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Aula 2 - Ideologia

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Sociedade e Ideologia
1
O QUE É IDEOLOGIA?
QUAL A UTILIDADE DA IDEOLOGIA?
EXISTE UMA IDEOLOGIA NEUTRA? QUE SURGE NATURALMENTE?
Destutt de Tracy, criou a palavra e lhe deu o primeiro de seus significados: ciência das ideias. Posteriormente, esta palavra ganharia um sentido pejorativo quando Napoleão chamou De Tracy e seus seguidores de “ideólogos” no sentido de “deformadores da realidade”. No entanto, os pensadores da antiguidade clássica e da Idade Média já entendiam ideologia como o conjunto de ideias e opiniões de uma sociedade. 
2
A origem 
Destutt de Tracy (1754 - 1836) - Filósofo, político, soldado francês, líder da escola filosófica dos Ideólogos e que criou o termo idéologie (1801) no tempo da Revolução Francesa, com o significado de ciência das ideias, tomando-se ideias no sentido bem amplo de estados de consciência.
Militar de carreira, aderiu à Revolução, destacando-se como deputado. Fez parte do grupo dos sensualistas, com orientação no pensamentos de Condorcet. Seus pensamentos republicanos entraram em conflito com os partidários de Bonaparte, que os acusaram de idéologues.
Decorrido cerca de uma década da queda da Bastilha, o filósofo francês, exilado em Bruxelas, começou a publicar Eléments D'Idíologie (1801-1815), em 4 volumes, postulando a fundação de um original campo de estudos destinado a formar a base de todas as ciências: a ciência das ideias.
O projeto desta ciência era o de tratar as ideias como fenômenos naturais que exprimiam a relação entre o homem, organismo vivo e sensível e o seu meio natural de vida. Assim, para ele, o que o estudo da ideologia possibilitava era o conhecimento da verdadeira natureza humana ao perguntar de onde provinha nossas ideias e como se desenvolviam.
Poucos anos depois dessa publicação, o termo ideologia adquiriu uma conotação, eminentemente pejorativa, a ponto do ensino da disciplina Ciência Moral e Política, ser proibida no Institut de France (1812) por Napoleão Bonaparte, que pragmaticamente preferia a força dos canhões a das palavras, que acusou o autor e outros professores da citada disciplina, de pregarem oposição ao seu governo.
Inspirou o positivismo de Auguste Comte e teve como discípulos Stendhal e Sainte-Beuve e morreu em Paris.
Defendia a distribuição de poderes, a liberdade política, considerando que esta não pode florescer sem liberdade individual e sem liberdade de imprensa.
O pensador alemão, desenvolveu uma teoria , na qual concebe a ideologia como uma consciência falsa, proveniente da divisão do trabalho manual e intelectual. Nessa divisão, surgem os ideólogos ou intelectuais que passam através de ideias impostas a dominar através das relações de produção e das classes que esses criam na sociedade. Contudo a ideologia (falsa consciência) gera, inverte ou camufla a realidade, para os ideais ou vontades da classe dominante.
3
Karl Marx 
- HIERARQUIA ENTRE O TRABALHO BRAÇAL E O INTELECTUAL
- VAI PERMEAR BOA PARTE DA DISCUSSÃO FILOSÓFICA A RESPEITO DAS RESPECTIVAS IMPORTÂNCIAS 
- A IDEOLOGIA TEM UM CARÁTER ILUSÓRIO
Nas considerações sobre “a ideologia em geral”, Marx e Engels determinam o momento de surgimento das ideologias no instante em que a divisão social do trabalho separa trabalho material ou manual e trabalho intelectual. Para compreendermos por que esta separação aparecerá como independência das ideias com relação ao real e, posteriormente, como privilégio destas sobre aquele, precisamos acompanhar em linhas gerais o processo da divisão social do trabalho, tal como Marx e Engels o expõem na Ideologia Alemã.
-Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.
O pensamento de Marx influencia várias áreas, tais como Filosofia, História, Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Psicologia, Economia, Comunicação, Arquitetura, Geografia e outras. Em uma pesquisa da rádio BBC de Londres, realizada em 2005, Karl Marx foi eleito o maior filósofo de todos os tempos.
3
A ideologia é materializada nas práticas das instituições — e o discurso, como prática social, seria então “ideologia materializada”.
Estas estruturas são tanto agentes de repressão quanto são inevitáveis - é impossível escapar das ideologias ou não ser-lhes subjugado.
4
Althusser
Althusser é amplamente conhecido como um teórico das ideologias, e seu ensaio mais conhecido é Idéologie et appareils idéologiques d'état (Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado). O ensaio estabelece seu conceito de ideologia, que relaciona o marxismo com a psicanálise. A ideologia, para ele, deriva dos conceitos do inconsciente e da fase do espelho (de Freud e Lacan, respectivamente), e descreve as estruturas e sistemas que permitem um conceito significativo do eu. Estas estruturas, para Althusser, são tanto agentes de repressão quanto são inevitáveis - é impossível escapar das ideologias ou não ser-lhes subjugado.
A ideologia, para Althusser, é a relação imaginária, transformada em práticas, reproduzindo as relações de produção vigentes. Na realização ideológica, a interpelação, o reconhecimento, a sujeição e os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE), são quatro categorias básicas.
Em seu discurso sobre a Ideologia é patente sua preocupação em encontrar o lugar da submissão espontânea, o seu funcionamento e suas consequências para o movimento social. Para ele, a dominação burguesa só se estabiliza pela autonomia dos aparelhos (de produção e reprodução) isolados.
O mito do Estado, como entidade incorporada pelos cidadãos e como instituição acima da sociedade, aparece, também no estruturalismo marxista de Althusser sob a forma de “a instituição além das classes e soberana”. Assim os Aparelhos Ideológicos do Estado são a espinha dorsal de sua teoria.
A teoria dos Aparelhos ideológicos de Estado constrói uma visão monolítica e acabada de organização social, onde tudo é rigidamente organizado, planejado e definido pelo Estado, de tal sorte que não sobra mais nada para os cidadãos. Não há mais nenhuma alternativa a não ser a resignação ante o Estado onipresente e absolutamente dominante.
A visão extremamente simplista dos aparelhos ideológicos como meros agentes para garantir o desempenho do Estado e da ideologia atraiu para Althusser as frequentes críticas de funcionalismo. Isto se deve ao fato de que ele não inclui nas suas preocupações questionamentos, sobre o surgimento desses aparelhos ideológicos e sobre sua lógica, conforme a época. Não há a noção de continuidade histórica e cada fase é uma fase em si, dentro da qual as diferentes instituições se articulam, sempre de forma relativa. Assim a igreja - ou a religião -, por exemplo, não é o resultado de uma sedimentação histórico-cultura de ideias e visões do mundo, trabalho de séculos dos organizadores da cultura; não, a igreja é a instituição e seu funcionamento só é captado dentro da lógica respectiva do momento analisado. A dimensão da “tradição de todas as gerações mortas que oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos” (Marx) desaparece.
A ideologia não é enganosa ou negativa em si, constituindo qualquer ideário de um grupo de indivíduos. 
Ideologia orgânica X Ideologia arbitrária
5
Gramsci 
GRAMSCI
- EM UM 1° MOMENTO A IDEOLOGIA É O “CIMENTO” DA ESTRUTURA SOCIAL.
- HEGEMONIA CULTURAL COMO UM MEIO DE MANIPULAÇÃO DO ESTADO CAPITALISTA.
- NECESSIDADE DE EDUCAR OS TRABALHADORES PARA ENCORAJAR O SURGIMENTO DE INTELECTUAIS DENTRO DA CLASSE TRABALHADORA
Gramsci: Com a hegemonia cultural, realizou uma fina análise para explicar - num momento em que o movimento comunista, sob a dominação da Terceira Internacional, considerava de modo geral necessário preparar-se para uma tomada violenta do poder à maneira dos bolcheviques russos - porque a "inevitável" revolução do proletariado, prevista pelo marxismo leninista ortodoxo, não teria ocorrido na Europa Ocidental àquela altura doséculo XX. Ao contrário, o capitalismo parecia então, apesar de todas as crises políticas e econômicas, dotado de uma capacidade inesperada de sobrevida nos países capitalistas avançados. A Burguesia, nestes países, Gramsci sugeria, mantinha o controle sobre toda sociedade não apenas através da coerção política ou econômica, porém também pela cooptação ideológica, por meio de uma cultura hegemônica na qual os valores e interesses particulares da burguesia se tornavam o "senso comum". "Senso comum" este, que como explicaria Gramsci nos seus escritos carcerários, existiria, não naturalmente, como uma percepção empírica e passiva da realidade material, mas como uma construção mental realizada por cada indivíduo, grupo, e classe a partir das idéias recebidas e de seus projetos - "todos os homens são filósofos". Para Gramsci, a identidade originaria entre a condição humana e o filosofar encontra-se expressa na própria existência de uma linguagem, "conjunto de noções e conceitos determinados" - de interpretações da realidade - "e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo"[1]. Para Gramsci, este senso comum na maioria dos casos é um aglomerado heterogêneo e incoerente de noções de procedência a mais variada; mas cabe aos intelectuais, precisamente, a tarefa de codificarem este senso comum numa cosmovisão internamente coerente e unificada.
Na sociedade burguesa moderna, os intelectuais da classe hegemônica haviam conseguido produzir, em determinadas circunstâncias históricas, um consenso cultural fabricado na intenção de que os membros da classe trabalhadora identificassem seus próprios interesses particulares com aqueles da burguesia, ajudando a manter o status quo. Por isto, segundo Gramsci, a classe trabalhadora precisava desenvolver uma cultura "contra-hegemônica", primeiro para demonstrar que os valores da burgesia não representavam os valores "naturais", "normais" ou "desejáveis" e "inevitáveis" de uma sociedade moderna e, segundo, para expressar politicamente seus próprios interesses (interesses estes que eram majoritários na sociedade como um todo, já que a classe trabalhadora forma a maioria da população de um país).
É de Gramsci o termo "Moderno Príncipe": este, ao contrário do príncipe de Nicolau Maquiavel (o monarca, ou seja, uma pessoa "física"), é um ente coletivo, personificado num partido. O "Moderno Príncipe" é quem influenciaria os costumes do povo, interferindo indireta e dialeticamente (e, portanto, sendo influenciado também por ele em sentido inverso) em sua cultura, língua, moda, pensamento e atitudes. O "Moderno Príncipe" é alternativamente identificado, nos escritos de Gramsci, com o Partido Comunista,com o movimento socialista, ou com a classe trabalhadora organizada. Os prórios "cadernos", deixam esta questão nebulosa. Deve-se levar em conta, no caso, que Gramsci escreveu os seus "Cadernos" sob vigilância direta da censura fascista e que, portanto, não estava em condições de neles propor uma estratégia prática de tomada do poder, como muitos imaginam; o que ele conseguiu fazer, foi chamar a atenção para a especificidade do caso russo e afirmar que uma revolução socialista na Europa Ocidental teria obrigatóriamente de ser um processo muito diverso da Revolução Russa.
Segundo a percepção de Gramsci, nas sociedades ocidentais a hegemonia cultural provém principalmente da sociedade civil, através da formação e manutenção de aparelhos privados de hegemonia, como as igrejas, escolas, universidades e associações, dentre outros, que tornam muito mais difícil uma tomada do poder político "de assalto", como ocorreu na Rússia em 1917. Desta forma, Gramsci amplia a concepção de Estado de Marx, pois diferentemente deste ele não considera a sociedade civil apenas como parte da "Base" ou "Infra-estrutura" econômica, mas como uma esfera de mediação entre a superestrutura e a infra-estrutura tais quais concebidas por Marx. Essa hegemonia cultural nas sociedades ocidentais explicaria, de certa forma, a dificuldade de ocorrerem revoluções socialistas em países dotados de sociedade civil altamente organizada, como na Alemanha ou na Inglaterra.
A necessidade de criar uma cultura da classe trabalhadora está relacionado com a proposta que Gramsci fez para um novo tipo de educação que pudesse desenvolver intelectuais na e para a classe operária. Suas idéias para um sistema educacional deste tipo correspondem à noção de pedagogia crítica e educação popular, segundo foram teorizadas e postas em prática décadas depois por Paulo Freire no Brasil. Por este motivo, promotores de educação popular e de educação para adultos consideram Gramsci como uma voz a ser ouvida até os nossos dias. As idéias de Gramsci também serviram de base para a criação da chamada Teologia da Libertação.
Embora o pensamento de Gramsci encontre muitos adeptos na esquerda organizada, ele tornou-se também um personagem importante nas discussões acadêmicas que tratam de estudos culturais e teoria crítica. Teóricos políticos do centro e da direita também encontraram inspiração em seus conceitos; sua ideia de hegemonia, por exemplo, tornou-se amplamente citada. Sua influência é particularmente forte na ciência política contemporânea, no tema da prevalência do pensamento neoliberal entre as elites políticas. Seu pensamento também influenciou fortemente os estudos sobre cultura popular .
“Conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (ideias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar, o que devem valorizar, o que devem sentir e como devem sentir, o que devem fazer e como devem fazer.”
6
Conceito:
Chauí, M. O Que é Ideologia. P. 113
CONCEITO
- LEMBRAR DAS CITAÇÕES DA AULA DE CULTURA, HOMOSSEXUALISMO, VESTUÁRIO, PAPEL DA MULHER, ETC...
6
Constitui um corpo sistemático de representações que nos “ensinam” a pensar e de normas que nos “ensinam” a agir;
Tem como função assegurar determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência;
Tenta camuflar as diferenças de classe e os conflitos sociais;
Muitas vezes tem a função de manter a dominação de classe sobre a outra (apesar de na maioria das vezes se utilizar de um discurso igualitário).
7
Características
- ACEITAÇÃO SEM CRÍTICAS, “É A VONTADE DE DEUS”, “É A ORDEM NATURAL DAS COISAS”, ETC...
Ideologia e mentira
A ideologia também é caracterizada pela naturalização e pela universalização.
8
- A IDEOLOGIA NÃO É CONCEBIDA COMO UMA MENTIRA ELABORADA PELA CLASSE DOMINANTE – ELE TAMBÉM SOFRE A INFLUÊNCIA.
- DÁ NATURALIDADE
- ADORNO
LEMBRAR NOVAMENTE OS PRECONCEITOS E “VERDADES” CITADAS ANTERIORMENTE.
Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno - filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão. Foi membro da Escola de Frankfurt juntamente com Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Jürgen Habermas e outros.
A Escola de Frankfurt é nome dado a um grupo de filósofos e cientistas sociais de tendências marxistas que se encontram no final dos anos 1920. A Escola de Frankfurt se associa diretamente à chamada Teoria Crítica da Sociedade. Deve-se à Escola de Frankfurt a criação de conceitos como "indústria cultural" e "cultura de massa".
O grupo emergiu no Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt (em alemão: Institut für Sozialforschung) da Universidade de Frankfurt-am-Main na Alemanha. O instituto tinha sido fundado com o apoio financeiro do mecenas judeu Felix Weil em 1923. Em 1931, Max Horkheimer, discípulo de Guile, tornou-se diretor do Instituto. É a partir da gestão de Horkheimer que se desenvolve aquilo que ficou conhecido como a Teoria Crítica da Sociedade, comumente associada à Escola de Frankfurt.
Com a chegada de Hitler ao poder na Alemanha, os membros do Instituto, na sua maioria judeus, migraram para Genebra, depois a Paris e finalmente, para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque. A primeira obra coletiva dos frankfurtianos são os Estudos sobre Autoridade e Família, escritos em Paris, onde estes fazem um diagnóstico daestabilidade social e cultural das sociedade burguesas contemporâneas. Nestes estudos, os filósofos põem em questão a capacidade das classes trabalhadoras em levar a cabo transformações sociais importantes.
Esta desconfiança, que afasta-os progressivamente do marxismo "operário", se consuma na Dialética do Esclarecimento de 1947, publicado em Amsterdã onde o termo marxismo já se encontra quase ausente. Em 1949-1950 publicam os Estudos sobre o Preconceito que representa uma inovação significativa nas metodologias de pesquisa social, embora de pouca significação teórica.
Com Erich Fromm e Herbert Marcuse se inicia uma frente de trabalho que associa a Teoria Crítica da Sociedade à psicanálise. Fromm, precursor desta frente de trabalho, logo se distancia do núcleo da Escola, e este perde o interesse pela Psicanálise até o início dos trabalho de Marcuse.
Marcuse, que permanece nos EUA após o retorno do Instituto para a Alemanha em 1948, foi o mais significativo dos frankfurtianos, do ponto de vista das repercussões práticas de seu trabalho teórico, já que teve influência notável nas insurreições anti-bélicas e nas revoltas estudantis de 1968 e 1969.
Adorno continuará o trabalho iniciado na Dialética do Esclarecimento, de reformulação dialética da razão ocidental, em sua Dialética Negativa, sendo considerado ainda hoje, o mais importante dos filósofos da Escola. Com a sua morte, começa o que alguns chamam de segundo período da Escola de Frankfurt, tendo como principal articulador, o antes assistente de Adorno e depois, seu crítico mais ferrenho, Habermas.
A ideologia na escola
As teorias reprodutivistas
A escola como aparelho ideológico do Estado (Althusser)
O poder simbólico
9
A IDEOLOGIA NA ESCOLA
- TEORIAS REPORDUTIVISTAS (ALTHUSSER)
	- PROCURAM ENTENDER A EDUCAÇÃO POR ELA MESMA
	- DÉCADA DE 70 NA FRANÇA
	- A ESCOLA NÃO É EQUALIZADORA
	- ESCOLA NOVA 1920-1930
	- O PODER SIMBÓLICO (O poder simbólico surge como todo o poder que consegue impor significações e impô-las como legítimas. Os símbolos afirmam-se, assim, como os instrumentos por excelência de integração social, tornando possível a reprodução da ordem estabelecida. O campo surge como uma configuração de relações socialmente distribuídas. Através da distribuição das diversas formas de capital - no caso da cultura, o capital simbólico - os agentes participantes em cada campo são munidos com as capacidades adequadas ao desempenho das funções e à prática das lutas que o atravessam. As relações existentes no interior de cada campo definem-se objetivamente, independentemente da consciência humana. Na estrutura objetiva do campo (hierarquia de posições, tradições, instituições e história) os indivíduos adquirem um corpo de disposições, que Ihes permite agir de acordo com as possibilidades existentes no interior dessa estrutura objetiva: o habitus. Desta forma, o habitus funciona como uma força conservadora no interior da ordem social.)
António de Oliveira Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de Abril de 1889 — Lisboa, 27 de Julho de 1970) foi um professor universitário, político e governante português. Foi líder da mais longa ditadura da história do país. Foi ministro das Finanças entre 1928 e 1932. Entre 1932 e 1968, foi o político que dirigiu os destinos de Portugal, como Presidente do Conselho de Ministros. Foi fundador e chefe da União Nacional - partido único durante o Estado Novo - a partir de 1931. Salazar foi o fundador e principal mentor do Estado Novo (1933-1974), substituindo a ditadura militar (1926-1933).
Na seqüência da morte de Óscar Carmona, exerceu, interinamente, o cargo de Presidente da República (1951).
Poder simbólico: Esse poder que, na grande maioria das sociedades, era distinto do poder político ou econômico, hoje está concentrado nas mãos das mesmas pessoas que detêm o controle dos grandes grupos de comunicação, quer dizer, que controlam o conjunto dos instrumentos de produção e de difusão dos bens culturais.
O poder simbólico surge como todo o poder que consegue impor significações e impô-las como legítimas. Os símbolos afirmam-se, assim, como os instrumentos por excelência de integração social, tornando possível a reprodução da ordem estabelecida. O campo surge como uma configuração de relações socialmente distribuídas. Através da distribuição das diversas formas de capital - no caso da cultura, o capital simbólico - os agentes participantes em cada campo são munidos com as capacidades adequadas ao desempenho das funções e à prática das lutas que o atravessam. As relações existentes no interior de cada campo definem-se objetivamente, independentemente da consciência humana. Na estrutura objetiva do campo (hierarquia de posições, tradições, instituições e história) os indivíduos adquirem um corpo de disposições, que lhes permite agir de acordo com as possibilidades existentes no interior dessa estrutura objetiva: o habitus. Desta forma, o habitus funciona como uma força conservadora no interior da ordem social. 
10
Capa de 'Getúlio Vargas, o amigo das crianças', publicado pelo DIP em novembro de 1940.
REV.30 16 f / CPDOC
Cartilha " Getúlio Vargas para crianças", 1942. Rio de Janeiro(RJ). (CPDOC/ CDA Rev.30)
‘É PRECISO PLASMAR NA CERA VIRGEM, QUE É A ALMA DA CRIANÇA, A ALMA DA PRÓRPIA PÁTRIA”
10
“Mãe (...). é acolhedora, tranqüila, segura, presa firmemente ao solo. Mãe é repouso e sossego. Quando a gente está cansada, ou triste, ou desiludida, ou desanimada, ela nos conforta”.
“Lúcia trabalha comigo há vinte anos. Faz parte da família (...). Lúcia sabe que vovó Lica e Beto gostam dela. Por isso, Lúcia é uma preta feliz”.
“este Brasil que eu amo. Brasil enfeitado de verde-amarelo/ no campo, no mato, no rio/ no mar e lá na montanha/ Brasil namorado chamando outras raças/ para amar e criar a raça mais linda de todo este mundo”.
“Era uma vez um marceneiro que trabalhava desde manhã até à noite. Aplainava a madeira e cantava”.
“O operário mostra suas mãos cheias de calo; durante toda a vida tocaram a terra, os fogos, os metais, estão vazias de riquezas, estão negras, cansadas, pesadas. Diz o senhor: que beleza! Assim são as mãos dos santos!”.
“O camponês sempre espera e a esperança é a melhor e mais verdadeira alegria humana”.
“Debaixo de chuva / o papai vai trabalhar / para dar todo o conforto / ao nosso querido lar. Papai trabalha para sustentar a casa e mamãe trata do lar, do marido e dos filhos.”
11
Extraídos de As belas mentiras, de  Maria de Lourdes Chagas Deiró Nosella e ECO, U.; BONAZZI, M. Mentiras que parecem verdade. São Paulo: Summus, 1980. 
12
Teoria e prática
Ciça, O Pato, Rio de Janeiro, Codecri, 1978, Col. Humor, v. 1. 
A dicotomia pensar x agir
A praxis
a) Qual é a reação da "formiga-chefe" diante de cada queixa da operária? 
b) Você acha que as queixas da operária são justas? Por quê? 
c) Você considera justo o comportamento da "formiga-chefe" com relação às reclamações da "formiga-operária"? Por quê? 
d) O que você acha que seria mais lucrativo para a formiga-chefe: dar um maior salário para sua subordinada e esperar uma produção maior ou manter-se com uma produção menor, porém com uma despesa também mais baixa? Discuta em grupo e escreva um texto argumentando a favor de um dos dois pontos de vista. 
Como é possível estabelecer a relação entre individualidade, diversidade e liberdade no sistema educacional dentro do contexto de uma sociedade globalizada?
Questão
ANDERSON, Perry. As Antinomias de Gramsci. São Paulo: Joruês,1986. 
ARANHA, Maria Lúcia Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires Martins. Filosofando, introdução à filosofia. Moderna, São Paulo, 1993.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã (Feuerbach). São Paulo: Hucitec, 2002. 
MANNHEIN, K. Ideologia e Utopia. Rio de Janeiro: Guanabara. 
CHAUÍ, M. O Que é Ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1981. 
EAGLETON, Terry. Ideologia. São Paulo: Ed. da Unesp, 1997. 
VIANA, Nildo. Introdução à Sociologia. Belo Horizonte, Autêntica, 2006. 
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. 6 v.Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999-2002.
14
Bibliografia

Outros materiais