Buscar

Resumo Gestão da Cadeia de Suprimentos - Anotações Aulas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (GST0189/2032144) 9010 
 
Aula 1: Cadeia de Suprimentos - Conceitos e Objetivos 
 
Cadeia de Suprimentos: Corresponde ao conjunto de processos requeridos para obter materiais, agregar-
lhes valor de acordo com a concepção dos clientes e consumidores e disponibilizar os produtos onde os 
mesmos desejarem. Produtos e materiais são movimentados ao longo da cadeia de suprimentos, fluindo 
dos clientes e consumidores para a produção, daí para a distribuição, dependendo dos modelos e 
concepções de produtos. Com o mundo globalizado e a competitividade cada vez mais acirrada, o estudo 
da Cadeia de Suprimentos, passou a ser fator preponderante para as empresas modernas. Podemos 
afirmar que os três elementos mais importantes na cadeia de suprimentos são: Transporte, 
Armazenagem, Estoque. 
 
A Logística, anteriormente, limitava-se a entrega de mercadorias onde o cliente determinava. Com o 
passar do tempo esses conceitos foram se alterando em função da exigibilidade cada vez maior da 
demanda e da concorrência. Pode-se conceituar a Logística em quatro etapas distintas que foram 
evoluindo ao longo dos anos. 
- Fase 1: Atuação Segmentada - No início do século XX, a produção era eminentemente agrária e a 
Logística tratava de transportar e distribuir esses produtos agrícolas. 
- Fase 2: Integração Rígida - A partir da década de 1940, o advento da 2ª guerra mundial, trouxe a 
necessidade da locomoção e ressurgimento de veículos, pessoas, alimentos, novas construções e aí a 
Logística recebeu uma configuração que se dividia em dois segmentos: Distribuição física e suprimentos. 
- Fase 3: Integração Flexível - Após o fim da 2ª guerra mundial, a Logística entra em outra fase a que 
denominou-se Fase da Integração Interna que preocupava-se então com o gerenciamento de transportes, 
suprimentos, gestão de estoques, armazenagem e suas atividades. 
- Fase 4: Integração Estratégica (SCM) - A partir da década de 1970, a produção industrial torna-se bem 
mais complexa em virtude das novas exigências da demanda, a produção em massa passa a ser uma 
realidade e aí a introdução da TI torna-se fundamental para o sucesso dos processos Logísticos. Mais 
adiante vemos então que as empresas entendem a necessidade da integração e o que hoje verificamos 
como Cadeia de Suprimentos, que deixou de ter apenas o contexto interno da empresa voltando-se 
também para os fornecedores e clientes. Assim temos então a fase da integração com o conceito e 
entendimento que todos os processos e elementos da Cadeia de Suprimentos são interligados. 
 
Na fase de integração, que passamos a chamar de Cadeia de Suprimentos, algumas preocupações a partir 
da década de 1990 passaram a fazer parte do estudo da Cadeia Logística, como: Impactos gerados ao 
meio ambiente; Parcerias e terceirizações; Postergação/Customização; Foco na demanda (nível de 
serviço); Custos; Desenvolvimento contínuo da Cadeia. 
Para entender melhor podemos raciocinar que as fases se desenvolvem em direção à integração total da 
Cadeia de Suprimentos. Desde a Logística Fragmentada ao conceito de Integração Estratégica. Os eventos 
e mudanças caminham nessa direção. Quando falamos de Logística Integrada consideramos uma 
evolução da integração do ambiente interno principalmente. É uma integração iniciada no estágio anterior 
e agora consolidada. A Integração flexível, é um estágio posterior. A flexibilidade se refere ao início da 
integração interna também para fora das fronteiras da empresa, envolvendo clientes e fornecedores, 
ampliação das aplicações da Tecnologia da Informação nos processos logísticos, em tempo real, inclusive 
com o surgimento de softwares específicos para operações logísticas. Na fase posterior ocorre a 
consolidação de uma integração mais ampla e estratégica que se prolonga até os nossos dias. 
 
Logística: Pode ser definida como a parte da Cadeia de Suprimentos que gerencia, planeja e controla os 
fluxos de materiais e informações. Podemos também dizer que a Logística é a união dos quatro elementos 
básicos da Cadeia de Suprimentos: Aquisição, Movimentação, Armazenagem, Entrega. 
 
Objetivos da Logística: Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e eficaz 
para garantir a continuidade de suas atividades, o que as obriga a constantemente desenvolver vantagens 
em novas frentes de atuação. As demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela 
exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por preços declinantes, servem de 
exemplo aqui. Diante desse cenário, muitas empresas vêm empreendendo esforços para organizar uma 
rede integrada e realizar de forma eficiente e ágil o fluxo de materiais, que vai dos fornecedores e atinge 
os consumidores, garantindo a sincronização com o fluxo de informações que acontece no sentido 
contrário. As empresas que têm implementado o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM Supply 
Chaim Management) estão conseguindo significativas reduções de estoque, otimização dos transportes e 
eliminação das perdas, principalmente aquelas que acontecem nas interfaces entre as organizações e que 
são representadas pelas duplicidades de esforços. Como agregação de valor, estão conseguindo maior 
confiabilidade e flexibilidade, melhoram o desempenho de seus produtos e estão conseguindo lançar 
novos produtos em menores intervalos de tempo. 
 
Saiba mais - Todas as Aulas 
Acesse: www.abepro.org.br/publicacoes --- www.guialog.com.br/artigos-log.htm --- 
www.scielo.org/php/index.php --- www.regeusp.com.br --- www.fae.edu/publicacoes --- www.ilos.com.br 
 
OBS: Em vez de focar os relacionamentos individuais, o conceito de cadeia de suprimentos? R: dá uma 
visão geral do fluxo de bens e serviços do fornecedor ao usuário final e o fluxo de pagamentos e 
informações em direção oposta. 
- Podemos dizer que são Blocos dos Fluxos Básicos? R: Demanda, Suprimento e Caixa. 
- Coordenação Inter Organizacional? R: É o planejamento das ações integradas entre as empresas que 
fazem parte da Cadeia de Suprimentos. 
 
Aula 2: Fundamentos da Logística - Conceito de Atividades e Ciclo de Atividades Logísticas 
 
A Logística é uma atividade meio e não atividade fim. A Logística é uma atividade de apoio, propiciando 
auxílio, principalmente, a produção e ao marketing. Os fundamentos da Logística a nível estratégico são: 
Nível de serviço ao cliente; Redução/Otimização dos custos. 
A Logística existe para satisfazer as necessidades dos clientes. A logística tem dois fundamentos mais 
importantes: custo total e livre de serviços. O nível de serviços tem três características fundamentais: 
disponibilidade do produto, desempenho e eficiência operacional e confiabilidade, ou seja, marcou data, 
quantidade e hora, os produtos são entregues e é exatamente isso que o cliente quer. As atividades 
logísticas que influenciam o nível de serviço, basicamente são: Transportes que é quem entrega o produto 
no momento que há necessidade; Estoques; Armazenagens; Embalagem e Manuseio e os Canais de 
distribuição. São reunidos em três atividades principais: suprimentos, distribuição física e produção. 
O nível de serviço compreende disponibilidade, desempenho operacional e confiabilidade do serviço. 
 
A principal unidade de análise da Logística é o ciclo de atividades. A análise da integração logística em 
termos de ciclos de atividades fornece uma perspectiva básica da dinâmica, das interfaces e das decisões 
que devem ser vinculadas para a criação de um sistema operacional. A competência logística é alcançada 
através da coordenação das atividades logísticas: tecnologia da informação, transportes, estoques, 
armazenagem, embalagem e manuseio e canais de distribuição. A tecnologia da informação é decisiva 
para uma comunicação rápida e precisa nos processos logísticos. 
 
- Transporte: é a função da Logística que posiciona geograficamente os produtos, portanto o transporteé 
visto de forma especial pois além de sua importância, é também responsável por uma parcela substancial 
dos custos na Cadeia de Suprimentos. 
- Estoques: são formados pelas empresas em função das incertezas quanto a demanda e/ou quanto ao 
ressuprimento. Os estoques trazem impactos em custos importantes para a Cadeia de Suprimentos, 
assim como uma perigosa relação de riscos, além de imobilizar capital da empresa. Esses aspectos são 
diretamente proporcionais ao tamanho do estoque. Atualmente as empresas buscam ter seus estoques 
em níveis mínimos possíveis, já que estoque zero é muito difícil para a grande maioria das empresas. 
- Armazenagem: é também um aspecto bastante importante na Cadeia de Suprimentos, pois envolve 
diversas atividades logísticas, podendo também gerar custos bem expressivos se mal administrados. 
Quando nos referimos a armazenagem estamos nos reportando aos espaços físicos, armazéns, onde são 
guardadas, estocadas, as mercadorias. Podemos afirmar que a função precípua de um armazém é a de 
preservar fisicamente as mercadorias ali guardadas, mantendo sua qualidade original. 
- Canais de distribuição: são as formas pelas quais a empresa faz chegar até o seu cliente os seus 
produtos. O fluxo de distribuição pode conter diversos elementos a que chamamos de intermediários, 
todos com a função de oferecer aos clientes os produtos dos fabricantes. São elementos desse fluxo além 
dos fabricantes: Distribuidores (atacadistas); Representantes; Varejistas; Consumidor final. Quanto maior 
o nº de participantes do fluxo de distribuição, maior será o custo agregado que será repassado para o 
preço final do produto. 
- Manuseio das mercadorias podem ser influenciados por alguns aspectos como: Embalagem - as 
embalagens devem dar suporte ao manuseio em função da segurança quanto a danos nos produtos; 
Equipamento - A movimentação das mercadorias também depende quanto a segurança e agilidade dos 
equipamentos que estão sendo utilizados; Produto – As características do produto também vão influenciar 
no manuseio, como a forma física do produto. 
 
A logística de produção é uma etapa da cadeia de suprimentos onde a Logística apoia principalmente 
quanto ao ressuprimento de matérias primas, insumos, materiais auxiliares, materiais de embalagem, 
etc. ... O elo da cadeia de suprimentos a que chamamos de Logística de Suprimentos é o elo intermediário 
entre o elo de Suprimentos que passa a ser o seu fornecedor interno e o elo de distribuição que passa a 
ser seu cliente interno. Essa consecução de atividades e processos devem estar bem harmoniosos de 
forma que não se verifique descontinuidades na Cadeia de Suprimentos vindo a prejudicar o seu fluxo de 
funcionamento. Podemos portanto definir as atividades logísticas em três macro processos, dentro da 
Cadeia de Suprimentos, que são: Logística de Suprimentos (in bound); Logística de Produção; Logística 
de Distribuição (out bound). 
- Logística de Suprimentos: É a série de atividades logísticas que tratam de suprir a Cadeia de 
Suprimentos. Inicia-se nos procedimentos de compras, recebimento, conferência, armazenagem e 
controle com a finalidade de dar apoio ao seu cliente interno que é a Logística de Produção. 
- Logística de Produção: É exatamente o elo da Cadeia de Suprimentos encarregada de após suprida pelo 
seu fornecedor interno, a Logística de Suprimentos, transformar as matérias primas e outros materiais em 
produtos finais que são aqueles desejados pelos clientes conforme a definição do marketing. Esses 
produtos após finalizados e embalados são encaminhados para o seu cliente interno que é a Logística de 
Distribuição. 
- Logística de Distribuição: Esse é o último elo interno da Cadeia de Suprimentos, é nesse ambiente que 
são acolhidos os produtos já finalizados, armazenados para então serem entregues ao cliente. Nesse elo 
também encontram-se atividades logísticas importantes como: picking, faturamento, expedição, 
distribuição física, essa última atividade considerada a eficácia da cadeia de suprimentos. A distribuição 
física está relacionada com as atividades de vendas e marketing. Envolve quatro atividades relacionadas: 
transmissão de pedidos, seleção de pedidos, transporte do pedido e entrega ao cliente. 
 
OBS: Para se obter o sucesso do cliente, uma das dimensões necessárias a excelência logística é? R: 
maior sincronização e cooperação das informações 
- O gerenciamento logístico na atualidade se faz através de? R: Integração Funcional 
 
Aula 3: Cadeia de Suprimentos - Identificação e Visão Integrada dos Fatores Chaves 
 
Previsão de Demanda: Consiste na fixação da quantidade de produtos e serviços correspondente de que 
os clientes necessitarão em determinada situação. Desequilíbrios nesse processo vão acarretar problemas 
de falta ou sobras nos estoques. Deve ser um dos processos mais bem identificados e entendidos, pois a 
definição da demanda nos informa o potencial de vendas futuras em relação a quantidade. As Previsões 
de Marketing em relação a demanda futura determinam a alocação de pessoal de vendas, estratégias 
promocionais, de preços e atividades referentes à pesquisa de mercado. As Previsões de Produção 
determinam escalas de produção, estratégias de aquisições e compras e decisões referentes ao inventário 
de fábrica. As Previsões de Administração da Logística fixam as quantidades pertinentes a cada item 
produzido que serão transportadas aos diversos mercados que a empresa atende. 
 
Ciclos de Atividades Logísticas 
- Suprimentos: Ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor e inclui todos os processos 
necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a fabricação ocorre sem atrasos. O 
fabricante faz pedidos de componentes aos fornecedores que possam reabastecer seus estoques. A 
relação é muito parecida com aquela entre distribuidores e fabricantes, com uma diferença significativa: 
enquanto os pedidos entre varejistas e distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda 
do cliente, os pedidos dos componentes podem ser determinados com precisão, uma vez que o fabricante 
já decidiu qual será sua programação de produção. Assim é importante que os fornecedores estejam em 
contato com a programação de produção do fabricante. Os processos desse ciclo de acordo com o autor 
Meindl (2006) são: Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades; de estoque; 
Programação da produção do fornecedor; Fabricação e transporte dos componentes; Recebimento pelo 
fabricante. 
- Produção: Ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante) e inclui todos 
os processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do distribuidor (ou varejista). Esse ciclo é 
acionado pelos pedidos dos clientes, pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou pela previsão 
de demanda dos clientes e pela disponibilidade atual de produtos nos depósitos de produtos acabados do 
fabricante. Os processos envolvidos nesse ciclo são os seguintes, segundo o autor Meindl (2006): 
Chegada do pedido; Programação para Produção; Fabricação e Transporte; Recebimento. 
- Distribuição: Acontece na interface entre o varejista e o distribuidor ou fabricante e engloba todos os 
processos ligados ao reabastecimento dos estoques do varejista. Inicia-se quando um varejista faz um 
pedido para reabastecer estoques que deverão atender a uma futura demanda. Em alguns casos, o 
reabastecimento é feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados. Em outros 
casos, o reabastecimento é feito diretamente pela linha de produção do fabricante. O objetivo do ciclo de 
reabastecimento é restaurar os estoques dos varejistas a um custo mínimo e oferecer simultaneamente a 
disponibilidade de produtos necessários ao cliente. Os processos envolvidos no ciclo de reabastecimento 
são os seguintes, de acordo com o autor Meindl (2006): Acionamento do Pedido do Varejista;Emissão do 
Pedido do Varejista; Atendimento ao Pedido do Varejista; Recebimento do Pedido pelo Varejista. 
- Processamento de Pedidos: O processamento do pedido irá gerar o que chamamos de ciclo do pedido. É 
fácil entender que quanto mais ágil e curto esse ciclo, mais rápido o cliente estará recebendo seu pedido e 
consequentemente efetuando seu pagamento. O ciclo do pedido é composto por alguns elementos como: 
Preparação e transmissão do pedido; Recebimento e entrada do pedido; Processamento do pedido; 
Picking (separar itens do pedido); Expedição; Distribuição e entrega. 
- Fluxo de Informações: Esse fluxo começa pelo cliente que irá informar o que deseja consumir e quanto 
quer consumir, envolve–se então os fornecedores e as áreas internas da empresa e principalmente a rede 
de transportes e de instalações da empresa. Todo esse transito de informações necessita de suporte de TI 
para que haja rapidez e segurança. 
- Inventários: São também uma atividade crítica dentro da Cadeia de Suprimentos pois vai servir de 
controle aos estoques, atendendo assim os controles fiscais e financeiros da empresa. Os inventários são 
contagens físicas que podem ocorrer de diversas formas mas que darão a empresa o que chamamos de 
saldo físico e que será confrontado com o saldo existente no banco de dados da empresa e que 
chamamos de saldo contábil. Eles servem portanto para a verificação das informações dos estoques e 
para corrigir alterações dos planos de estocagem. 
- Transporte: Os transportes podem impactar substancialmente os custos das empresas. A escolha do 
modal de transporte a ser utilizado é um dos principais requisitos a serem verificados num planejamento 
de transportes. Escolhido o modal será necessário fazer uma gestão bastante competente, pois os 
mesmos agregam os aspectos tempo x distância e esses elementos são fundamentais para dimensionar o 
tempo de entrega ao cliente. 
- Armazenagem e Estocagem: Já entendemos que os armazéns são as instalações físicas onde são 
guardados os estoques. Os armazéns devem ser apropriados ao tipo de mercadoria que irão receber, ali 
essas mercadorias serão movimentadas e um lay-out bem definido, prático e funcional, assim como os 
equipamentos adequados vão fazer com que os produtos tenham sua garantia contra danos. Nos 
ambientes de armazéns vários cuidados serão necessários, pois os estoques ali guardados, normalmente 
oferecem riscos que uma boa armazenagem vai eliminar. 
 
OBS: Qual estágio configura a extremidade inicial da Cadeia de Suprimentos? R: Fornecedor e fábrica 
 
Aula 4: Nível de Serviço ao Cliente Marketing e Logística 
 
O Marketing e a Logística devem ter uma interface muito grande, pois dessa forma os serviços oferecidos 
ao cliente serão efetivados. O nível de serviço ao cliente é toda e qualquer ação que uma empresa possa 
fazer para beneficiar o cliente. É preciso entretanto que o cliente perceba o valor do serviço oferecido. 
Relação Marketing e Logística: Agregar valor aos produtos e serviços, de forma que os benefícios 
oferecidos aos clientes sejam cada vez mais expressivos, continuamente, ao menor custo possível. O 
marketing é a área responsável por captar as informações dos mercados consumidores e desenvolver a 
visão que irá definir como é possível oferecer mais valor. O marketing é um processo social por meio do 
qual as pessoas e os grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e o que desejam com a criação, 
com a oferta e com a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. A Logística se refere à 
possibilidade de uma maior participação dos processos relacionados não só à movimentação, mas, 
principalmente, pela disponibilização dos produtos no lugar certo e na hora certa, que se refere ao 
processo de distribuição. Marketing gera ideias abstratas (fatores subjetivos); Logística trata de 
problemas concretos (estoques, frota, prazos de entrega, etc.); Deve-se buscar soluções de consenso, 
através da análise benefícios x custos. 
 
A seleção de uma boa estratégia logística exige muito dos mesmos processos criativos que o 
desenvolvimento de uma boa estratégia empresarial. Abordagens inovadoras para a estratégia logística 
podem oferecer uma vantagem competitiva peculiar, diferenciando-se de todos os concorrentes. Tem sido 
sugerido que uma estratégia logística tem três objetivos: Vantagem em custos; Vantagens nos níveis de 
serviços; Vantagens combinadas. Usando o processo de Logística, podemos obter uma vantagem 
competitiva, isto significa uma supremacia duradoura em relação a concorrência, obtendo a preferência 
dos clientes. 
- Vantagem em Custos: É a estratégia dirigida para minimizar os custos varáveis associados à 
movimentação e à estocagem. A maximização do lucro é a principal meta. 
- Vantagem nos Níveis de Serviços: São estratégias que normalmente reconhecem que as receitas 
dependem do nível de serviço logístico fornecido. Normalmente se diz que os clientes não compram 
produtos, compram satisfação. Para o seu produto não tornar-se “commodity”, - o diferencial ser o preço, 
pois o restante será igual aos concorrentes - temos que agregar valor. 
 
Os maiores desafios da Logística no ambiente atual são os seguintes: Explosão do serviço ao cliente. 
Redução do Ciclo de Vida dos Produtos. Globalização dos Negócios. Integração organizacional. Nível de 
Exigência do Nível de Serviço ao Cliente. Grau de Exigência do Nível de Serviço ao Cliente. 
As principais mudanças necessárias no Gerenciamento Logístico são: Encurtar o Fluxo Logístico. Melhorar 
a Visibilidade do Fluxo Logístico. Gerenciar a Logística como um Sistema. 
 
Para Ballou (1995) o custo total da logística é a soma dos custos de transporte, estoque e processamento 
do pedido, sob a perspectiva da cadeia de suprimentos. A origem do conceito de custo total baseia-se no 
fato de que algumas ações no sentido de reduzir os custos individuais de uma atividade logística podem 
implicar o aumento dos custos de outra. 
Objetivos da Logística: Reduzir o custo global de produtos e serviços; Gerar integração interna na 
empresa; Oferecer preços transparentes ao cliente; Obter altos giros de estoque; Estabelecer integração 
com fornecedores; Alcançar a qualidade desejada pelo cliente; Definir e cumprir prazos; Receber, 
monitorar e transmitir dados instantâneos e confiáveis. Resposta rápida; Redução da variância; 
Postergação; Consolidação; Apoio no ciclo de vida. 
 
Fatores do Nível de Serviço ao Cliente: Os estudos e pesquisas identificam três fatores fundamentais de 
serviço ao cliente: disponibilidade, desempenho e confiabilidade. - Disponibilidade: É a capacidade de ter 
o produto em estoque no momento que ele é desejado pelo cliente. Uma das práticas mais comuns em 
obtê-la é armazenar em antecipação aos pedidos dos clientes. O planejamento de estoque é baseado, 
normalmente, em previsões das necessidades e pode incluir estratégias diferenciadas para itens 
específicos podendo-se classificar como estoque básico e estoque de segurança. Um aspecto importante 
da disponibilidade é a política de estoques da empresa. - Desempenho Operacional: No projeto de sistema 
logístico, a unidade de análise é o ciclo de atividades (ex: ciclo de suprimento, ciclo de apoio à 
manufatura e ciclo de distribuição) e a estrutura dos ciclos de atividades fornece a lógica de combinação 
de nó, níveis, vínculos e atividades essências de apoio às operações. Medidas operacionais determinam o 
desempenho do ciclo de atividades quanto a: (1) velocidade; (2) consistência; (3) flexibilidade. O 
desempenho operacional envolve comprometimento logístico com o prazo de execução esperado e sua 
variação aceitável. - Velocidade: A velocidade do ciclo de atividade é medida pelo tempo decorrido desde 
o momento que um pedido é colocado até a chegada de remessa ao cliente. Há aqui há uma estreita 
relação entre a política de estoques e a velocidade de execução. Essa relação entre prazode execução do 
fornecimento e investimento do cliente em estoque é fundamental em operações logísticas baseadas no 
tempo. É a capacidade de ter o produto disponível onde e quando o cliente deseja. - Consistência: 
Embora a velocidade do serviço seja essencial, a maioria dos executivos da mais importância a 
consistência. Consistência é a capacidade da empresa executar seus serviços dentro do prazo de entrega 
esperado de maneira constante. – Flexibilidade: É a capacidade da empresa de lidar com solicitações 
extraordinárias dentro de serviço do cliente. A competência da empresa esta diretamente relacionada a 
maneira como são tratadas as situações inesperadas, de ser “maleável”. – Confiabilidade: Em logística, a 
qualidade é sinônimo de confiabilidade. Um fator fundamental da qualidade em logística é a capacidade de 
manter níveis de disponibilidade em estoque e de desempenho operacional planejado. A capacidade de 
informações rápidas e precisas ao cliente sobre operações logísticas e status de pedidos, são partes da 
qualidade. Os clientes consideram cada vez mais o fato de que informações antecipadas sobre o conteúdo 
e a posição de um pedido são mais fundamentais do que o próprio cumprimento do pedido completo. 
Clientes detestam surpresas. Quase sempre se conformam com situações de faltas ou atrasos quando são 
avisados antecipadamente. 
 
- Elementos de pré-transação do atendimento ao cliente: Política escrita de atendimento ao cliente, 
Acessibilidade, Estrutura organizacional, Flexibilidade do sistema. 
- Elementos de transação do atendimento ao cliente: Tempo de ciclo dos pedidos, Disponibilidade de 
estoque, Taxa de atendimento de pedidos. 
- Elementos pós-transação estão descritos na alternativa: Peças sobressalentes, Rapidez em atender aos 
chamados de reparo, Reclamação dos clientes. 
 
Aula 5: Tecnologia da Informação - Papel e Importância 
 
Os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um 
processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações 
logísticas. Estas operações tanto ocorrem dentro de uma empresa específica, bem como ao longo de toda 
a cadeia de suprimentos. - Hardware: Computadores e dispositivos para armazenagem de dados, 
instrumentos de entrada e saída do mesmo, tais como: impressoras de código de barras, leitores óticos, 
GPS. Etc. - Software: Sistemas e aplicativos/programas usados na Logística. 
 
Integração da Tecnologia da Informação com a Logística: Segundo Bowersox (2001) os sistemas de 
informações logísticas são para interligar atividades em que se deseja criar um processo integrado e este 
se baseia em quatro níveis de funcionalidade: sistema transacional, controle gerencial, análise de decisão 
e planejamento estratégico. 
- Sistema transacional: é a base das operações logísticas, nele é realizado o principal processo logístico, o 
ciclo do pedido, no qual serão executadas tarefas, como entrada de pedidos, alocação de estoques, 
separação de pedidos, expedição, formação de preços e emissão de faturas. Esse sistema transacional é 
caracterizado por regras formalizadas, comunicações interfuncionais, grandes volumes de transações e 
um foco operacional nas atividades cotidianas. 
- Controle gerencial: É o nível que utiliza as informações disponíveis no sistema transacional para o 
gerenciamento das atividades logísticas. Neste nível, podem-se encontrar atividades como mensuração 
financeira, gerenciamento de ativos, mensuração do serviço ao cliente e mensuração da qualidade e 
produtividade. 
- Apoio à decisão: É o nível que embasa as atividades operacionais táticas e estratégicas que possuem 
elevado nível de complexidade. Programação e roteamento de veículos, gerenciamento e níveis de 
estoque, configurações de redes são algumas atividades que se podem encontrar nesse nível de função 
logística. 
- Planejamento estratégico: É o quarto e último nível de funcionalidade da informação logística, em que as 
informações logísticas são sustentáculos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da estratégia 
logística. Nesse nível, encontram-se atividades como formulação de alianças estratégicas, 
desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacitação e oportunidades e análises do serviço ao cliente 
focadas e baseadas no lucro. 
 
Como fazer a integração total dos processos de uma empresa e articulá-los com clientes e fornecedores? 
A tecnologia da informação permite essa integração. A importância da Tecnologia da Informação para a 
cadeia de suprimentos é a de prover dados e informações com muita rapidez e precisão, iniciando na 
gestão do fluxo de informações, passando pela abordagem do vendedor ao cliente com a transmissão do 
pedido e os diversos controles necessários na cadeia. 
Um programa que integra todos os processos da empresa, chamamos de ERP. Alguns programas mais 
específicos para as operações logísticas na Cadeia de Suprimentos são: WMS: que dá apoio, 
principalmente as atividades de armazenagem e gestão de estoques. TMS: apoia especificamente as 
atividades de transporte. MRPII: ferramenta fundamental para decisões de produção e compras. 
 
OBS: Um gerente da cadeia de suprimentos de uma empresa de grande porte busca analisar os impactos 
do uso de tecnologias de informação sobre algumas das variáveis presentes em sua área. Marque a 
alternativa correta que lista três destas variáveis: R: Competitividade, integração e velocidade. 
- Qual a alternativa abaixo que melhor representa a sequência lógica dos cinco estágios de uma Cadeia de 
Suprimento? R: Cliente, Varejista, Distribuidor, Fornecedor e Fabricante. 
 
Revisão - Aula 1 a 5 
 
- Podemos afirmar que os três elementos mais importantes na cadeia de suprimentos são: Transporte. 
Armazenagem. Estoque. 
- Na fase de integração, que passamos a chamar de Cadeia de Suprimentos, algumas preocupações a 
partir da década de 1990 passaram a fazer parte do estudo da Cadeia Logística, como: Impactos gerados 
ao meio ambiente. Parcerias e terceirizações. Postergação/Customização. Foco na demanda (nível de 
serviço). Custos. Desenvolvimento contínuo da Cadeia 
- Podemos também dizer que a Logística é a união dos quatro elementos básicos da Cadeia de 
Suprimentos: Aquisição. Movimentação. Armazenagem. Entrega. 
- A Logística é uma atividade meio e não atividade fim. A Logística é uma atividade de apoio, propiciando 
auxílio, principalmente, a produção e ao marketing. Os fundamentos da Logística a nível estratégico são: 
Nível de serviço ao cliente; Redução/Otimização dos custos. 
- Podemos notar que alguns processos são comuns a todos os elos da Cadeia de Suprimentos e são esses 
processos portanto que trazem mais impactos em custos para a Cadeia, são eles: Transportes. 
Armazenagem. Estoques. 
- Podemos portanto definir as atividades logísticas em três macro processos, dentro da Cadeia de 
Suprimentos, que são: Logística de Suprimentos (in bound). Logística de Produção. Logística de 
Distribuição (out bound). 
- O Marketing é o setor responsável por entender, captar o que os clientes desejam e de transformar 
esses desejos em produtos e ou serviços. Marketing gera ideias abstratas (fatores subjetivos); Logística 
trata de problemas concretos (estoques, frota, prazos de entrega, etc); Deve-se buscar soluções de 
consenso, através da análise benefícios x custos. 
- Alguns programas mais específicos para as operações logísticas na Cadeia de Suprimentos sâo: WMS: 
que dá apoio, principalmente as atividades de armazenagem e gestão de estoques. TMS: Apoia 
especificamente as atividades de transporte. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de 
cargas de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, 
consoante as suas necessidades; MRPII: ferramenta fundamental para decisões de produção e compras. 
 
OBS: O estoque cíclico: R: é a quantidade média de estoqueutilizada para satisfazer a demanda entre o 
recebimento das entregas vindas dos fornecedores. 
 
Aula 6: Tecnologia da Informação - Sistemas Logísticos de Informações 
 
Feldens (2005) como resultado de sua pesquisa, destaca a identificação de seis variáveis impactadas pelo 
uso da TI na SCM, sendo elas: Integração, Processos de Armazenagem, Transportes e Movimentação, 
Velocidade, Competitividade e Coordenação Interorganizacional. 
Em uma abordagem mais simples, a Ti possibilita a integração entre os diferentes departamentos das 
empresas, possibilitando a harmonização das operações logísticas, ao longo da Cadeia, tanto quanto a 
integração cliente/fornecedor quanto a integração com os diversos parceiros e terceirizados. Através da 
gestão do fluxo de informações. 
- Integração: É a organização que acontece entre os diversos departamentos da empresa e seus parceiros 
externos que são partes integrantes da Cadeia de Suprimentos. A TI permite a simplificação, rapidez e 
segurança no intercâmbio de informações, auxiliando nos processos decisórios. É a extensão da conexão 
intra e entre as atividades da organização e de seus parceiros. 
- Processo de Armazenamento, Transporte e Movimentação: O custo logístico total se divide em: custos 
de estoque e armazenamento, de transporte e movimentação, e de instalações. O emprego da TI nos 
processos pode reduzir os custos de armazenamento e de movimentação, pelo melhor planejamento 
destas atividades e pela diminuição de processos administrativos. 
- Competitividade: O uso da TI viabiliza iniciativas de resultado em ganhos de vantagens competitiva para 
a cadeia, como: agilidade, velocidade de resposta, aumento da flexibilidade, atendimento personalizado, 
maior satisfação do cliente e atuação em diferentes mercados. 
- Velocidade: A TI proporciona a agilização dos processamentos de informações e eliminação de 
atividades redundantes, aumentando assim a velocidade dos processos da cadeia. 
- Coordenação Interorganizacional: Trata-se do planejamento de ações integradas entre as organizações, 
tais como a formação de alianças entre os componentes da cadeia. 
 
Princípios Básicos Operacionais: Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios básicos, 
tais como: disponibilidade, precisão, atualização em tempo hábil e flexibilidade. 
- Disponibilidade: Disponibilizar as informações logísticas em tempo hábil, e de forma consistente. 
- Precisão: As informações disponíveis pelos Sistema de Informação numa base de dados precisam ser 
precisas, ou seja, apresentar conformidade com as novas informações que entram no sistema. 
- Atualização em Tempo Hábil: Proporciona em retorno rápido de informações a nível gerencial. Eventuais 
atrasos em tal atualização ocasionam inconsistência entre a demanda real e a registrada no sistema o que 
implica em perda de vendas, e aumento de estoque 
- Flexibilidade: Os sistemas devem ser flexíveis o suficiente, de forma a promover a satisfação dos 
clientes, e atender suas necessidades mais especificas. 
 
A tecnologia da informação está sendo compreendida como envolvendo todos os aspectos de 
computadores (Hardware e Software), sistemas de informação, telecomunicação e automação de 
escritórios. A TI tem afetado a competição ao alterar a estrutura do setor, criar novos negócios e 
proporcionar vantagens competitivas. De acordo com Porter e Millar (1985), a TI permeia toda a cadeia 
de valor e também o sistema de valor, impactando processos, estruturas e até mesmo produtos. 
- Algumas aplicações da Tecnologia de Informação: Código de Barras; Coletores de Dados; Intercâmbio 
Eletrônico de Dados (EDI); Sistema de Estoque Gerenciado para Vendedor (VMI); Gerenciamento de 
Transportes (TMS); Geo-Positioning System (GPS); Sistema de Gestão de Armazém (WMS); Identificação 
por Rádio Frequência (RFID); Sistema Integrado de Gestão (ERP); Sistema de Gestão de Relacionamento 
com Clientes (CRM). 
 
Aula 7: Estratégia de Estoques - Características, Tipos, Funções e Custos de Manutenção 
 
A gestão de estoques é uma atividade integrada com o gerenciamento da cadeia de suprimentos. A 
administração de estoques é de importância significativa na maioria das empresas, tanto em função do 
próprio valor dos itens mantido em estoque, associação direta com o ciclo operacional da empresa, os 
níveis de estoques dependem em grande parte do nível de vendas. O estoque tem uma participação 
crucial na capacidade da cadeia de suprimento em apoiar a estratégia competitiva da empresa. As 
empresas necessitam ter estoques em função das incertezas. Essas incertezas se reportam a demanda 
e/ou ao ressuprimento. Incerteza quanto a demanda é quando a empresa não tem noção de quanto irá 
vender de cada um de seus itens em estoque. A incerteza quanto a ressuprimento, diz respeito ao 
fornecimento. 
 
- Função dos Estoques: Suprir os clientes, internos e externos de uma empresa através de um controle 
lógico e racional, minimizando o capital investido. Garantir disponibilidade de insumos para a produção; 
Amortecer o período de ressuprimento; Reduzir o custo do transporte (maiores lotes); Garantir 
atendimento ao mercado. 
- Política dos Estoques: Não deixar faltar material, seja a seus clientes internos e/ou externos otimizando 
a imobilização dos recursos financeiros e materiais. 
 
Tipos de Estoques: Os estoques se dividem em categorias, sendo estas vinculadas ao fluxo de material e 
à forma em que será encontrado. Para Bertaglia (2003), se dividem em: - Matéria-prima: São os itens 
que sofrem alterações durante o processo de produção; - Produto em processo: Refere-se ao produto 
durante as diferentes fases do processo de produção; - Produto semi-acabado: São aqueles que ficam 
estocados, esperando alguma operação a mais que os adaptem a variadas formas de uso; - Produto 
acabado: São aqueles onde já foram realizadas e finalizadas todas as operações do processo produtivo, 
inclusive os testes finais, e aprovados pelo controle de qualidade; - Estoque de distribuição: É o item já 
examinado, passado ao centro de distribuição devido as exigências logísticas; - Estoque em consignação: 
São os estoques que ficam com o cliente, mas que por alguma negociação ou acordo mutuo continua na 
propriedade do fornecedor, até que seja utilizado; - Provisão de materiais para manutenção, reparos e 
operações produtivas MRO: Nessa classe estão itens já usados que passam favorecer as operações da 
organização. 
 
Custos e riscos do estoque: Imobilização do capital de giro; Ocupação e manutenção de áreas; 
Necessidade de equipe para controle; Seguros; Roubos e furtos; Avarias; Deterioração; Obsolescência; 
Custo de faltar estoque. 
- Custos diretamente proporcionais: Ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade 
média estocada. Ex.: quanto maior o estoque, maior o custo de capital investido. Do mesmo modo quanto 
maior a quantidade de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo de aluguel. 
- Custos Inversamente proporcionais: São custos os fatores de custos que diminuem com o aumento do 
estoque médio. Isto é quanto mais elevado os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-
versa). São os denominados custos de obtenção, no caso de itens comprados e custos de preparação, no 
caso de itens fabricados internamente. 
- Custos independentes: São aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa. Ex.: o 
custo do aluguel de um galpão. Ele geralmente é um valor fixo, independente da quantidade estocada. 
Se somarmos os três fatores de custos, teremos os custos totais decorrentes das necessidades de se 
manter os estoques (CT): CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente proporcionais + 
Custos independentes. 
 
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais: 
- Inventário físico: consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O inventárionão 
deve ser efetuado em excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem gerenciado; 
- Inventário Periódico (anual): que é feito no final de cada período contábil, tem efeito fiscal e é feito em 
todos os itens. 
- Inventário Rotativo: que tem como finalidade detectar e corrigir diferenças, reduzir e eliminar possíveis 
perdas e é realizado em um número reduzido de itens, realizado durante o período contábil, feito de 
acordo com o período estabelecido pela empresa, dependendo dos riscos envolvidos. 
- Nível de serviço ou nível de atendimento: indica qual o nível de atendimento, quão eficaz foi o estoque 
para atender às solicitações dos clientes; nº de requisições atendidas/nº de requisições efetuadas. 
- Giro de estoques: mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou; Valor 
consumido no período/Valor de estoque médio no período. 
- Cobertura de estoques: indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio 
será suficiente para cobrir a demanda média; Nº de dias do período em estudo/Giro. 
 
Análise de estoques pelo método ABC: A análise ABC classifica as mercadorias através de alguma medida 
de desempenho para determinar quais itens não devem faltar no estoque, quais itens podem ficar em 
falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser excluídos da seleção de estoque. A análise ABC 
utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos estoques ou vendas são provenientes 
de 20% dos itens em estoque ou vendidos. 
Curva ABC: Itens Classe “A”: São os itens mais importantes e devem receber maior atenção; De grande 
importância monetária; Representam 80% do valor total; Representam 20% da quantidade. Itens Classe 
“B”: Itens intermediários. Devem ser tratados após as decisões sobre os da Classe “A”; Representam, em 
média, 15% do valor total; Representam 30% dos itens em estoque. Itens Classe “C”: Itens de menor 
importância; Valor monetário reduzido; Em geral, são 5% do valor total e representam mais de 50% da 
quantidade de itens. - Para a montagem da curva ABC, os seguintes passos devem ser observados: 
Relacionar os itens estocados no período que estiver sendo analisados; Número, nome ou referência do 
produto; Preços unitários atualizados; Valor total do consumo; Ordene os itens em ordem decrescente de 
valor; Some o total da demanda; Defina os itens da classe "A" = 80% da demanda; Defina os itens da 
classe "B" = 15% da demanda; Defina os itens da classe "C" = 5% da demanda; Após conhecidas as 
classificações, construir a curva valores de demanda x itens de cada classe. 
 
- A Tecnologia da Informação na Gestão de Estoques: A informação é um fator importante para melhorar 
a competividade da logística. É tecnologia-chave para aperfeiçoar o planejamento, as operações e a 
avaliação de desempenho. Os chamados PRRs (Programas de Resposta Rápida), surgiram com o objetivo 
de reduzir custos de produção e distribuição, bem como para intermediar o relacionamento entre 
empresas seus fornecedores e clientes, através do compartilhamento de informações. Ex.: EDI e VMI. O 
ECR (Eficiente Consumer Response): O sistema seria uma estratégia de negócios entre fabricantes do 
setor de alimentos e supermercados, a fim de atender as crescentes necessidades dos consumidores 
finais ao menor custo possível. 
- Fluxo Descontinuado de Material: Para Ching (2001) esse é o sistema clássico, comumente conhecido 
como método de empurrar estoque (push). O fluxo de material é “empurrado” ao longo do processo pela 
fábrica até a distribuição, para suprir clientes. Just in Time (JIT): Requer os seguintes pontos chaves: 
Qualidade. Velocidade. Confiabilidade. Flexibilidade. Compromisso. Esse sistema possibilita que a empresa 
possua estoques próximos do zero, mas tenha o produto e a matéria prima disponíveis em curtíssimo 
espaço de tempo. 
- Fluxo Continuo de Material: É um refinamento da filosofia do JIT. É comumente conhecido como método 
de puxar estoque (pull). As previsões de vendas, de médio e longo prazo, são agora usadas para planejar 
as necessidades de compras e devem refletir a sazionalidade da demanda. Quando o pedido do cliente 
chega, ele é transmitido on-line para a fábrica e não para o depósito. 
- Fluxo Sincrônico de Material: Define-se como um novo enfoque que está emergido, ainda mais eficiente, 
para o sistema de controle de produção. A produção e a distribuição de tornam integradas por meio do 
uso da tecnologia da informação. O Fluxo de material é balanceado de uma só vez ao longo do processo 
de compras/produção/distribuição por um sistema automatizado de gestão de materiais. Esse sistema 
fornece um fluxo sincronizado de informação que atualiza simultânea e instantaneamente todas as partes 
envolvidas: Fornecedores, fábricas, estoque regulador e distribuição. 
 
OBS: O ponto de ressuprimento é o nível de estoque no qual é necessário um pedido de reabastecimento 
de uma quantidade fixa pré-determinada de um item em um estoque. O ponto de ressuprimento na 
atividade de controle de estoque de materiais para abastecer um processo é identificado por: R: Demanda 
no lead time somado ao estoque de segurança. 
 
Aula 8: Gerenciamento de Depósitos - Centros de Distribuição 
 
De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o Centro de Distribuição (CD) é um armazém 
que tem por objetivo realizar a gestão dos estoques de mercadorias na distribuição física. Em geral, este 
armazém recebe cargas consolidadas de diversos fornecedores. Estas cargas são então fracionadas com 
intuito de consolidar os produtos em quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas 
aos pontos-de-venda, ou em alguns casos aos clientes finais. Conforme Moura (2002), a principal 
finalidade dos CDs consiste em oferecer melhores níveis de serviço ao cliente, através da redução do lead 
time (tempo de ressuprimento) pela disponibilidade dos produtos o mais próximo do ponto de venda, na 
localização geográfica junto ao principal mercado consumidor, oferecendo condições para agilizar o 
atendimento dos pedidos. Segundo Lima (2002), os armazéns de produtos acabados, antes gerenciados 
pelas próprias indústrias, deram lugar aos CDs, visto que os CDs têm como principal desafio atender 
corretamente a crescente demanda de pedidos. Esta demanda vem aumentando por dois motivos: 
primeiro, devido à maior variedade de produtos e, segundo, pela necessidade de melhor atendimento ao 
cliente. 
As principais atividades em um CD, segundo a Aslog, englobam: recebimento, movimentação, 
armazenagem, seleção de pedidos, expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco, como a 
colocação de embalagens e de rótulos e a preparação de kits comerciais. 
 
A escolha de um CD deve levar em consideração alguns fatores, e é a variação destes fatores que faz com 
que exista inúmeros tipos de CD (refrigerados, verticalizados, pequeno, médio e grande porte). A 
quantidade de intermediários existentes e/ou necessários; A diversificação dos canais de distribuição; A 
dimensão da área a ser atendida e os requisitos mínimos necessários para efetuar um serviço com 
qualidade e eficiência; As características do produto a ser entregue; A estrutura operacional mínima 
necessária. - Vantagens: Melhoria nos níveis de serviço em função de Centros de distribuição como 
vantagem competitiva nas reduções no tempo e no desempenho das entregas ao cliente/usuário; 
Redução nos gastos com transporte de distribuição; Facilita a gestão de materiais; Tende a melhorar o 
nível de serviço e o atendimento de pedidos completos isentos de danos, avarias e não conformidades; 
Reduz a burocracia; reduz custos de armazenagem; Reduz custos de inventários; Reduz custos de 
controle; Reduz custos de comunicação; aumenta a produtividade. - Desvantagens: Aumento nos custos 
de manutenção de estoques em função de aumentos nos níveis de estoque de segurança necessários para 
proteger cada armazémcontra incertezas da demanda; Aumento nos gastos com transporte de 
suprimento; Menor segurança física dos materiais; Menor flexibilidade de rotas; Diminui a proximidade 
com o cliente; Aumenta custos de inventário. 
 
Princípios da Armazenagem: - Planejamento: O planejamento de um armazém/ CD é primordial para o 
sucesso das operações da empresa, assim como para o retorno do capital investido. A instalação deverá 
ser adequada aos tipos de produtos que serão armazenados, bem como suas quantidades; - Flexibilidade 
Operacional: Um armazém/CD deverá ter um conceito flexível para que na necessidade de mudanças nas 
suas operações, poucas alterações devam ser feitas; - Simplificação do fluxo: Quanto maior for a 
simplicidade do fluxo de operações da instalação, maior e mais rápida será a compreensão pelo pessoal 
que ali opera; - Otimização do Espaço Físico: Os custos de armazenagem são diretamente proporcionais 
ao seu tamanho, portanto o aproveitamento/otimização do espaço físico, incide diretamente na gestão de 
custos da instalação; - Otimização de Equipamentos/Mão-de-Obra: Nesse sentido, deve-se repelir as 
improvisações. Equipamentos inadequados e mão de obra pouco treinada, traz riscos para as operações; - 
Controle: Os controles nos CDs/Armazéns são fundamentais para as operações, aliás o que não tem 
controle, não pode ser gerenciado; - Mecanização: Verificação da necessidade de mecanização do CD, 
como empilhadeiras, esteiras, rampas niveladoras, pontes rolantes etc; - Automação: As automações das 
operações trazem rapidez e segurança as mesmas; - Segurança: Vem de encontro a uso de mão de obra 
treinada e equipamentos de movimentação e armazenagem adequados. 
 
Instalações de Armazenagem: Depósito. Armazém. Pátio. Tanque. Silo: Construção de metal, aço ou 
concreto armado, horizontal ou vertical, destinada a armazenar cereais, fertilizantes ou rações animais, 
com esteiras, moegas, balanças por fluxo de batelada, sistemas de peneiramento ou despoeiramento, 
balanças rodo-ferroviárias, capaz de armazenar simultânea e separadamente graneis com várias 
granulometrias, graus de umidade, pesos específicos e teor de gordura. 
 
- Cross Docking: EAN International (2000), define como sendo um sistema de distribuição no qual a 
mercadoria recebida, em um armazém ou Centro de Distribuição, não é estocada mas sim imediatamente 
preparada para o carregamento de entrega. Cross Docking é a transferência das mercadorias entregues, 
do ponto de recebimento, diretamente para o ponto de entrega, com tempo de estocagem limitado ou, se 
possível, nulo. As instalações que operam com o Cross Docking recebem carretas completas (FTL – Full 
Truck Load) de diversos fornecedores e realizam, dentro das instalações, o processo de separação dos 
pedidos através da movimentação e combinação das cargas, da área de recebimento para a área de 
expedição. As carretas partem com a carga completa formada por diversos fornecedores (FTL). O uso do 
FTL, tanto para o recebimento quanto para a expedição, permite que os custos de transporte sejam 
reduzidos. 
- Transit Point: é localizado de forma a atender uma determinada área de mercado distante dos armazéns 
centrais e opera como uma instalação de passagem, recebendo carregamentos consolidados e separando-
os para entregas locais a clientes individuais. Uma característica básica dos sistemas tipo Transit Point é 
que os produtos recebidos já têm os destinos definidos, ou seja, já, estão pré-alocados aos clientes e 
podem ser imediatamente expedidos para entrega local. Não há espera pela colocação dos pedidos. Esta é 
uma diferença fundamental em relação às instalações de armazenagem tradicionais, onde os pedidos são 
atendidos a partir do seu estoque. 
- Centro de Distribuição Avançado: é uma unidade instalada próxima ao mercado consumidor, distante do 
Centro de Distribuição principal. Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas em 
segmentos bastante diferentes vêm fazendo uso dos CDAs. Passaram a ser considerados estratégicos 
para as empresas. Primeiro, porque através da utilização de CDA, é possível atender mais rápido o 
cliente, aumentando-se, com isso o nível de serviço garantindo assim a fidelidade do mesmo. Segundo, 
porque empresa que desejam ter cobertura nacional num país como o Brasil, precisam de pontos de apoio 
em locais estrategicamente posicionados para assegurar a entrega dos produtos. 
 
Aula 9: Embalagem e Manuseio 
 
As embalagens primárias e secundárias são aquelas que vemos nas prateleiras, na apresentação dos 
produtos. Já as terciárias e quaternárias têm a função de embalar as demais. A embalagem se tornou 
item fundamental da vida de qualquer pessoa e principalmente das atividades de qualquer empresa. Para 
a Logística, a embalagem é item de fundamental importância, possui relacionamento em todas as áreas, e 
é essencial para atingir o objetivo logístico de disponibilizar as mercadorias no tempo certo, nas condições 
adequadas ao menor custo possível, principalmente na distribuição internacional. Dependendo do foco em 
que está sendo analisado, o conceito de embalagem pode variar. Para um profissional da área de 
distribuição, por exemplo, a embalagem pode ser classificada como uma forma de proteger o produto 
durante sua movimentação. Enquanto que para um profissional de marketing a embalagem é muito mais 
uma forma de apresentar o produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do que uma forma 
de protegê-lo. Na movimentação de materiais, dentro dos armazéns, e na troca de modal de transporte, é 
onde a embalagem sofre os maiores impactos, os quais podem causar danos à embalagem primária e ao 
produto, e onde os impactos da falta de planejamento podem ser percebidos, seja pelo alto número de 
perdas e/ou adaptação dos equipamentos de transporte, seja pelo aumento do custo decorrente destas 
perdas e impossibilidade de padronização dos métodos e equipamentos de movimentação, que acabam 
por aumentar a necessidade de mão-de-obra e reduzir a eficiência. Neste sentido, Moura & Banzato 
(2000) citam alguns pontos a serem analisados: até que ponto a embalagem para matéria-prima e para 
produtos acabados facilita as operações de recebimento, descarga, inspeção, movimentação. 
 
Classificação das embalagens: Quanto à classificação, a mais referenciada é a que classifica de acordo 
com as funções em primária, secundária, terciária, quaternária e de quinto nível. - Primária: é a 
embalagem que está em contato como produto, que o contém. Ex.: Vidro de pepino, caixa de leite, lata 
de leite. - Secundaria: é aquela que protege a embalagem primária. Ex.: O fundo de papelão, com 
unidades de caixa de leite, Engradado de bebidas ou Pack. É geralmente a unidade de venda no varejo. - 
Terciária: são as caixas, de madeira, papelão ou plastico. - Quaternária: são embalagens que facilitam a 
movimentação e a armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Ex.: Conteiner. - Embalagem de quinto 
nível: é a embalagem “conteinerizada”, ou embalagens especiais para envio a longa distância. 
 
Funções das embalagens: É preciso lembrar que a embalagem tem correlação com diversas operações 
logísticas que se integram, como: movimentação de materiais, armazenamento, manuseio e transporte, 
portanto a embalagem deverá ser resistente o bastante para poder atravessar toda a cadeia de 
suprimentos e fazer com que o produto chegue intacto até o consumidor final. As principais funções da 
embalagem são: - Contenção: refere-se à função de conter o produto, de servir como receptáculo, por 
exemplo, quando ocorre de o produto vazar da embalagem, esta função não foi cumprida. O grau de 
eficiência da embalagem nesta função depende das características do produto. Uma mercadoria perigosa, 
inflamável, deve sempre ter 100% de eficiência, realizando o investimento necessário para tal. Enquanto 
um fabricante de um material de menor valor, como sal, por exemplo, pode utilizaruma embalagem com 
menor grau de eficiência nesta função, o mesmo ocorre com relação à função de proteção; – Proteção: 
possibilita o manuseio do produto até o consumo final, sem que ocorram danos na embalagem e/ou 
produto. Também, com relação a esta função, deve-se estabelecer o grau desejado de proteção ao 
produto. Alguns dos principais riscos aos quais a embalagem está submetida são: choques, aceleração, 
temperatura, vibração, compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre outros; – Comunicação: é 
a que permite levar a informação, utilizando diversas ferramentas, como símbolos, impressões, cores, 
RFID1. Nas embalagens primárias, esta função ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo 
informações sobre a marca e o produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas à Logística, a 
comunicação ocorre na medida em que impressões de códigos de barra nas embalagens, marcações, 
cores ou símbolos permitam a localização e identificação de forma facilitada nos processos logísticos de 
armazenagem, estoque, separação de pedidos e transporte. 
 
Padronização das embalagens: Geralmente ocorre nas secundárias e terciárias, que protegem e 
acondicionam as embalagens primárias. Segundo Moura & Banzato (2001) na maioria das vezes refere-se 
à padronização das dimensões, e não do material. A redução da variabilidade de embalagens facilita o 
armazenamento, o manuseio e a movimentação dos materiais, reduzindo o tempo de realização destas 
tarefas. 
 
OBS: Em quais funções geralmente ocorrem a padronização das embalagens? R: Primária e secundária 
 
Aula 10: Infraestrutura de Transportes 
 
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos 
logísticos na maioria das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do 
Serviço ao Cliente. Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas 
logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o 
caso, por exemplo, do setor de distribuição de combustíveis. As principais funções do transporte estão 
ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. O impacto do transporte no Serviço ao 
Cliente é um dos mais significativos, e as principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à 
pontualidade do serviço, à capacidade de prover um serviço porta a porta, à flexibilidade. 
 
Classificação dos Modais de Transporte: Os 5 modais de transporte básicos são o ferroviário, o rodoviário, 
o hidroviário, o aeroviário, os dutos e os de multimodalidade e intermodalidade. A importância relativa de 
cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, do volume de tráfego, da receita e 
da natureza da composição do tráfego. De acordo com Alvarenga e Novaes (2000), para se organizar um 
sistema de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, que envolve planejamento, mas para isso é 
preciso que se conheça: os fluxos nas diversas ligações da rede; o nível de serviço atual; o nível de 
serviço desejado; as características ou parâmetros sobre a carga; os tipos de equipamentos disponíveis e 
suas características (capacidade, fabricante etc.); e os sete princípios ou conhecimentos, referentes à 
aplicação do enfoque sistêmico. Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: Peso e 
volume; Densidade média; Dimensão da carga; Dimensão do veículo; Grau de fragilidade da carga; Grau 
de perecibilidade; Estado físico; Assimetria; Compatibilidade entre cargas diversas. 
- A primeira dimensão a ser considerada na escolha do modal é a estrutura de custos fixos/variáveis e a 
classificação das características operacionais de cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, 
confiabilidade, capacidade e frequência. O transporte é o principal componente do sistema logístico. Sua 
importância pode ser medida através de pelo menos três indicadores financeiros: custos, faturamento, e 
lucro. 
- A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. São 5 
as dimensões mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços oferecidos: velocidade; 
consistência; capacitação; disponibilidade, e frequência. 
 
A decisão sobre ter frota própria, ou utilizar ativos de terceiros, é a segunda mais importante decisão 
estratégica no transporte. Neste caso, o processo decisório deve considerar além do custo e da qualidade 
do serviço, a rentabilidade financeira das alternativas. A grande ênfase dada atualmente pelas empresas, 
principalmente as de grande porte, na rentabilidade sobre os investimentos dos acionistas, tem sido um 
dos principais fatores a influenciar as empresas na direção de utilizar terceiros nas suas operações de 
transporte. Como a rentabilidade sobre investimentos é o resultado do lucro sobre os investimentos do 
acionista, a maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade, é reduzir os investimentos dos acionistas, o 
que pode ser feito através da utilização de ativos de terceiros, no caso ativos de transportes. Uma série 
de características da operação, e do setor, também contribui para o processo decisório de propriedade da 
frota. Dentre estas se destacam: O tamanho da operação; A competência gerencial interna; A 
competência e competitividade do setor; A existência de carga de retorno; Os modais a serem utilizados. 
São 7 os principais critérios utilizados na seleção dos prestadores de serviços de transporte: 
Confiabilidade; Preço; Flexibilidade operacional; Flexibilidade comercial; Saúde financeira; Qualidade do 
pessoal operacional; Informações de desempenho. 
 
MODO FERROVIÁRIO: Menor consumo de combustíveis (comparado ao Rodoviário). Menores impactos 
ambientais (comparado ao Rodoviário). Grande capacidade de transporte a longas distâncias. Cargas com 
baixo valor agregado (minérios, carvão, cimento, derivados de petróleo e cereais em grão). Alto custo fixo 
- Via segregada, pátios de manobra, etc. Custos operacionais baixos – óleo, energia elétrica, mão de 
obra. Frete mais barato em torno de 50% comparado ao rodoviário. Ligação com Portos (comércio 
internacional). Necessidade de bitolas padronizadas para integração nacional e internacional (Mercosul). 
MODO RODOVIÁRIO: Pouca capacidade de carga. Curtas distâncias (Materiais acabados e semiacabados). 
Flexibilidade operacional. Alta Capilaridade. Utilização intensiva de combustíveis de fontes não renováveis 
e alto custo financeiro e ambiental. Grandes impactos ambientais (poluição atmosférica, ruídos, acidentes, 
congestionamentos). Custos fixos baixos. Custos variáveis altos. MODO AQUAVIÁRIO: Grande capacidade 
de carga (Graneis líquidos, produtos químicos, areia, carvão, cereais). Elevado custo portuário. Menor 
custo de transporte para grandes distâncias. Baixa velocidade = maior tempo de entrega (transit time). 
Baixa capilaridade (Porta-a-porta). Possibilidade de estoque em transito. Tipos de Navegação: Navegação 
de Cabotagem: é aquela realizada entre os portos ou pontos do território nacional, utilizando a via 
marítima e/ou as vias navegáveis do interior; Navegação de Longo Curso: é a navegação realizada entre 
os portos brasileiros e estrangeiros; Navegação Interior: é aquela realizada em hidrovias interiores, em 
percurso nacional ou internacional; Navegação de Apoio Marítimo: é a utilizada para apoio logístico a 
embarcações e instalações em águas territoriais nacionais; Navegação de Apoio Portuário: realizada 
exclusivamente nos portos e terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações 
portuárias. MODO DUTOVIÁRIO: Operam 24h/dia e 07 dias/semana (com restrições na troca de produtos 
transportados e manutenção). Alto custo fixo (construção, controle dos terminais e bombeamento). Baixo 
custo variável (menor em relação aos outros modais). Alta confiabilidade. Considerações ambientais na 
implantação da rede e nasua operação. Transporta (líquidos e Gases em grandes volumes e materiais 
que podem ficar suspensos, petróleo bruto e derivados, minérios). MODO AEROVIÁRIO: Mais novo e 
menos utilizado. Transporta alto valor unitário (Artigos Eletrônicos, relógios, alta moda), perecíveis 
(Flores, frutas nobres, medicamentos). Maior velocidade. Custo do frete compensado pela redução de 
custos com estocagem e armazenagem. Custo fixo baixo. Custo variável alto. Baixa capilaridade. Válido 
para produtos perecíveis e com alto valor agregado. Frete 02 vezes maior que o rodoviário e 16 vezes 
maior que o ferroviário. MULTIMODALIDADE E INTERMODALIDADE: A Intermodalidade é o transporte de 
carga, por mais de um modal, para alcançar o seu destino. O que diferencia a Intermodalidade da 
Multimodalidade é a questão documental e a responsabilidade. Neste tipo de operação, cada operador 
emite o seu próprio documento de transporte unicamente para o seu trajeto contratado. Quanto a 
responsabilidade, cada um responde pelo seu trecho de transporte, de acordo com o documento de 
transporte emitido. 
 
OBS: É o modal mais utilizado para transportar óleo e gás. R: Dutoviário. 
- Como benefícios modal AÉREO, a única alternativa INCORRETA: R: É Flexível quanto aos tipos de cargas 
 
Revisão - Aula 6 a 10 
 
- São seis as principais variáveis impactadas pela utilização da TI na Cadeia de Suprimentos: Integração. 
Armazenagem. Transportes. Velocidade. Competitividade. Coordenação Inter organizacional. 
- As empresas necessitam ter estoques em função das incertezas. Essas incertezas se reportam a 
demanda e/ou ao ressuprimento. Incerteza quanto a demanda é quando a empresa não tem noção de 
quanto irá vender de cada um de seus itens em estoque. A incerteza quanto a ressuprimento , diz 
respeito ao fornecimento. 
- Método ABC: Também conhecido como Classificação ABC ou ainda Curva ABC, este método é bastante 
empregado na linguagem corrente da gestão de estoques, é um instrumento de planejamento que 
permite ao gerente orientar seus esforços em direção aos resultados mais significativos para a sua 
organização. 
- A escolha de um CD deve levar em consideração alguns fatores, e é a variação destes fatores que faz 
com que exista inúmeros tipos de CD (refrigerados, verticalizados, pequeno, médio e grande porte). 
- Funções da Armazenagem: Balanceamento Oferta X Demanda; Manter estoques reguladores; Gerar 
escala nas compras, transporte e produção; Finalizar alguns processos de fabricação (frutas antes da 
distribuição aos atacadistas); Consolidar, marcar e separar cargas; Facilitar roteirização e despacho a 
Clientes; Proteção contra incertezas; Distância geográfica. 
- Embalagem Primária: É aquela que está em contato direto com o produto que a contém. Ex.: Caixa de 
sabão em pós, leite, iogurtes, etc. - Embalagem Secundária: É a embalagem que visa dar proteção a 
embalagem primária. Ex.: Um engradado de bebidas que visa dar proteção aos vasilhames que contém o 
produto. - Embalagem Terciária: São caixas de madeira, de papelão ou de plástico que embalam uma 
certa quantidade de unidades que já estão em suas embalagens primárias e secundárias. - Embalagens 
Quaternárias: São dispositivos que visam facilitar a movimentação na armazenagem. Ex.: são os paletes, 
contenedores. - Embalagens de Quinto nível: São as embalagens que são conteinerizadas e que atendem 
as necessidades de entregas a grandes distâncias, no Brasil, principalmente no modal marítimo, no caso 
de exportações e importações. 
- Transporte: Modo Ferroviário; Modo Rodoviário; Modo Aquaviário; Modo Dutoviário; Modo Aeroviário; 
Multimodalidade e Intermodalidade: A Intermodalidade é o transporte de carga, por mais de um modal, 
para alcançar o seu destino. O que diferencia a Intermodalidade da Multimodalidade é a questão 
documental e a responsabilidade. Neste tipo de operação, cada operador emite o seu próprio documento 
de transporte unicamente para o seu trajeto contratado. Quanto a responsabilidade, cada um responde 
pelo seu trecho de transporte, de acordo com o documento de transporte emitido.

Outros materiais