Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Campus São José dos Campos – Dutra INSTALAÇÕES PREDIAIS – ÁGUA FRIA (CANTEIRO DE OBRAS DA PONTE DO RIBEIRÃO DA PALMEIRAS) São José dos Campos 2016 2 Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas Campi São José dos Campos – Dutra Bruno Sales de Oliveira (B4172C-3 / EC9-Q) Charles Pedro de Jesus Campos (B41FGC-0 / EC9-S) Klever de Souza Fernandes (B45859-3 / EC9-Q) Renata Sayuri Saito (B34033-9 / EC9-Q) Roberto Shoiti Tsushima Junior (B356CG-0 / EC9-Q) Silas Claudio V. T. Ferreira (B44489-4 / EC9-Q) Relatório técnico apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Instalações Predial Elétrica e Hidráulica, do Curso de Engenharia Civil, na Universidade Paulista de São José dos Campos. Profª. Msc. Maria Carolina Rivoir Vivacqua São José dos Campos 2016 3 RESUMO Instalação hidráulica de agua fria é uma parte das instalações prediais que serve para o fornecimento de agua para os usuários. Uma rede hidráulica de agua fria é composta por uma fonte (adutora, poços), alimentador predial, reservatório, barrrilete, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais. O dimensionamento de uma rede hidráulica é feito pelo método do máximo possível e do máximo provável, simplificado por tabelas, sendo o máximo provável utilizado para edifícios residenciais e máximo possível para locais onde há horários de uso, que é o nosso caso, onde vamos dimensionar a rede hidráulica de agua fria do canteiro de obras da construção da ponte sobre o Ribeirão das Palmeiras, que contará com instalações provisórias seguindo a NR 18 - condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, para 30 funcionários. Palavra-chave: instalação, hidráulica, agua fria, canteiro de obras. 4 ABSTRACT Hydraulic system cold water is a part of building facilities that serve to supply water to users. A hydraulic network of cold water comprises a source (adductor, wells), building feeder reservoir, barrrilete, distribution columns, branches and sub-branches. The design of a hydraulic network is done by the maximum possible of the method and the probable maximum simplified by tables, and the probable maximum used for residential buildings and much as possible to places where there are hours of use, which is our case, where we will scale hydraulic network of cold water from the construction site bridge construction works on the Ribeirão das Palmeiras, which will have temporary premises following the NR 18 - conditions and working environment in the construction industry for 30 employees. Keyword: installation, hydraulic, cold water, construction site. 5 LISTA DE ILUSTRAÇÔES Figura 1 Sistema de alimentação ........................................................ 10 Figura 2 Kit cavalete ............................................................................ 11 Figura 3 Alimentador predial ................................................................ 11 Figura 4 Sub-sistema de distribuição interna ....................................... 14 Figura 5 Sistema de distribuição indireto ............................................. 15 Figura 6 Pressão hidrostática .............................................................. 18 Figura 7 Planta baixa e vistas do canteiro ........................................... 22 Figura 8 - Trechos da Rede Interna ..................................................... 26 Figura 9 Vista frontal ............................................................................ 29 Figura 10 - Esquema simplificado Rede interna .................................. 30 Figura 11 - Esquema simplificado Rede externa ................................. 31 Figura 12 - Vazões mínimas ................................................................ 31 Figura 13 - sistema hidráulico final simplificado da rede externa ........ 41 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Pressão dinâmica nos pontos de utilização ........................ 17 Tabela 2 Vazões e pesos .................................................................... 20 Tabela 3 Consumo médio .................................................................... 23 Tabela 4 dimensionamento do alimentador predial ............................. 24 Tabela 5 Diâmetros mínimos dos sub-ramais ..................................... 25 Tabela 6 Correspondência de tubos de diversos diâmetros com o de 15 (mm) ................................................................................................................. 27 Tabela 7 Planilha de dimensionamento interno ................................... 27 Tabela 8 Planilha de dimensionamento externo .................................. 28 Tabela 9 - Ábaco Fair-Whippe-Hsiao para tubulações de cobre e plástico ............................................................................................................. 33 Tabela 10 - Comprimentos equivalentes em metro de tubulação de PVC rigido e cobre ........................................................................................... 34 Tabela 11 - Comparação de pressões ................................................. 41 6 SUMARIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 8 1.1 Justificativa do trabalho ............................................................ 8 1.2 Objetivo do trabalho ................................................................. 8 1.3 Estrutura do trabalho ................................................................ 8 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA ........................................................... 9 2.1 Instalações Prediais de Água Fria ............................................ 9 2.1.1 Sub-sistema de alimentação ............................................. 10 2.1.2 Sub-sistema de reservatório.............................................. 12 2.1.3 Sub-sistema de distribuição interna .................................. 13 2.1.4 Sistemas de distribuição de água...................................... 14 2.2 Tipos de pressão .................................................................... 15 2.2.1 Pressão de Serviço ........................................................... 16 2.2.2 Pressão hidroestática ........................................................ 17 2.2.3 Pressão Dinâmica ............................................................. 18 2.2.4 Pressão absoluta ............................................................... 18 2.2.5 Pressão diferencial ............................................................ 18 2.2.6 Pressão manométrica ....................................................... 19 2.2.7 Pressão estática ................................................................ 19 2.2.8 Pressão Total .................................................................... 19 2.3 Dimensionamento .................................................................. 19 3 ESTUDO DE CASO ...................................................................... 22 3.1 Ramal e sub-ramal ................................................................. 25 3.2 Perda de carga ....................................................................... 31 3.2.1 Vazões ..............................................................................31 3.2.2 Perda de carga na coluna ................................................. 32 7 Fonte : Borges (1992) ................................................................... 34 3.2.3 Perda de carga no trecho 1 ............................................... 35 3.2.4 Perda de carga no trecho 2 ............................................... 36 3.2.5 Perda de carga no trecho 3 ............................................... 38 3.2.6 Análise das pressões ........................................................ 40 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................... 42 5 REFERÊNCIAS ............................................................................ 43 8 1 INTRODUÇÃO 1.1 Justificativa do trabalho Toda obra, sem exceção, exige o uso de mão de obra e materiais, e isso requer o uso de instalações provisórias no canteiro de obras, que são utilizadas durante o período de execução da obra para acomodar todos os insumos e trazer conforto aos trabalhadores. Devida a grande necessidade e importância dessas instalações, muitas vezes desprezadas pelo empregador ou administrador da obra, existe norma para que cada canteiro de obras atenda a requisitos mínimos, a NR 18. Não sendo diferente, a construção da ponte sobre o Ribeirão das Palmeiras terá suas instalações descritas neste trabalho, acompanhada do dimensionamento da hidráulica de aguas frias. 1.2 Objetivo do trabalho O objetivo deste trabalho e aplicar os conhecimentos obtidos durante o curso de engenharia civil, das matérias de hidráulica aplicada e sistema de instalações prediais, para dimensionar um sistema de água fria de um canteiro de obras para a realização da ponte do Ribeirão das Palmeiras no Município de Igarata/SP. 1.3 Estrutura do trabalho O presente capitulo 1 descreve o motivo de realização do presente trabalho e seu objetivo. O capitulo 2 traz o embasamento teórico, familiarizando o leitor com os termos técnicos e um síntese de com é realizado dimensionamento de uma rede hidráulica. O Estudo de Caso é tratado no capítulo 3, onde fazemos o dimensionamento da parte hidráulica do nosso canteiro de obras. No capitulo 4 tem-se as considerações finais do trabalho realizado. 9 2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 2.1 Instalações Prediais de Água Fria Segundo Lima (2015), “as instalações prediais de água fria são o conjunto de tubulações, conexões, peças, aparelhos sanitários e acessórios existentes a partir do ramal predial, que permitem levar a água da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da edificação”. Podemos definir água fria como água à temperatura dada pelas condições do ambiente. O sistema de água fria tem por objetivo alimentar suprir os ocupantes de uma residência, para atividades do cotidiano como, por exemplo, higiênicas, fisiológicas e domesticas diárias. Como objetivo especifico garantir o abastecimento continuo e suficiente de água fria em todos os pontos de consumo da edificação; limitar a pressão e a velocidade ao longo do dia, proporcionar conforto ao usuário, tornar as instalações econômicas sem comprometer a qualidade e garantir ao usuário a higiene e a saúde do usuário. Todo projeto de instalação de água fria devera conter no mínimo três etapas, que são concepção do projeto, determinação de vazão e dimensionamento. A concepção é a etapa do projeto que devem ser definidos o tipo do prédio e sua utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de abastecimento, os pontos de utilização, o sistema de distribuição, a localização dos reservatórios, canalizações e aparelhos. Posteriormente a etapa seguinte à determinação da vazão das canalizações constituintes do sistema, que é feita através de dados e tabelas da norma. E por ultimo e mais importante o dimensionamento que exige conhecimentos básicos da Hidráulica. Para o dimensionamento das instalações prediais de água fria usamos como referencia a Norma Brasileira sobre o assunto, ou seja, a ABNT NBR 5626 - Instalações Prediais de Água Fria. 10 2.1.1 Sub-sistema de alimentação O sistema de alimentação é composto por três sistemas, sendo o ramal predial, cavaletes e alimentador predial. Esta etapa e a inicio de todo o processo de instalação de um sistema predial, para que seja possível a chegada água ao usuário. Desta forma definimos os sistemas de alimentação abaixo: 2.1.1.1 Ramal predial O ramal predial propriamente dito ou ramal externo é o trecho do encanamento compreendido entre a rede de distribuição e a unidade de medição e controle, mais conhecido como (cavalete ou hidrômetro); deste trecho começa a instalação predial de água. Figura 1 Sistema de alimentação Fonte: MANUAL TÉCNICO TIGRE 2.1.1.2 Cavalete/hidrômetro Cavalete é um conjunto composto de tubos e peças, conexões caixa e medidora de volume de consumo (hidrômetro), que interliga a rede publica a instalação predial do usuário. 11 Figura 2 Kit cavalete Fonte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA 2.1.1.3 Alimentador predial Alimentador predial é o trecho do encanamento que se estende a partir do aparelho medidor “hidrômetro” até a primeira derivação ou até a torneira de boia, localizada na entrada do reservatório. Figura 3 Alimentador predial Fonte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA. 12 2.1.2 Sub-sistema de reservatório O sistema de reservatório é destinado à acumulação de água, quanto ao local de instalação, distinguem-se os seguintes tipos de reservatório superior, inferior e intermediário. Porém nas instalações devem ser tomadas algumas precauções; o reservatório deve ser um recipiente estanque com vedação que impeça a entrada de líquidos, poeiras, insetos e outros animais no seu interior, o material do reservatório deve ser resistente à corrosão ou ser provido internamente de revestimento anticorrosivo. O reservatório deve ser instalado sobre uma base estável, capaz de resistir aos esforços sobre ela atuantes. A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira declividade no sentido da entrada da tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos remanescentes. 2.1.2.1 Reservatório inferior Fica localizado entre o alimentador predial e a instalação elevatória. Próprio para prédios com mais de dois pavimentos. 2.1.2.2 Reservatório intermediário São reservatórios feitos quando a pressão estática é superior ao recomendado pela norma de 40 m.c.a (metros coluna d’água), servindo para aliviar a pressão. 2.1.2.3 Reservatório superior É a distribuição propriamente dita, a partir do qual é abastecida a rede predial. Devem ser impermeabilizados. 13 2.1.3 Sub-sistema de distribuição interna O sistema de distribuição interna e composta pelos os barrilete, coluna, ramal e sub-ramal, iremos identificar cada um na figura 4 e descrimina-las. 2.1.3.1 Barrilete O barrilete é a tubulação que interliga as duas seções do reservatório superior e alimentam as colunas de distribuição. Concentrado ou Unificado; concentra todas as colunas, e os seus respectivos registros em uma mesma região facilitando o controle. 2.1.3.2 Coluna Coluna é a canalização vertical destinada a alimentar os ramais da instalação predial. Tem sua origem no barrilete.2.1.3.3 Ramal Ramal é a canalização compreendida entre a coluna e os sub-ramais. Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub- ramais. 2.1.3.4 Sub-ramal É a canalização que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário. O Sub-ramal é a tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização. 14 Figura 4 Sub-sistema de distribuição interna Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES 2.1.4 Sistemas de distribuição de água O sistema de abastecimento acontece de três maneiras, o público que é feito através da concessionária; a particular que é alimentada através de poços e a mista que a mistura do público e particular. Em seguida entra o sistema de distribuição de água que e composto pelo sistema direto e indireto como vamos ver em seguida: 2.1.4.1 Sistema direto O sistema de distribuição direta a água vem direto da rede publica de abastecimento para o sistema predial, sem o uso de reservatório (caixa d’água). Este sistema e mais econômico, porém a edificação corre o risco de ficar sem água nas eventuais faltas de abastecimento. 15 2.1.4.2 Sistema indireto O sistema de distribuição indireto sem bombeamento por gravidade utiliza-se reservatório superior para alimentar o sistema predial. Neste caso, a garantia de abastecimento continua de água e maior, porém em alguns locais a pressão na rede da concessionária não é suficiente para fazer a água chegar ao reservatório. Figura 5 Sistema de distribuição indireto Fonte: MANUAL TÉCNICO TIGRE 2.2 Tipos de pressão Segundo Vivacqua (2016), “a pressão (P) é a quantidade de Força (F) que foi aplicada em uma determinada área (A). Para uma intensidade de força, quanto menor for a área onde ela se distribuiu, maior será a pressão por ela exercida”. 𝑃 = 𝐹 𝐴 (Eq.1) 16 Onde: P – Pressão F – Força A – Área 2.2.1 Pressão de Serviço A pressão de serviço é a pressão máxima que pode existir em uma rede para que tubos, conexão, válvula, registro ou outros dispositivos sejam utilizados em condições normais. As peças de utilização são projetadas de modo a funcionarem com pressões estática ou dinâmica pré-estabelecidas. A pressão estática só existe quando não há fluxo de água e a dinâmica resulta quando as peças estão em funcionamento. A pressão insuficiente, abaixo da mínima, ocasiona o mau funcionamento dos aparelhos; por exemplo, a válvula de descarga não terá a vazão necessária para funcionar e o chuveiro não propiciará o conforto esperado, pois não apresentará a vazão mínima. No caso de pressão acima da permitida, a tubulação e suas conexões estarão em risco, além dos aparelhos, por exemplo, os aquecedores, que apresentam pressão máxima de serviço. A NBR 5626 fornece uma tabela de pressões dinâmicas e estáticas nos pontos de utilização, a seguir apresentada, com esses limites. 17 Tabela 1 - Pressão dinâmica nos pontos de utilização Fonte: ABNT NBR 5626:1998 2.2.2 Pressão hidroestática A pressão hidrostática estuda as forças exercidas pelo líquido contido em um recipiente, como é o caso da água. O peso que a água exerce força as paredes e o fundo do recipiente no qual ela está contida, gerando uma pressão. Segundo Petrin (2014), “quando entramos na água em uma piscina, por exemplo, sentiremos a pressão da água sobre nós e, quanto mais funda mergulharmos, maior será essa pressão. Caso o líquido seja mais denso que a água, a pressão será ainda maior. A força da gravidade influencia na pressão exercida pelo líquido, também chamada de pressão hidrostática. Ou seja, a pressão hidrostática depende da profundidade, da densidade do líquido e da gravidade local”. 18 Figura 6 Pressão hidrostática Fonte: MISTER M DA FISICA 2.2.3 Pressão Dinâmica Pressão Dinâmica é a pressão decorrente da transformação da energia cinética do fluido em pressão, através de uma desaceleração. A norma brasileira NBR 5626 diz que a “pressão dinâmica em qualquer ponto de utilização da rede predial de distribuição deve ser superior a 5 kPa (0,5 m.c.a.)”. 2.2.4 Pressão absoluta Pressão absoluta é medida com relação ao vácuo perfeito, ou seja, é a diferença da pressão em um determinado ponto de medição pela pressão do vácuo (zero absoluto). Normalmente quando se indica esta grandeza usa-se a notação ABS. 2.2.5 Pressão diferencial A pressão diferencial é a diferença de pressão medida entre dois pontos. Quando qualquer ponto diferente do vácuo ou atmosfera é tomado como referência diz-se medir pressão diferencial. Por exemplo, a pressão diferencial encontrada numa placa de orifício. 19 2.2.6 Pressão manométrica Pressão manométrica é medida em relação à pressão do ambiente, ou seja, em relação a atmosfera. Ou seja, é a diferença entre a pressão absoluta medida em um ponto qualquer e a pressão atmosférica. É sempre importante registrar na notação que a medição é relativa. 2.2.7 Pressão estática Pressão estática é a pressão real ou a pressão termodinâmica que atua no fluido. 2.2.8 Pressão Total Pressão total é a soma da pressão estática com a dinâmica. A sua medição é feita através de uma tomada de pressão voltada contra o escoamento e alinhada com a linha de corrente, de forma a receber o impacto do fluido. 2.3 Dimensionamento O calculo para o dimensionamento de redes hidráulica não apresenta muita dificuldade, já que foi simplificado por tabelas, basta que saibamos cada peça utilizada e seu ponto, e consultemos algumas tabelas, descritas pela ABNT NBR 5626, e que são mostradas em nosso Estudo de Caso. Para o calculo de reservatório basta que saibamos quantas pessoas utilizarão daquela agua reservada e quantos litros cada pessoa gasta num intervalo de tempo e já sabemos quanto devemos armazenar. Para dimensionar os ramais podem-se utilizar dois métodos o Máximo possível e o Máximo provável. O Máximo provável considera que dificilmente as peças de utilização de um mesmo ramal seja usada simultaneamente e que decresce com o 20 acréscimo no numero de peças. A ABNT NBR 5626 baseia se na probabilidade de combinação ponderada dos pontos hidráulicos, sendo mais utilizados em residências familiares. Para isso a tabela 4 fornece o peso de cada peça, através do peso calcula-se a vazão. 𝑄 = 0,30 𝑥 √Σ𝑃 Sendo: Q- Vazão P- Peso Tabela 2 Vazões e pesos Fonte: ABNT NBR 5626 O método do Máximo possível leva em consideração todas as peças de utilização alimentadas pelo ramal sejam usadas ao mesmo tempo. Este método e empregado em locais de horários estipulados de utilização, como por exemplo, indústrias. Para este método o dimensionamento utiliza-se a tabela de correspondência de tubos de diversos diâmetros com o de 15 (mm) representado na tabela 5, que será utilizada para o nosso estudo de caso. 21 As demais tabelas de utilização para o calculo do sistema hidráulico são mostradas no estudo de caso. 22 3 ESTUDO DE CASO O estudo de caso será o dimensionamento hidráulico de água fria do canteiro de obras da ponte que será construída sobre o ribeirão das palmeiras. A estrutura do canteiro procurou atender a NR-18 que estipula as mínimas condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.Este canteiro de obras devera atender uma demanda de 30 (trinta) funcionários, contando com almoxarifado, refeitório com 3 (três) mesas e 1 (uma) pia, escritório, vestiário com 1 (um) armário para cada funcionário e 3 (três) chuveiros, banheiro com 2 (duas) bacias sanitárias, 2 (dois) lavatórios e 1,5 (um metro e meio) de mictório do tipo calha. Na parte externa do canteiro serão implantados 2 (dois) bebedouros e 2 (duas) torneiras para uso geral. Os pontos internos serão alimentados por uma caixa d’água independente enquanto os pontos externos serão alimentados por outra caixa d’água que servira também de reservatório contra incêndio. Figura 7 Planta baixa e vistas do canteiro Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES 23 Segundo a Tabela 1, extraída do Manuel técnico da Tigre (adaptado pelos autores), para alojamentos provisórios o consumo médio é de 80 l/dia (litros dia) por pessoa. Tabela 3 Consumo médio Fonte: MANUEL TÉCNICO DA TIGRE 24 Nosso canteiro de obras contará com 30 (trinta) funcionários. Assim sendo, temos: Consumo diário (CD)= 30 x 80 = 2400 (l/dia) ABNT NBR 5626 estipula que o reservatório deve atender a eventuais faltas de abastecimento de água de 24 horas, mas para o nosso caso o cálculo será feito para 2 (dois) dias: Reservatório = 2400 x 2 = 4800 (l/dia) Devido a padrões comerciais serão utilizados duas caixas de 2500 litros. De acordo com a tabela de dimensionamento do alimentador predial, iremos dimensionar para o menor diâmetro, já que nosso consumo diário de 2,4 m³ (metros cúbicos) é menor que o mínimo da tabela 2. Tabela 4 dimensionamento do alimentador predial Fonte: BRENTANO (2005) O reservatório externo terá a função de servir como reservatório de incêndio que segundo o manual técnico Tigre deve ser de 15 a 20% do reservatório de uso. Reservatório Incêndio (RI) = 0,2 x 5000 = 1000 (litros) O reservatório utilizado terá capacidade de 5000 litros, pois além de servir de reserva contra incêndio ainda alimentará o ramal constituído de 2 (dois) bebedouros e duas torneiras de uso da obra. 25 RI=5000 litros 3.1 Ramal e sub-ramal Para dimensionar o sub-ramais, é necessário apenas fazer a leitura da tabela 3, do diâmetro mínimo para cada peça de utilização. Tabela 5 Diâmetros mínimos dos sub-ramais Fonte: BORGES (1992) Para dimensionamento dos ramais, vamos utilizar o método Máximo Possível, a partir da tabela 5, dividindo o ramal em trechos e vendo pela 26 correspondência qual diâmetro de tubo utilizar em cada trecho pela soma desses números. Figura 8 - Trechos da Rede Interna Fonte: elaborado pelos autores Onde: BS = Bacia Sanitária CH = Chuveiro T = torneira M = Mictório A rede externa será em sua totalidade, apenas um trecho. 27 Tabela 6 Correspondência de tubos de diversos diâmetros com o de 15 (mm) Fonte: BORGES (1992) Com base nos dados obtidos e nas tabelas segue a planilha de dimensionamento interno e externo. Tabela 7 Planilha de dimensionamento interno USO INTERNO DESCRIÇÃO DIAMETRO NOMINAL PESO VAZÃO N° de encanamentos de 15 mm com a mesma capacidade RAMAL mm pol l/s TRECHO 1 Mictório tipo Calha 1,5m 20 3/4 0,30 0,15 2,9 1’ Lavatório 1 15 1/2 0,30 0,15 1 Lavatório 2 15 1/2 0,30 0,15 1 TRECHO 2 Bacia 1 20 3/4 0,30 0,15 2,9 1 ¼’ Bacia 2 20 3/4 0,30 0,15 2,9 Pia 15 1/2 0,10 0,10 1 TRECHO3 Chuveiro 1 15 1/2 0,10 0,10 1 1’ Chuveiro 2 15 1/2 0,10 0,10 1 Chuveiro 3 15 1/2 0,10 0,10 1 Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES 28 O diâmetro nominal da coluna é a soma da correspondência de tubos dos três trechos no qual essa coluna alimenta, que resulta em 14,7. Por essa razão o diâmetro da coluna é de 1 ½’. Tabela 8 Planilha de dimensionamento externo USO EXTERNO DESCRIÇÃO DIAMETRO NOMINAL PESO VAZÃO N° de encanamentos de 15 mm com a mesma capacidade RAMAL mm pol l/s TRECHO 1 Torneira 1 15 1/2 0,40 0,20 1 1’ Torneira 2 15 1/2 0,40 0,20 1 Bebedouro 1 15 1/2 0,10 0,10 1 Bebedouro 2 15 1/2 0,10 0,10 1 Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES A partir das tabelas 6 e 7 já é possível executar a instalação, mas quando se tem obras de grande porte utilizam-se desenhos técnicos para especificar e detalhar o encanamento. Esses desenhos podem ser detalhados ou simples e vêm em forma de plantas baixas, cortes, elevações e vistas. A figura 9 mostra uma vista frontal do nosso projeto, detalhando a bitola do encanamento do reservatório interno para o trecho 2 (bacias sanitárias e pia) e trecho 3 (chuveiros) calculados. 29 Figura 9 Vista frontal Fonte: ELABORADO PELOS AUTORES Gostaríamos de salientar que para o barrilete será utilizado um registro de gaveta no diâmetro do tubo encontrado para saída da caixa, ou seja, 1 ½’ . Os chuveiros contam com registro de pressão para o diâmetro encontrado, ½’. O alimentador predial também contara com registro para que, se necessário, interrompa-se a alimentação. Em Sequencia temos um esquema simplificado da tubulação 30 Figura 10 - Esquema simplificado Rede interna Fonte: elaborado pelos autores Onde: AF = agua fria DN = diâmetro nominal BS = Bacia Sanitária CH = Chuveiro T = torneira M = Mictório 31 Figura 11 - Esquema simplificado Rede externa Fonte: elaborado pelos autores 3.2 Perda de carga 3.2.1 Vazões Para calcular a perda de carga vamos começar fazendo uma analise da quantidade de tubos e peças até chegar em um determinado ponto. Para calcular a perda de carga na coluna, vamos considerar que será usado todas as peças ao mesmo tempo para calcular a vazão. Outra consideração é que por razões construtivas e experiência, toda tubulação de ½’ será substituída por ¾’, isso ajudará na diminuição da perda de carga, e devido a diferença de preços ser muito diminuta. Figura 12 - Vazões mínimas Fonte: Borges (1992) 32 Trecho 1 : 2 lavatorios = 2 x 0,2 = 0,40 l/s 1,5 m mictório continuo = 1,5 x 0,075 = 0,1125 l/s Vazão total do trecho 1 = 0,40 + 0,1125 = 0,5125 l/s Trecho 2 : 1 pia de cozinha = 0,25 2 bacias sanitárias c/ caixa de descarga = 2 x 0,15 = 0,30 Vazão total do trecho 2 = 0,25 + 0,30 = 0,55 l/s Trecho 3 : 3 chuveiros = 3 x 0,20 = 0,60 l/ Vazão total do trecho 3 = 0,60 l/s Vazão total: 0,5125 + 0,55 + 0,60 = 1,67 l/s 3.2.2 Perda de carga na coluna A perda de carga na coluna, assim como nos ramais e sub-ramais por metro, é calculada pelo ábaco de Fair-Whippe-Hsiao para pvc. 33 Tabela 9 - Ábaco Fair-Whippe-Hsiao para tubulações de cobre e plástico Fonte: Borges (1992) Sabendo que o diâmetro da coluna é de 1 ½’ e a vazão é a total, de 1,67 l/s, temos uma velocidade de 1,3 m/s e uma perda de carga de 0,048 m/m. Do reservatório até a cruzeta, onde se distribui os ramais 1,2 e 3, temos 3,5 metros de altura, portanto 3,5 M.C.A Como até chegar na cruzeta temos um registro de gaveta, observamos na tabela de perdas de carga localizada, mostrada na tabela 10, que um registro de gaveta aberto corresponde a uma equivalência a 0,7 metros de cano de pvc rígido, então a pressão que chega na cruzeta é de: Pressão nacruzeta = 3,5 – (3,5+0,7) x 0,048 = 3,3 M.C.A. 34 Tabela 10 - Comprimentos equivalentes em metro de tubulação de PVC rigido e cobre Fonte : Borges (1992) 35 3.2.3 Perda de carga no trecho 1 Da cruzeta até o tee de separação do sub-ramal do lavatório e mictório temos aproximadamente 4 metros de tubo de pvc de 1’ e uma curva de 90°. A perda de carga por metro calculada para uma vazão de 0,5125 l/s e diâmetro de 1’ é de 0,075 m/m e velocidade de 1,1 m/s. Temos que considerar a perda de carga na cruzeta, na redução de diâmetro e na curva. Perda de carga na cruzeta 1 ½’= ( como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como te de passagem direta) 2,3 m Perda de carga na redução 1 ½’ – 1’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 1,2 m Perda de carga na curva 1’ = 0,6 Descida de 1 metro Pressão no tee = 3,3 + 1 – (4+2,3+1,2+0,6) x 0,075 = 3,7 M.C.A. Pressão no lavatório: Para ir do tee até a os dois lavatórios são necessários 2 metros de cano, uma curva 90°, um joelho 90° e uma redução para ¾’ A vazão considerada para esse trecho de diâmetro nominal ¾’ é de 0,40 l/s. assim sendo, a velocidade será de 1,6 m/s e a perda de carga será de 0,21 m/m. Perda de carga no tee saída de lado 1’ = 2,4 m Redução 1’ – ¾’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 0,16 m Perda de carga no joelho ¾’ = 1,2 m Perda de carga na curva ¾’ = 0,5 m subida de 1 metro. Pressão no lavatório = 3,7 – 1 – {(2+2,4+0,16+1,2+0,5) x 0,21} = 1,4 M.C.A. 36 Pressão no mictório: Para ir do tee até o mictório são necessários 2 metros de cano passando pelo tee, uma curva, um joelho e uma redução, ou seja, os mesmos elementos e quantidade do lavatório, subindo e ficando no mesmo nível, por isso a pressão é a mesma. Pressão no mictório = 1,4 M.C.A. 3.2.4 Perda de carga no trecho 2 Bacia Sanitária 1: Como a saída para a bacia é um tee de saída de lado, e já esta encostado na coluna de agua, temos apenas a perda de carga, do tee e da redução para ¾’ e da cruzeta com saída lateral. Como estamos considerando que todos os aparelhos de uso poderão estar ligados ao mesmo tempo, a vazão neste ponto é a vazão total no trecho 2, de 0,55 l/s, e o diâmetro da tubulação de 1 ¼’. Assim sendo, a perda de carga por metro é de 0,021 m com velocidade de 0,67 m/s. Então: Perda de carga na Cruzeta 1 ½’(como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como tee de passagem lateral) = 7,3 Perda de carga na redução 1 ½’ – 1 ¼’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 0,16 Perda de carga no tee de saída lateral 1 ¼’ = 4,6 m Perda de carga na Redução de 1 ¼’ – ¾’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 1,2 m Pressão na bacia 1 = 3,3 – (7,3+0,16+4,6+1,2) x 0,021 = 3 M.C.A. 37 Bacia Sanitária 2: A bacia 2 tem perda de carga da cruzeta de 1 ½’, redução 1 ½’ para 1 ¼’ como na bacia 1, mais um tee de passagem direta ( tee que da vazão para a bacia 1, que a bacia 2 passa direto), um tee de passagem lateral , uma redução de 1 ¼’ para ¾’ e 1 metro de cano. A nova vazão, agora subtraindo a vazão da bacia 1 é de 0,4 l/s, ficando uma perda de carga de 0,012 m/m Perda de carga na Cruzeta 1 ½’(como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como tee de passagem lateral) = 7,3 Perda de carga na redução 1 ½’ – 1 ¼’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 0,16 Perda de carga no tee de passagem direta 1 ¼’ = 1,5 m Perda de carga no tee de passagem lateral 1 ¼’ = 4,6 Perda de carga na Redução de 1 ¼’ – ¾’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 1,2 m 1 metro de tubo. Pressão na bacia 2 = 3,3 – (7,3+0,16+1,5+1+4,6+1,2) x 0,012 = 3,1 M.C.A. Pressão na pia: Para chegar a pia, passamos pela cruzeta, redução de 1 ½’ para 1 ¼’, dois tee de passagem direta, redução de 1 ¼’ para ¾’ um cotovelo 90º e 2,5 metros de tubo A vazão da pia é de 0,25 l/s, portanto a perda de carga até a redução para ¾’ é de 0,0045 m/m Quando se reduz para ¾’ a perda de carga sobre para 0,078 m/m Perda de carga na Cruzeta 1 ½’(como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como tee de passagem lateral) = 7,3 Perda de carga na redução 1 ½’ – 1 ¼’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 0,16 38 Perda de carga no tee de passagem direta 1 ¼’ x 2 = 3 m Perda de carga na Redução de 1 ¼’ – ¾’ = 0,5(1-(D1/D2)²)² = 1,2 m Perda em 1 metro1 de tubo = 1 m Perda de carga no joelho 90º ¾’ = 1,2 m Perda em 1,5 metro de tubo = 1,5 m Pressão na pia = 3,3 – (7,3+0,16+3+1,2+1) x 0,0045 - (1,2+1,5) x 0,078 = 3 M.C.A 3.2.5 Perda de carga no trecho 3 Quando a agua subir para o sub-ramal, que da acesso a um único chuveiro ela encontra uma redução para ¾’, um registro de pressão e um joelho 90º: Para o diâmetro de ¾’ e uma vazão de 0,20 l/s temos uma perda de carga por metro de 0,051 m com velocidade de 0,75 m/s. Perda de carga da redução 1’ – ¾’ = 0,16 m Perda de carga no registro de pressão ¾’ = 6,1 m Perda de carga no joelho 90º ¾’= 1,2 Subida de 1,5 m Perda de carga = (0,16+6,1+1,2+1,5) x 0,051 = 0,5 M.C.A. A vazão no trecho 3 é de 0,6 l/s, e passa por um diâmetro de 1’, por isso temos uma perda de carga de aproximadamente 0,11 m/m com velocidade de 1,6 m/s. 39 Chuveiro 1: No chuveiro 1, temos a vazão total do trecho 1, a perda de carga da cruzeta, redução de 1 ½’ para 1’, e um comprimento de 1 metro até o tee de subida: Perda de carga na cruzeta 1 ½’ = (como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como tee de passagem lateral) = 7,3 Perda de carga na redução 1 ½’ – 1’ = 1,2 m Perda de carga no tee de saída lateral 1’ = 3,1 m Perda de carga em 1 metro de cano = 1m Perda = (7,3+1,2+3,1+1) x 0, 11 = 1,4 M.C.A. Pressão no chuveiro 1 = 3,3 – 1,4 – 0,5 = 1,4 M.C.A. Chuveiro 2: No chuveiro 2, temos a vazão total do trecho 1 menos a vazão do chuveiro 1, a perda de carga da cruzeta, redução de 1 ½’ para 1’, uma perda no tee de saída direta e um comprimento de 2 metros até o tee de subida. A nova perda de carga é calculada agora para a vazão de 0,4 l/s, que resulta em 0,05 m/m Perda de carga na cruzeta 1 ½’ = (como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como tee de passagem lateral) = 7,3 Perda de carga na redução 1 ½’ – 1’ = 1,2 m Perda de carga no tee de saída direta 1’ = 0,9 m Perda de carga no tee de saída lateral 1’ = 3,1 m Perda de carga em 2 metros de cano = 2 m Perda = (7,3+1,2+0,9+3,1+2) x 0,05 = 0,73 M.C.A 40 Pressão no chuveiro 2 = 3,3 – 0,73 – 0,5 = 2,1 M.C.A Chuveiro 3: No chuveiro 3, temos a vazão total do trecho 1 menos a vazão do chuveiro 1 e chuveiro 2, a perda de carga da cruzeta, redução de 1 ½’ para 1’, uma perda nos dois tees de saída direta e um comprimento de 3 metros até o tee de subida. A nova perda de carga é calculada agora para a vazão de 0,2 l/s, que resulta em 0,012 m/m Perda de carga na cruzeta 1 ½’ = (como não há perda de carga calculada na cruzeta, vamos considerar como tee de passagem lateral) = 7,3 Perda de carga na redução 1 ½’ – 1’ = 1,2 m Perda de carga no tee de saída direta 1’ x 2 = 1,8 m Perda de carga no joelho 1’ = 1,5 m Perda de carga em 3 metros de cano = 3 m Perda = (7,3+1,2+1,8+1,5+3) x 0,012 = 0,2 M.C.A. Pressão no chuveiro 3 = 3,3 – 0,2 – 0,5 = 2,6 M.C.A. 3.2.6 Análise das pressões Podemos constatar,de acordo com a tabela 6, que todas as pressões atenderam a norma e assim o dimensionamento está correto, não necessitando mudar a tubulação. O único ajuste que fizemos é de substituir os tubos de ½’ por ¾’, portanto, o esquema final da rede interna fica como apresentado na figura 14. 41 Tabela 11 - Comparação de pressões APARELHO DE UTILIZAÇÃO DN PRESSÃO (M.CA.) PRESSÃO MINIMA (M.CA.) PRESSÃO MÁXIMA (M.CA.) LAVATORIO 1 ¾ 1,4 1 40 LAVATORIO 2 ¾ 1,4 1 40 MICTORIO ¾ 1,4 1 40 BACIA SANITARIA 1 ¾ 3 1 40 BACIA SANITARIA 2 ¾ 3,1 1 40 CHUVEIRO 1 ¾ 1,4 1 40 CHUVEIRO 2 ¾ 2,1 1 40 CHUVEIRO 3 ¾ 2,6 1 40 PIA ¾ 3 1 40 Fonte: elaborado pelos autores Figura 13 - sistema hidráulico final simplificado da rede externa Fonte: elaborado pelos autores Citamos aqui que a rede externa seguirá o mesmo procedimento, apenas substituir tubos de ½’ para ¾’. 42 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após as analises feitas aqui, podemos constatar que o calculo de uma rede hidráulica não é de extrema complexidade, porém trabalhosa se contarmos com uma rede de grande porte, como por exemplo, um edifício completo. A utilização de tabelas facilitou muito o calculo de instalações hidráulidcas manualmente. Hoje em dia existe diversos software de dimensionamento que já plotam as plantas executivas. A norma para o dimensionamento ao mesmo tempo em que facilita os cálculos, traz algumas considerações que devem ser levadas em conta, portanto, para o leitor que se interessar em aprofundar sobre o tema, indicamos que complete seus conhecimentos lendo a ABNT NBR 5626 e o Livro de Borges “manual de instalações prediais hidraulico-sanitarias e de gás”. É interessante notar que as perdas de carga calculadas foram considerando que todos os aparelhos dos ramais estivessem sido usados simultaneamente, isso traz uma perda de carga máxima. Se observarmos por exemplo o trecho 3 dos chuveiros, pode parecer estranho que a perda de carga no chuveiro mais perto, o chuveiro 1, é maior que a do chuveiro mais distante, chuveiro 2 ou 3. Isso devido a utilização do tee, pois se estivermos com os três chuveiros ligamos no mesmo tempo é mais fácil para a agua passar direto e ir para o próximo chuveiro do que subir 90° para o primeiro chuveiro. Isso também ocorre para o trecho 2. Caso tivesse apenas o chuveiro 1 ligado, a perda de carga seria ainda menor que a do chuveiro 3. O diâmetro nominal de ½’ é pouco utilizado comercialmente, por isso em certos casos que cabia o seu uso optamos pelo ¾’, e isso reduz significativamente as perdas de cargas, como podemos perceber, já que todos os pontos de agua satisfizeram a pressão mínima da Norma. 43 5 REFERÊNCIAS INDUSTRIAIS, Smar Equipamentos. Medição de pressão: Características, Tecnologias e Tendências. 2012. Disponível em: <http://www.smar.com/brasil/artigostecnicos/artigo.asp?id=79>. Acesso em: 25 jan. 2012. LIMA, Maria Cleide Oliveira. Sistema Predial de Água Fria. Rio Grande do Norte: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, 2015. 58 p. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/cleideoliveira/disciplinas/instalacoes- hidrossanitarias/agua-fria/aulas/componentes-de-agua-fria>. Acesso em: 22 mar. 2016. M294 Manual técnico Tigre: Orientações técnicas sobre instalações hidráulicas prediais / Tigre S.A. – Joinville: Tigre, 2010. BORGES, Ruth Silveira. BORGES, Wellington Luíz. MANUAL DE INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRAULICO-SANITARIAS E DE GÁS. Editora Pini. 4ª edição. 1992. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 5626 - condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Rio de Janeiro. 1982 1
Compartilhar