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CONSTITUCIONAL I

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CONSTITUCIONAL I - EXAME
SÚMARIO
Controle de constitucionalidade
Federalismo brasileiro
Direito constitucional organizatório
Separação de poderes
Poder legislativo
Comissões
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Existem diversas formas de controle de constitucionalidade, quanto ao orgão (quem controla) pode ser:
	Controle político: exercido pelo orgão político, realizado nas casas legislativas, pelas comissões de Constituição e Justiça ou pelas demais comissões - Legislativo (comissão de const. e justiça) e executivo (veto).
	Controle jurisdicional: exercido pelo judiciário, pode ser difuso ou concentrado.
	Controle misto: político - jurisdicional
Quanto ao modo/forma de controle, pode ser :
	Incidental: uma inconstitucionalidade por via de exceção, o objeto da ação não é o exame de constitucionalidade.
	Principal: o objeto da ação é a própria inconstitucionalidade da lei.
Quanto ao momento do controle, pode ser:
	Preventivo: é o controle de constitucionalidade do projeto de lei, acontece antes do aperfeiçoamento do ato normativo - ex: veto
	Repressivo: é realizado após a promulgação da lei ou da sua entrada em vigor.
O controle jurisdicional pode ser difuso, concentrado ou misto:
	CONCENTRADO: é um controle direto, o objeto da ação é o controle, é abstrato, apenas um orgão pode executá-lo
	DIFUSO: qualquer orgão do poder judiciário pode executá-lo, é indireto, o objeto da ação não é o controle, qualquer pessoa pode requerer.
	MISTO: congrega os dois sistemas de controle, difuso e concentrado.
TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE:
POR AÇÃO: uma conduta positiva do legislador que não compatibiliza com os princípios constitucionais.
POR OMISSÃO: decorre de uma lacuna inconstitucional ou de descumprimento da obrigação constitucional de legislar. Pode ser total ou parcial.
FORMAL: refere-se aos pressupostos ou procedimentos relativos a formação da lei, não atinge seu conteúdo, é um defeito de formação do ato normativo, pela inobservância de princípio de ordem técnica ou procedimental ou pela violação de regras de competência.
MATERIAL: refere-se ao próprio contéudo, origina-se de um conflito, com regras ou princípios estabelecidos na constituição.
ORIGINÁRIA: o ato já nasce com o vício de inconstitucionalidade.
SUPERVINIENTE: contradição dos princípios materiais da constituição, a lei é constitucional, posteriormente há uma mudança no texto constitucional e ela se torna inconstitucional.
FEDERALISMO BRASILEIRO
Surgiu como resposta à necessidade de um governo eficiente em vasto território, se caracteriza pela acentuada descentralização política-administrativa, possibilitando pelo menos duas ordens autônomas em um mesmo território (União e Estado). A constituição federal atua como fundamento de validade das ordens jurídicas parciais e central e a Federação gira em torno da CF.
TIPOS DE FEDERALISMO:
Quanto à origem: por associação (surge a partir de um acordo de vontade entre os entes federativos) por disjunção (existe por uma situação posterior).
Quanto à distribuição de competências: possibilidade de fazer leis e produzir políticas públicas:
	Centrífugo: distribuição mais ampla de poderes em favor dos Estados-Membros, configurando um modelo descentralizador.
	Centrípeto: quando a concentração de competências no ente central aponta para um modelo centralizador.
	Federalismo de equilíbrio: quando há um dosagem contrabalançado de competências.
* Os Estados-Membros participam da formação da vontade federal, da mesma forma, quando são admitidos a apresentar emendas à CF.
* Os estados assumem a forma federal tendo em vista razões de geografia e formação cultural, o federalismo tende a permitir a convivência de grupos étnicos heterogêneos, muitas vezes com línguas próprias.
* É estabelecido por uma constituição escrita e rígida, na qual o princípio federativo é protegido por cláusula pétrea.
* A intervenção federal é um mecanismo drástico e excepcional, destinado a manter a integridade dos princípios basilares da CF.
ENTES FEDERATIVOS
art. 1° "caput": A república federativa do Brasil, constitui-se em estado democrático de direito e tem como fundamentos: a soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político.
art. 18 "caput": a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
UNIÃO: a competência da União é ampla, abrangendo temas que envolvem o exercício de poderes da soberaniam, ou que, por motivo de segurança ou de eficiência, devem se objeto de atenção do governo central. Atribui-se a função de manter relações com estados estrangeiros, emitir moeda, administrar a reserva cambial, instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, manter e explorar serviços de telecomunicações, organizar, manter e executar a inspeção do trabalho, conceder anistia, etc.
ESTADOS: atribui-se aos estados o poder de auto-organização e os poderes reservados e não vedados pela CF. Institui regiões metropolitanas, cria, funde e desmembra municípios.
DISTRITO FEDERAL: está sujeito a intervenção federal, pode auto-organizar-se, por meio de lei orgânica própria, organiza e mantém a defensoria pública do Distrio Federal.
MUNICÍPIOS: cria distritos, institui guardas municipais para a proteção de seus bens, serviços e instalações, legisla sobre assuntos de interesse social.
VEDAÇÕES FEDERATIVAS
É vedado aos entes federativos: estabelecer culto, subvencioná-los, atrapalhar seu funcionamento, etc. - recusar fé em documentos públicos - criar distinções ou preferências entre brasileiros.
DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:
* CLÁSSICA: são estabelecidas de forma taxativa, as competências de um ente (união e/ou estado) e para o outro são destinadas as sobras: podem ser explícitas ou implícitas - é uma distribuição vertical de competências.
*MODERNA: cria-se uma zona de matérias que podem ser exercidas por todos os entes ou por alguns, ao mesmo tempo, de forma comum (competência administrativa) ou concorrente (competência legislativa) - é uma distribuição horizontal.
As competências administrativas são: exclusivas ou comum e as competências legislativas são: privativas ou concorrentes.
*EXCLUSIVAS: art 21: abrange temas que envolvem o exercício de poderes de soberano, ou que, por motivo de segurança ou eficiência, devem ser objeto de atenção do governo. Algumas das funções são: emitir moeda, administrar a reserva cambial, conceder anistia, manter e explorar serviços de telecomunicações, assegurar a defesa nacional, etc.
*PRIVATIVAS:
	União: art. 22: compete a união legislar sobre desapropriação, direito civil, comercial, processual, eleitoral, agrário, marítimo, espacial, aeronáutico e do trabalho, águas, energia, informática, serviço postal, etc.
	Municípios: art 30: compete aos municípios legislar sobre assuntos de interesse local, criar, organizar e suprimir distritos, promover a proteção do patrimonio histórico-cultaral, etc.
	Estados: art 25, p. 3°: instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, etc.
	Distrito Federal: art 32, p. 1°: competências legislativas reservadas aos estados e municípios.
DIFERENÇA ENTRE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA E PRIVATIVA: A competência exclusiva não pode ser delegada a outro ente, somente a União pode legislar sobre determinada matéria, já a privativa pode ser delegada aos outros entes.
*COMUM: é uma competência administrativa e todos os entes federativos exercem em condições de igualdade, sem nenhuma relação de subordinação - art 23: zelar pela guarda da constituição das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; cuidar da saúde e assistência pública, etc.
*CONCORRENTE: é uma competência legislativa, são matérias que podem ser objeto de regulação por várias pessoas políticas, ao mesmo tempo, em condôminio legislativo e de forma concorrente. Não envolve os municípios - art 24: compete a união, aos estados e ao df legislar concorrentemente sobre: direito tributário,financeiro, penitenciário, economico e urbanistico, orçamento, juntas comerciais, produção e consumo.
DIFERENÇA ENTRE COMPETÊNCIA COMUM E CONCORRENTE:a competência comum pode ser exercida por todos os entes da federação, a atuação de um ente não exclui a do outro, já a concorrente não é cumulativa, a atuação de um ente exclui a atuação do outro.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE SUPLEMENTAR: na falta de norma geral da união, os estados podem criá-las até que a união a regulamente.
SEPARAÇÃO DE PODERES
--- Separação de poderes e sistema de governo: art 2° CF. “são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário." A separação de poderes deve ser entendida como um meio de proporcionar uma coordenação, colaboração ou entrosamento entre as distintas funções estatais, de modo que cada poder ao lado de suas funções típicas ou principais, possam colaborar com os demais.
--- Ideal de "Constituição Equilibrada" (Freios e Contrapesos): Os freios e contrapesos (cheks and balances) surgiu para garantir que nenhum poder se sobreponha ao outro, ou seja, é a limitação do poder pelo poder, onde cada um é autônomo e deve exercer determinada função, porém, cada poder deve ser controlado pelos outros poderes, sendo então independentes e harmônicos entre si. Aplicar o sistema de freios e contrapesos significa conter os abusos dos outros poderes para manter certo equilíbrio.
--- Com o sistema de freios e contrapesos faz então a divisão das funções típicas (pertencem a essência do poder analisado) e atípicas (embora ligadas à atuação essencial de outro poder, são atribuidas para aparelhar a autonomia insitucional ou incrementar o equilíbrio constitucional.) de cada um:
	Poder Executivo: Função típica é administrar e função atípica é legislar e julgar.
	Poder Judiciário: Função típica é julgar e atípica legislar e administrar.
	Poder Legislativo: Função típica é legislar e fiscalizar e atípica é administar e julgar.
PODER LEGISLATIVO
1.	Funções típicas: legislar e fiscalizar (ação do poder executivo). A fiscalização pode ocorrer também por meio de CPI's (Tribunal de Contas).
2.	Funções atípicas: administrar dos negócios internos, organização da polícia legislativas, julgamento do presidente da República nos casos de crimes de responsabilidade.
3.	Estrutura: O Poder Legislativo é bicameral e exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
		CÂMARA: é composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional. O sistema é proporcional quando a distribuição dos mandatos ocorre de maneira que o número de representantes seja dividido com relação aos números de eleitores. Pode ter no mínimo 08 e no máximo 70 representantes por unidade de federação. Esse sistema deve ser disciplinado pela legislação ordinária, que adotou o método de quociente eleitoral (é a divisão do total de votos válidos pelo número de cargos em disputa). No caso de renúncia ou perda do mandato do deputado federal, deverá ser chamado para assumir a vaga o suplente, assim eleito e diplomado na forma do sistema de representação proporcional.
Compete à Câmara: representante do povo brasileiro, exerce atividades que viabilizam a realização dos anseios da população, mediante discussão e aprovação de propostas referentes às áreas econômicas e sociais, como educação, saúde, transporte, habitação - elaborar seu regimento interno; eleger dois membros do Conselho da República nos termos do art. 89, VII, etc.
		SENADO: é composto pelos representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema marjoritário (é aquele que o candidato vencedor é o que obtiver maior número de votos), tendo cada Estado e o DF 03 senadores, com mandato de oito anos, sendo que a representação será renovada de 04 em 04 anos, alternadamente por 1/3 ou 2/3.
O critério marjoritário determina a eleição do Senador acompanhado de dois suplentes.
Compete ao Senado: elaborar seu regimento interno; eleger membros do Conselho da República; aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Porcurador-Geral da República antes do término de seu mandato, etc.
FUNCIONAMENTO DO PODER LEGISLATIVO:
A legislatura terá o período de quatro anos, no qual o Congresso Nacional (composição da Câmara e do Senado) desenvolve suas atividades.
		Sessão Legislativa Ordinária: é o período regular de desenvolvimento dos trabalhos legislativos, é composta por dois períodos legislativos: o 1° período é de 02/02 à 17/07 e o 2° período é de 01/08 à 22/12.
		Sessão Legislativa Extraordinária: ocorre mediante convocação excepcional, nos estritos casos, são realizadas pelos dias e horários diversos dos prefixados pelas ordinárias, pode ser desempenhada nos períodos de recessos entre um período legislativo e outro. Pode ser convocada pelo Presidente do Senado Federal / Presidente da República / Presidente da Câmara dos Deputados / requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas.
		Tribunal de Contas: é o orgão auxiliar do Poder Legislativo para fiscalizar o executivo, não é orgão do poder executivo. Ele pode no exercício de suas atribuições apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
COMISSÕES LEGISLATIVAS
São orgãos fracionários do poder legislativo que tem a finalidade de dinamizar os trabalhos legislativos a partir da especialização de matérias ou temas, mesmo sendo orgãos fracionários podem votar projetos de lei que dispensarem o plenário.
Pode ter origem na Câmara, no Senado ou em ambos (mistas) e podem ser Permanentes ou Temporárias.
	Comissões Permanentes: são aquelas que permanecem existentes mesmo após o término da legislatura, tem a finalidade de discutir e votar as propostas de lei que são apresentadas à Câmara. Exemplo: C.C.J; C.M.O (Comissão mista de orçamento), etc.
	Comissões Temporárias: são as demais comissões, criadas para finalidades específicas e com prazo delimitado para o desenvolvimento de suas atividades. Se extinguem com o encerramento da legislatura ou quando expirado o prazo fixado na sua criação ou quando alcançada sua finalidade. Exemplos: Comissão de Reforma Política; C.P.I's, etc.
Constituição das Comissões: Os orgãos que dirigem os trabalhos das Comissões são chamados de "MESAS". Na composição dessas "mesas" é assegurada a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
Atribuições das Comissões: 
a.	discutir e votar projeto de lei que dispensar a competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa ( se houver, a votação volta para o plenário).
b.	realizar audiências públicas entidades da sociedade civil.
c.	convocar ministros para prestar informações.
d.	receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas.
e.	solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão
f.	 Apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (C.P.I’s) – art. 58, § 3°
São criadas pela Câmara dos Deputados ou Senado Federal, em conjunto ou separadamente, com função fiscalizatória / investigatória das autoridades judiciais e de outros previstos no regimento da respectiva Casa.
Requisitos para Constituição:
1.	Requerimento aprovado de 1/3 dos membros da respectiva Casa ou do Congresso.
2.	Apuração de fato certo ou determinado.
3.	Prazo certo.
Suas conclusões devem ser encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Diferença entre lei complementar e lei ordinária: a lei complementar tem a finalidade de complementar, explicar ou adicionar algo na CF, ela está especificada item por item na CF, se não se encaixar na lei complementar então é ordinária. A lei complementar exige maioria absoluta dos votos e a ordinária maioria simples. As duas leis não competem.
PROCESSO LEGISLATIVO
Estabeleregras para a criação de normas jurídicas e/ou alteração das já existentes. São as regras que incidem sobre as leis ordinárias e complementares. Compreende a elaboração de: Emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. É uma espécie de legitimação de um procedimento, almeja uma prestação final.
Estrutura do Processo Legislativo Regular:
a.	INICIATIVA: é o ato de deflagração do processo legislativo. Pode ser:
I.	Comum: quando pode ser exercida livremente, ou seja, pode ser apresentada por um governador, ou deputado, ou senador, STF, comissões, presidente, tribunais superiores e até os cidadãos (iniciativa popular – mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 estados, com menos não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles).
II.	Privativa: é definido qual o agente pode deflagrar o processo legislativo – Presidente da República; STF – Estatuto da magistratura; P.G.R – Estatuto do Ministério Público.
III.	Vinculada: devem obrigatoriamente ser propostas pelo Presidente da República nos prazos determinados.
b.	DISCUSSÃO E DELIBERAÇÃO (VOTAÇÃO): - art 64 e 65 - são os debates do projeto de lei, o Processo Legislativo será apreciado nas duas Casas do Congresso Nacional (Casa Iniciadora e Revisora). A discussão e votação dos projetos de lei terão início na Câmara dos Deputados, excetos os projetos de iniciativa do Senado.
·	No caso de iniciativa do Presidente da República ele poderá solicitar urgência para apreciação do projeto e a Câmara e o Senado terão 45 dias para se manifestarem.
·	A apreciação das emendas pelas Casas iniciadoras é de 10 dias.
·	O projeto de lei que for aprovado por uma Casa será revisto pela outra em um único turno e enviado à sanção ou promulgação se a Casa revisora aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
c.	SANÇÃO OU VETO: ato do poder executivo.
1.	Sanção: art 66, § 3° - quando concorda com o teor do projeto, independe de fundamentação. Se houve sanção o executivo faz o próximo ato que é a promulgação. A sanção pode ser expressa ou tácita. Expressa é quando o executivo manifesta sua concordância no prazo de 15 dias, a tácita ocorre pela inércia, se em 15 dias não houver manifestação do Presidente, considera a sanção válida.
2.	Veto: art 66, § 1°, §2°, §4°, §5° - quando rejeita o projeto, pode ser total ou parcial. É total quando rejeita todo o projeto e parcial quando rejeita apenas parte do projeto – é vedado ao presidente vetar palavras. É necessário que o veto seja motivado (fundamentado). A CF indica qual deve ser a motivação.
1° caso: Contrariedade ao Interesse Público – é o veto político, quando não tem uma justificação palpável.
2° caso: Inconstitucionalidade (veto jurídico ou técnico) – é quando o projeto descumpre uma norma constitucional, neste caso tem que apontar o que está sendo violado e justificar.
Possibilidade de Superação do Veto: tem que ser apreciado em sessão conjunta; maioria absoluta; o Congresso tem até 30 dias.
d.	PROMULGAÇÃO: é o ato que atesta a validade da lei, uma lei válida quer dizer que está de acordo com a Constituição Federal, é a formalidade que transfora o projeto em lei, é um ato do poder executivo. É o ato do Processo Legislativo que converte o projeto em lei.
e.	PUBLICAÇÃO: é o ato que demarca o início da vigência, é o dia em que a lei foi publicada no Diário Oficial, em regra, é um ato do executivo.
Diferenças com o Poder de Reforma (é o que cria as emendas): a iniciativa é abrangente, a emenda é restringida; iniciativa é um único turno e emenda são dois turnos; na emenda o quórum é maioria qualificada; emenda não tem sanção ou veto, se aprovada segue direto para promulgação; na emenda matéria rejeitada só pode ser projeto de deliberação na próxima sessão legislativa.
PODER LEGISLATIVO
1.	Funções típicas: legislar e fiscalizar (ação do poder executivo). A fiscalização pode ocorrer também por meio de CPI's (Tribunal de Contas).
2.	Funções atípicas: administrar dos negócios internos, organização da polícia legislativas, julgamento do presidente da República nos casos de crimes de responsabilidade.
3.	Estrutura: O Poder Legislativo é bicameral e exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e Senado Federal.
		CÂMARA: é composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional. O sistema é proporcional quando a distribuição dos mandatos ocorre de maneira que o número de representantes seja dividido com relação aos números de eleitores. Pode ter no mínimo 08 e no máximo 70 representantes por unidade de federação. Esse sistema deve ser disciplinado pela legislação ordinária, que adotou o método de quociente eleitoral (é a divisão do total de votos válidos pelo número de cargos em disputa). No caso de renúncia ou perda do mandato do deputado federal, deverá ser chamado para assumir a vaga o suplente, assim eleito e diplomado na forma do sistema de representação proporcional.
Compete à Câmara: elaborar seu regimento interno; eleger dois membros do Conselho da República nos termos do art. 89, VII, etc.
		SENADO: é composto pelos representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo sistema marjoritário (é aquele que o candidato vencedor é o que obtiver maior número de votos), tendo cada Estado e o DF 03 senadores, com mandato de oito anos, sendo que a representação será renovada de 04 em 04 anos, alternadamente por 1/3 ou 2/3.
O critério marjoritário determina a eleição do Senador acompanhado de dois suplentes.
Compete ao Senado: elaborar seu regimento interno; eleger membros do Conselho da República; aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Porcurador-Geral da República antes do término de seu mandato, etc.
4. Funcionamento: a legislatura terá o período de quatro anos, no qual o Congresso Nacional (composição da Câmara e do Senado) desenvolve suas atividades.
		Sessão Legislativa Ordinária: é o período regular de desenvolvimento dos trabalhos legislativos, é composta por dois períodos legislativos: o 1° período é de 02/02 à 17/07 e o 2° período é de 01/08 à 22/12.
		Sessão Legislativa Extraordinária: ocorre mediante convocação excepcional, nos estritos casos, são realizadas pelos dias e horários diversos dos prefixados pelas ordinárias, pode ser desempenhada nos períodos de recessos entre um período legislativo e outro. Pode ser convocada pelo Presidente do Senado Federal / Presidente da República / Presidente da Câmara dos Deputados / requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas.
		Tribunal de Contas: é o orgão auxiliar do Poder Legislativo para fiscalizar o executivo, não é orgão do poder executivo. Ele pode no exercício de suas atribuições apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
COMISSÕES LEGISLATIVAS
São orgãos fracionários do poder legislativo que tem a finalidade de dinamizar os trabalhos legislativos a partir da especialização de matérias ou temas, mesmo sendo orgãos fracionários podem votar projetos de lei que dispensarem o plenário.
Pode ter origem na Câmara, no Senado ou em ambos (mistas) e podem ser Permanentes ou Temporárias.
	Comissões Permanentes: são aquelas que permanecem existentes mesmo após o término da legislatura, tem a finalidade de discutir e votar as propostas de lei que são apresentadas à Câmara. Exemplo: C.C.J; C.M.O (Comissão mista de orçamento), etc.
	Comissões Temporárias: são as demais comissões, criadas para finalidades específicas e com prazo delimitado para o desenvolvimento de suas atividades. Se extinguem com o encerramento da legislatura ou quando expirado o prazo fixado na sua criação ou quando alcançada sua finalidade. Exemplos: Comissão de Reforma Política; C.P.I's, etc.
Constituição das Comissões: Os orgãos que dirigem os trabalhos das Comissões são chamados de "MESAS". Na composição dessas "mesas" é assegurada a representação proporcionaldos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
Atribuiçõesdas Comissões: 
a.	discutir e votar projeto de lei que dispensar a competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa ( se houver, a votação volta para o plenário).
b.	realizar audiências públicas entidades da sociedade civil.
c.	convocar ministros para prestar informações.
d.	receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas.
e.	solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão
f.	 Apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (C.P.I’s) – art. 58, § 3°
São criadas pela Câmara dos Deputados ou Senado Federal, em conjunto ou separadamente, com função fiscalizatória / investigatória das autoridades judiciais e de outros previstos no regimento da respectiva Casa.
Requisitos para Constituição:
1.	Requerimento aprovado de 1/3 dos membros da respectiva Casa ou do Congresso.
2.	Apuração de fato certo ou determinado.
3.	Prazo certo.
Suas conclusões devem ser encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Diferença entre lei complementar e lei ordinária: a lei complementar tem a finalidade de complementar, explicar ou adicionar algo na CF, ela está especificada item por item na CF, se não se encaixar na lei complementar então é ordinária. A lei complementar exige maioria absoluta dos votos e a ordinária maioria simples. As duas leis não competem.
PROCESSO LEGISLATIVO
São as regras que incidem sobre as leis ordinárias e complementares. Compreende a elaboração de: Emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas provisórias. É uma espécie de legitimação de um procedimento, almeja uma prestação final.
Estrutura do Processo Legislativo Regular:
a.	INICIATIVA: é o ato de deflagração do processo legislativo. Pode ser:
I.	Comum: quando pode ser exercida livremente, ou seja, pode ser apresentada por um governador, ou deputado, ou senador, STF, comissões, presidente, tribunais superiores e até os cidadãos (iniciativa popular – mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 estados, com menos não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles).
II.	Privativa: é definido qual o agente pode deflagrar o processo legislativo – Presidente da República; STF – Estatuto da magistratura; P.G.R – Estatuto do Ministério Público.
III.	Vinculada: devem obrigatoriamente ser propostas pelo Presidente da República nos prazos determinados.
b.	DISCUSSÃO E DELIBERAÇÃO (VOTAÇÃO): - art 64 e 65 - são os debates do projeto de lei, o Processo Legislativo será apreciado nas duas Casas do Congresso Nacional (Casa Iniciadora e Revisora). A discussão e votação dos projetos de lei terão início na Câmara dos Deputados, excetos os projetos de iniciativa do Senado.
·	No caso de iniciativa do Presidente da República ele poderá solicitar urgência para apreciação do projeto e a Câmara e o Senado terão 45 dias para se manifestarem.
·	A apreciação das emendas pelas Casas iniciadoras é de 10 dias.
·	O projeto de lei que for aprovado por uma Casa será revisto pela outra em um único turno e enviado à sanção ou promulgação se a Casa revisora aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
c.	SANÇÃO OU VETO: ato do poder executivo.
1.	Sanção: art 66, § 3° - quando concorda com o teor do projeto, independe de fundamentação. Se houve sanção o executivo faz o próximo ato que é a promulgação. A sanção pode ser expressa ou tácita. Expressa é quando o executivo manifesta sua concordância no prazo de 15 dias, a tácita ocorre pela inércia, se em 15 dias não houver manifestação do Presidente, considera a sanção válida.
2.	Veto: art 66, § 1°, §2°, §4°, §5° - quando rejeita o projeto, pode ser total ou parcial. É total quando rejeita todo o projeto e parcial quando rejeita apenas parte do projeto – é vedado ao presidente vetar palavras. É necessário que o veto seja motivado (fundamentado). A CF indica qual deve ser a motivação.
1° caso: Contrariedade ao Interesse Público – é o veto político, quando não tem uma justificação palpável.
2° caso: Inconstitucionalidade (veto jurídico ou técnico) – é quando o projeto descumpre uma norma constitucional, neste caso tem que apontar o que está sendo violado e justificar.
Possibilidade de Superação do Veto: tem que ser apreciado em sessão conjunta; maioria absoluta; o Congresso tem até 30 dias.
d.	PROMULGAÇÃO: é o ato que atesta a validade da lei, uma lei válida quer dizer que está de acordo com a Constituição Federal, é a formalidade que transfora o projeto em lei, é um ato do poder executivo. É o ato do Processo Legislativo que converte o projeto em lei.
e.	PUBLICAÇÃO: é o ato que demarca o início da vigência, é o dia em que a lei foi publicada no Diário Oficial, em regra, é um ato do executivo.
Diferenças com o Poder de Reforma (é o que cria as emendas): a iniciativa é abrangente, a emenda é restringida; iniciativa é um único turno e emenda são dois turnos; na emenda o quórum é maioria qualificada; emenda não tem sanção ou veto, se aprovada segue direto para promulgação; na emenda matéria rejeitada só pode ser projeto de deliberação na próxima sessão legislativa.

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