Buscar

FUNDAMENTOS DA TRADUÇÃO online

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS DA TRADUÇÃO – ONLINE
AULA 1
A tradução e o papel social do tradutor
Iniciaremos a nossa aula abordando o papel social do tradutor. De acordo com o tradutólogo australiano Anthony Pym, o tradutor pertence a duas culturas diferentes e age como intermediário entre elas. Esta parece uma boa definição.
Os diversos estudos tradutológicos desenvolvidos ao longo da história da tradução detalham as diversas habilidades que o profissional desta área possui. Trata-se de habilidades linguísticas, idiomáticas e até diplomáticas, dentre outras.
O tradutor detém ainda a responsabilidade por aquilo que escreve. Trata-se da atuação deste agente transformador, sob a visão daquele que não apenas informa, mas que muitas vezes é responsável por modificar a sociedade através da tradução, ao valer-se de sua consciência social.
O tradutor coloca-se a serviço de dois idiomas; de maneira simples, ele deve compreender o primeiro e explicitar o segundo. Sua consciência, porém, deve ir além dos signos linguístico e dos recursos da tradução a serem empregados.
Qual a importância da observação da consciência social por parte do tradutor? Ele se apresenta como porta-voz dos problemas enfrentados por determinadas comunidades, através da linguagem eleita durante seu ofício.
Formação do tradutor no Brasil
Os estudos da tradução no Brasil, de modo geral, caracterizam-se por acentuada diversidade.
Essa diversidade de suas teorias e metodologias parece decorrer do fato de que a tradução, por ser talvez a única atividade de linguagem que atua na diferença entre línguas e culturas, constitui um terreno propício para inúmeros campos do saber — como a filosofia, a literatura, a psicologia, a antropologia, a etnografia e outros.
É preciso ressaltar que os estudos de tradução desenvolvidos no Brasil nos últimos dez anos apresentam uma considerável expansão no tocante à diversidade dos objetos investigados, das perspectivas e das metodologias
No Brasil, a tradução, situada na área de Letras, é muitas vezes considerada um complemento da formação e, consequentemente, não proporciona ao futuro profissional o instrumental de que precisa para exercer seu ofício, já que é restrita.
Não podemos dizer que os conhecimentos adquiridos no curso de Letras não sejam necessários à formação do tradutor, claro.
No entanto, é preciso que a tradução se articule com áreas e disciplinas da grade curricular de Letras e represente a interação entre teoria e prática, estimulando a autonomia e contribuindo assim para a formação crítica do tradutor.
Seria pretensão afirmar que a formação do tradutor deve basear-se somente no mercado de trabalho. E também dizer que o estudante de Letras está preparado para traduzir. É necessário, ratificando, integrar o ensino de tradução com o curso de Letras.
Qual é a dificuldade de um tradutor? Uma das maiores dificuldades do ofício é aclarar a complexidade do processo tradutório. Ainda se acredita que a tradução seja a substituição de palavras de uma língua para outra.
Embora os estudantes de Letras saibam que não é só isso, também não sabem com exatidão o que o processo de traduzir envolve. Isso justifica o crescimento de cursos na área.
Faz-se necessário explicar que uma tradução é uma possibilidade de comunicação entre duas macroculturas.
Remuneração e o mercado de trabalho
A profissão de tradutor é uma das boas opções no mundo globalizado em que vivemos. O mercado de tradução cresce devido ao intercâmbio entre culturas, países e empresas. Além disso, grande parte do acesso à literatura, cinema, teatro de culturas estrangeiras se dá através de traduções. Assim, torna-se evidente a importância do papel que o tradutor desempenha.
Hoje em dia, o tradutor pode trabalhar com textos de vários gêneros e modalidades, dentre os quais se incluem obras literárias e técnicas; filmes para cinema; televisão; manuais; documentos legais etc.
Por tudo isso, o ato de traduzir é estimulante, traz novos desafios a cada tradução. É uma profissão promissora: em um mundo com uma gama tão grande de informações, traduz-se com frequência.
O tradutor pode se inserir no mercado de trabalho de várias maneiras: pode trabalhar como autônomo, prestando serviços para empresas ou clientes diversos; pode ter vínculo empregatício com expoentes empresas ou agências de tradução; associar-se a colegas e criar uma cooperativa; ou pode, ainda, abrir sua própria empresa de tradução.
Há também a atividade do tradutor público e intérprete comercial, conhecido como tradutor juramentado. A tradução literária, para quem desejar iniciar a carreira em Literatura, é uma boa opção. Ao lado das ferramentas tradicionais do tradutor — dicionários e publicações —, nas últimas décadas a tecnologia provocou uma revolução na tradução, disponibilizando para o profissional recursos como programas, dicionários e glossários on-line atualizados e inúmeros sites para consulta.
O que você pensa sobre a remuneração dos profissionais de tradução? Visite o site do Sindicato dos Tradutores (SINTRA) e veja a tabela dos valores de referência praticados pela categoria nos diferentes tipos de trabalho.
A remuneração do tradutor com o reconhecimento da profissão pelo Ministério do Trabalho em 27 de setembro de 1988 vem se valorizando.
REFERÊNCIAS
ALBIR, Amparo H. Traducción y traductología: introducción a la traductología. Madrid: Cátedra, 2001.
______. La enseñanza de la traducción. Valencia: Universitad Jaume I, 1996.
______. Enseñar a traducir. Madrid: Edelsa, 1999.
RICOEUR, Paul. Sobre a tradução. Belo Horizonte: UFMG, 2012.
BASNETT, Susan. Estudos da tradução. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
YEBRA, Valentín G. Traducción: historia y teoría. Madri: Gredos, 1994.
Dicionários:
Diccionario panhispánico de dudas. Disponível em: http://buscon.rae.es/dpd/?key=cualquier&origen=REDPD.
Acesso em 10 dez. 2014.
Real Academia Española. Disponível em: http://www.rae.es/. Acesso em 10 dez. 2014.
Dicionários El Mundo. Disponível em: http://www.elmundo.es/diccionarios/. Acesso em 10 dez. 2014.
Dicionários Clave. Disponível em: http://clave.librosvivos.net. Acesso em 10 dez. 2014.
Dicionários online. Disponível em: http://www.dicionarios-online.com. Acesso em 10 dez. 2014.
COMPLEMENTOS:
O tradutor é um comunicador interlingual, um mediador de informação. O seu trabalho é deveras importante, principalmente numa sociedade como a nossa, tão marcada pela necessidade de uma contínua troca de informação. Numa sociedade de conhecimento, a comunicação torna-se imperativa e é inegável que nesta matéria, o papel do tradutor é crucial.
 
 Um tradutor profissional deverá ter uma razoável competência linguística em mais do que uma língua e deve, ao mesmo tempo, conhecer as culturas das línguas com que trabalha. Para além disso, o tradutor tem o dever de se actualizar constantemente e desenvolver esforços para conhecer o mundo que o rodeia.
 
 O tradutor deve também actualizar com frequência as ferramentas com que trabalha já que a tecnologia evolui a passos largos. Os desafios tecnológicos e os desafios da internacionalização tornam o tradutor um profissional que continua a aprender ao longo dos anos em que pratica a sua actividade. Além disso, deve apostar na especialização, demonstrando assim uma atitude activa e empreendedora.
 
 É sabido que a profissão da tradução ainda continua negligenciada. A aparente facilidade desta profissão faz com que certos conhecimentos linguísticos “qualifiquem” qualquer pessoa para traduzir. No entanto, o tradutor não é um apenas um profissional de línguas, mas também um descodificador de mensagens e um criador. A ideia do tradutor como sendo capaz de criar algo através das ideias de outrem é, sem dúvida, assaz encorajadora!
 
 Ver a tradução como uma actividade criativa reconhecida é um dos grandes objectivos dos tradutores. É, portanto, necessário que os tradutoresunam esforços no sentido de verem reconhecidos os seus direitos e valorizada a profissão que abraçaram.
O tradutor. Disponível em: http://web.letras.up.pt/traducao/index_files/Page618.htm. Acesso em 10 dez. 2014.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
A Tradução é uma actividade que requer a interpretação de um texto numa língua de partida para uma língua de chegada, criando assim um novo texto. Apesar de ser considerada por muitos uma tarefa fácil de concretizar, a verdade é que este processo de passagem de um texto numa língua para outra, é bastante complexo. Para traduzir, o profissional da tradução tem de interpretar o texto original e moldar o seu texto de modo que este continue fiel sem perder características importantes do original.
 
 Para Umberto Eco, traduzir é entender o sistema e estrutura de uma língua e, a partir do mesmo, construir um novo sistema que possa produzir no leitor efeitos semelhantes àqueles que o texto de partida produziu nos seus leitores. E isto não é, de todo, uma tarefa fácil até porque o tradutor tem de conhecer a cultura onde se insere o texto que vai traduzir, para assim poder adaptar o seu novo texto à cultura da língua para a qual está a traduzir.
 
 A tradução é, portanto, uma arte no sentido em que permite ao tradutor criar algo novo a partir das palavras de outra pessoa. A tradução não é, de forma alguma, uma actividade puramente mecânica. Assim, traduzir não se trata de veicular o sentido literal de um texto, mas de um complexo acto interpretativo. Porque as palavras existem dentro de um contexto, esse contexto tem de ser analisado e interpretado de modo a que as mensagens sejam veiculadas fidedignamente. Um tradutor, então, faz mais do que traduzir palavras. Ele traduz mensagens, veicula conteúdos.
 
 É por isso que aquele que traduz deve ter formação específica na área. Saber falar duas línguas não qualifica necessariamente alguém para traduzir. Assim, deve ficar bem claro que traduzir é uma tarefa árdua e morosa e requer uma grande fonte de paciência e profissionalismo.
A tradução. Disponível em: http://web.letras.up.pt/traducao/index_files/Page709.htm. Acesso em 10 dez. 2014.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
AULA 2 – TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO
Qual a diferença entre tradução e interpretação?
Frequentemente ouvimos falar em "tradução simultânea", "tradução juramentada", "tradução por computador", "interpretação simultânea", "interpretação consecutiva" e outras expressões cujo significado e uso não são claros ou corretos.
Iniciaremos com uma distinção básica:
- Tradução, traduzir e tradutor sempre deveriam ser utilizados quando o resultado imediato do trabalho for um texto escrito;
- Interpretação, interpretar e intérprete se referem ao trabalho cujo resultado imediato for um discurso feito oralmente.
Como vemos, já poderíamos descartar a expressão "tradução simultânea" por ser incorreta, (uma vez que o resultado é oral, e não escrito) embora o mercado em geral a utilize de forma indiscriminada no lugar de "interpretação simultânea", que é a expressão tecnicamente correta.
Tradução literária : Abrangeria romances, contos, crônicas, resenhas e tudo o mais que é considerado "literatura”.
Tradução técnica: Na tradução técnica, a originalidade do texto é mantida, sem perder o sentido no novo idioma em que foi escrito. A qualidade deste tipo de tradução está nos detalhes, na linguagem atualizada e coerente.
Tradução juramentada : Aquela que, devido à sua natureza legal, precisa ser feita por um tradutor público oficial (esta é a denominação correta do que comumente se conhece como tradutor juramentado).
Muitas críticas se fazem às traduções para dublagem e legendagem no Brasil e, claro, aos profissionais de tradução.
Todo mundo tem uma história para contar de um erro ou outro que já viu em um filme. Existe uma longa discussão em curso sobre os prós e contras dessas duas técnicas bastante diferentes.
Legendagem - Na legendagem, há dois limites básicos: o número de caracteres que cabem na tela e o tempo de leitura necessário, proporcional ao número de caracteres. E o segundo se impõe, permitindo que o espectador disfrute dos diálogos originais. Além do mais, é mais rápida do que a dublagem. Por outro lado, nem todo mundo gosta de assistir a um bom filme com legenda, que é considerada um elemento de distração.
Dublagem - Já na dublagem, há que se respeitar a métrica , o movimento labial e a interpretação dos atores. Neste caso, o texto vai ser dito de um modo que seja muito natural. O que é um dos obstáculos no processo de dublagem.
É comum no Brasil dizer que tradução é da outra língua para português, sendo versão o contrário.
 
O Aurélio traz como significado para versão: tradução literal dum texto; tradução, não explicitando de qual para qual língua. Para confundir o uso popular, ouvimos no fim dos filmes dublados: "Versão ..." ou algo do tipo. Para não correr o risco, use "tradução de" ou "tradução para".
SIMULTÂNEA: Em uma cabine à prova de som, o intérprete ouve pelos fones de ouvido o que é dito em um idioma e, por meio de microfones ligados aos receptores dos participantes, transmite as palavras do orador na outra língua.
É a modalidade de interpretação mais usada em grandes congressos, por não interferir na duração do evento, ou para reuniões menores com o uso de equipamento portátil. Sua desvantagem está na necessidade de equipamentos especiais (cabine, fones, transmissores etc.). Requer uma habilidade específica, bastante treinamento e, obviamente, excelente conhecimento das duas línguas.
CONSECUTIVA: O intérprete senta-se à mesa de conferências para poder ver e ouvir perfeitamente o que se passa ao seu redor. Enquanto um participante fala, o tradutor toma notas para, a intervalos de até cinco minutos, fazer a interpretação para outro idioma. 
Esta modalidade faz com que a duração do evento seja prolongada; portanto, sua utilização é recomendada apenas para reuniões de curta duração. Costumamos dizer que é a modalidade que consegue desagradar a todos, pois quem entende o orador precisa ouvir o intérprete repetindo na outra língua, e quem não o entende só o faz através do intérprete.
INTERMITENTE: Interpretação feita sentença por sentença e, geralmente, utilizada em reuniões de curta duração.
Simultânea de cochicho ("chuchotage"): Interpretação simultânea feita para, no máximo, duas pessoas, sem o uso de equipamentos de som para tradução simultânea.
Exige do profissional maior concentração no que está sendo dito pelo orador. Algumas vezes, é a forma utilizada por intérpretes presidenciais, que ficam ao lado e atrás da autoridade fazendo a interpretação da forma mais discreta possível.
ACOMPANHAMENTO: Interpretação feita para turistas ou técnicos em visitas a fábricas e escritórios. Dependendo do número de participantes, recomenda-se a utilização de equipamento portátil para tradução simultânea.
Assinale a resposta correta: 
a) A dublagem preserva a obra original.
b) A legenda requer menos atenção nas cenas do quem assite a dublagem.
c) A legenda possibilita dedicação total às cenas do filme.
d) A dublagem não modifica a obra cinematográfica.
De acordo com o que vimos, qual a diferença entre TRADUÇÃO e INTERPRETAÇÃO?
a) Não existe diferença entre tradutor e intérprete.
b) O tradutor escreve as traduções e o intérprete limita-se a traduzir a obra oralmente.
c) Os tradutores não fornecem uma tradução palavra por palavra. Os intérpretes geralmente trabalham com documentos escritos.
d) O intérprete transmite mensagens faladas de uma língua para outra. O tradutor é um facilitador entre o falante e o ouvinte.
e) O tradutor atua em congressos, reuniões, aulas etc. O intérprete trabalhacom texto escrito.
3. Uma das atividades mais bem pagas da área de tradução. O material traduzido tem valor de documento e é reconhecido pela Justiça. Esse tipo de tradução tem fé pública e credibilidade. Qual é a modalidade de tradução citada?
a) Tradução técnica
b) Tradução literária
c) Tradução juramentada
d) Tradução científica
e) Simultânea
4. Qual é a característica principal da área da tradução técnica?
a) Vocabulário complexo
b) Sólida experiência em tradução técnica
c) Precisão terminológica
d) Clareza
5. Há que se respeitar a métrica, o movimento labial e a interpretação dos atores. Nesse caso, o texto vai ser dito de um modo que precisa ser muito natural. A qual tipo de tradução se refere?
a) Tradução técnica 
b) Tradução literária 
c) Tradução cientifica 
d) Dublagem 
e) Legendagem
6. O principal problema é causado pela diferença entre a velocidade da língua falada e a velocidade da leitura. Uma transcrição completa do roteiro original não é possível. Qual é a modalidade de tradução mencionada?
a) Tradução simultânea 
b) Tradução juramentada
c) Legendagem 
d) Dublagem 
e) Tradução literal
7. Assinale a alternativa correta:
a) A modalidade simultânea é a mais utilizada atualmente. Nesta modalidade, os intérpretes trabalham isolados numa cabine com vidro, recebendo o discurso por meio de fones de ouvido.
b) A modalidade consecutiva não é utilizada por profissionais em eventos de caráter internacional.
c) A modalidade intermitente é mais vista em reuniões nas quais se pede a uma pessoa que fala as duas línguas, sem qualquer treino em interpretação, para que traduza o que outra pessoa está dizendo.
d) A modalidade acompanhamento é utilizada por intérpretes presidenciais, que ficam ao lado e atrás da autoridade fazendo a interpretação da forma mais discreta possível.
e) A modalidade simultânea de cochicho é feita para turistas ou técnicos em visitas a fábricas e escritórios.
8. De acordo com o que estudamos, qual a principal diferença entre o tradutor e o intérprete?
a) O intérprete precisa ter habilidades como uma memória excelente e rapidez. Já o tradutor não.
b) O tradutor trabalha com textos escritos e o intérprete com discursos orais.
c) O intérprete lê e estuda o texto original e o tradutor transpõe um discurso oral emitido em uma língua para outra língua.
d) O tradutor dispõe de várias modalidades para desempenhar o seu trabalho. Já o intérprete não dispõe de nenhuma modalidade.
e) O tradutor tem a responsabilidade de conhecer profundamente as duas línguas envolvidas no processo de tradução. Já o intérprete só precisa ter a clareza do que ouve para interpretar corretamente
9. Quem adapta o nome de filmes estrangeiros para o mercado brasileiro é o departamento de Marketing das distribuidoras. Na maioria das vezes, os títulos causam estranheza e confusão. Qual o principal erro nas adaptações?
a) A tentativa de fazer tradução literal.
b) Focar somente na comercialização do filme.
c) Falta de conhecimento cultural da língua-alvo.
d) A tentativa de realizar a tradução simultânea.
e) Despreparo dos profissionais.
0. De acordo com o escritor, tradutor e blogueiro Alex Castro, qualquer tradução (legendagem/ dublagem), por mais bem-feita que seja, sempre acaba distorcendo o texto original. Qual o procedimento de tradução que oferece menos mudança em relação ao texto original?
a) Tradução literal
b) Tradução simultânea
c) Tradução técnica
d) Legendagem
e) Dublagem
11. Assinale a alternativa correta:
a) A desvantagem da dublagem é permitir a sobreposição de diálogos.
b) A legendagem tem um custo maior sobre a dublagem.
c) A desvantagem da legendagem é manter o áudio original.
d) A legendagem propicia uma conclusão mais rápida.
e) A dublagem não adequada para crianças e semianalfabetos.
REFERÊNCIAS
RICOEUR, Paul. Sobre a tradução. Belo Horizonte: UFMG, 2012.
BARBOSA, Heloisa Gonçalves. Procedimentos técnicos da tradução: uma nova proposta. 2. ed. Campinas: Pontes, 2004.
ARROJO, R. Oficina de tradução:. Madrid: Edelsa, 1999.
RICOEUR, Paul. Sobre a tradução a teoria na prática. São Paulo: Ática, 1986.
EXPLORE
A interpretação e suas diferentes modalidades. Disponível em:
http://tradutorlegendagem.blogspot.com.br/2010/12/interpretacao-e-suas-diferentes.html. Acesso em 12 jan. 2015.
Novamente a discussão sobre dublagem x legendagem. Disponível em:
http://artedatraducao.blogspot.com.br/2014/04/novamente-discussao-sobre-dublagem-x.html. Acesso em 12 jan. 2015.
Diccionario panhispánico de dudas. Disponível em:
http://buscon.rae.es/dpd/?key=cualquier&origen=REDPD. Acesso em 12 jan. 2015.
AULA 3 – TEORIAS DA TRADUÇÃO
A história da teoria da tradução começa no Império Romano e no Renascimento. Nesses dois períodos, a tradução era vista como uma exploração rigorosa da original para acentuar as dimensões estéticas e linguísticas de sua própria língua.
Então, tradutores e escritores, através de mudanças, no século XVIII, começaram a ver outras línguas como iguais e não como formas inferiores de expressão, em comparação com suas próprias línguas.
Na América, a profissão de tradutor e intérprete é bastante antiga. Chegou com Cristóvão Colombo, há 500 anos, e surgiu da necessidade de comunicação com os nativos das terras recém-descobertas. O tradutor deve conhecer, em profundidade, a teoria da tradução que, através de seus aspectos técnicos, permitirá que ele tenha um melhor desempenho na prática tradutória.
Os principais conceitos relacionados aos estudos da tradução são: língua e cultura, equivalência, perdas e ganhos, intraduzibilidade, originalidade, fidelidade, tradução livre e literal.
Língua e cultura
A língua e a cultura são fatores dominantes que fazem da tradução uma atividade intelectual tão indispensável quanto difícil. A apropriação de uma língua estrangeira é uma experiência muito densa e profunda, pois pressupõe a apropriação de sentidos.
Os profissionais de tradução têm a responsabilidade de levar a diversas culturas textos de autores variados, com sentidos múltiplos dentro de um contexto determinado, com o cuidado de, ao traduzir a língua, não mudar os sentidos.
É através da inter-relação entre língua e cultura que esclarecemos o problema da significação e encontramos soluções, conduzindo-nos à tradução intercultural.
Equivalência
A noção de equivalência é partilhada pelos linguistas e teóricos da tradução. Os linguistas a associam à língua enquanto sistema e estudam suas diferentes estruturas e funções.
Já os teóricos da tradução põem a equivalência no plano do discurso  e a percebem como resultado da interação entre o tradutor e seu texto. Desse modo, a operação tradutória é considerada um processo dinâmico de produção, e não um simples processo de substituição de estruturas ou de unidades preexistentes em uma língua por aquelas de outra língua. A equivalência ideal seria, portanto, aquela que, em uma situação de assimetria, permitiria ao texto de chegada funcionar ou ter uma utilidade, uma finalidade prática na cultura receptora da tradução.
Perdas e ganhos
As análises de traduções efetuadas pelos críticos geralmente avaliam o grau de perdas e ganhos alcançado pelo tradutor. Isso se explica em razão da inviabilidade de realizar uma tradução perfeita, pois assim estabelece-se um processo de negociação que visa ser o mais compensatório possível.
O tradutor deve saber compensar as perdas nos lugares mais adequados.
Intraduzibilidade
A intraduzibilidade é a peculiaridade de um texto ou de uma expressão numa determinada língua para os quais não se pode encontrar um texto ou expressão equivalente em outro idioma.
As dificuldades de traduzir podem estar presentes em todos os tipos de textos e situações: literário, técnico, nomes próprios, gírias ou na terminologia de certas profissões. Cabe ao tradutor experiente reconhecer as palavras ou expressõesintraduzíveis e utilizar técnicas e procedimentos que permitam preencher essas lacunas.
Originalidade
Um texto “original” é um texto inédito, diferente, que não se iguala a nenhum outro. Se pensarmos assim, a fidelidade a um original consiste justamente em não escrever esse original.
A tradução não deve se vista como cópia do original, mas como uma relação entre duas línguas. O tradutor, deste modo, não é fiel ao texto original, mas sim ao que considera ser o texto original, a partir de sua visão e do contexto no ato tradutório.
Fidelidade
Até a primeira metade do século XX, a concepção de fidelidade na tradução era pautada na crença de equivalências entre os dois textos e as duas culturas em contato. A concepção sobre o tradutor e a tradução escrita estava associada à imitação do texto de partida e ao respeito ao seu autor.
Cabe ao tradutor pensar no que está traduzindo, para quê e para quem, estabelecendo assim um caminho: o tradutor será fiel às suas escolhas e à sua visão de mundo.
Tradução livre e literal
É importante ressaltarmos que, ao longo da história da tradução, os conceitos de livre e literal não são descritos da mesma forma.
A tradução literal é compreendida como a tradução palavra por palavra, ao passo que a tradução livre é vista como tradução sentido por sentido.
Não há, assim, correspondência entre essas expressões. Tampouco podemos associá-las à noção de fidelidade a um dos lados dessa oposição: em determinados textos, privilegia-se a “literalidade”, em outros se considera o “sentido”.
Abordagens da tradução
Abordagem Linguística
Enfatiza a descrição e comparação de línguas, portanto utiliza a gramática tradicional e efetua comparações de âmbito lexical , morfológicos e sintáticos.
Em contrapartida, os estudos semânticos e semióticos dão ênfase ao contexto situacional. Os estudos textuais caracterizam a tradução como operação textual ou intratextual , utilizando os mecanismos de coesão e coerência.
Abordagem Psicolinguística
São estudos que se centram na análise dos processos mentais que efetua o tradutor, conhecidos também como teoria interpretativa ou de sentido.
Abordagem Cultural
Os enfoques socioculturais ou interculturais estudam a equivalência cultural tanto na língua de partida, como na língua de chegada no ato da tradução.
REFERÊNCIAS
ARROJO, R.1986. Oficina de tradução: a teoria na prática. São Paulo: Ática.
BENJAMIN, Walter. A tarefa do tradutor. Belo Horizonte: Fale/UFMG, 2008.
RICOEUR, Paul. Sobre a tradução. Belo Horizonte: UFMG, 2012.
EXPLORE
La traductología: linguística y traductología, da autora Amparo Hurtado Albir.
Disponível em: http://campus.unibo.it/29260/1/Teoria_Traduzione_A.Hurtado.pdf.
Acesso em 16 jan. 2015.
Abordagens teóricas.
Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/27073/mod_resource/content/1/Hurtado.pdf.
Acesso em 16 jan. 2015.
Assista ao vídeo Entrelinhas – Tradutores.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0LuS_2bDcB4.
Acesso em 16 jan. 2015.
AULA 4
Formas de tratamento e seus usos
Tú ou usted? ¿Tutear ou vosear? Ustedes ou vosotros?
O estudo das formas pronominais de tratamento pautado no contexto e nos fatores socioculturais pode contribuir para dissipar dúvidas frequentes quanto à maneira ideal de referir-se ao interlocutor.
O que se observa a partir da perspectiva do brasileiro aprendiz de espanhol é que a escolha do pronome adequado para tratar a pessoa com quem se fala gera dúvidas e insegurança.
Isso ocorre por diversas razões: primeiramente, impõe-se a distinção entre “formal” e “informal”, relacionada a noções de cortesia, confiança, respeito, intimidade, relações de poder/ status/ solidariedade etc.
No contexto brasileiro, devido a fatores culturais, essas noções não mantêm necessariamente a mesma correspondência com o universo hispânico e não condicionam de modo igual o emprego de você (s), o(s) senhor(es), a(s) senhora(s).
Assim, torna-se difícil delimitar com segurança as circunstâncias que regem um trato de formalidade ou informalidade em relação ao interlocutor, tendo como parâmetro apenas uma breve descrição de situações ou somente as normas gramaticais – que muitas vezes entram em conflito com os usos concretos.
Segundo Briones, Flavian e Fernández (2003):
De manera general, en español usamos el pronombre tú cuando hay confianza o intimidad entre los hablantes; es un tratamiento informal que corresponde a “você” en portugués.
En cambio, cuando se trata de personas desconocidas o entre las cuales hay una distancia jerárquica o de edad, usamos usted, que corresponde al tratamiento formal y es equivalente a las formas “o senhor/ a senhora” en português.
O vos deixa de representar, no latim, apenas a forma de se referir a mais de um interlocutor (a segunda pessoa plural – formal ou informal), e passa a ser usada como pronome de tratamento formal para a segunda pessoa singular.
No espanhol, enquanto o vos ainda era usado como forma de cortesia, começa a aparecer, no século XIV, uma nova forma de tratamento: o vuestra merced, também usada cordialmente para se referir ao interlocutor.
Observa-se que o tratamento vos não está presente em todas as variedades do espanhol. Esta forma, utilizada no espanhol medieval no lugar do tú, persistiu em algumas regiões hispânicas, a saber: América Central e Região do Rio da Prata.
O voseo - fenômeno linguístico marcado pela substituição do tú por vos - afeta, sobretudo, o sistema verbal, apresentando conjugações especiais em alguns tempos e modos verbais.
O presente do indicativo, por exemplo, é construído a partir da conjugação de segunda pessoa plural (vosotros):
(1) Vosotros sois buenos estudiantes. (2ª pessoa plural – informal)
(2) “Vos sos buen estudiante.” (2ª pessoa singular – informal)
(3) “¿Vosotros estáis nerviosos?” (2ª pessoa plural – formal )
(4) “¿Vos estás nervioso? (2ª pessoa singular – informal)
É importante destacar que, em geral, o vos e o tú denotam proximidade e/ou intimidade entre os interlocutores.
O que distingue ambas as formas é a questão regional: enquanto o vos é usado na América Central e na Região do Rio da Prata, bem como em certas regiões de Andaluzia, nos demais contextos hispânicos emprega-se o tú.
Ressaltamos que, apesar das diversas variações desse idioma, recorrentes da diversidade geográfica e sociocultural, o usted está presente em todo o território hispânico.
No Português, ainda que haja menção a possíveis diferenças estilísticas entre tu e você, seriam necessários estudos mais aprofundados que contemplasse diferentes territórios brasileiros a fim de confirmar tal hipótese e retificar (ou não) a tese de que a variação tu/ você depende, especialmente, do aspecto geográfico.
Vale lembrar que é recorrente o uso do tratamento tu acompanhado da conjugação em terceira pessoa do singular, bem como o uso da forma você acompanhada de clíticos e possessivos relativos à segunda pessoa do singular (ex.: ‘Você trouxe o teu talão de cheque?’).
No que diz respeito ao espanhol, observa-se que o aspecto social e/ou estilístico é bem marcado no uso das formas de tratamento de segunda pessoa.
No entanto, o paradigma pronominal — no que se refere à segunda pessoa do singular — não é coincidente em todo o território hispânico.
Os estudos mostram que a Espanha e boa parte da América Hispânica é tuteante, ou seja, usam a forma tú em situações informais, e a forma usted em situações formais.
Aspectos contrastivos no emprego de pronomes
Pronomes sujeito
Podemos notar que no português brasileiro o uso do pronome pessoal na função de sujeito ocorre com frequência. Um dos motivos para tal é que os morfemas verbais de número e pessoa, em muitos casos da língua falada, tendem a convergir e, muitas vezes, podem não ser suficientes para diferenciar o pronome pessoal que representa o sujeito.
Por exemplo:
a) Você foi lá e acabou com a festa.b) Ele foi lá e acabou com a festa.
c) Nós foi lá e acabou com a festa.
d) Nós fomos lá e acabamos com a festa.
e) Eles foi lá e acabou com a festa.
f) Eles foram lá e acabaram com a festa.
De modo distinto, na língua espanhola o uso de pronomes pessoais do caso reto, na função de sujeito, é predominantemente nulo.
Nos exemplos a seguir, podemos notar que o sujeito nulo não interfere no entendimento das frases; ao contrário, no espanhol são normalmente ditas e escritas, sem necessidade de redundância, conforme segue:
a) He vendido mi coche, hoy por la mañana.
b) Siempre viajamos en tren, desde Madrid a Santiago.
c) Eres muy amable.
d) Sabían mucho sobre la cultura española.
Pronomes complementos
Em determinadas circunstâncias, a colocação, especialmente na língua escrita, é ligeiramente diferente em espanhol e português.
Em espanhol, as regras são fixas e idênticas, tanto na língua escrita como na língua falada. Ou seja, não se admite colocar o pronome antes ou depois do verbo como na língua portuguesa, e nas perífrases verbais, admite-se o pronome entre o verbo principal e o infinitivo ou gerúndio, o que não acontece em espanhol.
Outra particularidade é a tendência, em português, em omitir na linguagem oral os pronomes em função de complemento e na linguagem escrita, mantê-los.
Pronomes na função de objeto direto e indireto
Em espanhol, o uso dos pronomes em função de objeto direto e indireto é obrigatório quando fazem referência a palavras que já foram mencionadas antes e evitar assim a sua repetição. Em espanhol, ao contrário do português, é muito frequente a presença simultânea dos dois pronomes complementos.
Exemplos: na frase “Você entregou a caixinha para o João, hoje?”, no português é possível encontrar quatro respostas negativas a seguir.
(1) Não. Eu não entreguei.
(2) Não. Eu não entreguei ela.
(3) Não. Eu não a entreguei.
(4) Não. Eu não lhe entreguei.
As formas (1) como o complemento nulo e a (2) com o uso do pronome do caso reto em função de complemento são as mais utilizadas.
De maneira diferente, no espanhol, as formas (1) e (2) não seriam entendidas, pois faltaria a correferencialidade na frase (1) e na frase (2) a correferencialidade não seria efetuada com o pronome do caso reto.
Assim, para a mesma frase, em espanhol, teríamos uma única possibilidade de resposta, na qual o pronome se faz a correferencialidade com Juan (objeto indireto) e la a faz com cajita (objeto direto), segundo o exemplo:
¿Has entregado la cajita a Juan? No. No se la he entregado.
Podemos notar ainda os seguintes exemplos, de uso obrigatório, no espanhol, dos pronomes na função de objetos direto e indireto, ao passo que no português, em geral, seriam omitidos ou representados pelo reto:
(1) ¿Terminaste el trabajo de ayer?
(2) Sí, lo terminé.
(3) A Juan, lo he visto en la fiesta.
Traduzindo ao português, o diálogo ficaria com três possibilidades de respostas:
- Você terminou o trabalho de ontem?
- Sim, eu terminei.
- Sim, eu o terminei.
- Sim, terminei ele.
De modo parecido, a tradução da frase (3) ao português terá três possibilidades de resposta:
O João, eu vi na festa.
O João, eu vi ele na festa.
O João, eu o vi na festa.
Concluímos então que no espanhol, as combinações dos pronomes de objeto direto e indireto são necessárias, porém poucas vezes usadas no português. Nota-se também que, no espanhol, os pronomes objeto direto le e les se transformam em se em contato com la, lo, las, los.
Exemplo: Se la ofrecí.
Construções reflexivas
Como contraste de uso dos pronomes no português e no espanhol, temos ainda os usos que se dão como construções próprias na língua espanhola e na língua portuguesa. No caso das frases reflexivas próprias, em espanhol, temos, por exemplo:
(1) María se cree una diosa.
(2) María se lava las manos.
(3) María se operó el tobillo.
(4) Se me rompió la pierna.
Na frase (1), uma reflexiva própria direta, seria equivalente ao português “Maria se considera uma deusa” e, neste caso, o contraste não se dá pelo pronome, porém pelo verbo, ou seja, o verbo creer em espanhol assume outro sentido semântico, outro vínculo de coesão, ao se unir ao pronome se de forma reflexiva.
Assim, o verbo creerse é diferente de creer. No caso da frase (2), uma forma equivalente no português seria: “Maria lava (suas) mãos”. Na frase (3): “Maria operou o tornozelo” e da frase (4): “Eu quebrei a perna” ou “Eu quebrei minha perna”.
Nesses casos em que as partes do corpo do sujeito são complementos da oração, em português, diferentemente do espanhol, não se usam os pronomes reflexivos, pois a correferencialidade se dá, em geral, por um pronome possessivo ou pela omissão de qualquer pronome, dado que o sujeito está explícito.
Outra diferença se dá no uso de duplicações obrigatórias de pronomes na língua espanhola, que ocorre quando o objeto direto ou indireto é um pronome preposicionado.
Por exemplo:
A ti también podría llamarte.
No es necesario explicaros eso a vosotros.
As duplicações também ocorrem quando o objeto direto ou indireto ocorre antes do verbo, como por exemplo:
Los espejos debo ajustarlos antes de nada.
A los amigos siempre les digo la verdad.
Assim, as diferenças nos empregos pronominais não se resumem apenas ao pronome sujeito e aos pronomes objeto direto e indireto. Há também diferenças entre os usos de pronomes reflexivos.
REFERÊNCIAS
ANDIÓN HERRERO, Maria Antonieta. Variedades del español de América: una lengua y diecinueve países. Brasília: Embajada de España – Consejería de Educación, 2004.
BRIONES, Ana Isabel; FLAVIAN, Eugenia; ERES FERNÁNDEZ, Gretel. Español ahora. São Paulo: Moderna, 2003.
MORENO, Concha; ERES FERNÁNDEZ, Gretel. Gramática contrastiva del español para brasileños. SGEL, Madrid, 2007.
EXPLORE
Vea los siguientes videos:
Puesto 1 – Usted, vos, tú.
Disponible en:
https://www.youtube.com/watch?v=B800mi385mw.
Acceso en 9 feb. 2015.
Pronombres complemento.
Disponible en:
https://www.youtube.com/watch?v=HQO-O0nqmWM.
Acceso en 9 feb. 2015.
Lea:
El tratamiento (las formas de cortesía en español: tú y usted).
Disponible en:
http://eljuego.free.fr/Actos_de_palabra/tratamiento/tratamiento.htm.
Acceso en 9 feb. 2015.
Los pronombres.
Disponible en:
http://eljuego.free.fr/Fichas_gramatica/FG_pronombres.htm#21.
Acceso en 9 feb. 2015.
AULA 5 – ANÁLISE CONTRASTIVA ENTRE PORTUGUES E ESPANHOL
Os verbos reflexivos são mais frequentes em espanhol do que em Português, especialmente nas ações relacionadas às partes do corpo.
Esses verbos expressam uma ação praticada e recebida pelo sujeito.
Eles conjugam-se com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, os, se.
No infinitivo, aparecem sempre acompanhados do pronome se, constituindo uma só palavra (lastimarse, vestirse etc.).
Veja um exemplo: María se lamenta.
Analise as opções abaixo e relacione, evidenciando a forma correta de empregar as formas átonas dos versos reflexivos:
a) Complemento Direto;
b) Expressão de Involuntariedade;
c) Conjugação de Verbos Reflexivos.
1. ( B ) No nos llames tan tarde;
2. ( C ) Se me rompió la taza;
3. ( A ) Mañana me despierto a las diez.
REFERÊNCIAS
BRIONES, Ana Isabel. Dificultades de la traducción portugués: español vistas a través de la lingüística contrastiva. Actas del IX Congreso Brasileño de Profesores de Español, 2000.
MARRONE, C.S. Portugués – español: aspectos comparativos. São Paulo: Editora do Brasil, 1990.
MORENO, Concha; ERES FERNÁNDEZ, Gretel. Gramática contrastiva del español para brasileños. SGEL, Madrid, 2007.
AULAS 6 A 10 ANÁLISE CONSTRATIVA PORTUGUÊS ESPANHOL
�PAGE �
�PAGE �11�

Outros materiais