Buscar

6. NACIONALIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�PAGE �
�PAGE �4�
Direito I - Ciência Política - Prof. César Luís Pinheiro
NACIONALIDADE 
Nacionalidade: é o conjunto de vínculos políticos e jurídicos entre alguém e determinado Estado, integrando o indivíduo no povo de um país, ou seja, é o status do indivíduo perante o Estado.
Os critérios preconizados pela Declaração dos Direitos do Homem para a solução de divergências sobre a nacionalidade são:
todo o indivíduo deve ter uma nacionalidade
a nacionalidade deve ser atribuída a todo o indivíduo desde o nascimento
deve ser garantido o direito à mudança de nacionalidade
Devemos ter presente que o conceito de povo não equivale ao de população. População refere-se a pessoas que residem em determinado território, sejam ou não nacionais de um determinado país, submetidos ao ordenamento jurídico e político daquele Estado; Povo refere-se a uma comunidade da mesma base sociocultural, que não depende de base territorial para se reconhecido.
Perante determinado Estado, o indivíduo somente pode ser nacional ou estrangeiro.
Espécies de nacionalidade
A nacionalidade pode ser primária (ou originária), que resulta de ato involuntário do indivíduo, como o nascimento ou a ocorrência de condição considerada pelo Estado como suficiente para atribuir-lhe tal status político e jurídico, ou secundária (ou adquirida), que se obtém mediante ato voluntário, preenchidas condições, exigidas pelo estado, para que seja concedida.
A nacionalidade primária pode ser adquirida segundo os critérios da origem territorial (“ius solis), ou da origem sanguínea (“ius sanguinis”).
IUS SOLI: Critério pelo qual a nacionalidade é concedida ao recém-nascido, levando-se em consideração tão somente o local do seu nascimento, pouco importando a origem dos pais do recém-nascido, salvo se forem estrangeiros e pelo menos um deles estiver a serviço do seu país de origem; 
IUS SANGUINIS Critério pelo qual a nacionalidade é concedida ao indivíduo levando-se em consideração tão somente a origem dos seus pais, pouco importando o local de nascimento. Trata-se de uma verdadeira herança transmitida pelos pais aos seus filhos. Esse critério, ele é extraterritorial. Filho adotivo não serve, pois a criança estrangeira não adquire a nacionalidade brasileira pela adoção. Não tem como efeito, a adoção, a concessão da nacionalidade;
MISTO Critério que adota tanto o ius soli quanto o ius sanguinis. 
	País
	Critério
	Alemanha
	ius sanguinis
	China
	ius sanguinis
	França
	ius sanguinis
	Irlanda
	ius sanguinis
	Itália
	ius sanguinis
	Portugal
	ius sanguinis
	Austrália
	ius soli
	EUA
	ius soli
	Uruguai
	ius soli
	Argentina
	misto
	Brasil
	misto
	Cuba
	misto
	Nicarágua
	misto
	Paraguai
	misto
	Serra Leoa
	misto
A nacionalidade secundária pode ser adquirida segundo os critérios do Estado ou da vontade do indivíduo.
Nacionalidade e Naturalização
A CF brasileira considera nacional a pessoa humana que se vincula ao Brasil pelo nascimento ou pela naturalização.
São brasileiros natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
NATURALIZAÇÃO: é a aquisição da nacionalidade de determinado Estado por estrangeiro, mediante declaração expressa de vontade, preenchidas as condições prescritas na regra jurídica constitucional.
A naturalização pode ser:
a) tácita, quando os estrangeiros residentes em determinado país não manifestam o ânimo de manter a nacionalidade de seu país de origem, dentro do prazo legal;
b) expressa, quando depender de manifestação do estrangeiro no sentido de adquiri-la.
Atualmente a CF de 1988 prevê somente a naturalização expressa.
A CONSTITUIÇÃO CONSIDERA NATURALIZADOS:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos na Constituição.
São privativos de brasileiro nato os cargos:
de Presidente e Vice-Presidente da República;
de Presidente da Câmara dos Deputados;
de Presidente do Senado Federal;
de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
da carreira diplomática;
de oficial das Forças Armadas.
de Ministro de Estado da Defesa
PERDA DA NACIONALIDADE
Será declarada a perda de nacionalidade do brasileiro que:
I) tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional
II - Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (por ex.:em razão da comprovação da nacionalidade italiana por meio do ius sanguinis).
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro, em Estados estrangeiros, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis."
OBS.: Brasileiros natos, culpados pela prática de atos nocivos ao interesse nacional, sujeitam-se somente a sanções de natureza penal e eleitoral, não podendo ser declarada a perda de sua nacionalidade.
APÁTRIDA E POLIPÁTRIDA
Apátrida é a pessoa que, por força da diversidade de critérios de aquisição da nacionalidade, não se vincula a nenhum Estado, isto é, não tem nacionalidade.
Um exemplo de pessoa apátrida será o filho de pais brasileiros, que não estejam a serviço de seu país, nascido na Itália, antes de residir no Brasil. Neste caso, nem o direito italiano nem o direito brasileiro a reconhecerão como seus respectivos nacionais.
Polipátrida é a pessoa que, por força da diversidade de critérios de aquisição da nacionalidade, vincula-se a mais de um Estado, isto é, tem múltiplas nacionalidades.
Exemplo: será polipátrida o filho de pais italianos, nascido no Brasil, que não estejam a serviço de seu país. Nesta situação, pelo direito italiano, que adota o critério ius sanguinis, terá nacionalidade italiana, e pelo direito brasileiro, que adota o critério do ius solis, será brasileiro.
Exame da OAB/SP 
Uma pessoa americana (ius soli) casada com uma pessoa uruguaia (ius soli) fixa residência na Alemanha (ius sanguinis) e lá vem a nascer o filho do casal. Supondo que nos EUA e no Uruguai se adote o critério ius soli e na Alemanha o critério ius sanguinis, qual a nacionalidade do filho? Responda as seguintes questões:
Qual a naturalidade? 
Onde será feito o registro de nascimento? 
Qual(ais) a(s) nacionalidade(s)?

Outros materiais