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Anatomia topográfica Resumo – Raiana Stefanutti – medicina/ UNIFAL PESCOÇO Definição: entre a cabeça e as clavículas; passagem obrigatória de vasos e nervos. Sede de glândulas endócrinas, órgãos do sistemas respiratório e digestório. Esqueleto do pescoço: Vértebras cervicais: - típicas: C III a C VI -atípicas: C I, C II e C VII Hióide: pequeno osso em forma de ferradura, suspenso por ligamentos, membranas e músculos. Não articulado a nenhum osso. Fornece fixação para músculos anteriores do pescoço e suporte para a laringe. Possui um corpo (anterior), dois cornos menores e dois cornos maiores (posteriores) Fratura do hióide com a fratura dos processos estiloides do temporal e das cartilagens da laringe é uma lesão típica de estrangulamento, esganadura ou enforcamento. Em jovens, com sincondrose ainda presente, há luxação dos cornos maiores junto ao corpo do osso. Músculos supra-hióideos: 1. M. digástrico 2. M. gênio-hioideo 3. M. milo-hioideo 4. M. estilo-hioideo Músculos infra-hióideos 1. M. esternotireoideo 2. M. omo-hioideo 3. M. esterno-hioideo 4. M. tireo-hioideo Regiões cervicais e trígonos Região cervical anterior está limitado pela margem anterior do musculo esternocleidomastoideo, margem inferior da base da mandíbula e linha mediana anterior. O hioide e os músculos digastrico (ventres anterior e posterior) e omo-hioideo (ventre superior) dividem-no em: Trígono submentual Trígono submandibular Trígono carótico Trígono muscular Raiana Highlight Região esternocleidomastoidea Fossa supraclavicular menor depressao triangular entre as origens clavicular e esternal deste musculo, onde se encontra a parte inferior da veia jugular interna. M. esternocleidomastóideo estende, flexiona e gira a cabeça. Inclina o pescoço e eleva o manúbrio e as clavículas. Presença de cabeça esternal e cabeça clavicular. parte superior da V. jugular externa; N. auricular magno; N. cervical transverso. Região cervical lateral área bilateral triangular entre a clavícula e as margens anterior do musculo trapézio e posterior do musculo esternocleidomastoideo. Presença da fossa supraclavicular maior depressão ao lado da origem clavicular do musculo esternocleidomastoideo Trígono cervical lateral 1. Parte da veia jugular externa 2. Ramos posteriores do plexo cervical de nervos 3. N. acessório ( NC XI) 4. Troncos do plexo braquial 5. Artéria cervical transversa 6. Linfonodo cervical Trígono omoclavicular 1. A. subclávia (terceira parte); 2. Parte da veia subclávia 3. A. supraescapular 4. Linfonodos supraclaviculares Região cervical posterior (nuca) área bilateral, de forma irregular, entre as margens anteriores dos músculos trapézios, a linha nucal superior e uma linha horizontal traçada pelo ápice do processo espinhoso C VI. 1. Musculo trapézio 2. Espinha da escápula 3. Ramos cutâneos dos ramos posteriores dos nervos espinais cervicais 4. Músculos suboccipitais 5. Linfonodos occipitais Fáscias e espaços cervicais Tela subcutânea: fina camada fibroadiposa, contínua à tela subcutânea da face e do tórax, localizada entre a derme e a lamina superficial da fáscia cervical. Plastima: músculo largo e fino, situa-se na tela subcutânea, cobre a face ântero-lateral do pescoço e enruga a pele sobre ela. Fáscia cervical: envolvendo toda a circunferência do pescoço, ela se situa logo debaixo da tela subcutânea e auxilia na sustentação de vísceras cervicais, músculos, vasos, nervos e linfonodos profundos. É formada por três laminas fibrosas distintas: 1. Lamina superficial da fáscia cervical - Circunda todo o pescoço, situando-se sob a tela subcutânea. - Divide-se em superficial e profunda para envolver os ventres dos mm.s esternocleidomastoideo e trapézio, e as glândulas submandibular e parótida. Entre o processo estiloide do temporal e o ângulo da mandíbula forma o ligamento estilomandibular. - Junto ao manúbrio e às cabeças esternais do m. esternocleidomastoideo as folhas suoperficial e profunda permanecem separadas, originando o espaço supra-esternal (Burns), que contém as veias jugulares anteriores e o arco venoso jugular. 2. Lamina pré-traqueal da fáscia cervical - Lamina limitada à parte anterior do pescoço. -Divide- se em muscular, que circunda os ventres dos músculos infra-hioideos; e visceral, que envolve a glândula tireoide, traqueia e esôfago. - Espessamentos desta ultima formam o ligamento suspensor da glândula tireoide, que a fixam às cartilagens tireoide e cricoide da laringe. Posterior e superiormente, a lamina pré- traqueal da fáscia cervical se funde à fáscia bucofaríngea, junto ao musculo constritor interior da faringe. 3. Lamina pré-vertebral da fáscia cervical. - Forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os mm. Anteriores (longos da cabeça e do pescoço), laterais (escalenos) e posteriores (suboccipitais, esplênios, semiespinais, longuíssimos, espinal e levantador da escápula) a ela assosciados. Em certa área, a condensação das lâminas forma a bainha carótica. As lâminas formam planos naturais de clivagem de tecidos, importantes para a cirurgia e para a limitação da disseminação de abscessos, além de garantir o deslizamento para estruturas móveis, durante a respiração, deglutição e movimentos da cabeça. Bainha carótica Revestimento fascial tubular, que se estende da base do crânio até a raiz do pescoço, formado pela união das três lâminas da fáscia cervical. Inferiormente, se comunica com a cavidade mediastinal. Conteúdo: 1. Artérias carótida comum e interna, que adotam posição medial e anterior no interior da bainha; 2. Veia jugular interna, que adota posição lateral e anterior no interior da bainha; Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight 3. Nervo vago (NC X), que adota posição intermedia e posterior no interior da bainha; 4. Linfonodos cervicais profundos 5. Nervo do seio carótico (ramo do NC IX) 6. Plexo simpático periarterial (carótico) Compartimentos e espaços fasciais As lâminas da fáscia cervical delimitam compartimentos fasciais, que retêm as secreções dentro de si, e espaços fasciais, que permitem a disseminação delas, do pescoço para o mediastino superior. O compartimento visceral é o mais anterior e está ocupado pelas principais vísceras cervicais. Compreende a lamina pré-traqueal da fáscia cervical e o espaço posterior a ela até a fáscia bucofaríngea. O compartimento vertebral é o mais posterior e está ocupado pela coluna vertebral e os músculos a ela associados. Compreende a lamina pré-vertebral da fáscia cervical. O compartimento vascular é o mais lateral e compreende a bainha carótica e seu conteúdo. O espaço pré-visceral está situado entre as laminas superficial e pré-traqueal da fáscia cervical. Comunica a parte anterior do pescoço com a parte antero-superior do mediastino superior, podendo disseminar infecções descendentes O espaço perifaríngeo, dividido em espaço retrofaríngeo e espaço laterofaríngeo, está compreendido entre a lamina pré-vertebral da fáscia cervical e a membrana alar,circundando a faringe e esôfago. Estende-se da base do crânio ao mediastino superior. É conhecido como ESPAÇO PERIGOSO devido à possibilidade de disseminação de abcessos peritonsilares que podem causar mediastinite. O espaço posterior está localizado entre a lamina pré-vertebral da fáscia cervical e os corpos das vértebras cervicais. Estende-se desde a base do crânio até o mediastino posterior, alcançando o diafragma. Glândulas endócrinas TIREOIDE órgão situado nos trígonos carótico e muscular, inferior a laringe, posterior aos músculos esterno-hioideo e esternotireoideo e anterior às cartilagens traqueais. . Formada pelos lobos direito e esquerdo, unidos medianamente por uma fina ponte de tecido glandular, o istmo da glândula tireoide. . Pode apresentar uma variação, um pequeno lobo estreito superior, o lobo piramidal. . Envolta por uma capsula fibrosa, que emite septos para seu interior, e pela lâmina pré- traqueal da fáscia cervical, que na parte posterior do órgão se condensa e o fixa aa laringe e traqueia. . Um espessamento desta lâmina forma o ligamento suspensor da glândula tireoide . O nervo laríngeo recorrente, os vasos tireóideos e as glândulas paratireoides estão relacionadas com a face posterior dos lobos direito e esquerdo. .Irrigação: artéria tireóidea superior supre face anterior; artéria tireóidea inferior supre face posterior; artéria tireóidea ima (variação) fazem extensas anastomoses ipsilaterais e contralaterais. .Drenagem venosa: veia tireóidea superior drena o polo superior e desagua na veia jugular interna; veia tireóidea media drena a região media e deságua na veia jugular interna e veia tireóidea inferior drena o polo inferior e deságua na veia braquiocefálica. Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight .Drenagem linfática: linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais profundos superiores (polo superior do lobo e istmo da glândula tireoide); linfonodos pré- traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores (polo inferior do lobo). Alguns vasos linfáticos podem drenar para os linfonodos braquiocefálicos ou linfonodos supraclaviculares. .Inervação: parte simpática gânglios simpáticos cervicais emitem fibras nervosas vasomotoras que acompanham as artérias tireóideas formando plexos periarteriais. Parte parassimpática inexistente. . A secreção da glândula tireoide é controlada por hormônio da hipófise. Tireóide ectópica ou acessória: Forma disgenesia glandular na qual parte ou toda a glândula tireoide se sencontra em qualquer local ao longo de seu trajeto embriológico, desde a língua até o pescoço. A glândula tireoide ectópica (ou acessória, se houver uma glândula tireoide cervical) mais comum é a lingual ou sublingual (entre a língua e o hióide). PARATIREOIDES pequenas glândulas endócrinas de número variável (média 4), ovais e extracapsulares, situadas na face posterior dos lobos direito e esquerdo da tireoide. As superiores se localizam no meio de cada lobo, enquanto que as inferiores estão no polo inferior. . O paratormônio tem a função de regular o metabolismo dos íons cálcio e fósforo. . Irrigação: artéria tireóidea superior supre a face anterior; artéria tireóidea inferior supre a face posterior; artéria tireóidea ima . Drenagem venosa: veia tireóidea superior drena o polo superior e desagua na veia jugular interna; veia tireóidea media drena a região media e deságua na veia jugular interna e veia tireóidea inferior drena o polo inferior e deságua na veia braquiocefálica. .Inervação: parte simpática gânglios simpáticos cervicais emitem fibras nervosas vasomotoras que acompanham as artérias tireóideas formando plexos periarteriais. Parte parassimpática inexistente. . A secreção da glândula tireoide é controlada por hormônio da hipófise. Órgão do sistema respiratório LARINGE . Mediana e superficial, situa-se na região cervical anterior, superior à traqueia e glândula tireoide, anterior à faringe (parte laríngea) e posterior aos músculos infra-hioideos, entre C III e C VI. . Móvel com a deglutição e fala, além da função de fonação, protege as vias aéreas inferiores. . Sua estrutura está composta por cartilagens articuladas, membranas, músculos e ligamentos. . Diferenças etárias e sexuais: * recém nascido: a laringe se situa muito alta no pescoço, junto a raiz da língua. A epilglote não tem função, o que permite ao recém nascido mamar e respirar ao mesmo tempo sem engasgar. Com o crescimento rápido do pescoço, ao redor dos 6 meses de idade, a laringe desce e a epiglote passa a atuar como válvula entre os sistemas respiratório e digestório. * infância: a laringe se situa na parte superior do pescoço, tendo características anatômicas e localização igual nos dois sexos. *puberdade: a laringe se localiza na parte media do pescoço (posição definitiva) e os hormônios sexuais alteram a estrutura do órgão, o que provoca diferenças típicas na fonação. Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Cartilagem tireóidea . A maior delas está formada por duas laminas que se fundem medianamente para formar a proeminência laríngea, mais pronunciada em homens. Cartilagem cricoidea . Inferior à cartilagem tireóidea, formada por um arco e uma lamina, lembrando a forma do anel de sinete. Mostra as faces articulares aritenoidea e tireóidea. Cartilagem epiglótica . Elástica e flexível, em forma de calçadeira, forma a margem superior e parte da parede anterior do ádito da laringe. Sua parte superior, mais larga, é a epiglote, e sua parteinferior, afilada, é o pecíolo epiglótico. . Posterior à língua e ao hioide, está unida a este pelo ligamento hio-epiglótico e a linha mediana posterior da cartilagem tireóidea pelo ligamento tireoepiglotico. . A frente da cartilagem epiglótica aparece o corpo adiposo pré-epiglotico que serve de coxim para os movimentos da epiglote e a separa da membrana tireo-hioidea. Cartilagem aritenoidea . Par, piramidal, se articula com a parte lateral da margem superior da lamina da cartilagem cricoidea. Apresenta uma base com uma face articular, um ápice e três faces: face antero-lateral, com o processo vocal; face medial; face posterior com o saliente processo muscular. .No processo vocal se fixa o ligamento vocal e no processo muscular se inserem os músculos cricoaritenoideos. Cartilagem corniculada (santorini) . Pequeno nódulo cartilaginoso par, se fixa ao ápice da cartilagem aritenoidea, no inicio da prega ariepiglotica. Cartilagem cuneiforme (Morgani ou Wrisberg) . Pequeno nódulo cartilaginoso par, está presa à prega ariepiglótica, não se fixando com outra cartilagem. Membranas Membrana tireo-hioidea (Tourtual): liga o hioide a margem superior da cartilagem tireóidea e apresenta três espessamentos ligamentos tireo-hioideos medianoe laterais. Membrana fibroelástica: situada na tela submucosa, está dividida em: 1. Membrana quadrangular: entre a cartilagem aritenoidea e a epiglote. Sua margem inferior livre constitui a prega vestibular. 2. Cone elástico: entre as cartilagens aritenoidea e cricoidea. Sua margem inferior livre constitui o ligamento vocal. Ligamentos *Ligamento tireo-hioideo mediano *Ligamento tireo-hioideo lateral *Ligamento cricotireoideo mediano *Ligamento cricotireoideo lateral *Ligamento cricotraqueal Cricotireoidostomia: incisão ou punção do ligamento cricotireoideo mediano para permitir a passagem de ar em via aérea obstruída em nível supraglótico. Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Articulações Articulação cricotireoidea: sinovial plana estende a prega vocal Articulaçao cricoaritenoidea: sinovial plana aduz e abduz a prega vocal. Cavidade da laringe Ádito da laringe abertura da laringe, que a comunica com a parte laríngea da faringe, limitado pela: 1. Epiglote 2. Pregas aritenoideas 3. Cartilagens aritenoideas 4. Incisura interaritenoidea Vestíbulo da laringe espaço superior limitado superiormente pelo ádito da laringe e inferiormente pela prega vestibular. Glote espaço médio onde se realiza a fonação. Limitado superiormente pelo ventrículo da laringe e inferiormente pela prega vocal. As margens mediais das pregas vocais formam a rima da glote. Cavidade infraglótica espaço inferior contínuo com o lumen da traqueia. Limitado pela prega vocal superiormente, e inferiormente pela margem inferior do arco da cartilagem cricoidea. Laringoscopia: exame da laringe por via direta ou indireta que possibilita a visão das estruturas laríngeas em movimento. Imagem durante a respiração: abdução moderada das pregas vocais, permitindo a passagem de ar e visão das cartilagens traqueais. Imagem durante a fonação: adução de moderada a máxima das pregas vocais (posição de trabalho), com obstrução parcial do ar. Músculos intrínsecos Grupo tensor da prega vocal M. cricotireoideo inclina a cartilagem tireóidea anterior e inferiormente em direção ao arco da cartilagem cricoidea. Estende o ligamento vocal e aumenta a altura da voz (voz aguda). M. cricoaritenoideo posterior (Merkel) traciona o processo muscular posteriormente, girando os processos vocais lateralmente e assim alargando ao máximo a rima da glote. Quando relaxado, permite uma abertura média da rima (posição de repouso). Grupo adutor da prega vocal M. cricoaritenoideo lateral atua na cartilagem aritenoidea. Traciona o processo muscular anteriormente e gira o processo vocal medialmente, estreitando a rima da glote. Quando relaxado, permite uma abertura media da rima considerada como respiratória. M. aritenoideo transverso e M. aritenoideo oblíquo tracionam e aproximam as faces mediais das cartilagens aritenoideas. Permitem a emissão da voz em sussurro. Algumas fibras do musculo aritenoideo obliquo continuam superiormente como parte ariepiglotica. Grupo relaxador da prega vocal Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight M. tireoaritenoideo e M. vocal ao tracionarem anteriormente a cartilagem aritenoidea, relaxam o ligamento vocal e diminuem a altura da voz (voz grave). Irrigação. Artéria laríngea superior ramo da a. tireóidea superior Artéria laríngea inferior ramo da a. tireóidea inferior Drenagem venosa. Veia laríngea superior drena a metade superior da laringe e desagua na veia tireóidea superior, tributaria da veia jugular interna. Veia laríngea inferior drena a metade inferior da laringe e desagua na veia tireóidea inferior, tributaria da veia braquiocefálica. Drenagem linfática. Linfonodos cervicais superficiais vasos linfáticos da metade supraglótica drenam para eles Linfonodos cervicais profundos superiores, tributários dos linfonodos supraclaviculares vasos linfáticos da metade infraglótica drenam para eles. Inervação. *Nervo laríngeo superior (NC X) divide-se em ramo interno (sensitivo), que se distribui na mucosa supraglotica, e ramo exerno (motor), que supre o musculo cricotireoideo. *Nervo laríngeo recorrente (NC X) apresenta um ramo motor maior que supre todos os músculos intrínsecos da laringe (exceto o m. cricotireoideo), e um ramo sensitivo, que distribui na mucosa infraglótica. TRAQUEIA Mediana, superficial e vertical. Situa-se na região cervical anterior, inferior à laringe, anterior ao esôfago e posterior a glândula tireoide (istmo). Incicia-se na margem superior da primeira cartilagem, apenas suas quatro primeiras cartilagens estão localizadas no pescoço. Continua-se no mediastino através da abertura superior do tórax. ORGÃOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO FARINGE Tubo músculo-mucoso, mediano e o mais posterior. Situa-se anterior à coluna vertebral e atrás das cavidades nasal, própria da boca e da laringe. Comunica-se com estas por meio dos cóanos, istmo das fauces e ádito da laringe, respectivamente. Apenas a parte laríngea da faringe se localiza no pescoço. Na parte laríngea, além do adito da laringe há o recesso piriforme, canal mucoso entre a prega ariepiglótica e a membrana tireo-hioidea por onde os líquidos deglutidos passam para o esôfago e a constrição faringoesofágica, faixa de transição entre o musculo constritor inferior e a faringe e a musculatura esofágica. Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight A túnica mucosa da parte laríngea da faringe está firmemente aderida a tela submucosa, que se apresenta espessada (fáscia faringobasilar). Na parte laríngea, encontram-se os músculos constritor médio (parte inferior) e inferior da faringe, que formam a parede látero-posterior do órgão. As fibras mais inferiores do musculo constritor inferior da faringe constituem sua parte cricofaríngea, que atua como um esfíncter e que, junto com as fibras superiores da túnica muscular circular do esfago, forma a constrição faringoesofagica. ESÔFAGO Tubo músculo-musculoso mediano e posterior, situa-se anterior à coluna vertebral e posterior à traqueia. Continuação da faringe, se inicia na constrição faringoesofágica, passa pelo tórax, perfura o diafragma e termina no cárdia. No adulto, possui cerca de 25 cm de comprimento, tendo a parte cervical aproximadamente 4 cm. A túnica muscular na parte cervical é formada predominantemente por musculatura estriada esquelética Drenagem linfática superficial: 1. Linfonodos submentuais: recebem vasos linfáticos que drenam o mento, lábio inferior, assoalho da boca (mucosa) e ápice da língua. 2. Linfonodos submandibulares: recebem vasos linfáticos que drenam parte lateral do nariz, lábio superior, gengivas e língua (parte anterior do corpo). 3. Linfonodos occipitais: recebem vasos linfáticos que drenam o terço superior do trígono posterior, isto é, a metade superior do trígono occipital. 4. Linfonodos mastoideos: recebem vasos linfáticos que drenama parte superficial superior da orelha e da região parótida. 5. Linfonodos cervicais anteriores superficiais: recebem vasos linfáticos que drenam a pele da região cervical anterior, platisma, a musculatura infra-hioidea e a metade superior da laringe (mucosa e músculos). 6. Linfonodos cervicais laterais superficiais: recebem vasos linfáticos que drenam o musculo esternocleidomastoideo, o terço médio do trígono posterior, isto é, a metade inferior da orelha, a veia jugular externa e a região da glândula parótida. Drenagem linfática profunda: 1. Linfonodos cervicais anteriores profundos: recebem os vasos linfáticos que drenam o istmo da glândula tireoide e a parte cervical da traqueia. 2. Linfonodos cervicais laterais profundos superiores: recebem vasos linfáticos que drenam a metade superior da veia jugular interna, nuca, orelha, raiz da língua, palato, a metade inferior da laringe (mucosa e músculos), a faringe (parte nasal), a cavidade nasal e os cóanos. Pertence a esta cadeia o júgulo-digástrico. 3. Linfonodos cervicais laterais profundos inferiores: recebem os vasos linfáticos que drenam a metade inferior da veia jugular interna, a parte cervical do esôfago, as fauces, as partes oral e laríngea da faringe, o trígono omoclavicular e os lobos da glândula tireoide. Pertence a esta cadeia o linfonodo júgulo-omo- hioideo. Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight Raiana Highlight 4. Linfonodos supraclaviculares: recebem vasos linfáticos que drenam a região do ângulo júgulo-subclávio (ângulo venoso de pirogoff), a fossa supraclavicular, a parte superior da parede torácica e as partes mediais do ombro e da mama. Palpação de linfonodos: a palpação de linfonodos submentuais e/ou submandibulares é importante para detectar disseminação de infecções ou possível metástase neoplásica. Uma linfadenomegalia (aumento do linfonodo) também pode ser sinal de linfoma primário ou doença viral. Palpação do pulso carotídeo: a palpação do pulso da artéria carótida comum é um procedimento fácil e confiável. A referencia anatômica é o sulco entre a traqueia e os músculos infra-hioideos, profundamente à margem anterior do musculo esternocleidomastoideo, no nível da margem superior da cartilagem tireóidea. A ausência deste pulso indica parada cardíaca. Punção da veia subclávia: em geral, utiliza-se mais a veia subclávia direita para punção e acesso venoso central, com introdução de um cateter siliconado. Este acesso é instituído para a administração de nutrição parenteral, líquidos e medicamentos e aferição da pressão venosa central. Punção da veia jugular interna: em geral, utiliza-se mais a veia jugular interna direita para punção, por ser mais reta e direta, para obtenção de acesso venoso central. Este acesso é instituído para fins diagnósticos (amostra seriada de sangue) ou terapêuticos (quimioterapia ou diálise). Laringite: inflamação aguda ou crônica, difusa ou localizada, da túnica muscosa da laringe, em geral por fricção excessiva das pregas vocais (mal uso da voz). Apresenta-se por disfonia (rouquidão) ou afonia temporária, ardor a passagem do ar e leve dispneia (em crianças). Nódulo da prega vocal: pólipo na túnica mucosa da prega vocal (glote), causado pela fricção excessiva em geral pelo mau uso da voz por tempo prolongado. Apresenta-se por disfonia e dor a fonação, sem dispneia. Fatores de risco: tabagismo, alcoolismo, mudanças hormonais e estresse. Raiana Highlight Manobra de valsava: expulsão forcada do ar contra a boca fechada e as narinas tapadas, direcionando o ar para a tuba auditiva, com aumento da pressão intratorácica, diminuição do retorno venoso ao coração e aumento da pressão arterial. Faringite: inflamação aguda difusa da túnica mucosa da faringe, causando odinofagia (dor à deglutição) e disfagia (dificuldade de engolir). Em geral, é provocada por infecção viral ou bacteriana transmitida por via aera (neste caso com caráter sazonal), mas pode ter etiologia variada (traumática, química, etc). OBSERVAÇÃO: Artéria carótida comum (esquerda ou direita): esta artéria se ramifica em: 1- Artéria carótida interna (direita ou esquerda) 2- Artéria carótida externa (direita ou esquerda) Artéria carótida interna: penetra no crânio através do canal carotídeo dando origem a três ramos colaterais: artéria oftálmica, artéria comunicante posterior e artéria coriódea posterior. E mais dois ramos terminais: artéria cerebral anterior e artéria cerebral média. Polígono de Willis: A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias carótidas internas direita e esquerda. As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais. As artérias carótidas internas em cada lado originam uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior. As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior.As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores. Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoíde superior, a. lingual, a. facial, a. occipital, a. auricular posterior e a. faríngea ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar. A artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o se início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila ela, a subclávia, recebe o nome de artéria axilar, e quando finalmente atinge o braço seu nome muda de novo mas agora para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois remos terminais que são as artérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina as artérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão sofrer anastomose.
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