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RESUMO DE MICROBIOLOGIA

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CONTEÚDO DE MICROBIOLOGIA – 1ª PROVA
INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA BUCAL 
- Sedillot em 1878 foi responsável pela definição de micróbio.
- Primeiros microorganismos: 3,5 – 3,8 bilhões de anos atrás. 
- Microbiologia é definida como a área da ciência que dedica-se ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao microscópio. Com base neste conceito, a microbiologia aborda um vasto e diverso grupo de organismos unicelulares de dimensões reduzidas, que podem ser encontrados como células isoladas ou agrupados em diferentes arranjos. Assim, a microbiologia envolve o estudo de organismos procarióticos (bactérias), eucarióticos (algas, fungos) e também seres acelulares (vírus). É a ciência que estuda os microrganismos e suas atividades, seu metabolismo, crescimento, morfologia, comportamento, etc.
HISTÓRICO 
- Esta área do conhecimento teve seu início com os relatos de Robert Hooke e Antony van Leeuwenhoek, que desenvolveram microscópios que possibilitaram as primeiras observações de bactérias e outros microrganismos a partir da análise de diversos espécimes biológicos. 
- Embora van Leeuwenhoek seja considerado o "pai" da microbiologia, os relatos de Hooke, descrevendo a estrutura de um bolor, foram publicados anteriormente aos de Leeuwenhoek. 
- Assim, embora Leeuwnhoek tenha fornecido importantes informações sobre a morfologia bacteriana, estes dois pesquisadores devem ser considerados como pioneiros nesta ciência. 
- Povos antigos usavam a fermentação sem conhecimento de que era, para: vinho (Grécia), shoyu (China), sakê (Japão) etc. Utilizava-se também o fungo de modo terapêutico. 
- Hoje sabe-se que grande parte dos microrganismos vive em comunidades na natureza, compostas muitas vezes por inúmeros gêneros e espécies distintos, que cooperam entre si, como em uma cidade microbiana. Tais associações são denominadas biofilmes e exercem importantes atividades em nosso planeta.
- Pasteur descobriu a causa de vinho -> vinagre (fungos). É considerado o pai da microbiologia moderna. Estabeleceu a primeira teoria microbiotica da fermentação (pasteurização). 
- Microbiologia bucal é muito importante para os estudos de microorganismos associados ã biofilme, carie dental e doenças periodontais. Além de estudos de abordagem preventiva.
MORFOLOGIA BACTERIANA
Bactérias arredondadas: cocos (podem ter formato de gota, rim ou oval) 
Bactérias alongadas: bastonetes ou bacilos
Bactérias onduladas ou helicoidais: espirilos, espiroquetas e vibriões
Espirilo x Espiroqueta 
A espiroqueta apresenta um filamento axial, diferentemente do espirilo. Este filamento (flagelo interno) permite à ela um movimento de saca-rolha. Muitas vezes essas bactérias entram ativamente na pele devido a essa propriedade de contorção. Além disso, a espiroqueta apresenta maior numero de ondulações em relação ao espirilo. 
*as bactérias formam grupos, dependendo do plano de divisão. 
-> COCOS: streptococos, diptococos... Sendo diptococos geralmente duplas de “gotas ou rins”
- embora o pneumococo seja um diptococo, o nome cientifico dele é streptococcus pneumoniae. 
- um exemplo de streptococos (cocos dispostos em cadeia) é o streptococcus mutans, um dos agentes etiológicos da cárie. 
- estrafilococos: cachos de uva.
- tétrade: quatro bolinhas.
- sarcinas: oito bolinhas.
-> BACILOS: streptobacilos, diplobacilos, cocobacilos, letras chinesas, paliçado (tuberculose) e globia (lepra).
- 
Classificação de acordo com a distribuição dos flagelos: 
UNIDADES DE MEDIDAS: 
Micrômetro = µm = 0,001mm ou 10-3mm
Nanômetro = nm = 0,001µm ou 10-6mm
Angström = Å = 0,1nm ou 10-7mm
*impacto dos microorganismos nas atividades humanas: agricultura (ciclo de nutrientes), alimentos (fermentação, armazenamento, aditivos alimentícios), criação de animais, doenças (identificação de novas doenças, tratamento, cura, prevenção), energia/meio ambiente (biocombustíveis, biorremediação e mineração microbiana) e biotecnologia (terapia gênica e fabricação de fármacos). 
PLEOMÓRFICAS 
São bactérias sem parede e justamente por isso não têm forma definida ORIGINALMENTE
Não se enquadram em cocos, bacilos, espirilos, etc.
Nunca tiveram forma definida, independe das condições do meio.
Exemplos: Haemophilus, Mycoplasma, Proteus, Chlamydia e o bacilo diftérico. 
ESTRUTURAS ESSENCIAIS DAS BACTÉRIAS: Parede Celular, Membrana Citoplasmática, Citoplasma, Nucleóide, Ribossomos (são constantes e invariáveis – sempre presentes).
ESTRUTURAS FACULTATIVAS DAS BACTÉRIAS: Flagelos, Fímbrias, Cápsula, Esporos, Granulações, Plasmídeos.
CÁPSULA x MEMBRANA
A cápsula garante maior resistência física e química aos microorganismos, dificulta a fagocitose e a entrada de remédios. Exemplo de bactéria encapsulada: streptococcus pneumoniae.
PAREDE CELULAR
- estrutura que da forma à bactéria. 
- rígida, inelástica, porém deformável (como plástico).
- funções: forma, resistência a choques (mecânicos e osmóticos), sítio de adsorção de vírus, divisão bacteriana em dois grupos (gram – e gram +) determina a especificidade antigênica. 
- composição: peptidoglicano. É um polímero cujo principais unidades são: tetrapeptídeo (Alanina, Glutamato, Lisina e Glicina), n-acetilglucosamina e acido murâmico. Sendo quem liga todos juntos a n-acetilglucosamina.
- é graças à parede celular que as bactérias são capazes de suportar intensas profundidades maritmas e serem cosmopolitas.
- lisozima rompe uma das ligações da parede celular, quebrando a bactéria. A penicilina (fungo) também quebra uma das ligações de sua composição. 
- parede celular = saco murâmico
As bactérias contidas no esfregaço podem ser classificadas como Gram-positivas (aproximadamente de cor roxa) ou Gram-negativas (aproximadamente de cor vermelha), isto dependerá da parede celular da bactéria. Se for estruturalmente simples a coloração será positiva, se for estruturalmente complexa a coloração será então negativa.
Existe um protocolo que se segue para fazer a coração de um esfregaço, com etapas bem definidas e com misturas de substâncias (solução de cristal violeta; solução de lugol (iodeto de potássio - KI); solução de safranina e solução de álcool) que resultarão na coloração positiva ou negativa.
Esta coloração permite distinguir os mais variados tipos de bactérias e que tipo de parede celular elas tem (se mais simples ou mais complexas, com mais ou menos peptideoglicanos – principal componente da parede celular bacteriana). As bactérias que descorarem quando submetidas à umsolvente orgânico são Gram-negativas, e as que permanecerem coradas mesmo quando em contato com o solvente são denominadas Gram-positivas.
Estas bactérias de diferentes colorações tem também graus diferentes de virulência. As Gram-negativas, por exemplo, são constituídas por uma endotoxina denominada LPS (lipopolissacarídeo), que é causadora da patogenicidade. Já as Gram-positivas possuem a exotoxina rica em ácido lipoprotéico que confere aderência à bactéria.
A técnica de Gram, também conhecida como coloração de Gram, é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853-1938), em 1884, o qual permite diferenciar bactérias com diferentes estruturas de parede celular a partir das colorações que estas adquirem após tratamento com agentes químicos específicos. O método consiste em tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentescristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. As bactéricas que adquirem a coloração azul violeta são chamadas deGram-positivas e aquelas que adquirem a coloração vermelho são chamadas de Gram-negativas.
O método da coloração de Gram é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias Gram-positivas de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento com etanol-acetona enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-negativas não o fazem. 
A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados em laboratóriosde microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias. A técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis.
O método consiste no tratamento de uma amostra de uma cultura bacteriana crescida em meio sólido ou líquido, com um corante primário, o cristal violeta, seguido de tratamento com um fixador, o lugol. Tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-negativas absorvem de maneira idêntica o corante primário e o fixador, adquirindo uma coloração violeta devido à formação de um complexo cristal violeta-iodo, insolúvel, em seus citoplasmas. Segue-se um tratamento com um solvente orgânico, o etanol-acetona (1:1 v:v). O solvente dissolve a porção lipídica das membranas externas das bactérias Gram-negativas e o complexo cristal violeta-iodo é removido, descorando as células. Por outro lado, o solvente desidrata as espessas paredes celulares das bactérias Gram-positivas e provoca a contração dos poros do peptidoglicano, tornando-as impermeáveis ao complexo; o corante primário é retido e as células permanecem coradas. A etapa da descoloração é crítica, pois a exposição prolongada ao solvente provoca a remoção do cristal violeta dos dois tipos de bactérias, podendo produzir resultados falsos. A retenção ou não do corante primário é, portanto, dependente das propriedades físicas e químicas das paredes celulares bacterianas tais como espessura, densidade, porosidade e integridade.
Em seguida, a amostra é tratada com um corante secundário, a fucsina básica. Ao microscópio, as células Gram-positivas aparecerão coradas em violeta escuro e as Gram-negativas em vermelho ou rosa escuro. Células de bactérias Gram-positivas, células velhas, mortas ou com envelopes danificados por agentes físicos ou químicos, tendem a perder o cristal violeta e uma mesma amostra bacteriana pode exibir parte ou todas as células coradas como Gram-negativas. Portanto, o uso de material fresco é importante. Por outro lado, resultados do tipo "falso Gram-positivo" só são obtidos se o tratamento com etanol-acetona for omitido.
Quais são as vantagens de estabelecer a diferença entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas?
A técnica de coloração das bactérias ajuda a reconhecer as características de cada caso de infecção e determinar os tratamentos mais convenientes. Cerca de 90 a 95% das bactérias Gram-negativas são patogênicas e muitas Gram-positivas são não patogênicas e algumas, inclusive, são úteis. As paredes mais complexas das bactérias Gram-negativas as tornam mais resistentes e dificultam que os antibióticos e outros medicamentos adentrem em seu interior. Além disso, as bactérias Gram-negativas geralmente são mais ameaçadoras do que as Gram-positivas por terem uma maior virulência e serem ou se tornarem mais facilmente resistentes aos antibióticos. A técnica de Gram tem também uma grande importância clínica porque permite que as bactérias associadas a infecções sejam prontamente caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas, o que permite monitorar a infecção e adotar certas opções de tratamento, mesmo antes que seja feita uma cultura.
Como agem patogenicamente as bactérias Gram-positivas e Gram-negativas?
As bactérias agem patogenicamente por meio de toxinas. As toxinas das bactérias patogênicas são substâncias que causam danos aos tecidos animais. Elas são de dois tipos: endotoxinas e exotoxinas. Ambas alteram o metabolismonormal das células ou dos tecidos do hospedeiro, danificando-os. As endotoxinas são secretadas exclusivamente pelas bactérias Gram-negativas, geralmente estão ligadas à membrana externa da parede da célula, só sendo liberadas após destruição das mesmas. Quando ocorre o rompimento da célula bacteriana e liberação da toxina, há uma resposta do sistema imune que pode causar febre, dores, choques e vasodilatação. Em grandes quantidades, atoxina pode levar à septicemia e à morte. Já as exotoxinas podem ser produzidas tanto por bactérias Gram positivas, quanto por bactérias Gram negativas.
- LPS: lipopolissacarídeos nas gram negativas. Funcionam como barreiras que impedem antibióticos e a lisozima de penetrarem na bactéria (se mostram insensíveis, resistentes)
- lipídeo A: responsável pelas propriedades toxicas de bactérias gram negativas. Causam febre. 
- gram negativas tem espaço periplasmático. 
*Não podemos saber o gênero de um bacilo gram negativo olhando apenas no microscópio óptico. Provas bioquímicas são necessárias e diagnóstico sorológico e/ou molecular também pode ser estabelecido (ELISA, Southern Blot, PCR).
Exemplos: 
COCOS GRAM POSITIVOS: Staphylococcus, Streptococcus, Pneumococo 
COCOS GRAM NEGATIVOS: Neisseria gonorrhoeae e N. meningitidis
BACILOS GRAM POSITIVOS: Bacillus, Lactobacillus, Clostridium
BACILOS GRAM NEGATIVOS: Enterobacteriaceae (Salmonella, Shigella, Escherichia coli
Geralmente, 90% dos cocos são gram positivas e 90% dos bacilos são gram negativas. 
MEMBRANA CITOPLASMÁTICA
- é a ultima barreira protetora da vida no interior de uma bactéria.
- funções: permeabilidade seletiva, sede de Enzimas Respiratórias, duplicação do nucleóide, enzimas da síntese da Parede Celular.
- composição: 40% lipídeos e 60% proteínas.
MESOSSOMOS 
- fosforilação oxidativa nos procariontes.
- são invaginações da membrana para o interior do citoplasma.
- podem ser vesiculares ou tubulares.
- funções: - duplicação do Nucléolo (na divisão celular), síntese de Parede Celular, sede de enzimas da fosforilação oxidativa.
*(os citocromos e outras enzimas respiratórias do tipo desidrogenases) – localizam-se na membrana como um todo, mas a maioria se concentra nos mesossomos.
- Os MESOSSOMOS seriam análogos à membrana mitocondrial interna dos eucariontes, onde existem os quatro complexos de ligação, o citocromo c e a ubiquinona, além da ATP sintase. Além disso, funcionam como uma âncora para ligar e separar cromossomos na replicação celular.
CITOPLASMA 
- complexo sistema coloidal. 
- semi – fluido. 
- estrutura granular (grande quantidade de ribossomos).
- granulações metacromáticas – um radical cromófago cora grânulos. É como se fosse um corante. Mas em grânulos metacromáticos, a cor fica diferente. Essas granulações estão presentes no citoplasma. 
NUCLEÓIDE
- o material genético das bactérias não está protegido por carioteca, não é um DNA “verdadeiro”.
- DNA circular. Uma única molécula contínua de DNA. 
- DNA não está associado a proteínas. 
- há todas informações de replicação, a qual é independente da replicação do DNA dos plasmídeos (estrutura extracromossomica que apresenta grande resistência bacteriana). O inicio da replicação ocorre no mesossomo. 
- relação do plasmídeo com o nucleóide: o nucleóide é responsável pelas características da bactéria. O plasmídeo é uma fita de DNA mais simples derivada do nucleóide, que confere resistência à bactéria. É independente desta por estar “distante”.
~~estruturas não essenciais~~ 
FLAGELO
-Flagellum (latim) = chicote.
-Composição Química: proteína FLAGELINA.
-Função: MOBILIDADE.
-Importância Clínica: Identificação de patógenos (ex: Vibrio cholerae, Salmonella, etc)
-Três partes básicas: 
Filamento: mais externo, diâmetro constante e a proteína globular FLAGELINA (cadeias entrelaçadas)
Alça: aonde se adere o filamento
Corpo Basal: pequena haste central inserida em uma série de anéis.
 Gram Positivos: um só par interno
 Gram Negativos: dois pares de anéis, um ancorado à parede celular e outro à membrana citoplasmática
- flagelo interno: endoflagelo. Filamento axial encontrado em espiroquetas. 
- Cada flagelo é um rotor helicoidal semi-rígido (move a bactéria mimetizando a atividade de uma hélice – faz rotação ao redor do corpo basal)
- Forma um feixe de espuma que movea célula – isso é dependente da oferta de ATP
- Corrida ou Nado: quando a bactéria se move em uma direção por um período de tempo
- Desvio: interrupções periódicas com mudança de direção.
- IMPORTANTE: Algumas bactérias são identificadas laboratorialmente por meio de ANTÍGENOS FLAGELARES. Exemplo: Escherichia coli, Salmonella sp.
 Podem identificar cepas ou sorogrupos.
FIMBRIAS ou PILI
Pilus (latim) = pelo.
Fimbria (latim) = franja.
Composição Química: proteína PILINA.
Morfologia - diferem dos flagelos por serem: finas, curtas, retas, numerosas (centenas). 
São apêndices curtos e delgados.
Auxiliam as células a aderirem a superfícies (exemplo: Streptococcus pyogenes na mucosa das tonsilas palatinas) – o estreptococo se fixa, coloniza a mucosa e estabelece a infecção. Há interação entre a Proteína M e do ácido lipoteicóico com receptores celulares da mucosa.
Além disso unem as células para a transferência de DNA (CONJUGAÇÃO).
Funções: aderência, transferência de nucleotídeos (CONJUGAÇÃO), sítios de Adsorção (Vírus bacteriófagos).
Classificação: Otto Bier
	a) Pili I - aderência
	b) Pili Sexuais – Conjugação (1 a 4 fimbrias por célula)
Exemplos: Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC). A patogenicidade dela é mediada pelo chamado Colonization Factor (CF): fimbrias pericelulares com capacidade para fixação à mucosa intestinal, uretral e garganta (fibrilas).
*IMPORTANTE: Os Pili sexuais são codificados por meio de um plasmídeo denominado PLASMÍDEO F (um importante fator de PATOGENICIDADE que confere a essas bactérias a propriedade de fazerem troca de material genético). São bactérias que tendem a ser mais resistentes aos antimicrobianos.
- A Neisseria gonorrhoeae (GONOCOCO) se adere à mucosa uretral por meio de fimbrias, estabelecendo a infecção na uretra ou no colo uterino.
- Fimbrias, além de Pili, também podem ser denominadas FIBRILAS (evidência de microscopia eletrônica) ou Pêlos.
CÁPSULA
- Envoltório viscoso EXTERNO À PAREDE CELULAR.
- Composição Química: Polissacarídeos (VARIÁVEL)
- Funções:
Aumenta a capacidade infecciosa de certas bactérias, tornando-as mais patogênicas (PNEUMOCOCO) – há proteção contra a fagocitose
Proteção contra vírus que se ligam à parede celular
Impede a penetração de alguns ANTIBIÓTICOS.
- Classificação:
a) Cápsula Verdadeira: Bem delimitada, densa e independente da composição do meio. Exemplo: Streptococcus pneumoniae.
b) Camada Limosa: Mal delimitada, fina e dependente da composição do meio (nem sempre existe, pode precisar de sacarose, por exemplo). Exemplo: Streptococcus salivarius.
c) Glicocálice: Um polímero que forma uma malha frouxa de fibrilas para fora da célula. Exemplo: Streptococcus mutans (CÁRIE).
ESPOROS
- Esporo (grego) = semente.
- São formas de resistência: dessecação, calor, agentes químicos ou físicos.
- Gêneros de interesse:
	a) Bacillus (AERÓBIO)
	b) Clostridium (ANAERÓBIO)
Bacillus anthracis: Causa o carbúnculo. Os esporos repousam no solo e podem permanecer latente por décadas. Foi usado como BIOTERRORISMO.
Clostridium sp.: quatro espécies de interesse:
a) Clostridium tetani: TÉTANO.
b) Clostridium difficile: Microbiota normal do trato gastrointestinal. Quando em excesso por seleção pode causa a COLITE PSEUDOMEMBRANOSA.
c) Clostridium botunilum: BOTULISMO.
d) Clostridium perfringens: Microbiota da quelícera da aranha marrom (faz necrose na região da picada).
- Formação do Esporo:
	1) Cerne ou Protoplasto: cópia completa do material genético.
	2) Parede, Córtex, Capa e Exósporo.
- Localização:
	a) Central
	b) Subterminal
	c) Terminal
GRANULAÇÕES CITOPLASMÁTICAS
Grânulos de Reserva
São polímeros insolúveis
Polímeros de Glucose (Amido e Glicogênio)
Ácido Hidroxibutírico e Fosfato
Grânulos de Volutina
Exemplos: Corynebacterium diphteriae e Lactobacillus sp.
Podem ser microscopicamente confundidas com esporos. 
PLASMÍDEOS
Moléculas menores que o DNA cromossômico
Possuem DNA CIRCULAR
Não são visíveis nem na microscopia eletrônica
São capazes de autoduplicação INDEPENDENTE DO DNA CROMOSSÔMICO
Importantes ferramentas de BIOLOGIA MOLECULAR
FISIOLOGIA BACTERIANA
*Características dos sistemas vivos – marcos da vida celular:
-Metabolismo (é a manutenção de atividades vitais de uma célula):
 1- síntese de componentes orgânicos: funcionais e estruturais
 2- degradação de compostos orgânicos para a síntese de ATP 
-Reprodução
-Diferenciação
-Comunicação
-Movimentação
-Evolução
*Condições físicas de cultivo:
- PH: 
Neutrófilos (maioria)
Acidófilos
Alcalófilos
PH entre 6,5 e 7,5: faixa ótima de crescimento para maioria das bactérias
PH entre 4,0 e 9,0: variações de tolerância
Limites de PH:
Staphylococcus aureus:
Mínimo: 4,2
Ótimo: 7,0-7,5
Máximo: 9,3
Acetobacter aceti:
Mínimo: 4,0-4,5
Ótimo: 5,4-6,3
Máximo: 7,0-8,0
Vibrião cholera:
Mínimo: 7,5
Ótimo: 8,0-9,0
Máximo: 9,5
- Pressão Osmótica:
Bactérias Halófilas: meio com concentração elevada de sal.
Bactérias Sacarófilas: meio com concentração alta de açúcar (até 50%).
 -Altas conc. de sal (10-15%) e açúcar (50-70%) inibem a maioria das bactérias.
 -Este fato é fundamento da preservação de alimentos. 
- Atmosfera: 
Aeróbios (ex: M. tuberculosis)
Anaeróbios (ex: Clostridium botulinum)
Anaeróbios Facultativos (ex: Enterobactérias, Corynebactérias)
Microaerófilos (ex: Gonococo)
Crescimento bacteriano em função do teor de oxigênio livre
 - Temperatura:
Mesófilas: 20 a 40˚C (a maioria dos microorganismos são mesófilos (exemplo: Staphylococcus spp. , Serratia marcescens)
Psicrófilas: ao redor de 10˚C
Termófilas: entre 50 e 60˚C
A temperatura determina o crescimento mais rápido num curto espaço de tempo: 12 a 24 horas
Morte só a – 180˚C
Choque por resfriamento (ex: Pasteurização)
Sensibilidade por variação da temperatura (ex: Neisseria gonorrhoaea)
Temperaturas de crescimento:
Pseudomonas fluorescens:
Mínimo: 4˚C 
Ótimo: 25-30 ˚C
Máximo: 40 ˚C
Staphhylococcus aureus:
Mínimo: 6-5˚C 
Ótimo: 30-37 ˚C
Máximo: 46 ˚C
Thermoactinomyces vulgaris:
Mínimo: 27-30˚C 
Ótimo: 60˚C
Máximo: 65-70˚C
Neisseria gonorrhoaea:
Mínimo: 30˚C 
Ótimo: 35-36˚C
Máximo: 38,5˚C
Thermus aquaticus:
Mínimo: 40˚C 
Ótimo: 70-72˚C
Máximo: 79˚C
- Exigências nutritivas: 
Fonte de C
Fonte de N
Sais minerais (Na, K, Fe, Zn, Mg, etc)
Fatores de Crescimento (vitaminas-complexo B, aa, outro composto essencial)
 -Bactérias pouco exigentes: grande poder de síntese
 -Bactérias exigentes: pequeno poder de síntese
*Diversidade fisiológica - Carbono
- Heterotróficos – C orgânico (quimiorganotróficos)
- Autotróficos – CO2 (muitos quimiolitotróficos e todos fototróficos)
*NUTRIÇÃO MICROBIANA
- Fonte de energia dos organismos fermentadores:
 1- Quimiorganotróficos - obtém energia de reações químicas
- Fonte de carbono: carboidratos (açúcares e polissacarídeos), áminoácidos, protídeos e proteínas, ácidos monocarboxílicos, lipídios, álcoois, polímeros (amido e celulose).
-Fonte de nitrogênio:
 1- Orgânico → Aminoácidos, proteínas
 2- Inorgânico → sais de amônio, (nitratos e nitritos)
- Sais minerais:
 1- Macronutrientes: P → ATP e ácidos nucléicos; S → aminoácidos / proteínas; K → ativador enzimático, regulador da pressão osmótica; Mg e Ca → cofatores enzimáticos.
 2- Micronutrientes: Cu, Co, Zn, Mn, Na, etc
- Fatores de crescimento: vitaminas, aminoácidos, nucleotídeos, ácidos graxos.
- Água (Não é considerada nutriente): solvente universal, nutrição celular, reações enzimáticas, regulação da pressão osmótica, regulação térmica
* Crescimento Celular → Aumento de biomassa
Bactérias – fissão binária, conjugação
Leveduras – gemulação
Actinomicetos e bolores – alongamento das hifas
Multiplicação → É o aumento do de indivíduos do sistema. Toda vez que há multiplicação, está havendo crescimento. Entretanto toda vez que há crescimento (aumento de peso, de massa específica) não se pode dizer que há multiplicação.
Toda bactéria tem seu ambiente ideal, onde encontra condições ótimasde crescimento.
Uma população bacteriana é um sistema dinâmico, com células se dividindo e morrendo o tempo todo. 
* Tipos de reprodução: 
Cissiparidade ou divisão binária simples
Cissiparidade precedida de conjugação ou esporulação
*Fases de crescimento: 
Fase LAG: fase de adaptação, não ocorre divisão celular.
Fase LOG: fase logarítmica ou exponencial, ocorre intensa divisão celular, o crescimento permanece exponencial até que diminua a concentração nutritiva.
Fase Estacionária: número de bactérias constantes, ou porque não se dividem ou porque o número de mortas se equivale com as que estão se dividindo
Fase de Declínio ou Morte: aparece formas degeneradas (involução), a morte ocorre em ritmo logarítmico, inverso ao crescimento LOG
CONTROLE DE MICROORGANISMOS
O bem estar da humanidade depende em grande parte da capacidade do homem em controlar a população dos microrganismos, visando:
Prevenir a transmissão de doenças. 
Evitar a decomposição de alimentos. 
Evitar a contaminação da água e do ambiente.
- Esse controle de microrganismos é possível pela ação de agentes físicos e químicos, que possuem propriedades de matar a célula microbiana, ou de impedir a sua reprodução.
- Morte: perda irreversível da capacidade de reprodução. 
- Vários são os agentes físicos e químicos para controlar - destruir, inibir ou remover que podem ser utilizados para manter os microrganismos em níveis aceitáveis. Processos utilizados: aquecimento, temperaturas baixas, radiação, pressão osmótica, dessecação, filtração e agentes químicos. 
- O método de escolha depende do tipo de material que contém o microrganismo : (1) meio de cultura; (2) produtos farmacêuticos; (3) superfície de instrumentos cirúrgicos; (4) sala de cirurgia de um hospital; (5) alimento de consumo humano.
AGENTES FÍSICOS
**Temperatura: 
- Há uma relação entre temperatura e tempo, visto que a ação da temperatura está diretamente relacionada ao tempo em que o microrganismo é submetido a esta temperatura. 
- Altas Temperaturas : calor úmido, calor seco, incineração
- Calor Úmido - mais eficiente que o calor seco para destruir os microrganismos leva menos tempo e a temperaturas menores causa desnaturação e coagulação das proteínas vitais, enquanto o calor seco causa oxidação dos constituintes orgânicos da célula (queima lentamente). 
- Procedimento de funcionamento da autoclave (vapor d’água): 
1 - vazão; 2 - cano de saída; 3 - saída; 4 - câmara de exaustão; 5 - vapor para a câmara; 6 - válvula de segurança; 7 - manômetro; 8 - válvula operadora; 9 - porta; 10 - maçaneta; 11 - fecho de segurança; 12 - tela removível; 13 - termômetro; 14 - regulador de pressão; 15 - injetor de ar de condensação automática; 16 - revestimento de vapor; 17 - vapor; 18 - ar.
- Esterelização a vapor saturado: 
 - Autoclave – parâmentros essenciais: tempo, temperatura e pressão. 
 - A autoclave é usualmente operada à uma pressão de 15 lb/pol2, na qual a temperatura de vapor é de 121 oC. Leva mais tempo para um calor penetrar em um material viscoso ou sólido do que em um material fluido. Quanto maior o volume mais tempo para o calor penetrar
- Pasteurização - Processo muito usado em laticínios e o seu princípio é semelhante ao da tindalização. A grande diferença é que na pasteurização, o substrato é submetido a temperaturas relativamente baixas (62ºC) durante tempo de 30 min. apenas, seguido de resfriamento brusco. Netas condições, não há esterilização do substrato mas apenas a destruição de determinados microrganismos. 
- Incineração - é uma prática de rotina : alça ou agulhas de semeaduras bacteriológicas no bico de Bunsen 
- Calor Seco - calor seco ou ar quente em temperaturas suficientemente altas levam os microrganismos à morte. Leva mais tempo que o calor úmido. Há materiais que não podem ser esterilizados por calor úmido, neste caso o calor seco é o preferido sua ação se dá por desidratação e não por coagulação das proteínas.
- Tindalização- É um processo de eliminação de M.O fracionada, em que o vapor fluente é aplicado à intervalos determinados. Este processo é usado quando não se deseja a coagulação das proteínas e o seu princípio visa destruir as formas vegetativas apenas. É processo muito usado na indústria de alimentos e farmacêutica, quando se deseja preservar a qualidade do produto que esta sendo processado.
- Baixas temperaturas: 
São muito usadas na preservação de alimentos e neste caso, temos apenas a inibição da atividade microbiana.
Seu metabolismo é inativo em temperaturas próximas a 0ºC, exceção feita aos microrganismos psicrófilos.
**Radiação:
Várias radiações, tais como os raios gama, raios X, raios Ultravioletas e outros exercem ação sobre os microrganismos, seja provocando mutações, seja inibindo o seu crescimento ou mesmo, matando-os, na dependência da dose empregada. 
**Pressão Osmótica: 
Quando um microrganismo é submetido a pressões osmóticas elevadas do substrato, digamos cloreto de sódio a 20%, ocorre saída de água da célula, provocando a plasmólise. 
Este principio é muito usado no controle de microrganismos, principalmente na indústria alimentícia, sendo o sal e o açúcar usados como elementos preservativos dos alimentos. 
**Filtração:
As filtrações bacteriológicas são empregadas para a esterilização de líquidos ou soluções termolábeis.
Existem vários tipos de filtros bacteriológicos, entre os quais o tipo Seitz que utiliza lã de asbesto, o tipo Berkefeld com diatomácea e o Chamberland-Pasteur de porcelana porosa.
É importante assinalar que a porosidade do filtro não é o único fator atuante, visto que a carga elétrica tem uma importância acentuada durante a filtração. 
**Dessecação:
Células microbianas vegetativas quando dessecadas interrompem suas atividades metabólicas, levando a um declínio na população total viável no processo chamado liofilização os microrganismos são submetidos à desidratação extrema em temperaturas de congelamento mantidas em ampolas fechadas à vácuo.
AGENTES QUÍMICOS
- Propriedades de um agente químico ideal:
Alta toxicidade para os microrganismos 
Solúvel em água 
Estabilidade elevada 
Inócuo para o homem e animais 
Ausência de afinidade por matéria orgânica estranha 
Toxicidade para os microrganismos em temperatura ambiente 
Capacidade de penetração 
Não ser corrosivo nem manchar 
Desodorante 
Detergente 
**Fenol e compostos fenólicos:
O fenol apresenta inúmeros inconvenientes, principalmente o de ser corrosivo. Apresenta, porém, boa ação bactericida e bacteriostática, donde generalizar-se o uso do coeficiente fenol ou seja, comparar-se qualquer novo produto com a eficiência do fenol. Assim, hoje em dia, todos os produtos tem a sua eficiência medida por comparação com o ácido fênico.
Outro composto fenólico muito usado é o hexaclorofeno, que não tem ação irritante, e é largamente empregado nas formulações de dentrifício, sabonetes e desodorantes.
**Álcool: 
Desinfetante de pele (antisepsia) mais comumente usado é o álcool etílico em concentrações variáveis de 60 a 90%, mais frequentemente a 70%.
É considerado como muito bom desinfetante devido a sua ação desidratante e coaguladora de proteínas. como são solventes de lipídeos, lesam as estruturas lipídicas da membrana das células microbianas.
No entanto, o álcool não tem ação sobre formas de resistência tais como os endósporos de muitas bactérias, fato que limita muito o seu emprego como agente de superfície. 
**Cloro e compostos clorados: 
O cloro é dos desinfetantes mais difundidos atualmente. associando uma ação detergente à ação bactericida.
O uso do cloro tornou-se obrigatório em todos os tratamentos de água para o consumo humano.
É o mais importante desinfetante de uso doméstico.
O hipoclorito de cálcio ou de sódio são os mais usados, em concentrações de 1 a 5%. 
**Metais pesados e compostos: 
Os metais pesados, como a prata, o mercúrio e o cobre, de alto poder quelante, podem originar compostos de alta ação fungicida e bactericida. 
Na agricultura esses produtos têm uma importânciamuito grande, pois, quase a totalidade dos fungicidas atualmente usados no controles de doenças das plantas.
Forma de ação desses compostos é a sua combinação com proteínas do sistema enzimático dos microrganismos, inativando-as e assim, impossibilitando o seu metabolismo normal. 
**Sabões e detergentes: 
São desinfetantes muito eficientes, principalmente pela sua ação mecânica, eliminando células de microrganismos da superfície lavada. Como na sua constituição entram sempre sais de sódio e potássio, tem uma ligeira ação bactericida, muito seletiva, sendo eficiente apenas com respeito a alguns microrganismos.
**Formol e derivados:
O formaldeído somente é estável na forma gasosa, temperaturas elevadas e em concentrações elevadas.
Nestas condições é um dos produtos mais ativos, sendo considerado um esterilizante, visto destruir todos os microrganismos presentes no ambiente.
Seu uso controlado por ser produto gasoso, irritante e tóxico ao homem.
A formalina é uma solução aquosa de formol, geralmente associada a um sabão ou detergente e em concentração de 40%, tem uso difundido em agricultura e veterinária, sendo recomendado na desinfecção de granjas, bebedouros, estábulos e em cirurgia veterinária.
- Níveis de atividade de alguns desinfetantes, detergentes, antissépticos:
alta - mata todas as formas de vida microbiana, inclusive os esporos bacterianos
intermediário - mata o bacilo da tuberculose, fungos e vírus, mais não os esporos bacterianos
baixo - não mata esporos bacterianos, nem o bacilo da tuberculose ou os vírus em um tempo aceitável
**Esterelizantes Quimicos: 
- São particularmente usados para a esterilização de materiais sensíveis ao calor. Os principais são: 
Oxido de etileno:
Líquido a temperaturas abaixo de 10.8 oC, acima disso torna-se gás; seus vapores são altamente irritantes para os olhos e a mucosa . 
São inflamáveis mesmo a baixa concentração tem um grande poder de penetração; atravessa e esteriliza o interior de grandes pacotes com objetos, roupas e mesmo certos plásticos - as seringas descartáveis por exemplo
Desvantagem de agir a baixa velocidade, necessitando de várias horas de exposição para ser eficiente .
Glutaraldeído:
 Líquido oleoso, incolor; a 2% já tem um largo espectro de atividade antimicrobiana .
Efeito contra vírus, células vegetativas e esporuladas de bactérias e fungos utilizado na medicina para esterilizar instrumentos urológicos, equipamentos respiratórios 
DEFINIÇÃO DE TERMOS: 
Esterilizante - é um composto químico que realiza uma esterilização. Estéril é um termo absoluto, ou seja, um material está estéril ou não. Não pode ser "parcialmente estéril" ou "quase estéril"
Desinfetante - é uma substância química que mata as formas vegetativas de microrganismos patogênicos, mais não necessariamente suas formas esporuladas. Refere-se normalmente a substâncias utilizadas em objetos inanimados.
Germicida - sinônimo do desinfetante; entretanto os microrganismos mortos por um germicida não são necessariamente patôgenos. São usados mais termos específicos como fungicida, bactericida.
Controlar - destruir, inibir ou remover. Vários são os agentes físicos e químicos que podem ser utilizados para manter os microrganismos em níveis aceitáveis.
Antimicrobianos - que matam os microrganismos - MICROBICIDA (bactericida, fungicida, viricida) 
Esterilização - destruição de todos os microrganismos ( formas de vida microbiana ) presentes em um material, incluindo esporos
MICROBIOSTÁTICOS - que apenas inibem o crescimento dos microrganismos (fungistático ou bacteriostático) 
Padrão de morte em uma população microbiana - o critério de morte de um microrganismo em Microbiologia é baseado em uma única propriedade : a capacidade de se reproduzir. Assim a morte de um microrganismo é definida como a perda da capacidade de reprodução. 
Anti-séptico - é um composto químico usualmente aplicado na superfície do corpo humano para prevenir a multiplicação dos microrganismos. mata os microrganismos, ou inibe seu crescimento e sua atividade metabólica.
Saneador - agente que mata 99,9% dos microrganismos contaminantes de uma área. São normalmente aplicados em objetos inanimados (copos, talheres, pratos e utensílios em restaurantes), e também na limpeza de equipamentos de laticíneos e industrias de alimentos.
Fungicida, bactericida - quando um determinado produto exerce uma ação específica sobre determinado grupo de microrganismos, etc., se sua ação for sobre fungos ou bactérias, respectivamente. 
Fungistático e Bacteriostático - devem ser usados apenas quando eles inibem as atividades vitais daquele determinado microrganismo sem matá-lo.
CONTROLE MICROBIOLÓGICO NA CLÍNICA: 
Classificação dos materiais
Limpeza
- Remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os artigos ou superfícies, reduzindo a população bacteriana
- Deve preceder os procedimentos de desinfecção e/ou esterilização, possibilitando o contato entre agente antimicrobiano e o material
- Manual
detergente (enzimático)
escovas
jatos de água
água quente
EPI’s: luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
- Automatizada
equipamentos específicos (lavadoras)
detergente enzimático
Temperatura
EPI’s: luvas grossas, avental impermeável, óculos e máscara
Descontaminação
- Deve reduzir o número de microrganismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros para o manuseio, isto é, ofereçam menor risco ocupacional
- Procedimento utilizado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas) para a destruição de microrganismos patogênicos na forma vegetativa antes de iniciar o processo de limpeza. Tem como objetivo proteger as pessoas que irão proceder a limpeza destes artigos
Desinfecção 
- Eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e objetos inanimados, mediante aplicação de agentes químicos ou físicos.
- Desinfecção de alto nível: 
Inclui a eliminação de alguns esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas, fungos e todos os vírus.
Glutaraldeído
Ácido peracético
- Desinfecção de médio nível: 
Deve ser tuberculicida, eliminar a maioria dos fungos e atuar sobre todas as células vegetativas bacterianas. Não é esperada ação sobre esporos bacterianos e tem ação média sobre vírus não lipídicos
Cloro
Iodóforos
Fenólicos
Álcoois
- Desinfecção de baixo nível: 
Elimina a maioria das bactérias na forma vegetativa. Não há ação sobre esporos ou o bacilo da tuberculose, podendo ter ou não ação sobre vírus não lipidicos e com atividade relativa sobre fungos
Quaternário de Amônio
Álcool
Esterelização 
- Processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas formas vegetativa e esporulada, fungos e vírus, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos
- Os microrganismos são mortos a tal ponto que não seja possível detectá-los num meio de cultura padrão
- Probabilidade de contaminação abaixo de 1:1.000.000
- Métodos de esterilização:
Solução:
 glutaraldeído 2% 
 ácido peracético 0,2% 
 peróxido de hidrogênio 3- 6%
Gasoso:
 Óxido de etileno - ETO
 Plasma de peróxido
de hidrogênio - Sterrad
 Autoclave de formaldeído
Classificação de artigos segundo risco potencial de contaminação: 
Artigos Críticos
- São os artigos destinados aos procedimentos invasivos na pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados a estes sistema.
- Devem ser esterilizados.
- Agulhas, cateteres intravenosos, materiais de implante, soro, medicação intravenosa, instrumentais cirúrgicos, equipo de soro, agulhas de FAV, entre outros.
Artigos Semi-Críticos
- Os artigos que entram em contato com pele não-integra (porém restritos às camadas da pele) ou com mucosas íntegras.
- Requerem desinfecção de médio ou alto nível ou mesmo esterilização
- Exemplos: equipamento respiratório como circuitos derespirador, espéculo vaginal, sonda nasogástrica, endoscópio de fibra ótica flexível, lâminas de laringoscópios, entre outros 
Artigos Não Críticos
- Destinados ao contato com a pele íntegra e também os que não entram em contato direto com o paciente
- Requerem limpeza ou desinfecção de baixo nível
EMBALAGEM
- Permitir o transporte e o armazenamento do artigo odonto-médico-hospitalar e mantê-lo estéril até o seu uso
- Ideal: visibilidade do conteúdo, indicador químico, selagem segura, indicação para abertura, lote de fabricação, tamanhos variados, registro MS.
ANTI-SEPSIA
Anti-sepsia: Utiliza-se quando é necessário a eliminação da microbiota transitória de pele e mucosas e também uma drástica redução da microbiota residente: degermação das mãos de profissionais de saúde antes de procedimentos invasivos (cirurgia, inserção de cateter), preparo de pele para cirurgia.
Antisépticos: São substância providas de ação letal ou inibitória da reprodução microbiana, de baixa causticidade e hipoalergênicas, destinadas a aplicações em pele e mucosas
- Requisitos: amplo espectro de ação antimicrobiana; ação rápida; efeito residual cumulativo; não absorção sistêmica; não causar hipersensibilidade e outros efeitos indesejáveis como ressecamento, irritação e fissuras; odor agradável ou ausente; boa aceitação pelo usuário; baixo custo; veiculação funcional em dispensadores ou embalagens de pronto uso.
- Soluções alcóolicas: álcool etílico e isopropílico
- Iodóforos: polivinilpirrolidona –PVPI
- Clorexidina: biguanina
Álcool:
Mecanismo de ação: denaturação protéica e interferência no metabolismo bacteriano
É bactericida, virucida e fungicida
Deve ser usado a 70%
Tem pouca ação residual
Iodóforos:
Iodo com veiculo carreador de alto peso molecular que tem como função aumentar a solubilidade do iodo, garantir o reservatório de iodo a ser liberado, reduzir a concentração de iodo molecular livre
Mecanismo de Ação: Penetra na parede celular microbiana causando desordem letal em seu metabolismo
Tem ação residual
Clorexidina:
Mecanismo de Ação: reações que conduzem a alterações citológicas e fisiológicas da célula microbiana.Tem uma rápida alteração eletrostática que se estabelece entre o cátion clorexidina e as células microbianas negativamente carregadas
Tem efeito residual
MICROBIOTA NORMAL
Aquisição da Microflora
 Introdução
 1. Função 
 2. Microbiota da pele
 3. Microbiota da boca e das vias aéreas superiores
 4. Microbiota do trato intestinal
 5. Microbiota da uretra
 6. Microbiota da vagina
 7. Microbiota dos olhos
COLONIZAÇÃO
RN – É gerado em ambiente estéril
48 hs tem os tecidos invadidos pelos microorganismos da mãe
Em uma a duas semanas o RN adquire todos os microorganismos encontrados em um adulto hígido
É a presença permanente de qualquer microrganismo aderido à pele ou às membranas mucosas do hospedeiro, dissociada de sinais ou sintomas de doença infecciosa
Não tem expressão patológica
MICROBIOTA NORMAL 
Microbiota normal - refere-se à população de microrganismos que habita a pele e às mucosas de pessoas normais e sadias
 A microbiota normal pode ser classificada em:
 Residente: consiste em microrganismos encontrados com regularidade em determinada idade e área da superfície, sendo perturbada, recompõe-se com facilidade
 Transitória: consiste em microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou semanas, provenientes do meio externo, não provocando doença e não se estabelecendo em definitivo na superfície
Função da Microbiota Residente
 Impedir a colonização por patógenos do meio externo e possível desenvolvimento de doença por meio de interferência bacteriana.
 Ajudar na absorção de nutrientes
OBS: Os membros da microbiota normal são inócuos e podem ser benéficos ao hospedeiro em sua localização normal e na ausência de normalidades concomitantes.
 Quando os microrganismos da microbiota residente são introduzidos em locais estranhos e em grande quantidade, e na presença de fatores predisponentes, podem provocar doença.
Microbiota transitória:
 Não coloniza a pele, pode ser definida como microrganismos isolados da pele, porém não demonstrados como consistentemente presentes na maioria das pessoas. 
Não adere as células epiteliais e podem ser facilmente transferidas para outros indivíduos e para fômites
Microbiota temporariamente residente:
Microrganismos normalmente transitórios da pele ou mucosas, mas que podem comportar-se temporariamente como residentes por períodos que variam de dias a semanas.
Microbiota de profissionais de saúde da pele e cavidade oral.
Microbiota normal/residente humana:
População de bactérias, vírus, fungos e protozoários de baixa virulência que permanentemente habitam o corpo humano
O número de cels. bacterianas ultrapassa em 10 vezes nossas próprias cels.
Pouco numerosa (até 1000/ml): Pele seca, uretra, estômago, duodeno, jejuno
Moderadamente numerosa (100.000 a 1.000.000/ml): Couro cabeludo, axilas, face e fossas nasais
Muito numerosa (superior a 1.000.000/ml): Vagina, cólon, saliva, sulco gengival, trato respiratório superior e íleo inferior
Microbiota normal da pele
 Devido ao grande contato com o meio ambiente, a pele está propensa a abrigar microrganismos transitórios
 A pele apresenta uma microbiota residente bem definida e constante, diferenciada na região anatômica por secreções, uso habitual de roupas ou proximidade de mucosas (boca, nariz e áreas perineais)
Exemplos: Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus, Corynebacterium spp, Clostridium spp, Escherichia coli, Cândida spp, Demodex folliculorum (cravo)
Microbiota da boca e das vias aéreas superiores
Ao nascimento, as mucosas da boca e da faringe quase sempre asséptico, podendo ser contaminadas durante a passagem pelo canal de parto 
 Nas primeiras 4-12h de vida, os Streptococcus viridans colonizam, e se tornam os membros mais importantes da microbiota residente, permanecendo por toda vida
 No início da vida, aparecem os estafilococos,bacterias aeróbios e anaeróbios, os diplococos gram(-), os difteróides e lactobacilos.
Microbiota normal do trato intestinal 
As bactérias intestinais são importantes na síntese de vitamina K, conversão de pigmentos e ácidos biliares, absorção de nutrientes e produtos de degradação.
 A microbiota intestinal produz amônia e outros produtos de degradação que são absorvidos pelo organismo
 Nos seres humanos, a administração de antimicrobianos pode suprimir temporariamente os membros da microbiota fecal suscetíveis a fármacos
Microbiota normal da uretra
A uretra anterior de ambos os sexos contém pequeno número de microrganismos provenientes da pele e períneo
 Os microrganismos aparecem regularmente na urina normal eliminada
Microbiota normal da vagina
Após o nascimento, aparecem lactobacilos que persistem enquanto o pH estiver ácido (várias semanas)
 Quando o pH se torna neutro (até a puberdade), aparece uma flora mista composta de cocos e bacilos
Microbiota normal dos olhos 
Os microrganismos predominantes da conjuntiva são difteróides, Staphylococcus epidermides e estreptococos não hemolíticos.
 Com frequência, encontramos espécies do gênero Neisseriae e bacilos gram (-) semelhantes a Haemophylus (espécies de Moraxella)
A microbiota da conjuntiva é controlada pelo fluxo de lágrimas (contém lisozima)
Microbiota normal ouvido externo
Exemplos: Streptococcus pneumoniae, Staphylococus aureus
CURIOSIDADE
Imagine só: Você tem mais bactérias dentro do seu corpo do que células humanas. É isso mesmo. Não adianta fazer cara de nojo. Se você desmontar o corpo humano inteiro, célula por célula, e separar o que é bactéria de um lado e homem do outro, os micróbios ganham de lavada. Segundo algumas estimativas, o organismo humano é formado por aproximadamente 10 trilhões de células (o número 1 seguido de 13 zeros). Mas o número de bactérias vivendo no nosso CORPO pode ser 10 vezes maior: 100 trilhões!Isso só é possível, claro, porque cada bactéria é muito menor do que uma célula humana.
PATOGÊNIA DA INFECÇÃO BACTERIANA – MECANISMOS DE VIRULÊNCIA
Os animais e os seres humanos apresentam abundante flora em equilíbrio
Muitos microorganismos patogênicos permanecem latentes 
Agente etiológico: causador ou responsável pela origem da doença 
Infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no homem ou no animal
PATOGENIA DA INFECÇÃO
Conceito :
 - É o inicio do processo infeccioso e os mecanismos que levam ao desenvolvimento de sinais e sintomas da doença.
Patogenicidade - É a capacidade de um agente infeccioso causar doença.
Virulência - O termo deriva (do Latim,virulentus) o que é venenoso ou tóxico.
É a capacidade de destruir tecidos do hospedeiro, vencendo seus mecanismos de defesa. 
É o grau ou extensão da patogenicidade.
*Os microorganismos patogênicos se caracterizam pela sua capacidade de: transmissão, aderência, poder invasor, capacidade de escapar do sistema imune do hospedeiro, toxigenicidade e virulência/armas/grau de virulência
VIRULÊNCIA
- Somatória de funções fisiológicas e metabólicas favorecendo sua sobrevivência , crescimento e multiplicação traduzindo em alterações PATOLÓGICAS no hospedeiro
1.TRANSMISSÃO (portador/não portador) 
- Os locais mais frequentes são: trato respiratório (vias aéreas superiores e inferiores), trato genital e vias urinárias, trato gastrointestinal ( principalmente a boca ).
- Outros acessos de entrada para os patógenos são áreas anormais as membranas mucosas, a pele (cortes e queimaduras) e a via parenteral. 
- BACTEREMIA:presença M.O no sangue
- SEPTICEMIA: presença M.O no sangue c/ multiplicação (Ex.Streptococcus)
Membranas Mucosas:
Muitas bactérias e vírus penetram nas membranas que revestem os tratos respiratório, geniturinários e conjuntivo.
Acesso ao trato gastrointestinal: alimento, agua, mãos
Pele:
A pele íntegra é impenetrável para a maioria dos microrganismos,
Folículos, ducto de glândulas sudoríparas
Via Parenteral:
Microrganismos que tem acesso ao corpo quando os tecidos ou membranas mucosas são penetradas ou lesadas.
Injeções, punções, cortes, picadas 
2.ADERÊNCIA
Uma vez que os patógenos penetram no corpo do hospedeiro, quase todos possuem algum modo de se fixar no tecido do hospedeiro. 
A aderência do patógeno ao hospedeiro é obtida por meio de moléculas de superfície, denominadas ADESINAS ou LIGANTES, que se unem especificamente a RECEPTORES complementares de superfície nas células do tecido do hospedeiro.
E. coli (doença gastrointestinal)- possue adesina nas fímbrias que aderem a tipos específicos de células em certas regiões do intestino delgado.
Treponema pallidum (sífilis)- usa sua extremidade delgada como um gancho para se fixar as células do hospedeiro.
Neisseria gonorrhoeae (gonorréia)- possui fímbrias contendo adesinas, que permitem a fixação a células com receptores apropriados no trato geniturinário, olhos e faringe.
3.PODER INVASOR
- Mecanismos de virulência: invasão do epitélio do hospedeiro interior da célula multiplicação disseminação 
4.CAPACIDADE DE ESCAPAR DO SISTEMA IMUNE DO HOSPEDEIRO
 Cápsula
Algumas bactérias produzem glicocálice que formam cápsulas em torno de suas paredes celulares, o que aumenta a virulência da espécie. 
A cápsula resiste as defesas do hospedeiro impedindo a fagocitose.
5.TOXIGENICIDADE
 Enizmas
A virulência de algumas bactérias pode ser intensificada pela produção de enzimas extracelulares – EXOENZIMAS
COAGULASE:
São enzimas bacterianas que coagulam o fibrinogênio no sangue.
FIBRINOGÊNIO coagula-se em FIBRINA
FIBRINA:
Forma um coágulo sanguíneo que protege a bactéria da fagocitose e a isola das defesas do hospedeiro.
Ex.: Staphylococcus (alguns não produzem coagulase, a cápsula é o mecanismo mais importante de virulência)
 QUINASE:
São enzimas bacterianas que degradam fibrina, dissolvendo os coágulos formados pelo corpo para isolar a infecção.
(estreptoquinase)- produzida por bactérias estreptocócicas (St.pyogenes).
 (estafiloquinase) – produzida por bactérias estafilocócicas ( S. aureus).
HIALURONIDASE:
É uma enzima secretada por bactérias que hidrolisa ácido hialurônico (mantêm unida células do corpo como as células do tecido conjuntivo).
COAGULASE:
Facilita a disseminação da gangrena gasosa, rompendo o colágeno que forma o tecido conjuntivo de músculos e outros tecidos corporais.
Clostridium
PROTEASES IgA
Destroem anticorpos IgA (anticorpos contra a aderência a superfícies mucosa).
Neisseria gonorrhoeae, Neisseria meningitidis
Como as bactérias lesam as células do hospedeiro:
Utilizando os nutrientes do hospedeiro.
Causando lesão direta as vizinhanças imediatas a invasão.
Produzindo toxinas, que são transportadas pelo sangue e pela linfa, lesionando locais distantes do ponto original da invasão.
Induzindo reações de hipersensibilidade.
Lesão direta:
Uma vez ligado a célula do hospedeiro, os patógenos podem causar lesão direta removendo nutrientes da célula do hospedeiro, e produzindo subprodutos tóxicos.
A medida que os patógenos se multiplicam na célula do hospedeiro, elas normalmente se rompem, liberando patógenos em números ainda maiores para outros tecidos.
Mecanismos de virulência
- Produção de toxinas: 
Toxinas são substâncias venenosas produzidas por certos microrganismos
2 tipos com base em sua relação à célula microbiana: exotoxinas e endotoxinas
	 EXOTOXINAS
	 ENDOTOXINAS
	Excretadas por células vivas
 Produzidas por bactérias gram (+) e gram (-)
 Relativamente instáveis 
 Altamente antigênicas
 Altamente tóxicas
	Parte integrante da parede celular das bactérias gram (-). Liberadas durante a lise
 Encontradas apenas em bactérias gram (-)
 Relativamente estáveis 
 Fracamente imunogênicas
 Moderadamente tóxicas
Exotoxinas:
São produzidos no interior de algumas bactérias, como parte do seu crescimento e metabolismo, e são liberadas pelas bactérias no meio circulante ou liberadas após a lise. 
Os genes para a maioria das exotoxinas são transportados em plasmídeos bacterianos ou fagos.
As exotoxinas atuam destruindo determinadas partes das células do hospedeiro ou inibindo certas funções metabólicas. 
São altamente específicas em seus efeitos nos tecidos corporais.
Exemplos de doenças causadas por exotoxinas: botulismo, tétano, difteria, cólera, diarreia de viajante

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