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NEUROFISIOLOGIA E MUSCULOS

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FISIOLOGIA – PROVA 1
PARTE DE TRANSMISSÃO SINAPTICA 
NEUROTRANSMISSORES E NEUROMODULADORES: 
*Acetilcolina 
- é o transmissor usado por todos os axônios motores que emergem da medula espinhal 
- é o transmissor para todos os neurônios pré-ganglionares autonômicos (todas as sinapses pré-ganglionares do SNA são mediadas por Ach)
- é o transmissor para todas as fibras pós-ganglionares parassimpáticas 
- é o transmissor das células de Betz do córtex motor 
- pode ser o transmissor em muitas outras vias neuronais centrais
**Doença de Alzheimer ocorre por deficiência nas vias colinérgicas – vias de liberação de Ach. (tratamento com anticolinesterasicos)
AMINAS BIOGÊNICAS (DOPAMINA, NOREPINEFRINA, EPINEFRINA, SEROTONINA E HISTAMINA)
- a dopamina, norepinefrina e epinefrina são catecolaminas 
- norepinefrina é o transissor primário nos neurônios pós-ganglionares simpáticos
- a dopamina encontra-se em altas concentrações nos neurônios da substancia negra e tegmento ventral, alguns desses axônios terminam no corpo estriado, onde participam no controle dos movimentos complexos
- a doença de Parkinson ocorre degeneração das sinapses dopaminérgicas no corpo estriado, podendo ser a causa dos tremores musculares e da rigidez que caracteriza a doença 
- a serotonina está presente em altas concentrações em determinados núcleos situados no tronco encefálico 
- os neurônios serotoninérgicos podem participar da regulação de temperatura, do desencadeamento do sono e controle do humor
- a histamina está presente em alguns neurônios do hipotálamo, sua função ainda não é conhecida
AMINOÁCIDOS TRANSMISSORES 
- glicina é um neurotransmissor inibitório liberado por certos neurônios medulares 
- GABA, produzido a partir do glutamato (inibitório), está presente em alguns neurônios do SNC (gânglios da base), células cerebelares de Purkinje, alguns interneurônios medulares
- os receptores para glicina e GABA são canais de Cl- ligando-dependentes que permitem o influxo de CL- para hiperpolarizar o neurônio pós-sinaptico
- os anestésicos gerais prolongam o tempo de abertura dos canais de Cl- e dessa forma inibem os neurônios pós-sinapticos nas sinapses gabaérgicas 
- glutamato e aspartato são neurotransmissores excitatórios, o glutamato é o neurotransmissor mais comum no encéfalo
**óxido nítrico é o neurotransmissor para as sinapses entre neurônios inibitórios do SNC e entérico das células musculares lisas gastrointestinais; também atua como molécula transdutora de sinais celulares tanto em celular neuronais como não neuronais 
		
	Neurônio parassimpático
	Neurônio simpático
	Pré-ganglionar
	Acetilcolina
	Acetilcolina
	Pós-ganglionar
	Acetilcolina
	Noradrenalina
MÚSCULO ESQUELÉTICO 
- organização e estrutura 
- acoplamento excitação-contração (eletromecânico)
- mecanismos que elevam a [Ca]i e induzem contração
- mecanismos que reduzem a [Ca]i e levam ao relaxamento muscular
- mecanismos de contração muscular
- unidade motora 
- contração simples (abalo muscular), somação e tétano
TIPOS MUSCULARES E SUAS CARACTERÍSTICAS: 
*músculo estriado esquelético: células cilíndricas multinucleadas; diâmetro = 10 a 200um; comprimento = 1 mm a 12 cm; mecanismo de controle = neural; modulação = ativação de unidades motoras.
*musculo cardíaco: células únicas, uninucleadas, ramificadas; diâmetro = 10 a 20um; comprimento = mais ou menos 100 um; mecanismo de controle = automático; modulação = sistema nervoso autônomo, hormônios 
*musculo liso: células únicas, uninucleadas, fusiformes; diâmetro = 5 a 10um; comprimento = 20 a 200 um.
**musculo liso visceral: mecanismo de controle = automático; modulação = sistema nervoso autônomo, hormônios 
**musculo liso multiunitário: mecanismo de controle = neural autonômico; modulação = sustema nervoso autônomo. 
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*botox impede que as vesículas liberem o conteúdo de Ach
ACTINA E MIOSINA: 
A contração muscular, além de ser responsável pela locomoção e vários outros tipos de movimentos do corpo, também promove a movimentação dos órgãos internos, como, por exemplo, os batimentos cardíacos, a pulsação das artérias, o trânsito de bolo alimentar pelo aparelho digestivo, entre outros.
Tais processos se fazem possíveis graças à capacidade de encurtamento das miofibrilas, que são filamentos citoplasmáticos das células musculares. Tais miofibrilas são constituídas por diversos tipos de proteínas, sendo a actina e a miosina as mais abundantes.
A actina é a principal constituinte dos filamentos finos das células musculares. Essa proteína pode se apresentar de duas maneiras distintas, conforme a ionização do meio: em meios de menor força iônica, apresenta-se sob a forma deactina G, de caráter globular; ao passo que em meios de maior força iônica, tem-se a actina F, de caráter fibroso. Com a elevação da força iônica, a actina G se polimeriza, formando a actina F.
Já a miosina compõe os filamentos grossos e é classificada como uma enzima mecanoquímica ou proteína motora, isso porque é capaz de converter a energia química em energia mecânica, útil para o mecanismo de contração muscular.
Os filamentos de actina e miosina apresentam uma alta afinidade eletrônica, estabelecendo ligações estáveis, o que recebe o nome de ponte cruzada. Ambos os filamentos se organizam de tal forma que os finos podem se deslizar sobre os grossos, encurtando as miofibrilas, o que leva à contração das células musculares. Todo esse processo ocorre em presença de ATP, que tem sua hidrólise catalisada pela miosina, liberando a energia necessária ao trabalho muscular.
Além da contração dos músculos, o complexo actina-miosina também impulsiona outros tipos de movimentos em células não-musculares, como, por exemplo, o deslocamento de organelas citoplasmáticas e o movimento de ameboides. Na divisão celular, o sistema actina-miosina possibilita a contração do citoplasma, o que leva à separação das células filhas. Além disso, essas proteínas são responsáveis pela formação do citoesqueleto, ou seja, conferem forma a todas as células do organismo.
*musculo estriado esquelético e cardíaco têm inúmeras semelhanças
*musculo estriado – sobreposição de bandas escuras e claras
*miofibrilas – formadas por filametos contrateis de actina e miosina 
*unidade funcional do musculo = sarcômero 
*BANDA A – intercalados os filamentos grossos e finos 
-> BANDA I – só filamentos finos
* A proteína miosina é uma ATPase que se movimenta ao longo da actina e em presença de ATP, são responsáveis pela contração muscular. Estas proteínas são as principais componentes dos miofilamentos, os organelos que constituem o "esqueleto" das células musculares. Sua forma microscópica lembra um taco de golf. Sua estrutura contém: 
uma "cabeça", onde se encontra o sítio de ligação com ATP e com a actina, sendo o local de geração de força;
um "pescoço", que regula a atividade da "cabeça" ligando-se à calmodulina outra proteína reguladora semelhante;
uma "cauda" que contém sítios de ligação que determina se a molécula vai se ligar à membrana plasmática ou a outras caudas para formar um filamento grosso. 
*A cauda da miosina é como se fosse uma dupla hélice terminada em 2 cabeças globulares chamadas de porções pesadas da miosina. São essas cabeças que fazem a interação com os filamentos finos de actina. 
*troponina C – se liga ao cálcio 
*troponina T – se liga à tropomiosina
*troponina I – responsável pela contração inibitória
*ocorre um aumento da concentração de Ca++ liberado no RE, que se liga à troponina C e permite a sinalização da actina para a miosina se ligar ao centro de ligação da actina. Aí o ATP é hidrolisado em ADP e Pi (miosina tem atividade ATPasica) e muda a conformação das fibras de 90 graus para 45 graus (contração). A contração já começa a acontecer no momento que actina e miosina se ligam
*contração = encurtamento da BANDA I
*tropomiosina bloqueia os sítios de ligação da actina. Quando Ca++ se liga à troponina C, muda a conformação da troponina I, que muda a conformação da tropomiosinae permite que os sítios de ligação de actina sejam ativados
*TROPOMIOSINA + TROPONINAS = PROTEINAS REGULATORIAS 
*a miosina tem atividade ATPasica mesmo em repouso, mas em pequena quantidade
*tropomiosina é uma proteína longa e fina, constituída por duas cadeias polipeptídicas enroladas em forma de hélice, que se liga à actina durante o processo de contração muscular. Ligam-se entre si pelas extremidades, formando longos filamentos que sustentam a forma em hélice de actina. A tropomiosina é a responsável pela cobertura dos locais de ligação da actina G à miosina.
*aumentar o numero de unidades de fibras motoras afetadas e aumentara concentração do Ca++ são maneiras que o organismo tem de regular a força e a intensidade da contração muscular
Cada sarcómero é constituído por um complexo de proteínas, entre as quaisactina e miosina, alinhados em série para formar uma estrutura cilíndrica designada miofibrila, no interior das células musculares.
As proteínas dos sarcómeros organizam-se em bandas com características particulares, que ao microscópio dão um aspecto estriado ao músculo esquelético e ao músculo cardíaco, visível na imagem ao lado. O músculo liso organiza-se de uma forma diferente, e não possui sarcómeros.
A observação de fibras musculares estriadas ao microscópio electrónico permitiu identificar um padrão repetitivo de bandas e linhas. Estas correspondem a múltiplos sarcómeros, alinhados em série.
A zona em que um sarcómero se liga ao seguinte traduz-se por uma linha mais escura, designada linha (ou disco) Z. Um sarcómero corresponde ao espaço que separa duas linhas Z consecutivas. De cada lado da linha Z encontra-se uma banda clara, denominada banda I, composta por filamentos finos de actina. Entre as bandas I encontra-se a banda A, mais escura, onde ocorre uma sobreposição de filamentos finos com filamentos espessos de miosina. No centro da banda A está a linha M, e a circundá-la encontra-se uma faixa estreita, mais clara, designada banda H, onde se encontram filamentos de miosina. 
Para entender a contração do sarcômero é necessário primeiro compreender alguns aspectos da estrutura do filamento de actina. A proteína tropomiosina que está presente do filamento fino cobre o sitio de ligação da miosina presente na molécula de actina. Para permitir a contração da célula muscular, a tropomiosina deve ser movida para “descobrir” os sítios de ligação com a miosina presentes ao longo do filamento fino. Os íons cálcio ligam-se com as moléculas de troponinas (que estão espalhadas ao longo da proteína tropomiosina) que, por conseguinte, altera a "posição" da tropomiosina em relação a actina, forçando a revelação dos sítios de ligação na mesma. Portanto o cálcio é fundamental para o inicio de uma contração muscular, sua concentração no sarcoplasma é controlada peloretículo sarcoplasmático (uma forma especializada do reticulo endoplasmático). Conseqüentemente a contração muscular termina quando o cálcio é bombeado de volta para o retículo sarcoplamatico.
O músculo estriado só se contrai quando um impulso nervoso é recebido de um neurônio motor. Durante a estimulação da célula muscular, o neurônio motor libera umneurotransmissor chamado acetilcolina na junção neuromuscular (a sinapse entre o botão terminal do neurônio e a célula muscular). O potencial de ação dissipa-se ao longo dotúbulo T (Transverso) até que alcance o retículo sarcoplasmático; o potencial de ação gerado na célula muscular muda a permeabilidade do retículo sarcoplasmático, permitindo o fluxo de íons cálcio para o sarcômero. Como foi abordado no parágrafo anterior, altas concentrações de cálcio no sarcômero permite que a cabeça da miosina tenha acesso ao sitio de ligação correspondente na actina, desencadeando a contração muscular que é o deslizamento da actina sobre a miosina causando encurtamento dos sarcômeros, e conseqüentemente, o encurtamento do músculo. É importante ressaltar que no músculo cardíaco boa parte do cálcio necessário para a contração provem do liquido extra celular (LEC) enquanto que no músculo esquelético é quase que exclusivamente fornecido pelo retículo sarcoplasmático.
Deve-se ter em mente que a cabeça da miosina tem dois sítios principais: um que interage com a actina e outro que se liga com um ATP, este último é uma ATPase.
As quatro fases do processo de contração muscular são:
Etapa 1: Em repouso, a cabeça da miosina esta ligada a uma molécula de ATP em uma configuração de baixa energia e, neste momento, possui baixa afinidade pela actina.
Etapa 2: Ao hidrolisar um ATP e um íon de fosfatoinorgânico a configuração muda para e passa a ter alta afinidade pela actina. Nos sítios de actina disponíveis há a formação do complexo actomiosina ou ponte cruzada.
Etapa 3: Ligar com a actina faz a cabeça da miosina liberar o ADP e o íon de fosfato inorgânico retornando a configuração de baixa-energia, tracionando a actina em direção ao centro do sarcômero.
Etapa 4: Com a ligação de uma nova molécula de ATP em seu respectivo sitio na miosina, ela perde a afinidade pela actina e desfaz o complexo actomiosina. Depois pode haver um novo ciclo ou a contração pode cessar dependendo da concentração de cálcio no sarcoplasma.
O rigor mortis deve-se a perturbação na quarta etapa que é causada pela falta de ATP, este tem duas implicações: sem ATP não é possível retirar o cálcio do sarcoplasma, com isso os sítios de ligação da actina vão estar expostos; e sem ATP o complexo actomiosina não pode ser desfeito. Em outras palavras o ciclo da contração para na 3º etapa fazendo com que o músculo fique enrijecido.
ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO DE MUSCULOS ESTRIADOS 
*nem todos os estímulos liberam Ca++ o suficiente para ocupar todos os sítios de troponina C. 
*estímulo individual que faz com que a célula contraia e relaxe = TWITCH ou abalo muscular 
*SERCA – bomba de Ca++ do RER. Faz captação de ions para dentro do RER. 
*para o musculo ser ativado, o estimulo e a duração devem ser adequados para gerar um potencial de ação. Outra forma de aumentar a contração muscular é o aumento da concentração de Ca++ intramuscular e aumento do numero de unidades motoras estimuladas (aumento da força muscular)
*o comprimento inicial do musculo também influencia o nível de força gerada
*se chegar no pico máximo e houver sobreposição de filamentos finos com finos, a força começa a diminuir
*se estriarmos muito o musculo, a banda I (filamentos finos) cresce muito e não há sobreposição ideal (entre finas e grossas) e a curva começa a cair.
T.P. – tensão passiva 
T.A. – tensão ativa (interação actina-miosina)
Dúvida: Por que a curva pode cair para a esquerda ou para a direita? 
*Quando o musculo está com 2 extremidades fixas conectadas a um transdutor de forças e não se permite o encurtamento – CONTRAÇÃO ISOMETRICA
*Quando o musculo esta na mesma situação mas tem um peso preso à uma alavanca permitindo o encurtamento – CONTRAÇÃO ISOTONICA 
*CONTRAÇÃO AXOTÔNICA – mistura entre os dois 
FISIOLOGIA DO MÚSCULO LISO
*quem confere resistência vascular periférica ao fluxo sanguíneo é o diâmetro dos vasos
ROTEIRO: 
*principal componente dos órgãos ocos
*dependendo da sua localização podemos classifica-los em seis tipos: vascular, respiratório, urinário, reprodutivo, gastrintestinal e ocular 
*ativados por sinais elétricos ou hormonais
*capaz de manter contrações tônicas com baixo consumo de energia 
*podem ser classificados como unitário ou multiunitario
*apresentam diferentes padrões de atividade contrátil
*apresentam contatos especializados os quais permitem a ligação mecânica e funcional das células
*as juncoes comunicantes fornecem a integração funcional das células 
*as juncoes de aderência (placas densas ou placas de aderência) fazem a ligação mecânica entre as células 
--//--
*músculo liso pode ser estimulado mesmo sem o potencial de ação ter sido atingido
TIPOS DE MUSCULOS LISOS:
->músculo unitário (fásico) – estimulo de célula para célula. Exemplo: trato intestinal, trato urogenital, uterino,pequenos vasos.
->musculo multiunitário (tônico) – cada célula deve receber um estimulo, não são interligados/acoplados. Exemplos: respiratório, músculos piloeretores, cliliar do olho, grandes vasos e alguns esfíncteres. 
*musculo esquelético pode ser estimulado por sinais elétricos e liso por hormônios e potenciais elétricos
Vermelho – fásico
Roxo – rítmico 
Azul – tônico
Verde – esfincteres 
*Caldesmona e Calponina são duas proteínas encontradas somente no musculo liso 
&musculo liso não tem estriações, não tem túbulo T (tem, para substituir, calvéolas), e tem menos miosina que o musculo estriado
*cavéolas – tem proteínas com funções muito importantes, receptores, trocadores... uma estrutura extremamente ativa 
* Na contração fásica, o musculo contrai e relaxa e na contração tônica, o musculo contrai e fica (musculo liso vascular e trato respiratório)
*no musculo liso também tem canais voltagem dependentes
*musculo liso não tem troponina, o Ca++ que entra no musculo se liga à CM (calmodulina) que fosforila a miosina. CCLM inativada = musculo relaxado. CCLM ativo = ativa miosina e contrai o musculo. 
*para o musculo relaxar, a miosina deve ser defosforilada pela fosfatase 
*CaCM ativa a quinase da cadeia leve de miosina. A miosina fosforila e libera fosfato do ATP e transfere essa energia para a miosina, que contrai mesmo que a membrana não sofra despolarização. O musculo pode ser contraído e relaxad por mecanismo farmacocinético e via de influxo de Ca++. O musculo estriado esquelético, se não tiver ATP, fica no estado de interação entre actina e miosina (rigor mortis – não tem ATP no meio e não tem como soltar actina de miosina, os músculos ficam contraídos)
*qualquer substancia que atinja um receptor na membrana do musculo liso pode desencadear a liberação de Ca+ pelo RER através da ativação de IP3
*SERCA também diminui a concentração de Ca+ do musculo liso 
*agonistas se ligam ao receptor e ativam o canal (canal dependente de receptor) – é uma das vias de influxo de Ca+
*mecanismos eletromecânicos – quando a membrana do musculo liso é despolarizada, gerando um PA e abrindo os canais voltagem dependente (outra via de influxo de Ca+) 
*no musculo estriado esquelético, o influxo de Ca+ vem exclusivamente do retículo, do estoque intracelular enquanto que no musculo liso, o influxo vem de vários jeitos. 
NEUROFISIOLOGIA
CRONOGRMA DE NEUROFISIOLOGIA 
• Comunicação neuronal e Organização funcional do Sistema Nervoso 
• Sensibilidade somática: Organização geral e principais caractéristicias no sistema Trigeminal 
• Fisiologia da Dor: neurobiologia da dor e principais caractéristicias da dor orofacial 
• Controle Motor 
• Propriocepção e sua contribuição para mastigação, deglutição e sucção 
• Sistema nervoso autônomo
*o sistema nervoso identifica situações de risco e orquestra respostas como sudorese, aumento do batimento cardíaco, boca seca etc. 
*células do SN: temos em torno de 80 bilhões de neurônios (50%) os outros 50% são células da glia, que são complementares. 
*SN e SNE estão no centro das funções, responsável pelo controle do nosso corpo, sua nutrição e deve ser muito regulado. 
*precisamos de glicose para funcionar adequadamente 
* Um único neurônio no SNC faz sinapses com milhares de outros neurônios. A sinapse na célula muscular ocorre entre um neurônio motor e a célula. 
*uma fibra muscular recebe sinapse de apenas um neurônio (1:1), bem diferente do SNC, onde um neurônio faz em torno de 200 mil contatos sinápticos.
*uma única sinapse não leva o neurônio a propagar PA 
*o relaxamento muscular é causado pela ausência de contato sináptico. Mas a sinapse no musculo será SEMPRE excitatória. A sinapse neuromuscular é a prova de falhas (quando precisamos correr urgentemente, corremos) 
*no contato sináptico nervoso, há potenciais inibitórios. A preceita básica na sinapse nervosa é INTEGRAÇÃO entre varias sinapses. Para um neurônio deflagrar PA, precisa-se de muitas sinapses atuando juntas. 
* a despolarização causada por cada neurônio é somada
* Potencial graduado só pode gerar um potencial de ação se for supralimiar. Em neurônios, o PA só ocorre na zona de gatilho.
*em laboratório, num neurônio isolado, quando é feito um estímulo artificial que atinge o limiar e gera um PA, a propagação do PA depende dos canais de Na+ e Ca++ voltagem-dependentes presentes na zona de gatlho (no inicio do axônio). Depende porque o potencial pós-sinaptico se dá de forma decremental.
*a partir de um estimulo atingido longe da zona de gatilho, por mais que tenha atingido o limiar, só vai gerar PA se, ao chegar perto da zona de gatilho, ainda estiver despolarizado. 
PPS -> decremental. O estimulo vai perdendo a intensidade porque longe da zona de gatilho não tem canais voltagem dependente para manter a despolarização. Depende da intensidade do estimulo que chegar na zona de gatilho. 
*o que determina o limiar que deve ser atingido? Os canais dependentes de voltagem, porque o valor é o que é necessário para abrir os canais, e então deflagrar o PA. O PA é determinado pela cinética dos canais. 
SOMAÇÃO ESPACIAL: varias sinapses sofrendo em locais diferentes do neurônio 
SOMAÇÃO TEMPORAL: sinapses geradas em curto espaço de tempo (não existe período refratorio em PPS). Antes de um estimulo terminar, já é gerado outro. A frequência de deflagração de estimulo de um neurônio para outro é tão alta que gera PA. 
*hiperpolarização – entrada de Cl- ou saída de K+. 
PERGUNTA: A maior parte das sinapses inibitórias é mediada pela entrada de Cl-. Considerando que o potencial de repouso da membrana e o potencial de equilíbrio do cloreto são iguais, explique como, ao abrir os canais de cloreto, as sinapses mediadas pela abertura (voltagem dependente) são tão eficazes (sabendo que a FEM é baixa).
	CARACTERÍSTICA
	POTENCIAL PÓS-SINAPTICO
	POTENCIAL DE AÇÃO
	Amplitude
	Variável
	Sempre a mesma (tudo ou nada)
	Duração
	Variável (depende do estímulo)
	Alteração rápida de membrana
	Canais
	Químico, térmico ou mecâno-dependentes
	Voltagem-dependente 
A RESPOSTA DA CÉLULA PÓS-SINÁPTICA DEPENDE DO NEURO TRANSMISSOR LIBERADO OU DO RECEPOR POR ELA EXPRESSO? Depende do receptor. A Ach, por exemplo, tem receptores nicotínicos e muscarínicos. Receptores nicotínicos são canais iônicos e sempre excitatórios, e os muscarinicos podem ser inibitórios. Depende do subtipo do receptor. Receptores ionotropicos são mais rápidos que os metabotrópicos porque no primeiro a resposta é imediata e no segundo ativa-se proteína G antes, em seguida enzimas etc. 
O metabotropico leva a abertura de um maior número de canais porque toda a cascata metabólica amplia. 1 neurotransmissor ativa de 15-20 proteinas G e cada uma ativa uma adenilato ciclase que ativam constantemente AMPc. Ou seja, as funções ativadas vão se ampliando. 
*peptídeos são substancias chamadas neuromoduladores que se extendem às células vizinhas e são liberadas junto aos neurotransmissores comuns. 
Receptores Muscarinicos (acoplados a proteína G):
-M1 , M3 e M5 : Ativam a PLC ‘
-M2 e M4 : Inibem a Adenilato ciclase 
Receptores Nicotínicos (ionotrópicos):
-Canais iônicos
NEUROMODULADORES: 
*GABA – principal neurotransmissor inibitório do SISTEMA NERVOSO (derivado do glutamato no terminal axonal e é transportado por vesículas)
*aminas e aminoácidos são sintetizados no terminal axonal a partir de um mediador. Peptídeos no corpo celular. 
Neuromediadores = neuromoduladores + neurotransmissores. 
Neuromoduladores atuam em células vizinhas com respostas mais lentas
Neurotransmissores podem ser liberados sozinhos
Organização funcional do SISTEMA NERVOSO
- Temos 5 sistemas sensoriais: somato-sensorial, visual, auditivo, gustativo e olfativo. As informações sensoriais vindas desses cinco sistemas vão para o SNC, que interpreta as informações (aferentes) e programa uma resposta eferente a ser efetuada pelo sistema motor somático ou sistema nervoso autônomo. 
Exemplo: Vemos um cão bravo e os nervosopticos levam essa informação para o córtex visual no cérebro e joga essa informação para a área de associação (putz, é um cão bravo), aí vai para o sistema límbico, que faz a pessoa sentir medo e outras áreas de informação são ativadas para modular a resposta: sair correndo (efetuada pelo sistema motor somático). Consequentemente, o sistema nervoso autônomo é ativado (noradrenalina) aumentando batimentos cardíacos, glicose plasmática e etc para dar suporte aos músculos que estão sendo controlados pelo córtex motor. 
O estímulo pode ser cognitivo (informação armazenada no centro cognitivo). Exemplo: saber desde o começo do mês que dia 15 tem prova de fisio, a resposta à isso é ansiedade etc. 
Medula espinhal -> regula diversos estímulos. Conecta nosso corpo ao encéfalo de forma aferente e eferente. 
Como todo o sistema nervoso central, a medula é envolvida por membranas fibrosas chamadas meninges, que são: dura-máter, pia-máter e aracnoide. A meninge mais externa (e mais espessa) é a dura mater, formada por abundantes fibras colágenas que a tornam resistente; a aracnoide espinhal se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto a dura-máter e a pia-máter é a meninge mais delicada e interna. Ela adere intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula.
O liquor é um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A função primordial do liquido é de proteção mecânica do SNC. Desse modo, o liquor constitui um eficiente mecanismo amortecedor dos choques que frequentemente atingem o SNC. O liquido cérebro-espinhal é formado pelos plexos corioides, existentes nos ventrículos.
*existem grandes espaços nas células endoteliais que permitem a passagem de substancias para o interstício através da difusão simples (exceto elementos grandes como proteínas) na barreira hematoencefálica. 
-> substância cinzenta: corpos celulares (córtex) 
-> substancia branca: axônios que comunicam o córtex cerebral com os núcleos da base.
*os corpos celulares dos neurônios sensoriais estão localizados nos gânglios da raiz dorsal, e se for trigeminal, no gânglio trigeminal. 
*os corpos celulares dos neurônios motores estão localizados no corno anterior da substancia branca do SNC. 
*corno dorsal tem sinapses que irão transmitir informações principalmente de calor, dor e etc. 
Hipotálamo – Centro de homeostase. Região pequena do encéfalo extremamente importante que controla o equilíbrio orgânico de tudo. Recebe informações e orquestra respostas para manter a osmolaridade. Sede, fome e sono, sistema endócrino, comportamento e emoções são ligados ao hipotálamo. Tem a função de balanço orgânico e atua junto com o sistema límbico nas respostas frente às emoções sentidas. Respostas ao frio, calor, etc. Hipotálamo controla o sistema nervoso autônomo. 
Substância cinzenta cerebral: 
• Córtex cerebral
 •Gânglios da base (controle do movimento) 
• Sistema límbico (emoção, aprendizagem e memória). O sistema límbico é a região mais primitiva do cérebro. Integra funções cognitivas superiores (como a razão) e respostas emocionais primitivas (como o medo). -> REAÇÕES INSTINTIVAS (o córtex tem menos influencia sob essas reações).
*reações mais primitivas são processadas nas amigdalas do encéfalo. Crianças não medeiam muito bem essas reações. 
*animais com lesão nas amigdalas ficam mais calminhos. 
CÓRTEX CEREBRAL
O córtex cerebral medeia a percepção sensorial consciente e as formas mais complexas de integração. É o que nos faz humanos! O cérebro humano é muito parecido com o de alguns animais, de forma sub-cortical. Mas o córtex nos faz ser humanos, por ser extremamente sulcado, cheio de funções. 
*quando acontece uma situação que nos faz começar a ter medo de algo (ex.: ser assaltado), o acontecimento permanece no nosso sistema límbico, o que faz com que tudo que nos lembre o trauma, nos faz ter medo. Isso é armazenado sob a forma de conexões sinápticas. 
AULA 2 – INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS SENSORIAIS E SENSIBILIDADE SOMÁTICA
A linguagem é o comportamento cognitivo mais elaborado. 
A palavra escrita é percebida pela nossa visão, a informação passa para o córtex visual e em seguida para a área de Wernicke para ser interpretada. Então, a informação já interpretada passa para a área de broca que visa a coordenação da linguagem falada e escrita. Por ultimo, passa para a área motora do córtex, onde haverá a execução da fala ou escrita. 
Caso a palavra seja escutada, o mecanismo é o mesmo, mas ao invés de passar para o córtex visual, passa para o córtex auditivo. 
Todos os estímulos são convertidos em potencial de ação nos neurônios sensoriais e todos os potenciais de ação, em uma mesma fibra são iguais. Portanto, como o corpo diferencia os diferentes tipos de estímulos e suas intensidades??
“O cérebro não registra simplesmente o mundo externo como uma fotografia tridimensional. Ao contrário, constrói uma representação interna dos eventos físicos depois de primeiro analisá-los em suas partes componentes...”
*nem sempre todos os estímulos vão gerar uma mesma percepção em todas as pessoas. 
*Uma árvore ao cair produz som mesmo que nenhum animal esteja por perto? Uma fruta que ninguém nunca provou, tem gosto? A Terra era azul antes que o homem a visse do espaço?
*visão, audição, olfato, paladar e sensibilidade somática (tato, propriocepção, dor e termossensibilidade)
*Os estímulos são captados, sua informação é transduzida e conduzida ao cortéx cerebral que a recebe, processa e permite a percepção daquele tipo específico de estímulo.\
*a boca proporciona nosso primeiro contato somático (sensibilidade) com o mundo 
*para sentir estimulo tátil temos que ter na superfície do nosso corpo receptores sensíveis a dor, temperatura etc. A pimenta, por exemplo, abre um canal iônico (quimicamente) que, quando aberto, causa sensação de calor. Outros receptores químicos na superfície o corpo: mediadores inflamatórios (compostos químicos liberados durante a inflamação) que atuam em quimiorreceptores. 
*tartarugas são guiadas por eletrorreceptores e magnetorreceptores para voltar para praia que nasceu e desovar. 
RECEPTORES SOMATOSSENSORIAIS (classificação funcional de acordo com o tipo de energia que gerou o estimulo): 
- mecanorreceptores (dá sensibilidade tátil)
- proprioceptores (movimentação, localização dos membros do nosso corpo)
- nociceptores (sensação de dor)
- termorreceptores 
Nível celular: o que deve ter na célula para que sejam interpretados estímulos: receptores, canais iônicos (abertos pela mudança de conformação do receptor)... A célula deve estar disponível a mudar sua conformação. 
Como o estimulo sai de um quimiorreceptor para um PA? 
Uma substancia química se liga ao receptor e muda sua conformação, abrindo canais iônicos que, pela passagem de ions, despolarizam a célula e podem gerar um potencial de ação.
*o termorreceptor é um canal que muda sua conformação a partir de certa temperatura, mas elementos também podem sensibilizar esses canais. Exemplo: gelol, pimenta. 
*nociceptores podem ser sensíveis a estímulos térmicos, químicos, mecânicos, etc. 
Família de receptores TRP’s:
 TRP1 – ativado a partir de 45 graus. É o canal de calor que doi. 
TRPM3 – ativado com frio ameno/gelol
TRPA1 – ativado a partir de baixíssimas temperaturas frias. É o canal de frio que doi. 
*cada faixa de temperatura ativa canais diferentes, os canais para temperaturas amenas são diferentes daqueles para temperaturas extremas. 
RECEPTORES SOMATOSENSORIAIS
O sistema sensorial somático ou somatossensorial apresenta dois componentes principais: um subsistema para a detecção de estímulos mecânicos (por exemplo, vibração, pressão e tensão cutânea) e um subsistema para a detecção de estímulos dolorosos e da temperatura. Juntos, esses dois subsistemas conferem aos humanos, e a outros animais, a capacidade de identificar formas e texturas de objetos, de monitorar forças internas e externas atuando sobre o corpo a cada momento e de detectar circunstânciaspotencialmente nocivas.
O processamento mecanossensorial de estímulos externos inicia-se pela ativação de um conjunto diversificado de mecanorreceptores cutâneos e subcutâneos na superfície do corpo, que retransmite a informação para o sistema nervoso central para interpretação e, por fim, para a ação. Receptores adicionais localizados nos músculos, articulações e estruturas profundas monitoram forças mecânicas geradas pelo sistema muscular esquelético, que recebem o nome de proprioceptores. 
*corpúsculo de Pacini – fica profundo na pele e é responsável pela percepção de tato. O corpúsculo de Pacini ou também corpúsculo lamelar é um mecanorreceptor que se encontra no tecido conjuntivo, tanto na derme, como nas vísceras e nas articulações. Neste caso, executam ações relacionadas com a propriocepção. 
*corpúsculo de Merkel - são terminações nervosas constituídas por ramificações axonais que terminam em expansões achatadas, estando implicadas na sensação de tacto e pressão.
*corpúsculo de Meissner - são um tipo de mecanorreceptor, mais especificamente um corpúsculo táctil. Encontram-se distribuídos pela pele, mas se concentram em áreas particularmente sensíveis a toques leves, como nas pontas dos dedos, nas palmas das mãos, nas solas dos pés, nos lábios, na língua, na face, nos mamilos e na pele externa dos genitais masculinos e femininos. Localizam-se primariamente imediatamente sob a epiderme.
*terminações nervosas livres - são terminações nervosas formadas por um axônio ramificado. Distribuem-se por quase todas as partes do corpo e captam sensações mecânicas (pressão), térmicas (frio e calor) e principalmente dolorosas.
*receptor do folículo piloso - São receptores formados por axônios que se encontram envolvendo o folículo piloso. Captam sensações mecânicas aplicadas contra o pelo.
*Na região Orofacial predomina a inervação sensorial provida pelo nervo trigêmeo
*a zona de gatilho os neurônios motores localiza-se perto dos dendritos, ao contrario dos neurônios no SNC. 
FIBRAS SENSORIAIS
A(gama) ou lll (pouco mielinizada) e C ou IV – são fibras que terminam livres (dor e temperatura) 
A(beta) ou II – tato (mielinizadas e rápidas) terminam em receptores
A(alfa) ou I – propriocepção (muito mielinizadas e rápidas) encapsulados 
TRANSDUÇÃO: a transdução sensorial é o processo pelo qual o estimulo do ambiente ativa um receptor e é convertido em energia elétrica.
Os mecanismos de transdução da energia de um estímulo em um potencial elétrico variam.
*O estímulo, o que ele foi modalidade, sempre é convertido (ou transduzidas) em sinal elétrico em potencial receptor. Em geral, a força e duração qualquer estímulo codificada de sinais eléctricos; reconhecimento modalidade de estímulo do sistema nervoso central e sua localização depende da natureza das terminações sensoriais e a sua localização anatómica. Assim, o receptor de temperatura localizado no pé pernas tem uma próprio caminho no sistema nervoso, bastante diferente da forma de receptor vibrando pulso, mas ambos os sinais são feixes de axônios potenciais de ação de diferentes graus de frequência e duração.
*A transdução de mecânica estímulo ocorre numa ampla variedade de células sensores dispostos em pele, músculos, ligamentos e órgãos internos.
CODIFICAÇÃO
Todos os sistemas sensoriais geram quatro tipos básicos de informação:
1-Modalidade – tátil, proprioceptiva, térmica, nociceptiva
2-Intensidade – fraco, forte 
3-Duração – curta, longa 
4-Localização – qualquer região do corpo
Se estimularmos eletricamente um neurônio termorreceptor, qual a sensação percebida? -> A atividade da via neural produzirá a sensação relacionada ao tipo particular de estímulo ao qual o receptor é sensível
Principio da lina marcada: se espetarmos um neurônio de tato ou provocarmos um choque elétrico, a sensação é a mesma.
Todos os estímulos são convertidos em potencial de ação nos neurônios sensoriais e todos os potenciais de ação, em uma mesma fibra são iguais. Portanto, como o corpo diferencia os diferentes tipos de estímulos e suas intensidades? Código de frequência, código de população 
A intensidade do estímulo é codificada pela frequência dos potenciais de ação em cada fibra estimulada (Código de Freqüência).
Por que quando levamos um soco, fica doendo depois? Porque liberou acido e mediaores inflamatórios, etc etc.
A intensidade do estímulo também é codificada pelo número de receptores que são estimulados (Nem todos os receptores têm o mesmo limiar).
Como é codificada a duração de um estímulo? Pela duração de descarga dos neurônios sensoriais. No entanto, durante um estímulo prolongado, alguns receptores se adaptam e variam seu padrão de descarga
Adaptação dos receptores: Diminuição no potencial gerador em resposta a uma estimulação mantida.
Vamos sentir o gostocheiro das coisas enquanto houver substancias químicas nos proporcionando essa percepção.
Alguns receptores se adaptam facilmente. Exemplo: quando entramos num lugar com cheiro ruim, sentimos mas nos acostumamos com isso depois (obs: nociceptores NUNCA se adaptam).
Adaptação: Inativação de canais da Na+ e de Ca 2+; ativação de canais de K+.
A ativação dos campos receptivos das fibras neurais codificada a localização de um estímulo
O tamanho do campo receptivo é um fator importante na determinação da resolução espacial.
*A partir da periferia a informação sensorial é transmitida ao CÓRTEX SOMATOSENRIAL, mas ela tem destino CERTO dependendo da região de onde se originou.
*exemplo: neurônio tátil no pé termina no tronco encefálico, no núcleo grácil do bulbo. 
TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO SOMATOSENSORIAL:
Impulsos originados pela estimulação de receptores somatosensoriais: 
- Chegam a medula espinhal pelas raízes dorsais dos nervos espinhais, 
- Chegam ao tronco encefálico pelas raízes sensorias dos nervos cranianos (trigêmeo)
Dermátomo: área inervada por uma única raiz dorsa. Importância clínica: Localização de lesões das raízes dorsais diante de um quadro de perda de sensibilidade.
*Sistema antero-lateral:
Ascende pela coluna antero-lateral: Se divide nos tratos espinotalâmico anterior (tato protopático e pressão) e lateral (dor e temperatura) que se unem ao nível do TE formando o leminisco espinhal
Dor e temperatura: vão direto para o tálamo (depois de fazer sinapse com medula espinhal e subnúcleo caudal 
Tato: sinapse direto no tronco encefálico e depois vai para o tálamo
 Somente do pescoço para baixo, porque na cabeça é na porção trigeminal no tronco encefálico. 
Quase todas as informações sensoriais dos segmentos somáticos do corpo entram na medula espinhal através das raízes dorsais dos nervos espinhais. Entretanto, da medula ao encéfalo esses sinais são conduzidos via sistema da coluna dorsal-lemnisco medial ou sistema antero-lateral. Esses dois sistemas se unem, parcialmente, no tálamo. Como o nome diz o sistema da coluna dorsal-lemnisco medial transmite os sinais ascendentes pela coluna dorsal da medula espinal depois as vias fazem sinapse e cruzam na medula oblonga seguindo até o tálamo via lemnisco medial. Já as vias do sistema antero-lateral após entrarem na medula pelas raízes nervosas dorsais, fazem sinapse sinapse nos cordões dorsais da substancia cinzenta medular. Depois, cruzam para o outro lado da medula e ascendem através da coluna anterior e lateral da medula espinhal.
O sistema coluna dorsal-lemnisco medial é a via sensorial responsável por transmitir as informações de tato fino, vibração e consciência proprioceptiva do corpo para o córtex cerebral.
O sistema da coluna dorsal lemnisco medial é composto de fibras nervosas grossas. E o sistema antero lateral é composto por fibras mais finas.
Perda de sensibilidade somática após hemisecção de medula no nível de T10 no lado esquerdo
*Perda da sensibilidade tátil nomesmo lado da lesão (lado ipsilateral), porque o estimulo tenta passar reto pelas fibras da medula, sem cruzar a linha media.
*Sensibilidade térmica e dolorosa é do outro lado porque cruza a linha media para subir a medula (depois da ativação do neurônio de segunda ordem).
ESTÍMULO PERCEPÇÃO 
 Recepção, transdução, codificação e transmissão 
DOR – (slides e áudio)
“Experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano tecidual real ou potencial.”
Quando falamos que é uma experiência que além de sensorial, tem um caráter emocional, fica evidente que a experiência é diferente de pessoa para pessoa e dependendo da situação para uma mesma pessoa a percepção pode ser completamente diferente. 
Devemos saber que para cada pessoa a dor é diferente. Depende da forma como encaramos a situação, da nossa historia de vida, da situação a qual estamos expostos etc. Exemplo: dois homens (1 e 2) acordam no meio da noite com muita dor na mandíbula, ambos com o mesmo caso clinico: pericoronarite. A situação física que esta levando à dor é exatamente a mesma em ambos os pacientes (didaticamente falando), no entanto, o pai do homem 1 morreu de câncer de boca há um mês. O homem 1 certamente vai associar a dor à um câncer e vai pensar que seu quadro é muito grave e portanto, sofrer mais e sentir muito mais dor que o homem 2 (por mais que o estimulo sensitivo seja o mesmo, a condição física seja a mesma). 
Um estímulo doloroso não existe, portanto. Não existe um estimulo que seja capaz de produzir dor invariavelmente. Por exemplo, um soldado, na guerra, que teve seu braço arrancado por uma bomba, nem ao menos sente que seu braço foi arrancado (apesar de ser um estimulo que parece produzir dor à todos). Se esse individuo tivesse percepção compatível ao dano tecidual causado, ele estaria invalido a prosseguir na guerra. 
O SNC tem mecanismos que garantem a supressão completa da dor em casos extremos e necessários. 
MASOQUISMO E SADOMASOQUISMO: Dor é desagradável, ninguém sente prazer com dor. Sadomasoquistas sentem algo com o estimulo, mas não é dor. 
 De alguma forma aquele estimulo nocivo vai atingir neurônios nociceptivos da pessoa. Vai ativar os receptores, que vão levar a informação p sistema nervoso central e fazer sinapse na medula espinhal e a sensação será modulada, a informação será modulada e quando chegar no córtex sensorial não será interpretado como dor. A modulação da dor é extremamente complexa. 
Temos centros no encéfalo cuja principal função é a supressão da percepção da sensação da dolorosa através da inibição da atividade dos neurônios que estão levando essa informação.
Se expuséssemos um sadomasoquista à um estudo com visualização das áreas ativadas durante os estímulos, veríamos que a área ativada para dor e para o prazer - com estímulos que causariam dor em outras pessoas - é diferente.
DOR É DIFERENTE DE NOCICEPÇÃO. Dor está no córtex cerebral. Quando a informação neural proveniente de um estimulo nocivo, após ser transmitida ao longo eixo, chega no córtex cerebral, é processa, interpretada, e ganha consciência como dor. NOCICEPÇÃO É atividade neural na via de transmissão da informação nociceptiva.
 Se eu encosto a broca na dentina do paciente sem anestesia, vai ativar os neurônios que inervam a polpa dentaria e vai haver uma modificação dos fluidos gerando um estimulo mecânico que comprime as inervações da polpa, fazendo com que os neurônios sensitivos que a inervem sejam ativados, ai deflagra um potencial de ação que chega ao subnúcleo caudal do trigêmio, faz sinapse e ativa um neurônio de segunda ordem, que cruza a linha media e sobe em direção ao tálamo. Quando chega ao tálamo, faz uma outra sinapse que leva o estímulo ao córtex e então o paciente sente dor. 
Anestésico local bloqueia nocicepção ao invés da dor. Neste caso, a dor é dependente de nocicepção – na maioria dos casos a dor é produto da nocicepção, mas não sempre. Anestésico geral bloqueia dor ao invés de nocicepção, uma vez que suprimem a atividade neural cortical – fármacos e doses. A atividade nociceptiva dos neurônios do individuo sob efeito de anestesia geral permanece intacta. Esses neurônios vão estar deflagrando tantos potenciais de acao quanto estariam se o individuo tivesse acordado. 
Não sentir dor é um desastre: a dor é a primeira forma de sensibilidade, é a maneira que o corpo tem de nos avisar que algo está errado. Pessoas com insensibilidade congênita (família de doenças genéticas, comprometimento de canais iônicos nos neurônios periféricos) não sentem dor. Essa situação coloca o individuo em uma posição complicada, a pessoa deve viver fazendo exames para garantir que tudo está bem (se a pessoa quebra um osso, não sente. Se a pessoa está com um tumor maligno que deveria produzir sensação dolorosa, não sente. Se o individuo está com pedras nos rins, não vai sentir dor e pode perder a função renal etc etc) 
A dor emocional ativa no encéfalo regiões semelhantes à dor nociceptiva. Áreas do córtex cerebral as vezes são as mesmas que processam ambas as dores. 
Existem pessoas indiferentes à dor: sentem dor mas não sofrem. Pessoas com lesão encefálica em regiões que interpretam o componente emocional da dor (o quanto a dor faz sofrer e incomoda) podem vir a apresentar indiferença à dor. 
Dor crônica – dor aguda que dura mais de 3 meses. 
Um homem com DTM tem dor crônica, que dura até anos. A pessoa precisa de um tratamento de dor.
Neurobiologia da dor:
Estímulos nocivos ativam nociceptores e portanto, podem causar dor. Esses estímulos podem ser: 
Nociceptores térmicos < 450C ou > 50C 
Nociceptores mecânicos (soco) 
Nociceptores químicos (mediadores inflamatórios)
Nociceptores polimodais
Fibras C e A δ – fibras nociceptivas que contêm, em suas membranas, canais iônicos sensíveis a temperatura, outros sensíveis a estímulos mecânicos etc. A maior parte das fibras nociceptivas apresenta canais para diversos estímulos, são receptores ditos polimodais.
Quais as drogas mais amplamente utilizadas para tratamento e controle da maioria das condições dolorosas?? Qual o mecanismo de ação dessas drogas?? 
A aspirina bloqueia síntese de prostaglandina. As drogas do tipo aspirina bloqueiam a ação da enzima que transforma o acido aracdônico em prostaglandinas. 
A liberação de fosfolipideos da membrana sofrem ação de uma enzima que os converte em acido aracdônico, que é o substrato para uma outra enzima o transformar em prostaglandinas e tromboxanas.
PARADOXO: analgésicos diminuem a dor por inibir a síntese enzimática de prostaglandina, porem, se injetarmos prostaglandina no braço de alguém, a pessoa não vai sentir dor. Por quê? -> a prostaglandina injetada não faz doer, no entando, sensibiliza a área: qualquer outro estímulo faz doer (como por exemplo, colocar o casaco – experimento real do porquê a prostaglandina injetada não doi). 
A prostaglandina é o mediador sensibilizante. Quando a pessoa pisa num prego e ocorre um processo inflamatório, depois de alguns dias, deixa de doer espontaneamente. Passa a doer apenas quando a área é estimulada, por exemplo, quando o individuo caminha. 
A prostaglandina não induz dor porque não abre canais iônicos. Os receptores de prostaglandina são receptores metabotropicos, eles não vão ativar o neurônio fazendo com que ele deflagre um PA e produza dor. Mas vão induzir mudanças bioquímicas neste, por exemplo, o aumento dos níveis de AMPc que fosforila canais iônicos, aí ocorre o fechamento de canais de K e abertura de canais de Ca, que entra despolarizando a célula. Não é o suficiente para tirar a célula do repouso e gerar um PA, mas é o suficiente para sensibilizar a célula e deixa-la muito próxima do limiar de potencial de ação. Com a presença desses mediadores sensibilizantes, o neurônio está muito perto de deflagrar um PA, qualquer estimulo leve faz com que ocorra um PA. 
A aspirina vai diminuir a dor porque sempre esteve ali a prostaglandina,sensibilizando os neurônios. 
Pulpite é a inflamação da polpa dentária, um tecido conjuntivo especializado localizado no interior do órgão dentário e revestido de tecidos mineralizados (dentina e cemento).
A pericementite apical aguda é uma inflamação aguda dos tecidos situados ao redor do ápice radicular de um dente, sendo uma das seqüelas das alterações pulpares e, posterior necrose pulpar.
*O opióide atua no neurônio diretamente enchendo este de potássio (abrindo o canal de potássio, o K sai e hiperpolariza o neurônio, bloqueando a dor). 
*O nervo trigêmeo carreia a informação nociceptiva proveniente da região orofacial
*A informação nociceptiva é conduzida de uma forma muito diversificada.
*como modulamos a percepção da dor para que em situações extremas tenhamos supressão da dor ou um sentimento muito maior da dor? É claro que há influencia sentimental. Os principais mecanismos para a modulação da dor é o sistema descendente que envolve a substancia cinzenta periaquedutal e uma região no bulbo.
A PAG RECEBE INFORMAÇÕES E PROCESSA NEURONALMENTE. INFORMA O BULBO E ESTE ATIVA VIAS DESCENDENTES QUE VAO DIMINUIR OU AUMENTAR A TRANSMISSAO DA INFORMACAO NOCICEPTIVA NA ENTRADA DESSA INFORMACAO NO CORNO DA MEDULA ESPINHAL. SE FOR REGIAO TRIGEMINAL, MODULA A INFORMAÇÃO NO SUBNUCLEO CAUDAL.
A maior parte da modulação da dor (+ ou -) depende desse sistema da PAG, apesar de não ser o único sistema que modula a dor. 
Vias nociceptivas: Trato neoespinotalâmico e Trato paleoespinotalâmico (sendo este:)
 Formação reticular,
 Substância cinzenta periaquedutal (modulação)
 Sistema límbico (componente emocional) 
 Hipotálamo (reações autonômicas)
* As vias nociceptivas são caracterizadas por pobre organização somatotópica e grande convergência.
DOR REFERIDA (dificuldade da localização de dores profundas) EM ODONTOLOGIA: A extrema variabilidade da dor de dente é tal que uma boa regra para qualquer examinador é considerar todas as dores na boca e na face como sendo de origem dental, até prova em contrário.
RECESSÃO GENGIVAL: A recessão gengival é a forma mais comum pela qual a dentina é exposta na região cervical do dente. Uma vez que a raiz é exposta a camada de cemento protetora pode ser facilmente removida, resultando em túbulos dentinários abertos.
O que causa a dor ?
Os estímulos que incidem sobre a dentina produzem movimento de fluido no túbulo dentinário.
A teoria do portão: Sensação dolorosa seria resultado do equilíbrio dos estímulos conduzidos por fibras C e Aδ e por fibras A(beta).
ACUPUNTURA: A analgesia induzida pela acupuntura é bloqueada por antagonista opióide. Logo a acupuntura induz a liberação de opióides endógenos no SNC.
Utilizada para diminuir a dor. 
Se fizer acupuntura no animal, ira gerar analgesia. Caso seja bloqueado a PAG por meio de fármacos, a analgesia não funciona. 
O mecanismo da PAG é extremamente importante para o controle endógeno da dor. Pacientes com dores crônicas geralmente têm lesões nessas áreas nervosas. 
PROPRIOCEPÇÃO – (slides e áudio) 
Autopercepção da posição corporal no espaço e da localização relativa de cada uma das várias partes corporais.
Propriocepção: proteção do sistema estomatognático.
• Monitoramento da atividade das vias descendentes que partem do córtex motor e outras áreas motoras superiores para os músculos esqueléticos 
• Informação sensorial proveniente da periferia (feedback sensorial)
 Essencial para:
• conhecimento da posição corporal 
• manutenção da posição corporal 
• coordenação do movimento
*As aferências de receptores proprioceptivos nas ATM’s, periodonto, músculos e tendões são fundamentais para a função estomatognática
Propriocepção Orofacial:
• Reflexos de abertura e de fechamento bucal 
• Manutenção da posição postural da mandíbula 
• Manutenção do espaço funcional livre 
• Manutenção da posição oclusal 
• Graduação precisa da força mastigatória de acordo com as características do alimento
Centros encefálicos superiores:
• Componente consciente da propriocepção 
• Controle volitivo
*ATM: movimentos de translação, movimentos simultâneos 
Propiocepção da ATM: percepção do posicionamento da mandíbula durante a postura orofacial, direção e velocidade dos movimentos da mandíbula durante as funções habituais, discriminação do tamanho e resistência dos objetos interpostos entre os dentes, controle e coordenação reflexa dos músculos que operam sobre a articulação.
Propioceptores periodontais: sensíveis a qualquer deslocamento dental dentro do alvéolo; extrema sensibilidade (pressão de 0,7g aplicada à superfície oclusal, diâmetros de 0,02 a 0,2 mm interpostos entre os dentes, diâmetros de 0,7mm interpostos entre os arcos). Tem um importante papel no Controle reflexo da intensidade da contação muscular durante a mastigação. 
*A perda do feedback sensorial a partir do peridonto afeta drasticamente o padrão normal de mastigação
-> Diminuição da capacidade de regular a força mastigatória de acordo com as características dos alimentos
-> Diminuição da força de mordida
-> Aumento do numero de ciclos mastigatórios e diminuição de sua frequência
*Reflexo de proteção contra sobrecarga:
Alimento muito duro -> deformação exagerada do periodonto e excitação receptores de alto limiar -> reflexo protetivo de abertura bucal 
Implantes osseointegrados: 
- Não há propriocepção periodontal
- Percepção deficiente de contatos prematuros 
- Perda do reflexo protetor periodontal 
- Mastigação traumática 
- Forças oclusais diretamente sobre o osso
*A maioria dos fracassos em implantodontia se devem a sobrecarga oclusal
Receptores proprioceptivos musculo-tendineos:
- feedback contínuo das informações sensoriais de cada músculo para o SNC (comprimento, tensão e velocidade das alterações de comprimento e tensão)
O Núcleo Mesencefálico do Trigêmeo:
- As fibras que carreiam a informação proprioceptiva dos músculos e tendões da região orofacial têm seu corpo celular localizado no núcleo mesencefálico do trigêmeo. São, portanto, as únicas fibras aferentes primárias cujo corpo celular reside no SNC!!!
**Posição Oclusal:
• Contração isométrica mantida da musculatura elevadora 
• Integração de aferências dos proprioceptores periodontais, da ATM, da língua e mucosa e músculos 
- Limites:
• Receptores periodontais; forças sentido labial ou vestibular X axiais 
• Receptores musculares; comprimento vertical X alterações médio laterais 
Manutenção postural da mandíbula:
POSIÇÃO DE REPOUSO - tende a estirar a musculatura elevadora -> excitação do neurônio sensitivo fusal -> excitação monossináptica do neurônio motor alfa -> reposicionamento mandibular 
Fusos musculares: 
- Receptores intramusculares: respondem ao estiramento do músculo. Informações sobre o comprimento muscular.
* As variações do comprimento muscular são codificadas em frequência de potenciais de ação pelas fibras aferentes fusais.
* Atividade fusal tônica: Tônus muscular.
*Inervação recíproca: interconexão da inervação de músculos atuantes sobre uma mesma articulação.
 CONTROLE MOTOR 
“mover as coisas é tudo o que o ser humano pode fazer, e para tanto o único executor é o músculo, não importa se sussurrando um sílaba ou derrubando uma floresta.”
Movimentos:
Reflexos
Voluntários 
Rítmicos 
1-Simples; rápidos; estereotipados; involuntários; podem ser integrados na medula ou núcleo motor do trigêmeo.
2-Há um proposito, objetivo a ser alcançado; complexo; execução melhora com a pratica. 
3- Combina características de movimento reflexo e voluntário; pode ser modificado ou interrompido por impulsos provenientes do encéfalo ou informações sensoriais da periferia.
CONTROLE MOTOR:
• Controle do momento de execução de um movimento 
• Planejamento de ajustes posturais adequados para determinados movimentos 
• Compensações da inércia dos membros e da disposição mecânica dos músculos, ossos e articulações antes de iniciar o movimento
PAPEL DA INFORMAÇÃO SENSORIAL NO CONTROLE MOTOR:
• Informar o que está acontecendono ambiente 
• Informar a posição e orientação do corpo e dos membros e o grau de contração dos músculos 
* A elegância e a simplicidade dos movimentos normais executados automaticamente dependem de um contínuo fluxo de informações visuais, somatossensoriais e posturais para os sistemas motores. A suavidade do controle motor normal é perdida se o sistema motor é privado dessas informações sensoriais
Sistema motor - Organização Hierárquica:
Córtex 
Tronco cerebral 
Medula Espinhal 
Cerebelo 
Gânglios da Base
MEDULA ESPINHAL:
 Seus circuitos neuronais podem mediar movimentos reflexos e automatismos rítmicos sem a influência de centros superiores 
 Extensa intercomunicação das fibras proprioespinhais entre os diferentes níveis da ME 
 A temporização da ativação e de músculos agonistas e antagonistas é intríseca ao circuito espinhal
*movimentos reflexos: 
-classificação: 
1- espinhais ou cranianos. 
2- somático; autonômico; endócrino. 
3- de natureza inata ou aprendida.
4- mono ou polissináptico.
Movimentos rítmicos: 
- Circuitos medulares ou no tronco encefálico (mastigação) 
-> Padrão motor básico 
-> Ritmicidade
- Vias descendentes: inicio e controle adaptativo
- Aferências periféricas: modulação: interação
Córtex Cerebral:
- O homúnculo motor 
Córtex Motor: 
- Aferências das áreas de associação pré-frontal integram a informação sensória com o conhecimento armazenado.
- principais aferências para o córtex motor: cerebelo, gânglios da base, tálamo, córtex sensorial de associação temporal e pré frontal. 
CEREBELO
 monitora e faz ajustes corretivos para que os movimentos sejam executados de acordo com os sinais enviados pelo córtex. 
 ajuda o córtex a planejar o próximo movimento seqüencial 
 coloca em seqüência as atividades motoras: 
- escala temporal
- progressão suave de um movimento para o outro 
*Essencial para atividades motoras complexas (aprendidas como dançar) e atividades motoras rápidas (correr, tocar piano). 
*Sua perda não causa paralisia de qualquer músculo, mas os movimentos ficam totalmente descoordenados.
*10% do encéfalo e mais da metade dos neurônios 
Controle do equilíbrio: função do aparelho vestibular em associação com o cerebelo e núcleos reticulares pontineos e bulbares.
GÂNGLIOS DA BASE: 
- Função principal: planejamento de estratégias motoras complexas 
- Controlam a intensidade relativa dos movimentos, a direção e a sequencia dos movimentos sucessivos e paralelos.
- Mal de Parkinson: degeneração de neurônios dopaminérgicos da substância negra que se projetam para o estriado. Alterações motoras: dificuldade de iniciar movimentos; movimentos lentos; tônus aumentado; tremor no repouso
* Quase todas as fibras que ligam o Córtex a ME passam entre o núcleo caudado e o Putamên.
ÁUDIO:
Nós temos um sistema neural que controla os nossos movimentos, que se dividem em reflexos, voluntários e rítmicos. Essa rede neural é extremamente importante para o controle e execução de um movimento conforme o programado, para o planejamento de ajustes posturais adequados pra determinados movimentos e a compensação da inercia dos membros e da disposição mecânica dos músculos, ossos e articulações antes de iniciar um movimento. 
Planejamos e ajustamos postura e músculos para manter o equilibro e alcançar um movimento. Quem faz isso é essa rede neural, dotada de níveis hierárquicos que planeja, ajusta e executa esses movimentos. 
A informação sensorial, para isso, é muito importante. Exemplo: olhar e analisar a distancia do corpo até um objeto que se deseja alcançar. Analisar a distancia do objeto nos permite executar o movimento motor com precisão.
Diversas outras informações sensórias, não so a visual, são levadas em conta para corrigir e planejar movimentos. 
Córtex motor é o ultimo nível de processamento de planejamento do movimento. O córtex motor manda ordem para a execução do movimento por vias descendentes que partem do córtex e chegam a medula espinhal com padrão de contração necessária para os músculos. Esse planejamento fino é feito principalmente por áreas pre-motoras do córtex cerebral e com a ajuda dos gânglios da base e do cerebelo. Os gânglios da base auxiliam o córtex cerebral a planejar movimentos complexos.
Além dessas estruturas de planejamento, temos o tronco cerebral atuando de forma importante no controle motor, e a medula espinhal.
A medula espinhal contem circuitos neuronais que podem mediar movimentos reflexos e automatismos rítmicos sem a influencia dos centros superiores. Temos diversos movimentos reflexos que não dependem de nenhuma outra parte do SNC além da medula espinhal. Para isso, a ME tem extensa comunicações das fibras propioespinhais entre seus diferentes níveis. 
Exemplo: Reflexo patelar. O reflexo patelar é detectado também em pacientes tetraplégicos já que todos os neurônios envolvidos nesse reflexo estão a nível medular.
A marcha é um movimento rítmico cujo o padrão de contração de músculos agonistas e antagonistas está localizado na medula espinhal. Obviamente, um tetraplégico não anda, mas porque não consegue manter a postura corporal. 
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO:
 O Sistema nervoso autônomo, assim como o sistema nervoso motor somático, é parte eferente do sistema nervoso 
ÓRGÃOS EFETORES VISCERAIS E INERVAÇÃO AUTONÔMICA 
DIVISAO PARASSIMPATICA:
Tronco encefálico (III, VII, IX e X) e Medula sacral 
DIVISAO SIMPÁTICA 
Medula toraco-lombar
* Os nervos autonômicos não inervam necessariamente o segmento corporal de onde se originam
SNPS:
O nervo vago transporta 75% das fibras parassimpáticas
Os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos se localizam na parede dos órgãos inervados
Junção neuromuscular do ML :
 A liberação difusa do NT faz com que um único neurônio possa afetar grande área do tecido alvo 
 A [NT] é o principal fator de controle que o neurônio autonômico exerce sobre seus tecidos alvos.
Efeito da estimulação simpática e parassimpática sobre órgãos específicos:
Foco do cristalino 
Parassimpático: contrai o músculo circular da íris causando constrição pupilar 
Focalização de um objeto próximo (parassimpático contração do músculo ciliar) Abertura pupilar
Glândulas:
* salivares e gastrointestinais
 -Parassimpático: estimula secreção copiosa , essencial na digestão 
-Simpático: Vasoconstricção (sensação de ‘boca seca’, úlceras) 
 *Glândulas sudoríparas 
-Simpático: Sudorese copiosa (colinérgica) 
*Glândulas apócrinas 
-Simpático: Secreção espessa odorífera
Sistema cardiovascular (O SNA CONTROLA: )
 Freqüência cardíaca
  Força de contração cardíaca  Constrição dos vasos sanguíneos 
 Pressão arterial
SIMPÁTICO - Aumenta a atividade global do coração: ↑ Freqüência ↑ Força 
PARASIMPATICO - ↓ Freqüência sem afetar a força
* O SN Simpático exerce controle tônico sobre os vasos sanguíneos aumentando a resistência periférica total (contrai os vasos)
RESPOSTA A ALARME OU ESTRESSE: Descarga em massa do SN Simpático:
↑ PRESSAO ARTERIAL 
↑ FLUXO SANGÜÍNEO (músculos) - ↓ FLUXO SANGÜÍNEO (órgãos) 
↑ CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE NO SANGUE 
↑ FORÇA MUSCULAR 
↑ METABOLISMO CELULAR EM TODO O CORPO 
↑ DA ATIVIDADE MENTAL 
↑ VELOCIDADE DE COAGULAÇÃO DO SANGUE

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