permitam a localização e identificação de forma facilitada nos processos logísticos de armazenagem, estoque, separação de pedidos e transporte.
Planejamento da embalagem
A interação da embalagem com as operações logísticas deve iniciar-se no planejamento da embalagem, pois nesta etapa são definidos aspectos fundamentais, que irão influenciar todo o processo, como: dimensões, tipo de material, design, custo e padronização das embalagens. Estes aspectos são fundamentais para o planejamento e eficiência no armazenamento e transporte dos produtos, caso a embalagem não seja planejada de acordo com os recursos existentes, será necessário adequar todos os recursos à embalagem.
Há um conflito no planejamento da embalagem, por interferir em diversas áreas da empresa e ter grande representatividade nos custos. Neste sentido, Moura e Banzato (2000) estabelecem cinco critérios básicos para desenvolver uma embalagem: função, proteção, aparência, custo e disponibilidade. Têm-se prioridades diferentes de acordo com o tipo de produto que será acondicionado e o tipo de embalagem, se para consumo ou industrial (transporte). Entretanto, para ambas é essencial que se verifiquem, nesta etapa do planejamento, quais serão as condições de manuseio, armazenagem e de transporte a que serão submetidas. A falta de planejamento ou um planejamento deficiente podem levar à ocorrência de graves problemas, desde o aumento do custo por um superdimensionamento da embalagem, que torna o transporte e a armazenagem mais caros, até a deterioração da embalagem e/ou produto.
Padronização das embalagens
	A padronização das embalagens geralmente ocorre nas secundarias e terciarias, que protegem e acondicionam as embalagens primarias. Segundo Moura & Banzato (2001), ao se falar em padronização de embalagens, na maioria das vezes refere-se à padronização das dimensões, e não do material. Isto porque são estas as características que influenciam mais a capacidade do equipamento de movimentação, e não o tipo de material utilizado na fabricação.
	A redução da variabilidade de embalagens facilita o armazenamento, o manuseio e a movimentação dos materiais, reduzindo o tempo de realização destas tarefas, por proporcionar uma padronização destes métodos, dos equipamentos de movimentação e de armazenamento. Além da redução do tempo, outra vantagem da padronização é a redução de custos.
Aula 10: Infra-estrutura de Transportes
Nesta aula vamos continuar falando sobre atividade logística, desta feita, um dos mais importantes. Mais importantes pelo custo, pelo transporte representa 60%, até 60% do custo logístico. No Brasil, ele representa 16% do PIB, então o custo do transporte é alguma coisa relevante. A outra coisa, ele é responsável por colocar o produto certo na hora certa, então o transporte tem uma relevância muito grande para a logística. E, para a logística, nós utilizamos todos os modais de transporte, aeroviário, ferroviário, dutoviário, rodoviário, quer dizer, nós temos vários meios de transportes e aí, mais uma vez, a operação dessa atividade logística é feita de forma integrada.
Vocês podem depois ver depois em nossa biblioteca o vídeo da aula logística que hoje é uma empresa brasileira que já possui três modais de transportes na mesma empresa. Ela possui o modal ferroviário, o modal rodoviário e o modal marítimo, então é muito importante. Nesse particular o transporte tem algumas funções importantes, velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e frequência. Essas são as principais características do transporte.
O papel dos transportes
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de combustíveis.
As principais funções do transporte na logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os primórdios o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível.
	Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas operações. Com isso, vislumbram na Logística, e mais especificamente na função transporte, uma forma de obter diferencial competitivo. Entre as iniciativas para aprimorar as atividades de transporte, destacam-se os investimentos realizados em tecnologia da informação, que objetivam fornecer às empresas melhor planejamento e controle da operação, assim como busca por soluções intermodais que possibilitem uma redução significativa nos custos.
	Aqui, a função transporte será tratada inicialmente sob a perspectiva de integração às demais funções logísticas. Em seguida, os cinco diferentes tipos de modais serão classificados sob a ótica de custos e serviço.
Também serão tratadas as questões que tornam a matriz de transporte brasileira desbalanceada. O texto também trata de uma discussão sobre os impactos que a tecnologia da informação, mais especificamente a Internet, vem causando na gestão do transporte.
	O ponto central desta analise é a relação entre politicas de transporte e de estoque?
 
O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada. Todas as funções logísticas vistas contribuem para o nível de serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O impacto do transporte no Serviço ao Cliente é um dos mais significativos, e as principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do serviço, à capacidade de prover um serviço porta a porta, à flexibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma grande variedade de produtos, ao gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade de o transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções logísticas. As respostas para cada uma destas exigências estão vinculadas ao desempenho e às características de cada modal de transporte, tanto no que diz respeito às suas dimensões estruturais, quanto à sua estrutura de custos.
Classificação dos Modais de Transporte
Os cincos modais de transporte básicos são o ferroviário, o rodoviário, o hidroviário, o aeroviário, os dutos e os de multimodalidade e intermodalidade. A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, do volume de tráfego, da receita e da natureza da composição do tráfego.
De acordo com Alvarenga e Novaes (2000: 93), para se organizar um sistema de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, que envolve planejamento, mas para isso é preciso que se conheça: os fluxos nas diversas ligações da rede; o nível de serviço atual; o nível de serviço desejado; as características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de equipamentos disponíveis e suas características (capacidade, fabricanteetc); e os sete princípios ou conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque sistêmico.
Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume, densidade média; dimensão da carga; dimensão do veículo; grau de fragilidade da carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e compatibilidade entre cargas diversas.
Sendo assim, pode-se observar que no transporte de produtos, vários parâmetros precisam ser observados para que se tenha um nível de serviço desejável pelo cliente.
Dependendo das características do serviço, será feita a seleção de um modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de um modal. Segundo Ballou (2001:156), a seleção de um modal de transporte pode ser usada para criar uma vantagem competitiva do serviço. Para tanto, destaca-se a seguir algumas características dos modais de transporte.
A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. São cinco as dimensões mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços oferecidos: velocidade; consistência; capacitação; disponibilidade, e frequência.
A primeira dimensão a ser considerada na escolha do modal é a estrutura de custos fixos/variáveis e a classificação das características operacionais de cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e freqüência que serão discutidas a seguir.
O transporte é o principal componente do sistema logístico. Sua importância pode ser medida através de pelo menos três indicadores financeiros: custos, faturamento, e lucro.
A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. São cinco as dimensões mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços oferecidos: velocidade; consistência; capacitação; disponibilidade, e frequência.
A combinação de preço/custo com o desempenho operacional nestas cinco dimensões de serviços resulta na escolha do modal mais adequado para uma dada situação de origem - destino e tipo de produto.
A decisão sobre ter frota própria, ou utilizar ativos de terceiros, é a segunda mais importante decisão estratégica no transporte. Neste caso, o processo decisório deve considerar além do custo e da qualidade do serviço, a rentabilidade financeira das alternativas. A grande ênfase dada atualmente pelas empresas, principalmente as de grande porte, na rentabilidade sobre os investimentos dos acionistas, tem sido um dos principais fatores a influenciar as empresas na direção de utilizar terceiros nas suas operações de transporte. Como a rentabilidade sobre investimentos é o resultado do lucro sobre os investimentos do acionista, a maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade, é reduzir os investimentos dos acionistas, o que pode ser feito através da utilização de ativos de terceiros, no caso ativos de transportes. 
Uma série de características da operação, e do setor, também contribui para o processo decisório de propriedade da frota. Dentre estas se destacam: o tamanho da operação; a competência gerencial interna; a competência e competitividade do setor; a existência de carga de retorno; e os modais a serem utilizados. 
Quanto maior o tamanho da operação de transporte, maior a possibilidade de que a utilização de frota própria seja mais atraente do que a utilização de terceiros. Em primeiro lugar porque a atividade de transporte apresenta enormes economias de escala. Quanto maior a operação, maior as oportunidades de redução de custos. Segundo porque as operações de transporte estão ficando cada vez mais sofisticadas em termos de tecnologia e gestão. Ser pequeno significa ter pouca capacidade de manter equipes especializadas e de fazer investimentos contínuos em tecnologia, e em especial, tecnologias de informação. 
A crescente sofisticação do transporte faz com que a capacitação interna para planejar, operar e controlar, seja cada dia mais decisiva para o desempenho da operação. Nada adianta ser grande e ter recursos, se a organização não possui a capacitação interna para gerir de forma eficiente sua operação de transporte, e não está preparada para desenvolvê-la internamente. Por outro lado é bom lembrar que a capacitação é uma medida relativa, que necessita ser confrontada com as opções externas à organização, ou seja, a competência do setor de transporte na região onde opera a empresa contratante. Existem situações onde uma empresa deseja terceirizar sua operação de transportes, mas fica impossibilitada de fazê-lo, pois tem dificuldades de encontrar um prestador de serviços capaz de atendê-la ao custo e com a qualidade de serviços já alcançados internamente.
O modal utilizado também influencia a decisão de propriedade da frota. Quanto mais intensivo em capital for o modal, como por exemplo, ferrovia ou dutovia, maior a possibilidade de utilização de um terceiro. Modais intensivos em capital dependem de escala para serem eficientes, o que na maioria das vezes tornam inviáveis a um embarcador operar tais modais. Já no caso de veículos rodoviários, existe grande flexibilidade de volume, o que aumenta a atratividade de frota própria. 
SELEÇÃO E NEGOCIAÇÃO COM TRANSPORTADORES
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