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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense 
Campus Araquari 
Licenciatura em Ciências Agrícolas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Talita Ribeiro 
 
 
 
 
Teoria da Trofobiose 
 
 
 
 
 
 
Araquari 
2016 
 
 
 
Talita Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria da Trofobiose 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso 
de Licenciatura em Ciências Agrícolas 
como parte dos requisitos necessários para 
obtenção do grau de licenciado em 
Ciências Agrícolas. 
 
 
 Professor (a): Leonardo Patto 
 Disciplina: Agroecossistemas 
 Turma: LICA V 
 
 
 
 
Araquari 
2016 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................4 
2. A TEORIA ...............................................................................................................................5 
3. A AGRICULTURA CONVENCIONAL ................................................................................7 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................9 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Na agricultura, o enfoque sistêmico é cada vez mais necessário, devido à 
crescente complexidade de sistemas organizados e manejados pelo homem e da 
emergência do conceito de sustentabilidade. Na abordagem sistêmica se busca entender 
as interações de fatores e a complexidade ambiental, com o estudo do desempenho total 
de sistemas, em vez de se concentrar isoladamente nas partes (VILLANOVA; SILVA 
JÚNIOR, 2009). 
O termo Trofobiose origina-se do grego: Trophos (alimento) e Biosis (existência 
de vida). De acordo com essa Teoria, todo organismo vegetal fica vulnerável à 
infestação de pragas e doenças quando excessos de aminoácidos livres e açúcares 
redutores estão presentes no sistema metabólico (POLITO, 2005). A trofobiose está 
diretamente relacionada ao manejo agroecológico das culturas, contribuindo para a 
resistência fisiológica vegetal e sustentabilidade do agroecossistema. 
Segundo esta teoria, o estado nutricional da planta é que parece determinar a 
resistência ou susceptibilidade da mesma ao ataque de pragas e patógenos. Uma 
carência nutricional resultante de um desequilíbrio na quantidade de macro e 
micronutrientes pode provocar mudanças no metabolismo da planta fazendo com que 
predomine o estado de proteólise nos tecidos, no qual os parasitas encontram as 
substâncias solúveis necessárias para a sua nutrição (ZAMBOLIM; VENTURA, 1996). 
Por outro lado, quando existe um equilíbrio nutricional na planta, um ou mais elementos 
agem de forma benéfica no metabolismo, estimulando a proteossíntese, resultando num 
baixo teor de substâncias solúveis nutricionais, não correspondendo às exigências 
tróficas do parasita, ficando desta forma menos atrativa ao ataque de insetos e 
microrganismos patogênicos (POLITO, 2005). 
Ainda de acordo com Zambolim e Ventura (1996), o desequilíbrio mineral do 
solo, a utilização de adubos minerais solúveis e agrotóxicos interferem no processo de 
proteossíntese e no metabolismo de carboidratos, levando a planta a acumular 
aminoácidos e açúcares redutores, nos tecidos, tornando-as mais atraentes às pragas e 
doenças. Com isto, a planta ou suas partes são atacadas a medida que seu estado 
bioquímico, determinado pela natureza e pelo teor em substâncias solúveis nutricionais, 
correspondam as exigências das pragas e patógenos. 
As espécies de plantas possuem os mesmos elementos em sua composição, no 
entanto, em diferentes concentrações. Assim, o que varia na célula é o conteúdo e a 
concentração de determinadas substâncias absorvidas do meio externo. Quando as 
condições não são favoráveis a sua utilização pela planta, estas podem ser acumuladas 
nos vacúolos na forma de compostos solúveis inutilizados como açúcares e 
aminoácidos. Este acúmulo pode ocorrer em função de um desequilíbrio na fertilização 
e ou tratamentos fitossanitários, podendo favorecer a incidência de doenças e pragas, 
isto é, o estado de proteólise dominante nos tecidos conduz a uma sensibilidade em 
relação aos parasitas (VILLANOVA; SILVA JÚNIOR, 2009). 
Os glicídios e os aminoácidos são os compostos que mais repercutem no 
equilíbrio nutricional, atuando sobre o potencial biótico dos insetos. Os alimentos se 
 
 
separam em energéticos, principalmente os glicídios (mantém a vida), plásticos, 
(produtos nitrogenados, necessários à formação de novos tecidos) e os hidratos de 
carbono (auxiliam na utilização das proteínas). 
 A maior parte dos insetos e ácaros de plantas depende de substâncias solúveis, 
tais como aminoácidos livres e açúcares redutores, para a sua sobrevivência, uma vez 
que não são capazes de desdobrar proteínas em aminoácidos. 
 
2. A TEORIA 
 
A Teoria da Trofobiose foi elaborada pelo biólogo francês Francis Chaboussou, 
em 1969, que estudou as relações tróficas entre plantas e seus parasitas (pragas e 
patógenos). 
“A Teoria da Trofobiose diz que uma planta 
desequilibrada nutricionalmente torna-se mais suscetível a 
pragas e patógenos. A adubação mineral e o uso de agrotóxicos 
provocam inibição na síntese de proteínas, causando acúmulo de 
nitrogênio e aminoácidos livres no suco celular e na seiva da 
planta, alimento que pragas e patógenos utilizarão para se 
proliferar (POLITO, 2005, p. 76). 
De acordo com conceitos postos, temos que tolerância é a capacidade da planta 
de suportar, sem muitos danos, o ataque de uma praga ou patógeno e resistência é a 
não receptividade ou imunidade, total ou parcial, aos mesmos (POLITO, 2005). 
Para a teoria clássica, a resistência da planta procede da presença de substâncias 
antagônicas nos tecidos, as quais são tóxicas ou repulsivas aos parasitas em questão. O 
desequilíbrio ocorre quando há destruição dos inimigos naturais, facilitando a 
proliferação da praga. Contudo, alguns pontos são questionados, como a proliferação de 
fitófagos após a aplicação de agrotóxicos inofensivos aos inimigos naturais das plantas 
(VILLANOVA; SILVA JÚNIOR, 2009) 
Para os adeptos da teoria da trofobiose, que destacam a importância da nutrição 
sobre o potencial biótico dos organismos vivos, a tolerância / resistência das plantas ao 
ataque de insetos praga e patógenos, sem desconsiderar os fatores genéticos inerentes, 
correlaciona-se positivamente com o estado fisiológico atual da proteossíntese, ou seja, 
plantas em estado de síntese de proteínas. Este ocorre quando as condições são 
favoráveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas, cujas baixas concentrações de 
compostos solúveis (aminoácidos livres e açúcares redutores), parecem não atrair 
insetos praga e patógenos (VILLANOVA; SILVA JÚNIOR, 2009). 
 A proteossíntese é um processo fisiológico pelo qual os aminoácidos livres são 
reunidos em cadeias polipeptídicas (proteínas) nas plantas, estando relacionada com a 
ausência dos elementos nutritivos e necessários ao crescimento do parasita. 
Através do estudo da suscetibilidade da planta, pode-se chegar ao fenômeno 
inverso, que é a resistência. 
 
 
 
2.1. A Resistência da Plantapela Teoria da Trofobiose 
 
O efeito tóxico dos compostos fenólicos sobre os fungos não é muito elevado, 
bem como outros grupos importantes de toxinas também não são altamente tóxicos, 
levando a crer que a resistência da planta deve estar relacionada a proteossíntese. Se o 
parasita prolifera ou metaboliza intensivamente em um hospedeiro, este deve fornecer 
todos os elementos nutritivos requeridos pelo parasita, logo, pela mesma razão um 
hospedeiro suscetível apresenta um sistema inibidor ineficaz (VILLANOVA; SILVA 
JÚNIOR, 2009) 
Para Chaboussou, é graças também a um estado predominante de proteólise nos 
tecidos das plantas, que pode ser consequência de diversos fatores (como agrotóxicos), 
que o parasita encontra elementos solúveis convenientes, possibilitando seu crescimento 
e desenvolvimento. Os sais minerais, glicídios, aminoácidos, lipídios, esteróis e 
vitaminas são as substâncias mais requeridas pelos parasitas. 
Dentre as substâncias citadas, as mais estudadas foram os glicídios (alimentos 
energéticos) e os aminoácidos (alimentos plásticos), principalmente em relação às 
repercussões sobre o potencial biótico dos insetos estudados (pulgões, ácaros e outros 
insetos). 
No que diz respeito às necessidades nutricionais dos parasitas animais, uma das 
respostas que se busca é se a escolha do animal é função dos fatores atrativos ou 
repulsivos das plantas, ou se a planta é selecionada pela disponibilidade de nutrientes 
que oferece ao fitófago, os insetos são governados por dois estímulos: 
 
a) Estímulos sinais, cuja natureza pode ser olfativa ou gustativa, mas que teria 
como objetivo acusar a presença de produtos sem valor alimentício para os insetos, 
como glicosídeos, alcalóides, saponinas e taninos. 
b) Estímulos gustativos, que indicariam a presença de fatores nutricionais, 
como glicídios, protídeos e vitaminas. 
 
Relativo às necessidades nutricionais dos insetos e ácaros, pode-se destacar que: 
 
a) A suscetibilidade da planta é função de fatores nutricionais em seus tecidos, 
especialmente relacionados com substâncias solúveis presentes no vacúolo das células, 
principalmente aminoácidos e glicídios redutores. 
b) É necessário um certo equilíbrio entre as substâncias nitrogenadas e os 
glicídios, a fim de assegurar, a cada espécie animal, uma dieta ótima para seu 
crescimento e reprodução. 
c) Há influência de diversos fatores ambientais ou da natureza da planta que 
confirmam os efeitos da nutrição sobre a suscetibilidade, como a época do ano, o 
cultivar e a idade das folhas entre outros. 
 
 
 
 A proteossíntese pode ser afetada por diversos fatores, destacando-se a espécie, 
variedade, clima (energia solar, temperatura, umidade, etc.), solo (composição química, 
estrutura e aeração), fertilização (orgânica, mineral e micronutrientes), prática da 
enxertia e tratamentos com agrotóxicos. 
 
 
3. AGRICULTURA CONVENCIONAL 
 
 
A Agricultura convencional praticada nos dias de hoje visa, acima de tudo, 
produção, deixando em segundo plano a preocupação com a conservação do Meio 
Ambiente e a qualidade nutricional dos alimentos. Ao melhorar geneticamente uma 
planta para que ela produza mais, pode-se estar reduzindo sua resistência a pragas e 
doenças, pois sua energia é desviada da parte vegetativa para a reprodutiva. Substâncias 
indesejáveis, como alcalóides, que dão sabor amargo aos alimentos são eliminados. 
Além disso, as plantações ficam sem variabilidade genética. Assim, essas plantas 
tornam-se mais vulneráveis a pragas e doenças. As plantas escolhidas para o 
melhoramento geralmente são as que melhor respondem à adubação mineral, tornando 
necessária a aplicação freqüente de fertilizantes solúveis, ocasionando desequilíbrio 
mineral no solo. Um outro problema que geralmente ocorre com as plantas melhoradas, 
é que quando são híbridas, o agricultor não consegue reproduzi-las em sua propriedade 
e precisa sempre comprar as sementes da empresa que as produz. 
O sistema de monocultura favorece o aparecimento de pragas, doenças e ervas 
invasoras, fazendo com que o agricultor tenha que utilizar agrotóxicos para conseguir 
produzir. Esse sistema também provoca rápida perda de fertilidade do solo, pois facilita 
a erosão, reduz a atividade biológica e esgota a reserva de alguns nutrientes. Os insumos 
agrícolas utilizados são na sua maioria derivados direta ou indiretamente do petróleo, 
que resultam num alto custo energético para sua obtenção, ocasionando um balanço 
energético negativo, ou seja, a energia produzida pela cultura é menor que a energia 
gasta para sua produção. Assim sendo, o agricultor está sempre dependendo das grandes 
empresas, seja para comprar sementes, fertilizantes, inseticidas, herbicidas, etc. e quem 
acaba por ficar com a maior parte (40% a 80%) do lucro são elas. 
A base para o sucesso do sistema orgânico é um solo sadio, bem estruturado, 
fértil (macro e micronutrientes disponíveis às plantas em quantidades equilibradas), com 
bom teor de húmus, água e ar e boa atividade biológica, pois é o solo e não o adubo que 
deve nutrir a planta. O solo deve estar sempre coberto para evitar erosão. 
No sistema de produção orgânica utilizam-se o cultivo múltiplo e a rotação de 
culturas, pois isso torna a cultura menos suscetível a pragas e patógenos e dificulta o 
aparecimento de plantas invasoras, devido à diversidade dos organismos do 
agroecossistema. É preferível para o agricultor, quando possível, utilizar variedades 
para o cultivo, pois assim torna-se viável a produção de sementes na propriedade, e não 
há dependência de empresas para sua compra, como ocorre com híbridos. O controle de 
 
 
ervas invasoras, pragas e doenças é feito através de controle biológico, com solarização, 
criação e soltura de inimigos naturais, armadilhas e agrotóxicos naturais. Deve-se 
utilizar de forma adequada máquinas e implementos agrícolas para não danificar a 
estrutura e a vida do solo. A integração da agricultura com a criação animal na 
propriedade é de extrema importância, pois o esterco pode ser transformado em 
composto, muito importante para a agricultura orgânica. Os animais devem 
preferencialmente receber ração produzida na própria fazenda, ter instalações adequadas 
e pastejar livremente. Devem ser tratados com homeopatia, aromaterapia, fitoterapia e 
imunização. A agricultura orgânica visa também o bem estar do agricultor, a 
preservação da sociedade rural e costumes e a auto-suficiência do pequeno agricultor. O 
sistema orgânico requer mais mão de obra e mais cara, mas a não utilização de insumos 
como fertilizantes nitrogenados (os mais caros), agrotóxicos, etc., o maior valor dos 
produtos orgânicos no mercado e algumas vezes maior produção que no sistema 
convencional fazem com que o lucro de um produtor orgânico seja igual ou maior que 
de um convencional. 
 
 
3.1 Os problemas dos agrotóxicos e fertilizantes solúveis 
 
 
Os fertilizantes solúveis de um determinado ponto de vista são bons, pois são de 
fácil aplicação, as plantas apresentam rápida resposta a eles e produzem mais e a área 
cultivada pode ser reduzida. Mas na verdade existem muito mais desvantagens que 
vantagens no uso desse tipo de insumo. Eles provocam perda de fertilidade do solo, pois 
causam acidificação, mobilização de elementos tóxicos, imobilização de nutrientes, 
mineralização e redução rápida da matéria orgânica, destruição da bioestrutura e 
aumento da erosão. Ocorrem também desequilíbrios minerais no solo, pois as adubações 
e calagens são feitas com NPK e calcário respectivamente, ocorrendo desequilíbrio com 
os micronutrientes. Assim, ocorrem desequilíbrios na bioquímica das plantas. Os 
alimentos obtidos têm pior qualidadenutricional e biológica, ou seja, são carentes em 
determinadas vitaminas, minerais, aminoácidos essenciais e substâncias que prolongam 
a vida de "prateleira" dos produtos. Sem contar que ocorre excesso de água e de 
nitratos, oxalatos, etc., que são substâncias tóxicas. Os nitratos são convertidos pelos 
animais em nitrosaminas, que são cancerígenas. A aplicação desses fertilizantes deve 
ser constante, pois exatamente por serem solúveis (principalmente os nitratos e 
fosfatos), são rapidamente "varridos" do solo pela chuva, e as conseqüências disso são 
poluição e eutrofização das águas. Como a grande maioria das terras cultivadas 
possuem sistema de monocultura e recebem adubações minerais, necessitam da 
aplicação constante também de agrotóxicos. As conseqüências disso são muito 
parecidas com as da adubação mineral, mas com agravantes: mortalidade dos 
aplicadores devido ao seu nível precário de conhecimentos técnicos; os agrotóxicos 
podem muitas vezes matar insetos polinizadores, prejudicando a produção, e também os 
inimigos naturais das pragas e patógenos, fazendo com que ocorra seu ressurgimento 
em maior quantidade, tornando os prejuízos ainda maiores; podem também causar o 
 
 
aparecimento de outra praga, antes secundária e também quebra da cadeia alimentar; 
podem gerar resistência na população das pragas; os agrotóxicos persistentes ou com 
metais pesados vão se acumulando ao longo da cadeia alimentar, sofrendo magnificação 
biológica; alimentos por nós ingeridos podem ter resíduos, prejudicando nossa saúde. 
Além destas conseqüências da utilização de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, 
existem outras de cunho econômico e social, como os altos gastos e a dependência das 
grandes indústrias com a necessidade de repetidas aplicações e o balanço energético 
negativo devido às grandes quantidades de insumos utilizados. 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A Teoria da Trofobiose nos diz que uma planta cultivada só será atacada por um 
inseto, ácaro, fungo ou bactéria, quando ela tiver na sua seiva exatamente o alimento 
que eles precisam. A seiva neste caso será formada principalmente por aminoácidos, 
substâncias simples e solúveis de fácil digestão para esses insetos ou microorganismos. 
 Uma planta que se encontra num ambiente equilibrado, adaptada ao lugar onde 
vive, em solo contendo umidade, bem como quantidade e qualidade de nutrientes 
suficientes, consegue fabricar através do seu metabolismo interno e fotossíntese, 
substâncias complexas como proteínas, açúcares e vitaminas. Tais plantas dificilmente 
serão atacadas por “pragas e doenças” já que esses organismos não possuem aparelho 
digestivo preparado para dissolver substâncias complexas. Nos períodos climáticos 
desfavoráveis ou quando são empregados excesso de nutrientes solúveis e agrotóxicos, 
são liberados na seiva das plantas radicais livres (aminoácidos, açucares etc) que são 
alimentos prontamente disponíveis para os insetos nocivos e patógenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
POLITO, W. L. Fitoalexinas e a Resistência Natural das Plantas às Doenças. 2005. 
Disponível em: hppt <// www.ppippic.org/ppiweb/pbrazil.nsf/$FILE/Palestra%20 
Wagner%20Luiz%20Pol> Acesso em: 10.jun.2016 
 
VILANOVA, C.; SILVA JÚNIOR, C. D. A teoria da trofobiose sob a abordagem 
sistêmica da agricultura: eficácia de práticas em agricultura orgânica. Revista 
Brasileira de Agroecologia, v. 04, nº 01, p. 39-50, 2009. Disponível em: 
hptt<//file:///C:/Users/talita/Downloads/7550-30731-1-PB.pdf> Acesso em: 10. Jun. 
2016 
 
ZAMBOLIM, L., VENTURA, J.A. Resistência a doenças induzidas pela nutrição das 
plantas. Informações Agronômicas (POTAFOS), v.75, encarte técnico, 1996.

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