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AULA 08 DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL HUMANA PARTE 02

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REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA 
HUBERTT LIMA VERDE DOS SANTOS – huberttlima@gmail.com 
PROFº: HUBERTT GRÜN. Página 1 
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DETERMINAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL HUMANA – 
PARTE 01 
PROFº: HUBERTT LIMA VERDE – huberttgrun@hotmail.it 
 
DETERMINAÇÃO SEXUAL: 
 Nos humanos e na grande maioria dos mamíferos, à presença 
ou ausência do cromossomo Y no cariótipo esta ligado à 
determinação e diferenciação sexual. 
 Na primeira fase do desenvolvimento embrionário, as gônadas 
são consideradas indiferenciadas ou bipotenciais sendo chamadas 
assim por não apresentarem diferença histológica entre uma 
gônada masculina de uma gônada feminina. Porém, a presença do 
cromossomo Y no genoma do embrião na 6ª semana da gestação 
é que vai fazer com que os testículos se desenvolvam a partir da 
gônada indiferenciada, processo mediado pelo gene localizado no 
cromossomo Y, na designada região do cromossomo Y 
determinante do sexo (SRY); a identificação da região 
determinante do sexo no cromossomo Y (gene SRY) constitui uma 
etapa crucial na compreensão da determinação do sexo gonadal 
masculino. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://www.nature.com/scitable/nated/content/18935/pierce_4_10_mid_1.jpg 
 
 Com a continuação do desenvolvimento dos testículos, eles se 
organizam em dois compartimentos diferentes que são os cordões 
testiculares e a região intersticial. 
 Nos cordões testiculares situam-se as células de Sertoli e as 
células germinativas primordiais. Enquanto que, na região 
intersticial situam-se as células secretoras de esteróides, as 
células de Leydig e as células mióide peritubulares. Já os ovários, 
não mostram diferenciação estrutural até uma fase tardia da 
gravidez. 
 
Imagens retiradas das páginas: 
http://www.uff.br/fisiovet/Conteudos/reproducao_machos_clip_image006.jpg e 
http://microanatomy.net/Male_Reproductive/testis_and_ducts.htm 
 
 É a determinação sexual que torna os ovários e testículos 
diferentes histologicamente. 
 
DIFERENCIAÇÃO SEXUAL (D.S): 
 Facilita o entendimento dos achados anatômicos normais, e 
interpretação dos anormais, exemplo intersexos. 
 O processo de diferenciação sexual ocorre após algum tempo 
depois da fecundação, nos humanos esse processo acontece na 
sétima semana de gestação. 
 Durante o desenvolvimento fetal, nas primeiras semanas de 
vida, independentemente do sexo genético, o feto apresenta 
estruturas indiferenciadas que originarão os SEM e SGF. 
 No início do desenvolvimento embrionário, tanto as gônadas 
como as vias urogenitais não são diferentes em embriões com 
genótipo masculino ou feminino. Durante a fase indiferenciada, os 
embriões do sexo masculino e do sexo feminino apresentam dois 
pares de canais chamados de par de canais Mulleriano e o par de 
canais Wolffiano. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://www.colorado.edu/intphys/Class/IPHY3730/image/Wolffian.jpg 
 
 Os testículos começam a se desenvolver devido à presença do 
cromossomo Y, produzindo hormônios específicos do sexo 
masculino, fazendo a diferenciação. Os mediadores hormonais 
para a diferenciação são androgênios (produzidos pelas células de 
Leydig) e o hormônio anti-Mulleriana (produzida pelas células de 
Sertoli). 
 
Imagem retirada da página: http://1.bp.blogspot.com/_TTL0bm-ruDM/SsZb-
_hxxzI/AAAAAAAAAB8/f8JPDAdiUUQ/s400/espermat1.JPG 
 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.dombosco.com.br/Curso/estudemais/biologia/imagens/rep3.jpg 
 
 Ao nível de androgênios, os canais Wolffianos diferenciam-se 
em epidídimo, canal deferente, vesículas seminais e canais 
ejaculadores. Já a nível de hormônio anti-Mulleriana, os canais 
Mullerianos degeneram. Para que os androgênios atuem na 
diferenciação sexual é preciso que se tenha presença de 
receptores de androgênios nas células-alvo. Quando não ocorrem 
os hormônios testiculares, os canais wolffianos diminuem e os 
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canais Mullerianos dão origem as trompas uterinas, útero e 
vagina. 
 
Imagem retirada da página: http://2.bp.blogspot.com/_-
pH3zEuDr5I/RnqQeYKsC4I/AAAAAAAAAe4/3k9LPFlNeGg/s400/repfem.jpg 
 
Genes Envolvidos no Desenvolvimento dos Genitais 
Internos: 
 Os ductos de Wolff (ductos mesonéfricos) e os ductos de Müller 
(ductos paramesonéfricos) estão presentes na gestação. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
 Quando o feto é feminino, os ductos de Müller dão origem a 
tuba uterina, útero e vagina cranial. 
 
Fusão dos ductos de Müller. A letra A indica ovários, o número 4 esquematiza que após 
a fusão forma-se o corpo uterino. 5B – corpo uterino; T – Trompas; A – Ovários; Ca – 
Terço proximal da vagina; Cb – terço distal. Imagem retirada da página: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-39842007000200013&script=sci_arttext 
 
 No feto masculino, através da ação local da testosterona 
secretada pelas células de Leydig, os ductos de Wolff se 
diferenciam em epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal; e 
os ductos de Müller sofrem atrofia sob ação do hormônio anti-
mülleriano (HAM), secretado pelas células de Sertoli. 
 
Epidídimo, ducto deferente e vesícula seminal. Imagem retirada da página: 
http://sistemareprodutivo.blogspot.com/2008_10_01_archive.html 
 
Síntese e ação do HAM: 
 HAM é um hormônio glicoprotéico que significa hormônio anti-
Mülleriano. Sendo produzido pelas células de Sertoli, na fase 
embriogênica e no final da gestação, após o nascimento e ainda 
no adulto. Mutações inativadoras do gene do HAM ou do gene do 
receptor do HAM tipo II determinam a persistência dos ductos de 
Müller em indivíduos 46,XY com genitália externa masculina 
normal associada ou não à criptorquidia. 
 
Células de Sertoli 
 
Genes envolvidos no desenvolvimento dos genitais 
externos: 
 Os genitais externos, na mulher o tubérculo genital dá origem 
ao clitóris; as pregas urogenitais em pequenos lábios, as pregas 
lábio-escrotais em grandes lábios e o seio urogenital na porção 
inferior da vagina. 
 
Controle da esteroidogênese testicular fetal: 
 É mediada inicialmente pelo HCG e posteriormente pelo LH 
(Hormônio Luteinizante), que agem através de um receptor 
comum, o receptor do LH/CG, pertencente à família dos 
receptores acoplados à proteína G. 
 O HCG quer dizer gonadotrofina coriônica humana, sendo um 
hormônio que “manda” o ovário produzir estrógeno e 
progesterona, os quais chegam à hipófise, indicando que a mulher 
está grávida, então a hipófise para de gerar hormônios que irão 
fazer descer a menstruação. 
 
Imagem retirada da página: http://img28.imageshack.us/i/ovulacao2.jpg/ 
 
Biossíntese da testosterona: 
 A primeira etapa da esteroidogênese adrenal e gonadal 
caracterizam-se pela transferência do colesterol de fora para 
dentro da membrana mitocondrial e é mediada pela proteína, 
StAR (steroidogenic acute regulatory protein) que é codificada 
pelo gene CYP11A1 ou gene STAR. Dentro da mitocôndria, a 
metabolização do colesterol em pregnenolona envolve três 
reações distintas: 20a-hidroxilação, 22-hidroxilação e quebra da 
cadeia lateral do colesterol que são mediadas pela enzima 
citocromo P450scc (side chain cleavage), localizada dentro da 
membrana mitocondrial. 
 
Imagem retirada da página 
http://www.biochem.arizona.edu/classes/bioc462/462bh2008/462bhonorsprojects/462b
honors2003/tilleys/Pathway.htm 
 
O gene do receptor androgênico: 
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 Está localizado no cromossomo X na região Xq11-q12. Vários 
genes envolvidos na biossíntese e ação androgênica são 
polimórficos, porém a relação dessas variantes gênicascom a 
síntese e ação dos andrógenos durante as fases precoces da 
diferenciação sexual ainda não está esclarecida. 
 
Gene envolvido na identificação sexual: 
 Em humanos, os indivíduos 46,XY com mutações na codificação 
dos genes 17b-hidroxiesteróide desidrogenase 3 e a 5-redutase 
2, esses indivíduos são do sexo feminino, porém quando chegam 
na puberdade passam a se identificar com o sexo masculino e 
começam as mudanças. 
 
Diferenciação da Genitália Masculina: 
 O embrião torna-se do sexo masculino devido presença do 
cromossomo Y conforme já explicado anteriormente, porém é o 
gene SRY que vai determinar a produção gonadal no caso o 
testículo. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://health.stateuniversity.com/article_images/gem_05_img0625.jpg 
 
 As células germinativas endodérmicas (surgem a partir do saco 
vitelínico) migram para a crista genital; se organizando formando 
os cordões sexuais. 
 O gene SRY faz com que as células germinativas gerem as 
células de Sertoli, os túbulos seminíferos e a rede testicular. 
 As células de Sertoli produzem HIM (Hormônio Inibidor 
Mülleriano), hormônio este que determina a regressão dos ductos 
de Müller, o que irá originar uma formação vestigial (útero 
masculino). 
 As células de Leydig produzem testosterona responsável pela 
manutenção dos Dutos de Wolff que irão dar origem ao epidídimo 
e aos ductos deferentes. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://web.unipmn.it/~pons/index_file/imm%20app%20urogenitale/epididimo.jpg 
 
 A Testosterona é transformada em Dihidrotestosterona (DHT) 
através da enzima. É o DHT que fará a diferenciação da genitália 
externa masculina. 
Sinus urogenital (uretra, glândulas anexas) 
Tubérculo genital (pênis e prepúcio) 
Pregas genitais (escroto) 
 
 
 
Diferenciação da Genitália Feminina: 
 Neste caso não se tem o gene SRY, porque o sexo é feminino. 
 As células germinativas (cordões epiteliais) darão origem às 
células foliculares. 
 As células mesenquimais (crista genital) darão origem às células 
da teça. 
 Como não se possui gene SRY que acaba gerando as células de 
Sertoli que é responsável por produzir o hormônio Inibidor 
Mülleriano, logo não poderemos ter também a produção desse 
hormônio, então os dutos de Müller irão originar a tuba uterina, 
útero e vagina cranial. 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/utero/embriologia.htm 
 
 Não há produção de testosterona e DHT, então a diferenciação 
da genitália externa feminina será: 
Sinus urogenital (vagina caudal e uretra) 
Tubérculo genital (clitóris) 
Pregas genitais (lábios vulvares) 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3-
7genitales.html 
 
Gônada Testículo e rede 
testicular 
Ovário e rede 
ovariana 
Túbulos 
mesonéfricos 
Ducto eferente Paroophoran* 
Epoophoron* 
Ductos (Wölf) 
mesonéfricos 
Epidídimo, ducto 
deferente, ame 
dos ductos 
deferentes, 
glândula vesicular 
Ductos de Gartner* 
Ductos (Müller) 
paramesonéfricos 
Útero masculino ou 
utrículo prostático* 
Tubas uterinas, 
útero, parte 
anterior da vagina 
Seio urogenital Uretra, glândula Uretra, vestíbulo 
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bulbo-uretrais, 
próstata 
vaginal, parte 
posterior da 
vagina, glândula 
vestibular 
(Bartholin) 
Tubérculo genital Pênis Clitóris 
Invaginação 
uretral 
RAFE (escroto e 
pênis) 
Lábios menores 
Elevação lábio-
escrotal 
Bolsa escrotal Lábios maiores 
*Rudimentos 
Fonte: NALBANDOV, A.V-1964 
 
Etapas ou fases no processo de Diferenciação Sexual: 
 Existem 06 fases ou etapas inter-relacionadas no processo de 
D.S: 
I) Determinação do sexo genético (cromossômico); 
II) Diferenciação do sexo gonadal; 
III) Diferenciação da genitália tubular; 
IV) Diferenciação da genitália externa (sexo fenotípico); 
V) Sexo cerebral. 
 
I) Fase de determinação do sexo genético (cromossomo): 
ش Definição do sexo genético: 
 Os cromossomos das células humanas possuem 23 pares, 
sendo que 01 (um) desse par é o de cromossomos sexuais, esse 
cromossomo serve para determinar se o zigoto vai ser do sexo 
masculino ou do sexo feminino. Os cromossomos sexuais podem 
ser de dois tipos: X e Y. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://www.colorado.edu/intphys/Class/IPHY3730/10endocrines.html 
 
ش Representação do sexo genético: 
 XX: Caso o zigoto possua um par de cromossomo X dizemos 
que o indivíduo será do sexo feminino. 
 XY: Se o zigoto possuir um par de cromossomo X e um Y diz 
que, o indivíduo será do sexo masculino. 
 Então, podemos afirmar que nas mulheres, o cromossomo 
sexual será XX, enquanto que nos homens o cromossomo sexual 
será XY. 
 
ش Determinação do sexo genético: 
 Ocorre durante o processo de fecundação. Os cromossomos X 
são maiores que os cromossomos Y. Porém, é o cromossomo Y 
que irá determinar o sexo, isso quer dizer que, se o cromossomo 
Y estiver presente podemos dizer que o indivíduo que está sendo 
gerado será do sexo masculino, caso não se tenha a presença do 
cromossomo Y o indivíduo que está sendo gerado será do sexo 
feminino. Já a presença do cromossomo X aparece nos dois sexos, 
porém são extremamente importantes para o desenvolvimento e 
funcionamento geral, e a sua ausência não poderá gerar vida. 
 
Imagem retirada da página: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/divisao-
celular/imagens/cromossomos-p.gif 
 
Sexo genético nos mamíferos: 
 É determinado pelos SPTZ (gameta masculino). 
1) SPTZ: Apresenta em sua constituição cromossômica o 
cromossomo sexual X ou o Y. 
 
Imagem retirada da página: 
http://recursos.cnice.mec.es/biosfera/alumno/2bachillerato/La_celula/imagenes/esperm
atozoide1.jpg 
 
2) Ovócito: Apresenta somente o Cromossomo sexual X. 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.elmundo.es/elmundosalud/especiales/2004/11/cienciayarte/index.html 
 
Sexo genético nas aves: 
 É determinado pelo ovócito (gameta masculino). 
1) Ovócito: Transporta o cromossomo sexual Z (X) ou o W (Y). 
2) SPTZ: Transporta somente o cromossomo sexual Z. 
 
Determinação do sexo em tartarugas e crocodilos: 
 A determinação do sexo é dependente não do sexo 
cromossômico, mas da temperatura de incubação dos ovos. 
1) Temperatura abaixo de 27,5ºC: Se a temperatura de incubação 
dos ovos ocorrer abaixo de 27,5ºC; a diferenciação dos indivíduos 
ocorrerá para o sexo masculino. 
2) Temperatura acima de 29,5ºC: Se a temperatura de incubação 
dos ovos for acima de 29,5ºC ocorrerá à diferenciação dos 
indivíduos para o sexo feminino. 
 
II) Fase de diferenciação do sexo gonadal: 
ش Gonócitos na gônada indiferenciadas: 
 A gônada mesmo indiferenciada já apresenta no seu 
parênquima as células germinativas primordiais, denominados de 
gonócitos. 
 
ش Origem dos gonócitos: 
 São células originadas do saco vitelino, próximo ao alantóide. 
 
Saco vitelino. Imagem retirada da página: 
http://www.kalipedia.com/kalipediamedia/cienciasnaturales/media/200704/17/delavida/
20070417klpcnavid_209.Ees.SCO.png 
 
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ش Migração dos gonócitos: 
Nos mamíferos: 
 Os gonócitos se dirigem para a gônada indiferenciada dos 
mamíferos por movimentos amebóides. 
 
Nas aves: 
 A migração dos gonócitos ocorre através da corrente 
circulatória. 
 
Imagem retirada da página: 
http://intercentres.cult.gva.es/intercentres/03000710/observa5.jpg 
 
ش Indução da diferenciação: 
 A diferenciação do sexo gonadal é induzida pelo sexo genético; 
se o sexo genéticofor: 
 XX: A gônada indiferenciada originará ovário. 
 XY: A gônada indiferenciada originará testículo. 
 
ش Fator determinante da diferenciação: 
 O fator determinante da diferenciação da gônada indiferenciada 
em testículo ou ovário ainda é motivo de muitas controvérsias. 
 Diferenciação gonadal no macho: Ocorre o desenvolvimento dos 
cordões seminíferos para a formação do testículo. Os cordões 
sexuais primários ao se encontrarem bem definidos e separados 
pelo mesênquima devido a uma série de alterações estruturais 
sofrem ramificações e anastomasamento formando uma rede 
testis. As células germinativas passam a ser chamadas de 
espermatogônias formando o cordão seminífero, passa a surgir à 
túnica albugínea formando uma cápsula ao redor do testículo; 
esta cápsula divide o órgão em lobos. Os cordões seminíferos 
geram os túbulos seminíferos, os túbulos retos e a rede testis. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://legacy.owensboro.kctcs.edu/GCaplan/anat2/notes/Image613.gif 
 
 Outra estrutura que contribui para a formação do testículo são 
as células de Leydig ou células intersticiais. As células de Sertoli 
produzem o hormônio anti-Mülleriano que regride a ação dos 
ductos de Müller. As células de Leydig são responsáveis pela 
produção da testosterona que é considerado um hormônio 
masculino que vai fazer a diferenciação masculina da genital 
interna e externa. 
 
Imagem retirada da página e traduzida: 
http://i27.photobucket.com/albums/c190/lovesthesunset/anatomy%20and%20physiolo
gy/Testessertolisustentacularcells.jpg 
 
 Diferenciação gonadal na fêmea: O seu processo é mais tardio 
se comparado ao do testículo. São formados cordões sexuais 
primitivos que por sua vez formam rede ovariana rudimentar, que 
se desintegra em pequenas partes, sendo que cada parte com um 
gonócito (oogônia) circundado por células do epitélio celomático. 
Essas oogônias se movem entre as células somáticas. 
 
ش Relacionamento do cromossomo Y com a diferenciação 
gonadal: 
 Sabe-se hoje seguramente que o fator determinante da 
diferenciação gonadal está relacionado a um gene específico, 
localizado no braço curto do cromossomo sexual Y, e que 
determinará a diferenciação gonadal para testículo. 
 
Diferenciação gonadal para ovário: 
 Para que ocorra a diferenciação gonadal para ovário, basta que 
o gene “masculinizante” esteja ausente. 
 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.fertilityportugal.com/Images/prodmfzygotes_tcm25-551.jpg 
 
ش Teorias para explicar a formação dos testículos pelo 
cromossomo sexual Y: 
Teoria do antígeno H-Y: 
 Foi uma das teorias mais aceitas até recentemente. A teoria 
dizia que: 
1) Localização do gene estrutural: O gene estrutural estaria 
localizado no cromossomo autossômico 6. 
 
2) Localização do gene indutor: O gene indutor estaria localizado 
no cromossomo Y. 
 
3) Localização do gene repressor: O gene repressor estaria 
localizado no cromossomo X. 
 
4) Observações experimentais das células testiculares e 
ovarianas: Acreditou-se que o antígeno H-Y era o responsável 
pela diferenciação testicular a partir de observações 
experimentais de células testiculares e ovarianas. 
4.1) Experimento com células testiculares: 
 Células testiculares dissociadas através de enzimas e 
posteriormente reassociadas na presença de anticorpo H-Y 
tomavam configuração de estruturas ovarianas. 
4.2) Experimento com células ovarianas: 
 Feito o processo tal qual como os das células testiculares, estas 
tomavam configuração de estruturas que lembravam o túbulo 
seminífero. 
4.3) Conclusão do experimento: 
 As células ovarianas e testiculares são embriologicamente 
homólogas, e o antígeno H-Y e o fator determinante da gônada 
indiferenciada em testículo. 
 
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5) Questionamento da teoria: A teoria do antígeno H-Y foi 
questionada ao comprovar-se a formação de testículos em ratos 
carentes deste antígeno. 
 
Teoria do TDF (Mais aceita): 
 Atualmente a teoria mais aceita para explicar o processo da 
diferenciação gonadal é a de que no cromossomo Y está presente 
um ou mais genes. 
1) TDF (Fator de Determinação Testicular ou Testicular 
Determination Factor): No humano. 
 
2) TDY (Determinação Testicular do Y ou Y Determination Factor): 
No rato. 
 
O Gene SRY: 
 Há evidências de que no humano o principal gene responsável 
pela diferenciação gonadal é o SRY e que no camundongo o 
referido gene é o responsável. 
 
3) Demonstração da ação do gene SRY: Utilizando-se ratas 
transgênicas nas quais foi incorporado o gene SRY, ocorreu 
desenvolvimento de testículo ao invés de ovário com subseqüente 
desenvolvimento da genitália masculina, apesar de geneticamente 
se apresentarem como fêmeas (XX). 
 
Formação dos túbulos seminíferos: 
 No caso da gônada indiferenciada se diferenciar para testículo, 
irá ocorrer o desenvolvimento dos cordões sexuais primordiais em 
túbulos seminífero, no interior do qual irá se localizar os 
gonócitos. 
 
III) Fase de diferenciação da genitália tubular: 
ش Ductos embrionários no embrião: 
 Na fase sexual indiferenciada, o embrião de ambos os sexos 
apresentam 2 ductos embrionários, denominado de: 
1) Ducto de Wölf ou Mesonéfrico: Este ducto originará parte das 
vias espermáticas (ducto deferente, ampliação dos ductos 
deferentes, epidídimo) e Glândula vesicular. 
2) Ducto de Müller ou Paramesonéfrico: Este ducto irá originar 
Genitália tubular feminina (tuba uterina, útero, colo uterino, parte 
anterior da vagina). 
 
Imagem retirada da página: 
http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/utero/img/006.jpg 
 
ش Diferenciação dos ductos: 
 A diferenciação desses dois conjuntos está subordinada pela 
presença ou ausência de duas substâncias produzidas pela gônada 
embrionária masculina que são: Testosterona e MIF. 
1) Testosterona: 
1.1) Origem: Produzida pelas células de Leydig. 
 
Células de Leydig ou Células intersticiais. Imagem retirada da página: 
http://sistemareprodutivo.blogspot.com/2008_10_01_archive.html 
 
1.2) Atuação: Atuará estimulando a diferenciação dos ductos de 
Wölf para: Ducto deferente, Glândula ampolar (ampliação dos 
ductos deferentes), Epidídimo e Glândula vesicular. 
 
2) MIF (Fator Inibidor de Mülleriano): 
2.1) Origem: Produzida pelas células de Sertoli. 
2.2) Atuação: Atuará inibindo o desenvolvimento dos ductos de 
Müller, fazendo com que o mesmo regrida e se torne um resquício 
embrionário encontrado nos machos e que é denominado de: 
Útero masculino (animais domésticos) e Utrículo prostático 
(homem). 
 
ش Diferenciação da gônada para ovário: 
 Caso a gônada se diferencie para ovário, não irá ocorrer à 
produção das duas substâncias (testosterona e MIF). 
 
ش Resultado da ausência das duas substâncias: 
1) Ausência da testosterona: Não haverá estímulo sobre os ductos 
de Wolff, fazendo com que os mesmos regridam e formem o 
resquício embrionário denominado de ductos de Gartner 
(encontrado na fêmea). 
2) Ausência do MIF: Não haverá fator inibidor atuando sobre os 
ductos de Müller, o que levará ao desenvolvimento e diferenciação 
dos mesmos em: tuba uterina, útero colo uterino e parte anterior 
da vagina. 
 
IV) Fase de diferenciação da genitália externa (sexo 
fenotípico): 
1) Origem dos órgãos genitais externos: 
 A genitália externa também se desenvolve a partir de estruturas 
inicialmente idênticas no homem e na mulher: o tubérculo genital, 
as pregas urogenitais e as eminências lábioescrotais. 
 Nos machos, o desenvolvimento a genitália externa é 
caracterizado pelo crescimento do tubérculo genital, o phallus, o 
qual leva consigo as pregas genitais. As pregas formam as 
paredes laterais do sulco uretral. A parte cefálica do phallusdá 
origem a glande peniana, e o que resta da união das pregas 
genitais origina o corpo do pênis. 
 
 
Os genitais externos do macho, observe o fechamento das dobras uretrais (marrom). 
Imagem retirada da página: 
http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3-
7genitales.html 
 
 Já no sexo feminino, o tubérculo genital cresce somente um 
pouco e resulta no clitóris. Não ocorre o fusionamento das pregas 
urogenitais dando origem aos pequenos lábios e as eminências 
lábioescrotais originam os grandes lábios. 
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Formação do clitóris no desenvolvimento fetal. Imagem retirada da página: 
http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3-
7genitales.html 
 
O clitóris (em azul) torna-se menos proeminente, enquanto avança o desenvolvimento 
fetal. Imagem retirada da página: 
http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3-
7genitales.html 
 
2) Indutor da diferenciação: 
 A diferenciação para macho ou fêmea irá depender basicamente 
da presença ou ausência da testosterona que é a 
dihidrotestosterona (DHT), que é formada pela ação da enzima: 5 
 redutase. Este processo termina por volta da 14ª semana de 
vida intra-uterina. Na ausência de androgênios, a genitália 
externa torna-se feminina. 
 
3) Mecanismo de ação da dihidrotestosterona (DHT): 
3.1) Presença da DHT: 
 
 
3.2) Ausência de DHT: 
 
 
V) Fase de diferenciação do sexo cerebral: 
ش Diferenciação morfológica cerebral: 
 Atualmente têm sido demonstradas diferenças morfológicas 
entre o cérebro masculino e feminino. 
 
ش Núcleo pré-óptico: 
1) Relação do volume entre masculino e feminino: Em ratos e 
cobaias têm sido demonstrado e devidamente comprovado essas 
diferenças morfológicas cerebrais, onde o núcleo pré-óptico do 
rato macho e muito maior que o da fêmea (cerca de 8x), o qual 
pode ser visto macroscopicamente. 
2) Função do núcleo pré-óptico: Este núcleo parece estar 
relacionado ao comportamento sexual. 
 
ش Hormônio da diferenciação cerebral: 
 Em ratos está diferenciação cerebral é estimulada pela 
testosterona, que ocorre durante o desenvolvimento fetal e logo 
após nascer, onde de 2-3 horas após o parto ocorre um pico do 
referido hormônio. 
 
ش Pico da Testosterona: 
1) Finalidade: O pico da testosterona determinará a 
“masculinização hipotalâmica” e que será responsável pelo 
comportamento sexual masculino no rato adulto. 
2) Experiência da castração em ratos: Experimentalmente, 
através de castração tem sido abolido este pico de testosterona 
nos machos logo após o nascimento fazendo com que tais animais 
na fase adulta apresentem comportamento de fêmea. 
3) Experiência da inserção de testosterona em ratas: A fêmea que 
logo após o parto recebeu doses de testosterona, ao atingirem a 
fase adulta não apresentam ciclo sexual, além de desenvolverem 
comportamento agressivo semelhante aos machos. 
4) Em humanos: Em humanos, o pico de testosterona ocorre em 
torno de 9-12 horas após o parto, entretanto, não há 
comprovação de que este pico hormonal irá diferenciar o cérebro, 
bem como, o comportamento sexual na fase adulta, entretanto já 
há evidências de diferenças morfológicas entre o cérebro do 
homem e o da mulher. 
 
Sites pesquisados: 
http://umaespeciedeblog.wordpress.com/2007/12/16/determinacao-e-diferenciacao-
sexual/ 
http://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&source=hp&q=DETERMINA%C3%87%C3%83O+E+DIFERENCIA%C3%87%C3%83O
+SEXUAL&meta=&aq=f&oq= 
http://www.fertilityportugal.com/concern/Understanding_Fertility/The_Basics_of_Life/03
_Sexual_Differentiation.jsp 
http://www.mcguido.vet.br/diferenciacao_sexual.htm 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000400015 
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.relationshiphealth.org/what_is_intersex.htm 
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-
BR&langpair=en%7Cpt&u=http://www.knowledgerush.com/kr/encyclopedia/Chimerism/ 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudo-hermafroditismo 
http://www.conteudoglobal.com/sociedade/homossexualismo/index.asp?action=causas_
homossexualismo&nome=Causas+do+Homossexualismo 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade 
http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/veterinaria/2003897/lecciones/cap3/3-
7genitales.html 
 
 
 
 
 
 
 
FORMATAÇÃO E EDIÇÃO: 
LAST UPDATE: 14.02.2011 
PROF: LIMA VERDE, HUBERTT. 
huberttlima@gmail.com; 
BIOLOGIA 
REPRODUÇÃO E EMBRIOLOGIA.

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