A mineração no seculo XX

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SECRETARIA DO ESTADO DA BAHIA-SEC. 
CETEP- CENTRO TERRITORIAL 
EDUCACIONAL PROFISSIONAL DO 
PIEMONT NORTE DO ITAPICURU 
EXTENSÃO-COLÉGIO ESTADUAL DE 
ANDORINHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A mineração no século XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alan Guimarães, Edinaelma Hermes, Jilvaneide Pinho, Thiago Bezerra e 
Vanda Vieira. 
 
Andorinha: Bahia 
2011 
A mineração no século XX 
O homem sempre usou de recursos minerais e minérios para seu proveito próprio, umas 
das primeiras substancias minerais usadas no paleolíticos foram as pedras e os seixos. 
Os seixos são materiais duros e relativamente leves, que eram usados para sua defesa e 
para a caça. 
O domínio das técnicas de extração e de beneficiamento dos minerais e das rochas é 
usado para medir o progresso e a evolução do homem. Onde foram empregados nomes 
de recursos minerais para caracterizar a evolução do homem, que foram divididos em a 
idade da pedra, a idade do cobre ou calcolitico, a idade do bronze a idade do ferro 
e o ciclo do ouro. 
No Mesolitico (Idade da Pedra), o homem observou que algumas rochas de aspecto 
vítreo, como a obsidiana e a calcedônea produziam arestas cortantes quando quebradas. 
Na Idade do Cobre o homem aprendeu a talhar rochas, a fazer tijolos com argilas e a 
produzir o cobre, para confeccionar armas e outros utensílios. 
Com a mistura do cobre com o estanho deu se inicio a idade do Bronze, que é uma liga 
mais dura e resistente do que o cobre, e passou a ser usada na confecção de armas. 
Em seguida deu se inicio a idade do Ferro, um material mais resistente que o cobre e o 
bronze e mais fácil de encontrar. Nessa mesma época o homem conheceu o mármore, 
uma rocha macia e quando polida apresentava um belo acabamento, e erra usado para 
edificação de templos, monumentos e o embelezamento das construções. 
 No decorrer do século XX ocorreu grandes avanços na mineração, nesses avanços 
foram aprimorados os métodos de prospecção e pesquisa mineral, novas técnicas na 
interpretação e modelagem geológica, na prospecção geoquímica e geofísica, no 
sensoriamento remoto e na logística das investigações de campo. 
Na época da Roma passaram a utilizar o cal e o cimento que erram obtidos com a 
mistura de calcário e de cinzas vulcânicas. Com a junção de fragmentos de rochas ou 
tijolos com o caementicum obtinha-se o concreto. 
Com a purificação do ferro-gusa deu se outro avanço tecnológico, que foi a produção do 
aço, que viria a ser o material mais usado pelo homem em toda a sua história. 
Alem do carvão, varias outras substancias passaram a ser utilizadas durante e após a Era 
Industrial: alumínio, níquel, cromo, manganês, magnésio, titânio, tungstênio, vanádio, 
molibdênio, fluorita, nitratos, amianto, diamante industrial e terras-raras. 
Conceitos, tecnologia, fases da mineração e classificação dos recursos 
minerais 
Os minerais são formados pela combinação entre elementos químicos existentes na 
terra. Sua maior parte pertencem à categoria dos silicatos, existindo quantidades 
subordinadas de óxidos, carbonatos, sulfetos, sulfatos, fosfatos e cloretos, além dos 
elementos nativos mais raros. 
As rochas que formam a Crosta sólida da terra são constituídas por conjuntos de 
minerais. Muitas dessas rochas têm utilidades, como os mármores e os granitos, alguns 
minerais ou conjuntos deles podem se acumular em depósitos minerais. Quando os 
depósitos minerais são constituídos por minerais que apresentam algum uso e 
características tecnológicas adequadas para o aproveitamento econômico eles recebem a 
denominação de jazidas minerais. Os minerais presentes em jazida mineral são os 
minérios. Os minerais uma vez consumidos, não se formam mais: São recursos naturais 
não renováveis. 
A jazida mineral, contendo o minério e dotada de todas as instalações. Denomina-se 
mina as atividade constituintes na mineração, o objetivo da atividade mineira é a 
descoberta, a lavra e a concentração de minérios, as atividades executadas dentro da 
mineração constituem em descobrir os recursos minerais escondidos no solo, trazer o 
bem mineral do subsolo ate a superfície para, finalmente, colocar esse bem mineral em 
condições de ser utilizado pelas industrias metalúrgicas , e cerâmicas ou química. 
A mineração se caracteriza por três etapas distintas: pré-produção, produção e pós-
produção. Na fase de pré-produção são realizados investigações e trabalhos sistemáticos 
de prospecção e de pesquisa mineral, em grande parte baseados em estudos geológicos, 
cujo objetivo é o de encontrar os indícios da presença de um corpo mineral, de medir a 
reserva de minério e de definir suas características tecnológicas. Entende-se por reserva 
o volume ou a tonelagem de minério existente em um deposito mineral. Uma vez 
definida a reserva adequada de minério, com características tecnológicas passiveis do 
aproveitamento econômico, tem se a jazida. 
Uma vez definida a jazida e demonstrada a viabilidade de seu aproveitamento 
econômico, inicia-se a etapa de desenvolvimento, cujo o objetivo é a implantação dos 
projetos da lavra, da usina de tratamento e das instalações acessórias, criando as 
condições para a produção. 
A lavra é a primeira fase de produção e consiste na extração de minérios sólidos, 
líquidos ou gasosos. Pode ser efetuadas em cavas a céu aberto, em tuneis e galerias 
subterrâneas, por dissolução de sais solúveis e enxofre e por extração de água 
subterrânea, petróleo e gas natural, com a utilização de equipamentos específicos para 
cada caso. Para minérios sólidos, executam-se a lavra por desmonte mecânico com 
perfuratrizes, explosivos e escavadeiras para promover a desagregação de minério e 
carregadeiras, caminhões fora-de-estrada, vagonetas, trens e teleféricos para 
carregamentos e o transporte. 
O tratamento inicia-se com a chegada do minério vindo da mina ou com a sua retomada 
de pilhas de homogeneização, usadas quando o minério apresenta variações das suas 
características, especialmente de teor. Como os minérios são misturas polifásicas de 
diversos minerais, é preciso separara fração útil passível de aproveitamento econômico, 
das porções indesejáveis e impurezas, que são descartadas. 
Há autores que defendem um conceito mais amplo para o tratamento, como sendo o 
processo no qual os minerais podem sofrer até alterações de ordem química, resultantes 
da decomposição térmica ou de reações típicas geradas pela diferença de calos tais 
como aglomeração, ustulação e calcinação. O tratamento ou beneficiamento é a etapa 
em que o minério é separado nas diferentes fases mineiro que o constituem , utilizando-
se de diversas técnicas físicas, químicas e físico-química. 
Para o adequado tratamento do minério devem ser conhecidas todas as suas 
características mineralógicas físicas e químicas. A definição “consiste principalmente na 
identificação de todos os minerais presentes no minério, na definição das proporções 
percentuais do minério, da sua granulação e da avaliação do grau de liberação da fração 
útil em relação a ganga”. 
A caracterização tecnológica de minério surgiu em meados do século XX e apresentou 
grande processo a partir dos anos 60 e 70, com o advento da microscopia eletrônica e a 
redução de tamanho dos blocos e dos fragmentos do minério chegado da mina a uma 
determinada granulação, valendo-se do uso de britadores e de moinhos. Uma vez 
reduzida a uma granulação desejada, as partículas do minério são levadas a diversos 
equipamentos, dispostos em sequencia, que promovem a separação dos seus 
componentes com base na forma, na granulação, no peso especifico, cor, suscetibilidade 
magnética, condutividade elétrica e nas propriedades químicas, físico-químicas e de 
superfície dos minerais. Peneiras, mesas concentradoras, jigs, ciclones, espessadores, 
separadores eletromagnético e eletrostáticoe células de flotação são os equipamentos 
mais comumente utilizados. 
O petróleo, por exemplo, é separado por fracionamento químico, nas suas diversas 
fases. Alguns outros, como as argilas, são levados diretamente da mina para a indústria 
cerâmica, sem qualquer tratamento prévio. Os sais e o enxofre são extraídos de jazidas 
profundas pela injeção de água quente em poços, retornando a salmoura diretamente 
para as unidades químicas. Alguns tipos de sais, como o cloreto de magnésio, são 
obtidos da água do mar. Nas salinas e nos salares comuns em regiões desérticas, os sais 
de sódio, bromo, iodo e de outros elementos são concentrados pela evaporação da água. 
Diversos minério cotem mais de um mineral, minérios de Cobre por exemplo, podem 
conter quantidades recuperáveis de ouro, prata, molibdênio e cobalto. Os de chumbo 
contem zinco, prata e ouro. De alguns tipos de minérios de níquel podem ser 
recuperados cobre, cobalto, platina e platinóides – paládio, ósmio, irídio, ródio. A 
bauxita, minério de alumínio, pode conter gálio. 
Varias substâncias podem ser reaproveitadas após o uso, especialmente os metais, a 
reciclagem apresenta varias vantagens: propicia a redução dos custos de produção, 
poupa e conserva energia e constitui forte mecanismo de proteção ao meio ambiente. 
Essa pratica adquiriu relevância nas derradeiras décadas do século XX, inclusive no 
brasil. 
Os rejeitos passaram a ser melhor gerenciados e monitorados mesmo após o fechamento 
e execução da mina. A superfície lavrada degrada, tanto as cavas a céu aberto como as 
galerias subterrâneas, tornaram-se motivo de maior preocupação, sendo restaurados ou 
destinados a outros usos. Reutilização de antigas cavas de minas desativadas, agora 
transformadas em locais de lazer, é encontrada na Raia Olímpica da Cidade 
Universitária, na Cidade de são Paulo, que era um porto de arreia, o parque das 
pedreiras e a Ópera de Arame, em Curitiba, ambos situados numa antiga pedreira. 
Desenvolvimento das técnicas de prospecção e pesquisa mineral no 
século XX 
Os novos conceitos sobre a geologia na terra, tais como a tectônica global, a teoria das 
placas tectônicas e a datação das rochas por isótopos, aliados à ampliação do 
conhecimento geológico dos territórios, constituíram-se em importantes subsídios para 
auxiliar os geólogos na seleção dos ambientes favoráveis à acumulação de jazidas e na 
modelagem dos depósitos minerais. 
O uso de fotografias aéreas para a fotogrametria, fotointerpretação, restituição de cartas 
topográficas e localização nos trabalhos de campo, evoluiu as fotos branco e preto para 
as coloridas e infravermelhas passaram pelas imagens de radar tomadas de aviões e 
culminaram com as imagens tiradas por satélites que, continuadamente, “fotografam” a 
superfície da terra, a intervalos regulares e sistemáticos. A interpretação de imagens 
obtidas por diferentes sensores evoluiu das simples observação estereoscópica para a 
análise auxiliada por computadores dotados de softwares específicos. A localização no 
campo feita visualmente sobre cartas topográficas e fotografias aéreas, passou a ser 
realizada com o GPS, com o advento dos satélites artificiais. Todos esses 
desenvolvimentos facilitaram os trabalhos de campo e as investigações geológicas na 
fase da operação. 
A chegada e o desenvolvimento dos microcomputadores facilitaram ainda mais o uso da 
geostática e da modelagem de jazidas. O desenvolvimento de softwares específicos para 
a mineração na década de 80 favoreceu a complicação, arquivos e o manuseio de 
grandes números de dados de variáveis usualmente coletadas na pesquisa mineral e na 
mineração. Facilitaram os estudos geostáticos, a elaboração de modelos de jazidas mais 
confiáveis, a maior precisão nos cálculos das reservas e a fácil visualização 
tridimensional do corpo mineralizado. 
A projeção do consumo, baseado em dados estáticos excepcionalmente elevados dos 
períodos pós-guerra, indicava que poderia vir a faltar insumos e matérias-primas 
minerais nos anos seguintes. 
Além das novas técnicas e das ferramentas mais precisas e eficientes, um outro fator 
que contribuiu para facilitar e agilizar a pesquisa mineral foi o uso do elicoptero, cuja 
versatilidade facilitou o acesso aos sítios mineralizados, em geral situados em locais 
remotos, de difícil acesso. As jazidas de minério de ferro da serra dos Carajás, foram 
encontradas quando do pouso de helicópteros, no ano de 1967.