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DIREITO CIVIL 2BIMESTRE

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DIREITO CIVIL 2° BIMESTRE 28-04-2016
13 TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES : transferência, mudança de posição. Possibilidade de transmissão dos polos das obrigações.
13.1 CESSÃO DE CRÉDITO: Transferir o crédito, transferir ceder para um terceiro, outra pessoa. O credor pode transferir o crédito para um terceiro (pessoa estranha a esta relação). Quando o credor transfere o crédito este deixa de ser credor, sai do polo ativo e o terceiro passa a ser o credor. O credor originário que transfere o credito é o cedente e o que recebe o crédito é o cessionário e o que deve é o cedido. A cessão de crédito é bilateral entre cedente e cessionário, o devedor não participa, não precisa da anuência do devedor. Quando o cedente faz o negócio jurídico com o cessionário, o mesmo não vai garantir o crédito, apenas transferir, e garantir a existência do crédito, e não pode garantir o adimplemento e a insolvência do devedor. Se extingue para o primeiro credor em regra, se a transferência for da totalidade do crédito e se não se responsabilizar pelo inadimplemento do devedor. Se for a penas uma parte do crédito os dois credores permanecem e temos pluralidade de credores
Multa, juros, garantias reais, pessoais.
Se transfere o crédito por muitos motivos, quando se tem m crédito com um termo (data, condição) não se pode cobrar deste devedor, por isso se transfere o credito por um valor menor a um terceiro que vai poder esperar o termo. Este tipo de transação se chama factory. Este tipo de transferência precisa notificar o devedor para dar ciência, a lei não especifica como deve ser feita a ciência o importante é que seja dada a ciência do devedor que deve ser comprovada.
Alguns créditos não podem ser transferidos: 
 os direitos de herança antes da morte do ente que é dono
créditos personalíssimos ex. direitos autorais de algum escritor de livro.
quando as próprias partes vedam a cessão de crédito expressamente no título, se for um acordo verbal o cessionário não pode ser prejudicado
se for de titulo gratuito o cedente não responde, nem pela existência do crédito a não ser que seja má fé então se responde esta é a diferença entre o titulo oneroso e gratuito.
O cedente não é responsável pela solvência do devedor a não ser que esteja previsto no contrato, neste caso se paga somente o valor que recebeu, multa juros e despesas de cobrança e despesas da cessão.
Tem duas modalidades de cessão de crédito:
- CESSÃO PRÓ SOLUTO: é a regra , o cedente se responsabiliza somente pela existência do crédito, mas não assume junto ao cessionário a responsabilidade pelo pagamento da obrigação. (só pode ser responsabilizado que o crédito não existia no momento da transferência). Ou o cedente também pode ceder apenas metade do crédito e pass a ser credor em sociedade.
-CESSÃO PRÓ SOLVENDO: além de ser responsável pela existência do crédito o cedente também se responsabiliza pelo adimplemento, na condição de garante, é uma garantia a mais, o fiador anterior permanece o mesmo. O cedente fica responsável para pagar o valor devido, mas na verdade pelo valor que foi pago pelo cessionário mais a multa e juros. Em caso de cobrança onde o cedente paga o valor, o cessionário pode cobrar o restante do devedor, e o devedor deve ao cedente o valor que ele pagou ao cessionário.
Art 286, 287, e 288 CC 290, 295, 298
A notificação não enseja a validade ou invalidade da cessão de crédito, apenas serve para sua eficácia
05-05-2016
13.1 CESSÃO DE CRÉDITO
D) INSTITUTOS AFINS
i) CESSÃO DE CONTRATO:E está transferindo a totalidade do contrato
II)novação subjetiva: , espécie de extinção da obrigação, sempre que se extinga uma obrigação se tem uma nova. Quando estiver fazendo a novação, mudam as partes com a finalidade de extinguir a obrigação anterior para fazer a nova, substitui as partes.
III) sub-rogação legal: se colocar no lugar, ocorre sub-rogação na cessão de crédito, quando o credor aceita trocar, mas ocorre uma sub-rogação convencional, como é pela vontade das partes. Diferente da sub-rogação legal é a lei que determina a sub-rogação como em caso de morte do credor original que é em caso dos herdeiros. Na sub-rogação legal a pessoa só pode reaver aquilo que efetivamente desembolsou a sub-rogação especulativa que é quando a pessoa paga um valor menor pelo crédito e pode receber o valor integral. Art 350.
13.2 CESSÃO DO DÉBITO também conhecida como ASSUNÇÃO DA DÍVIDA (299 a 303)
A)CONCEITO: negócio jurídico onde o devedor transfere posição na relação jurídica. By CHARLES e PROFS. EX. comprar algo que está financiado.
B) PARTES: o credor continua sendo credor, o Primeiro devedor é Originário e o segundo devedor é o Assuntor, aquele que adquire o débito. A prestação da relação jurídica é de caráter pessoal, recai sobre a pessoa do devedor e depois recais sobre o patrimônio do devedor. O credor precisa saber sobre o patrimônio do devedor. Por isso é necessário a anuência do credor antes de fazer a assunção da divida. 
É informado, notificado o credor, com o objetivo de obter a anuência, se o credor permanecer inerte, silente, silenciar, esse silencio significa duas consequências diferentes (ou seja o silencio não diz nada) nesse caso o silencio do credor como regra deve ser interpretado como recusa a assunção.
Ao lado de uma obrigação principal pode existir uma obrigação acessória podem ter as clausulas penais, tem as moratórias, as compensatórias e as garantias. Temos duas modalidades de garantias.
Garantia real: representada por bens
Garantia fidejussória: pessoal (fiador)
Entre o devedor e o assuntor vai haver a sub-rogação (com a anuência do credor) é necessário novas garantias.
D)Temos duas modalidades de assunção de dívida
- EXPROMISSÃO: quando é feita entre o terceiro e o credor, nesta modalidade terceiro de forma espontânea assume em face do credor a obrigação pela liquidação do débito. Ou seja, tem o credor o devedor e o assuntor e a assunção de divida é feita entre o assuntor e o próprio credor. E o devedor anterior some, a não ser que o devedor original permaneça ai ele entre como dois devedores. Compra em grandes empresas e a compradora assume as dividas.
-DELEGAÇÃO: O Assuntor precisa da anuência do credor.
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado (LIBERADO) o devedor primitivo, salvo se aquele (O TERCEIRO), ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. . Prazo para o credor consentir em caso de silencio é a recusa.
Art. 300., consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. Salvo assentimento (concordância) expresso do devedor primitivo. As garantias vão se manter quando o devedor originário concordar.
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava (maculava, manchava) a obrigação. O fiador não volta a não ser que ele soubesse do vicio. A expectativa da exoneração do fiador não pode ser desfeita, a não ser que ele conhecia o motivo da invalidade do negócio.
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. O novo devedor não pode opor a matéria de defesa Exceção pessoal é em relação a pessoa. Só pode opor as exceções gerais. 
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. Quem adquiriu o imóvel que tem a hipoteca, o silencio do credor resulta em consentimento.
06-05-2016
14 DO ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO
Do Adimplemento e Extinçãodas Obrigações
Do Pagamento
 Seção I
De Quem Deve Pagar
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. DEVE AGUARDAR AO VENCIMENTO PARA COBRAR DO DEVEDOR
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. Só pode alienar a propriedade o dono de fato.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. Se a coisa for consumivel e a coisa se perder não é obrigada a restituir e não há perdas e danos. 
14.1 PAGAMENTO: Cumprimento da obrigação
Espécies
DIRETO:O simples cumprimento da obrigação.
a) Requisitos de validade
- existência de um vinculo obrigacional
- intenção em solver, quitar, ANIMUS SOLVENDI.
-Ensejar no cumprimento da prestação
-deve existir alguém que efetue o pagamento. – o SOLVENS quem solve a obrigação;
- alguém que receba o pagamento- ACCIPIENS
b) quem deve pagar- Solvens: tem 3 possibilidades de sovens.
-o devedor
3°- interessado (interesso jurídico) fiador, avalista, herdeiro, qualquer tipo de garantidor. Alguém que pode ser responsabilizado e que talvez possa responder com seu patrimônio (aquele que pagou sub-roga-se aquele que é o devedor da obrigação- a lei que trás o direito do garantidor poder cobrar e esse passa a ter as mesmas garantias que o credor anterior ). SUB-ROGAÇÃO LEGAL.
3° não interessado: Alguem que paga por interesse sentimental. Ele tem duas formas de realizar o pagamento. A primeira é ir lá pagar em nome do devedor, e o devedor fica livre da obrigação e a obrigação se extingue. Tem a natureza de doação. Consequência: extinção da obrigação. A segunda modalidade o terceiro não interessado paga em seu próprio nome. Neste caso o credor sai de cena e o devedor fica na relação, mas nessa situação não ocorre a sub-rogação (ele não vai poder ter as garantias, acessórios). Ele tem apenas o direito de regresso. O contrato não transfere o que a pessoa só pode é exigir aquilo que foi desembolsado, sem nenhuma garantia.
 CAPÍTULO III
Do Pagamento com Sub-Rogação
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.
Existe uma obrigação que não pode ser paga por terceiro a personalíssima, infungível. O credor não pode se recusar a receber o pagamento de terceiro, a não ser que esteja previsto no contrato. O devedor também não pode se opor a 3 pagar, se ele não quiser ele vai lá e paga.
Se o devedor originário, não pagou ou não iria pagar pois tinha condições de ilidir (recusa do pagamento pois a divida prescreveu. Ele não é obrigado a pagar ao terceiro.
13-05-2016
14 adimp/extinção
c) A QUEM SE DEVE PAGAR art 308-312 somente essas duas figuras do credor
-credor
3° representante. Aquele que a lei determina é o – Legal(pais/tutor/curador)
O representante convencional é aqueles que ambos convecionam (procuração)
O representante Judicional (sindico/administrador somente essas)
Daqueles a Quem se Deve Pagar
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.
Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu. NÃO VALE O PAGAMENTO SEM A QUITAÇÃO, NESTE CASO É O COMPROVANTE DE PAGAMENTO
Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.
Credor putativo: o fenômeno da putatividade, o pagamento é valido ao credor putativo quando se comprovada
-D) O OBJETO DO PAGAMENTO: neste caso é a prestação, pelo principio da exatidão, não se pode entregar coisa diversa a da prestação,a não ser que se tenha anuência do credor (mesmo que seja mais valiosa).
A prestação que deve ser quitada em dinheiro, moeda corrente e valor nominal
Divida em dinheiro é diferente de divida de valor
Ex. div em dinheiro MUTUO (empréstimo) e de valor é onde o dinheiro não constitui o objeto da obrigação, mas representa o seu valor ex indenização, o dinheiro não é o contrato da obrigação a obrigação não é estabelecida pelo dinheiro em si. A obrigação deve ser estabelecida da forma que foi estabelecida é o principio da PACTA SUN SERVANDA.
O PACTA SUN SERVANDA tem uma exceção é a TEORIA DA IMPREVISÃO, Ou seja o principio da revisão por desproporção. –só o possível de ser alegada se for um contrato bilateral,; também precisa ser cumulativo (equivalência de prestação entre as partes); contrato tem que ser oneroso; contrato tem que ser de execução continuada; precisa de um motivo superveniente (posterior) imprevisível e extraordinário, capaz de acarretar uma desproporção manifesta na relação obrigacional. Oneração excessiva em uma das partes e extrema vantagem para outra.
Ex a empresa compra uma produção de tomate que deve ser entregue mensalmente, mas acontece uma praga nova que atrapalha a qualidade dos tomates e pode se pedir o reajuste de redução de valor do contrato dos tomates. O dólar sempre altera o valor, mas como não é extraordinário. Teoria da imprevisão. Morte e incapacidade gera uma transferência da obrigação
E) PROVA DO PAGAMENTO: regra básica do pagamento, o pagamento não se presume, o pagamento se prova pela quitação. Silvio Rodriges. Quitação const. Aceita-se a quitação por meio eletrônico
Requisitos da quitação: 
-o valor da quantia paga, 
-identificação da divida quitada;
-indicação dos Solvens
-tempo do pagamento
-local do pagamento
-assinatura do assipiens
Art.320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
O RECIBO É A INSTRUMENTALIZAÇÃO DA QUITAÇÃO, SÓ VAI SER DE OUTRA FORMA SE A PROPRIA OBRIGAÇÃO EXIJA.
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Hipoteses de presunção da quitação:
- temos dois tipos de presunção absoluta: não admite prova em contrarrio, relativa admite
- 1 devolução do titulo. Se a divida é representada por um titupo, ele fica em posse do credor,e se é devolvido ao devedor presume-se a quitação, mas não é o recibo, mas pe uma forte presunção, o credor pode provar o não pagamento é de 60 dias;
-pagamento de prestações periódicas; quando é feito em cotas sucessivas o pagamento da ultima presume-se as anteriores. Presunção relativa.
-o pagamento do principal presume a quitação dos acessórios. 
-as despesas com pagamento ficam a cargo do devedor.
F) LUGAR DO PAGAMENTO:
-domicilio do devedor- dívida quesivel ou Divida quérable: a que o credor deve buscar no domicilio do devedor, esta é a regra, e quando é prevista em contrato de o devedor ir ao credor;
Domicilio do credor- divida portable, portável é uma exceção
Se as partes não convencionam a regra é sempre o domicilio do devedor, mas se ele for reiteradamente no domicilio do credor, houve uma renuncia tácita, também chamada de SUPRESSIO, é a supressão, é a perda do credor por renuncia tácita a um direito ou a uma posição jurídica decorrente do seu não exercício ao longo do tempo. Art 330. Esse credor não é o do pagamento e sim o credor do direito de ficar esperando o credor do valor vir buscar.
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
SURRESSIO É DIFERENTE DE SUPRECTIO
SURRECTIO: surgimento de um direito subjetivo de um devedor em efetuar o pagamento em lugar diferente do avençado. Neste caso o credor da obrigação é o SURRECTIO.
Se a obrigação for em relação ao imóvel a obrigação deve se dar a o local em que ele se encontra.
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.
19-05-2016
G) TEMPO DO PAGAMENTO: o tempo do pagamento é a data do vencimento – TERMO, quando não houver a data o momento do pagamento é imediato
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente.
Quando houver uma condição, é necessário que a mesma seja cumprida para exigir o adimplemento do devedor.
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
A obrigação existe no momento da celebração do contrato, mas ela só e exigível no momento do vencimento.
EXISTEM HIPÓTESES DE PODER COBRAR A DIVIDA ANTES DO VENCIMENTO previstas no art. 333
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias (garantia pessoal-fiador), ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
II) MEIOS INDIRETOS DE ADIMPLEMENTO
II. 1- PAGAMENTO INDIRETO
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO: acontece quando o devedor pretende pagar e não consegue, acontece quando:
O devedor tem duvida em quem é o verdadeiro credor
Quando a obrigação está em objeto de litigio
 Tem duas modalidades de consignação de pagamento extrajudicial (é possível quando a divida é em dinheiro, então é possível consignar em uma agencia bancária; Judicial é consignada e entregue em juízo e pode ser qualquer tipo de obrigação. No CPC existe uma ação de consignação de pagamento.
Do Pagamento em Consignação
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
 É NECESSÁRIO PROVAR TODOS ESSES MOTIVOS. E O JUIZ JULGA OS MOTIVOS DA CONSIGNAÇÃO E ELE DEVE JULGAR PROCEDENTE E ENTÃO TEM EFEITOS:
-Liberar o devedor
-afasta os encargos da mora
-o devedor transfere o riscos da perda da coisa para o credor
-retira qualquer receio de pagamento indevido.
-com isso o devedor exerce o seu direito de adimplemento.
SE O JUIZ DECLARAR IMPROCEDENTE ENTÃO ENTRA MORA, RISCO, GASTOS DA CONSIGNAÇÃO, DEPÓSITO, não pode ser uma aventura. 
-Não pode existir consignação de coisa incerta.
Quando for fazer o pagamento de coisa incerta e indeterminada é feito a escolha pelo devedor, E NOTIFICA O CREDOR CONCENTRAÇÃO- ESCOLHA+NOTIFICAÇÃO=CONCENTRAÇÃO.
Se a escolha era do Credor, tem a notificação e o credor tem 5 dias para escolher e acontece o SUPRECIO e nasce o direito de escolha para o devedor. E então deposita em juizo
Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente. O FORO É O DO LUGAR PREVISTO DO PAGAMENTO
Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito. POR CONTA DO CONTRADITÓRIO, ENQUANTO O CREDOR NÃO DECLARA SE ACEITA O DEPÓSITO FEITO, ENQUANTO NÃO IMPUGNAR O DEPÓSITO FEITO, O DEVEDOR PODE PEDIR O RESGATE DAQUILO QUE DEPOSITOU.
B) SUBROGAÇÃO: substituição do credor ou do devedor, convencional ou legal, convencional é por meio de uma convenção , um terceiro om interesse jurídico ou não. Acontece por cessão de crédito a subrrogação concencional. Na sub-rogação legal só se recebe o quanto pagou e na convencional existe a possibilidade especulativa – diferente do reembolso.
Do Pagamento com Sub-Rogação
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:
I - do credor que paga a dívida do devedor comum;
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.TODOS FALAM EM SUBROGAÇÃO LEGAL
Art. 347. A sub-rogação é convencional:
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
Art. 348. Na hipótese do inciso Ido artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo (CREDOR ORIGINAL), em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor. (AQUI NÃO TEM FINALIDADE ESPECULATIVA.
Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever. NA CONCORRENCIA DE CREDOR ORIGINÁRIO E SUBROGADO EM CASO DE INSOLVENCIA TEM PRIORIDADE O CREDOR IRIGINÁRIO
20-05-2016
EFEITOS DA SUBROGAÇÃO Maria Helena diniz traz dois efeitos da subrogação
a)Efeito liberatório: o devedor é liberado ao cedente, mas fica vinculado ao cessionário
b) Efeito translativo: efeito em que há transferência ao terceiro, pode ser aquele que satisfez( no caso da legal no caso do fiador) o crédito ou adquiriu o crédito no caso do convencional.
c)IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO, OU IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO
-A pessoa deve indicar, ao que se refere o pagamento,: 
-pluralidade de obrigações,
- igualdade de sujeitos (mesmo credor e mesmo devedor)
- é preciso que haja liquidez e vencimento de obrigações da mesma natureza.
-Pagamento não integral de todas as obrigações
Aqui se fala em várias obrigações distintas e não uma parcelada (periódica) se o devedor não indicar, quem imputa é o credor, se o credor não imputar, então a lei vais dizer.
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
O primeiro critério é a obrigação mais antiga
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
-obrigação mais onerosa (multa juros, garantia) a onerosidade bnão se mede somente pelo principal.
Se o devedor tiver pago alguma coisa o valor pago deve sempre começar a quitar os juros e depois atinge o capital.
Se o devedor e o credor convencionar a pagamento do principal antes dos juros, o mesmo pede ser feito.
II) SEM PAGAMENTO/ SUCEDANEOS DO PAGAMENTO
DAÇÃO EM PAGAMENTO: Se o credor aceitar coisa diversa da que foi convencionada, chama-se de dação. Pagar a obrigação de uma forma diversa da convencionada, é uma exceção ao principio da exatidão.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida
Se a obrigação for de dar, ela até pode ser substituída por uma de fazer, porém precisa ser combinada.
Requisitos da Dação:
-existencia de divida vencida e exigível;
- consentimento do credor;
- entrega de coisa diversa da convencionada;
-animus solvendi intensão do pagamento do devedor e quitação do credor, ou seja quando o devedor está dando a coisa diversa na intensão de pagar a coisa originária 
SE EM ALGUMA HIPOTESE A PESSOA QUE ACEITA COISA DIVERSA PERDER ESTA COISA EM RAZÃO DE UMA DIVIDA DO DEVEDOR. A OBRIGAÇÃO VOLTA A SER ESTABELECIDA. A PESSOA PERDER O BEM POR CAUSA DISSO CHAMA-SE EVICÇÃO. 
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros. (o fiado não entra novamente na obrigação.
NOVAÇÃO
Surgimento de uma nova obrigação que concomitantemente a isso a extinção da obrigação original. Nova obrigação que surge com uma finalidade específica, que é extinguir a obrigação originária. A causa da extinção não é o pagamento e sim uma nova obrigação
-Animus nivandi- credor e devedor ambos com essa intenção. Algo consensual. A lei não traz requisitos legais, depende somente das partes .
- existência de uma obrigação
- criação de uma nova
Com a novação morre todos os acessórios da obrigação originária.
Se na obrigação nova nada for falado em acessória, ele fica sem acessórios e não vão ser os mesmo da primeira. A novação só produz efeitos interpartes
Tem dois tipos de novação:
1-Novação subjetiva:
-passiva novo devedor:
 a) novação por extromissão ou por expulsão; Quando um terceiro cria uma nova obrigação com o credor extinguindo a obrigação principal anterior, criando uma nova obrigação sem a participação do devedor resultando na sua expulsão. (o pai paga a divida da filha em seu próprio nome, ele tem o direito de regresso e então se extingue a obrigação principal e surge então umanova. E se a pessoa vai 
b) delegação, ou por indicação: o devedor primário indica outro devedor e com esse novo devedor se cria uma nova obrigação. Com isso o devedor primário esta liberado e então é criado uma obrigação com o novo devedor com a intensão de extinguir a primeira mas agora o devedor original que indica o novo devedor. Neste caso é imprescindível o consentimento do credor.- NA ASSUNÇÃO DE DIVIDA É DIFERENTE POIS NÃO TEM O SURGIMENTO DE UMA NOVA OBRIGAÇÃO, tem somente a extinção
- SUBJETIVA ATIVA: novo credor: a
2 Novação Objetiva Há mudança da prestação. A diferença entre dação obrjetiva e uma dação em pagamento, se cria uma nova obrigação e na dação se extingue.
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste.
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.
C)COMPENSAÇÃO: Se pensa em pluralidade de obrigações
-Pluralidade de obrigações – vinda das duas partes
-reciprocidade de obrigações 
-todas as obrigações tem que ser exigíveis (liquidas, fungíveis e vencidas)
Caso de morador que se recusa a pagar o condomínio querendo compensar por prejuízos causado por um vazamento no prédio, não cabe compensação pois a parcela do condomínio está vencida, é liquida e fungível, mas o prejuízoainda não é um titulo liquido que precisa de um processo para que se comprove a divida.
No caso de acessórios da obrigação, o fiador não pode compensar, a obrigação precisa recair sobre o fiador. Art 371
 CAPÍTULO VII
Da Compensação
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação.
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 374. A matéria da compensação, no que concerne às dívidas fiscais e parafiscais, é regida pelo disposto neste capítulo.         (Vide Medida Provisória nº 75, de 24.10.2002)         (Revogado pela Lei nº 10.677, de 22.5.2003)
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever.
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.
OBRIGAÇÕES QUE NÃO ADMITEM COMPENSAÇÃO
- Quando as partes estipularem, ou seja se estipulam que não haverá compensação, não vai haver.
-obrigação alimentar, 
-obrigações que se originarem de comodato ou depósito 
-dividas oriundas de bem impenhoráveis (depósito de coisa infungível)
CONFUSÃO
Quando o credor passa a ser o próprio credor de si mesmo. (acontece em fusão de empresas,) (uma pessoa deve IPTU e morre sem deixar herdeiros, então o imóvel vai para a prefeitura) (duas sobrinhas devem dinheiro para o tio rico, esse morre e as sobrinhas são únicas herderias- ocorre a confusão) mas se aconteceu de surgir um herdeiro se desfaz a confusão
Da Confusão
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.
REMISSÃO
Tem sentido de perdão, requisitos:
- inequívoco animo de perdoar, clara a intensão do perdão, pode ser expresso ou tácito, mesmo no tácito precisa ficar clara a intensão de perdoar
- aceitação do devedor.
-não pode prejudicar terceiros
( em caso de obrigação solidária, o perdão de uma das partes, gera a diminuição do crédito para o cobrador)
Da Remissão das Dívidas
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
Do Inadimplemento das Obrigações
Não se restringe ao objeto, se estende as pessoas, prazo, lugar, são os deveres expressos na obrigação. Se o pagamento foi feito, no lugar errado pode se configurar inadimplemento, os deveres anexos. São aqueles relacionados nos chamados princípios, clausulas gerais de todas as obrigações (boa fé, função social) se um desses deveres forem violados pode ocorrer inadimplemento da obrigação. Esses inadimplementos chamam-se violação positiva do contrato, alargamento da ideia de inadimplemento, e inadimplemento dos deveres anexos. 
Este inadimplemento resulta em responsabilidade, essa responsabilidade resulta sobre os bens do devedor, portanto é patrimonial.
O inadimplemento de uma prestação obrigacional, enseja a ocorrência de culpa, essa culpa pode ser justificada em caso fortuito ou força maior(eventos inevitáveis, ou por efeito da natureza ou por força humana). Fortuito interno e fortuito externo : Interno é o evento inesperado, mas enseja a culpa ex. ônibus 0km de empresa de ônibus que estraga na viagem e enseja culpa, não importa se tem culpa ou não. Fortuito externo: cai barreira na estrada que acerta o ônibus. Neste caso a culpa não recai sobre a empresa.
Ex. casal de idosos que embarca em um cruzeiro na américa do sul, onde é necessário a identidade original, mas acabam embarcando com a cópia autenticada, a empresa cumpriu com o cruzeiro, mas os idosos não puderam desembarcar no outro pais pela falta de identidade, a empresa não informou essa necessidade portando inadimpliu com a obrigação.
Contrato benéfico gratuito (doação) beneficio exclusivo a uma das partes, neste caso só se fala em inadimplemento se a quem corresponde a obrigação agir com dolo, e não com culpa. |(quando a coisa é doada e se perde por culpa do doador não enseja inadimplemento)
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que se devia abster.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Tem duas espécies de inadimplemento:
1-mora: mora é falha em algum dos itens(tempo, lugar, objeto) da obrigação mora do devedor é conhecida como mora solvendi (para ser caracterizada é necessária a culpa) o atraso sem culpa não enseja a mora
2 – inadimplemento absoluto:
para saber a diferença é preciso analisar o interesse ou a viabilidade Por exemplo uma noiva que tem sua cerimonia marcada meio dia e a empresa só vier arrumar a festa as 18:00 já foi inadimplemento absoluto. O inquilino que atraza aluguel 10 dias é mora.
CONSEQUENCIAS DA MORADO DEVEDOR
-mora depende de culpa 
-com a mora enseja as obrigações acessórias (muros multa+juros, correção honorários )
- Estando o devedor em mora ele responde pela perda da coisa independentemente de culpa. 9mas se a coisa iria se perder de qualquer forma se foi comprovada, perda inevitável.
- a mora na obrigação de não fazer ocorre a mora
MORA DO CREDOR (ACCIPIENDI)
-a mora do credor independe da culpa 
Consequências da mora do credor
-o credor deve comparecer e mesmo 
- a mora do credor ocorre a extinção da responsabilidade do devedor pela conservação ou pela perda da coisa
-a mora do credor exime o devedor das despesas decorrentes da manutenção do bem
- se a obrigação for uma obrigação que haja variação de preço (ex dolar) deve o credor aceitar pelo preço mais favorável ao devedor durante o período da mora.
- a mora do credor cria a possibilidade da consignação em pagamento do devedor.
Da Mora
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.        (Vide Lei nº 13.105, de 2015)    (Vigência)
Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.       (Vide Lei nº 13.105, de 2015)    (Vigência)
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
Art. 401. Purga-se a mora:
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta;
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.
 CAPÍTULO III
Das Perdas e Danos
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar.
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
 CAPÍTULO IV
Dos Juros Legais
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
 CAPÍTULO V
Da Cláusula Penal
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela sua quota.
Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra aquele que deu causa à aplicação da pena.
Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.
Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.
 CAPÍTULO VI
Das Arras ou Sinal
Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do mesmo gênero da principal.
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.
Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
09-06-2016
PURGAÇÃO DA MORA: emendar a mora, neutraliza a mora, ex. se a o obrigação não é cumprida no prazo, no dia seguinte ocorre a mora. Quando se paga a mora ela tem efeito futuro.
CESSAÇÃO DA MORA: ato que consegue que atinge a totalidade da mora. Atinge tanto os efeitos futuros como os efeitos pretéritos, se o credor dar a remissão do devedor.
Se ocorrer inadimplemento absoluto se transforma em perdas e danos –dano emergente (o valor exato do valor do inadimplemento). Lucro cessante e Perda deuma Chance.(perda de uma chance é calculado proporcional a chance perdida) – os três estão sendo divididos no que se chama de dano moral (a moça perdeu no shouw do milhão a pergunta do milhão por uma questão sem resposta. Foi condenada a pagar o valor da chance que ela tinha)
JUROS: compensatório, remuneratório e juros frito, são devidos pela utilização de capital pertencente a outrem. (se a pessoa empresta 100,00 no banco por um mês, mas você paga os juros por conta da utilização do dinheiro, diferentes dos juros moratório) juros moratórios.
Juros moratórios podem ser simples ou composto, simples sobre o valor do capital inicial obrigação; e o compostos são capitalizados –juros sobre juros.
Clausula penal: moratória ou compensatória. A moratória no consequências para mora, e a compensatória é para o inadimplemento absoluto. Podem ser diferentes, multa em mora e outra para inad absoluto.
Arras ou sinal: quantia entregue por um dos contratantes a outro como confirmação da vontade e principio de pagamento. É uma obrigação acessória. Tem duas modalidades
Arras Confirmatórias: função de confirmar o contrato, com isso vincula a obrigação.
Arras penitenciais: possibilidade de arrependimento, em regra quem se arrepende perde a arras.
Pagamento direto e indireto e inadimplemento
Pagamento: cumprimento da prestação (dando, fazendo, entregando)
Pagar o que se estipulou, aquilo que estipulou, no lugar e no tempo se não seria inadimplemento
-precisa existência do da obrigação
Prestar a obrigação com a intensão de pagar
Recebe acipiens
Alguém que realiza o pagamento- solvens- cumpre a obrigação. O devedor ou terceiro (interessado- que pode ser responsabilizado que pode se sub-roga no lugar do credor, todos os privilégios e todo o acessória ou não interessado ) sub-rogação convencional ativa é a cessão de crédito (as partes convencionam- mas pode ser especulativa) e assunção de divida,
Assunção de divida, precisa da anuência do credor (trocar o devedor). 
A legal é quando o terceiro não interessado paga no lugar do credor não pode cobrar mais, somente na legal. Terceiro não interessado, pode pagar em nome do devedor – tem efeito de doação, e em seu nome próprio, ele não se sub-roga, ele tem apenas direito de reembolso, aquilo que ele pagou não ganha garantias e acessórios.
Assipiens, quem irá receber o pagamento, credor, representante, 
Credor putativo: aquele que parece credor mas não é, libera o devedor.
Prova de pagamento: quitação, presunção de quitação.
Lugar do pagamento é no domínico do devedor se nada for dito quesível ou queravel.
Se for no domicilio do credor portável ou portable. 
Se o devedor (é o credor do direito de ficar esperando)for pagar no credor se não precisava acaba ocorrendo o supressio, ele perde o direito de pagar na sua casa e para o credor ganha o surrectio.
Consignação em pagamento
Divida em dinheiro consignar em juízo hipóteses, verificar e se julgaga procedente libera juros e mora
Sub-rogação pagamento indireto
Imputação em pagamento, obrigações diversas entre as mesmas pessoas, o devedor precisa indicar. Se não indicar a lei indica
Obrigações exigíveis
Dação em pagamento, diversa da convencionada. 
Novação –estipulam nova obrigação, nascer para instiguir o original. Mudança de pessoas ou credor ou devedor. 
Compensação A e B e da outra B e A
Confusão entre credor e devedor.
Remissão perdão- mais devedores não pode prejudicar os outros, insolvente, perdoado deve se responsabilizar pelo insolvente se for solidário. 
- 
- transmissão das obrigações

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