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Resumo Teoria Geral do Processo

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Unidade I – Tutela Jurídica e Meios alternativos de resolução de conflitos 
Conflito e Insatisfação: A insatisfação gera o conflito, dessa forma a correlação entre sociedade e o direito, está na função que o direito exerce na sociedade que é uma função ordenadora, ou seja, coordenação dos interesses que se manifestam na vida social, de modo a organizar e compor os conflitos gerados na sociedade. 
Na justiça privada, nos primórdios, os conflitos eram resolvidos por um terceiro que se mostrava de forma não imparcial, por isso houve a migração da justiça privada para a justiça publica, onde o Estado Juiz busca resolver os conflitos sem interesse pessoal. 
 Conflito = pretensão resistida = lide = litígio.
Tutela Jurisdicional ordinária: Procedimento comum, regido pelos códigos. É quando o Estado Juiz se envolve nos conflitos de interesses entre duas pessoas ou grupos, que não conseguem solucionar a questão por si só. Então o Estado é chamado para solucionar a questão e dizer com quem está o direito. 
Tutela Jurisdicional diferenciada: São os chamados meios alternativos de resolução de conflito. Quando as partes conseguem solucionar o conflito sem precisar acionar o Estado. Configura-se: a conciliação, a mediação, arbitragem e negociação. 
Meios alternativos de resolução de conflitos 
Características
Celeridade – ruptura com o formalismo processual. Dar solução pronta aos litígios.
Gratuitos (ou mais baratos) – tem como objetivo levar a justiça a todos, ou seja, tornar a justiça mais acessível. 
Delegação – Dar maior liberdade as partes para solucionar os conflitos, visto que os julgamentos não são necessariamente limitados por disposições legais. 
Arbitragem (Heterocomposição) 
Conceito: É um meio alternativo de resolução de conflitos em que as partes submetem a solução de seu litígio a um terceiro imparcial que decidirá de acordo com a lei ou com a equidade. Válido lembrar que a decisão do arbitro vira sentença. (Heterocomposição: decisão por árbitros nomeados pelos próprios litigantes). 
Árbitro: As partes escolhem o árbitro e o procedimento a ser adotada, bem como determinam o prazo para conclusão da arbitragem. 
Localização: lei 9307/ 96
“ Dos árbitros: art. 13: Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha confiança das partes. [...] “
Natureza Jurídica: é mista, pois parte de uma justiça privada em um primeiro momento, sendo que as partes por mera liberalidade escolhem como forma de resolução da divergência o tribunal arbitral. Porém, ao proferir a sentença, esta se incorpora a jurisdição, ou seja, passa a ser uma justiça pública. 
“Art. 515, CPC/2015 = São títulos executivos judiciais: 
 VII – a sentença arbitral;”
Convenção:
- Cláusula compromissória: É a convenção em que as partes resolvem que as divergências oriundas de certo negócio jurídico serão resolvidas pela arbitragem, mediante clausula contratual previa, ou seja, antes do litígio ocorrer determinam que o conflito será resolvido por arbitragem. 
- Cláusula arbitral: É o acordo de vontades para submeter um conflito já existente ao juízo arbitral. Ou seja, as partes vão pactuar e usar a arbitragem depois da ocorrência do conflito. 
Características da arbitragem:
Litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
As partes escolhem as regras de direito material a serem aplicadas. 
Não é necessário homologação do acordo, visto que já possui titulo executivo judicial. 
Titulo executivo extrajudicial: Nasce numa natureza privada e passa para pública,
O arbitro depois da sentença não possui mais competência 
Na arbitragem não cabe recurso. 
Conciliação (autocomposição) 
Conceito: visa um acordo, um consenso entre as partes. São feitas em relações que se desfazem com facilidade. Indicadas para os conflitos que não se estendem no tempo, tendo a obtenção de um acordo. (Ex: casos de acidentes que envolvem veículo, relações de consumo. 
Conciliador: É um terceiro facilitador que atua de forma ativa, podendo opinar e intervir. Em regra, os conciliadores são estudantes de direitos ou advogados. No novo código exige-se um curso de capacitação.
Espécies de conciliação: 
- Endoprocessual: feita dentro do processo e por estudantes. 
 -Extraprocessual: fora do processo, antes de iniciar o processo. Feita por advogados. 
OBS: Necessária homologação do acordo 
Mediação 
Conceito: visa um acordo. É feito nos conflitos que se arrastam no tempo, que se prolongam, onde os litigiosos são próximos. ( Ex: casos que envolvem família, vizinhos...) 
Mediador: Atua de forma passiva, é um mero ouvinte. As próprias partes chegam em um acordo. 
OBS: Necessária homologação do acordo
Negociação 
As partes por si só resolvem o conflito. Não existe a participação de um terceiro. Geralmente feita entre os advogados das partes que possuem capacidade postulatória, ou seja, capacidade de representação.
conceito: É um meio alternativo de resolução de conflito em que os próprios interessados ou seus procurados buscam a resolução da controvérsia sem a intervenção de um terceiro imparcial.
OBS: Necessária homologação do acordo
Ler os artigos do novo código (art. 165 ao art. 175.) 
Unidade II – Princípios gerais do Direito Processual 
Princípio da imparcialidade do juiz 
A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes, surge quando o Estado proíbe o Tribunal de exceção, ou seja, as partes passam ter o direito de ser julgada por um terceiro imparcial, onde o julgador tem que estar mais próximo possível da neutralidade, se colocando sob as partes e entre elas. 
Principio do devido processo legal 
É a garantia de um processo justo e adequado, onde apresenta dois aspectos, um material e um instrumental. O material, também chamado de substantive due processo f Law é caracterizado pela democracia e pelo Estado de direito, constituindo a base sistemática de todas as garantias constitucionais, ou seja, o conteúdo das normas, como a proteção a vida, a liberdade, a propriedade, etc.
Já o aspecto instrumental, também chamado de due process of Law é o conjunto das garantias constitucionais que asseguram as partes o exercício de sua faculdade e poderes processuais, constituindo o aspecto processual, como o direito público subjetivo. 
Para que o processo ocorra de forma justa é necessário observar as fases do processo de conhecimento, onde encontra-se:
Fase Postulatória: Inicio do processo. Petição inicial: pleitear, pedir algo. 
Fase saneadora: consiste em preparar o processo para o julgamento válido. Ou seja, visa consertar algo, reparar, organizar, colocar o processo apto.
Fase probatória: momento em que as partes se manifestam apresentando provas. Essa fase visa colher provas e testemunhos. 
Fase instrutória: audiência de instrução e julgamento. 
 Fase decisória: ato de sentença
Material: Substantive due process of Law – vida, liberdade, propriedade
Instrumental: Due process of Law – garantia de acesso à justiça
Principio do contraditório e da ampla defesa 
O principio do contraditório indica a bilateralidade da ação, onde em todo processo contencioso há ao menos duas partes: o autor e o réu. Esse principio impõe a necessidade das partes apresentarem suas contestações, ou seja, um expondo uma tese e o outro uma antítese. Está intimamente ligado ao principio da ampla defesa, que possibilita as partes de apresentarem sua defesa perante o juiz. 
Principio da ação 
O principio da ação indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional. É o direito de ativar os órgãos jurisdicionais visando à satisfação de uma pretensão. A jurisdição é inerte, depende da motivação do interessado. O direito de ação sofre algumas limitações, pois para ingressar com tal direito é necessário observar três aspectos: legitimidade, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido. 
Uma sentença nunca pode ser proferida em desconformidade com o que foi pedido, sob pena de ser invalidada. 
Ultra petita: a mais doque foi pedido.
Citra petita: menos do que foi pedido.
Extra petita: diferente do que foi pedido. 
Unidade III – Norma processual: Interpretação e eficácia no tempo e no espaço
Métodos de interpretação 
1 – literal: mera aplicação da lei ao caso concreto 
2 – sistemático: relação de uma legislação com a outra.
3 – histórico: considera o direito um fenômeno histórico, cultural.
4 – teleológico: busca interpretar a norma observando os fins sociais.
5 – comparativo: busca comparar um ordenamento com outros. Ajuda a solucionar problemas idênticos ou análogos. 
Interpretação quanto ao resultado 
1 – declarativa: é aquela que atribui à norma o significado literal, sem ampliá-la e sem restringi-la.
2- restritiva: é aquela que atua buscando restringir a norma, uma vez que o legislador disse mais do que deveria. Limita o âmbito de aplicação da lei.
3 – extensiva: é a interpretação que atua diante da norma em caráter mais amplo, o legislador disse menos do que pretendia. 
4 – Abrangente: É a interpretação que conclui a inaplicabilidade da norma, em razão de incompatibilidade absoluta com a regra ou principio. Ocorre quando uma norma diz que é ilícito e outra diz que é licito. 
Eficácia temporal da norma
A lei processual tem aplicação imediata, alcançando os atos a serem realizados e é vedada a atribuição de efeitos retroativos. 
Norma processual não retroage, tem eficácia imediata. Efeito ex nunc. Atinge atos presentes e futuros. 
A lei processual quando for omissa, começa a vigorar no país, 45 dias depois de publicada. 
O novo código de processo civil trouxe o marco de 12 meses para entrar em vigor. 
Se um ato processual complexo começa na vigência do velho código, continua na vigência da lei velha. Porém, quando passar de fase, a decisão poderá ser proferida de acordo com a nova lei.
Ato processual simples: um único ato – ex: despacho 
Ato processual complexo: conjunto de vários atos simples – ex: audiência de instrução e julgamento 
Unidade IV – Jurisdição 
Conceito preliminar: A jurisdição é a mera aplicação da norma ao caso concreto. A jurisdição é uma das funções assumidas e exercidas pelo Estado, onde substitui aos titulares dos interesses em conflito, para imparcialmente, buscar a pacificação do conflito, desempenhando essa função mediante o processo. 
Conceito pela Teoria de Chiovenda – Jurisdição é função publica e possui o caráter da substitutividade.
Função pública: Diz que a jurisdição é uma função pública, pois é uma função estatal, onde todo cidadão tem direito à jurisdição. Corresponde a idéia de que a norma concreta nasce antes e independente do processo, onde mediante o exercício da função jurisdicional, busca o estado fazer com que se atinjam, em caso concreto, os objetivos das normas de direito material.
Caráter da substitutividade: Diz que a jurisdição através do Estado juiz substitui a vontade das partes. As atividades do Estado são exercidas através de pessoas físicas ou órgãos que exerce a jurisdição, onde tais pessoas não agem em nome próprio mas como órgãos do estado. Para Chiovenda, a jurisdição possui mero caráter substitutivo, ou seja, retira o direito de agir das partes uma em relação a outra, dando lugar ao direito de pedir perante um órgão estatal imparcial. 
Conceito de jurisdição para Carnelutti - presença da LIDE 
Carnelutti diz que a jurisdição começa com a lide. Para ele o escopo do processo seria a justa composição da lide. Sendo assim, a jurisdição teria como objetivo a resolução da lide. 
Característica da inércia: o juiz não poderá iniciar a lide de ofício, mas deverá ser provocado. As partes devem ter a liberdade de escolha, se vão ou não ingressar com a demanda. 
Jurisdição voluntaria e contenciosa
Voluntaria: Não haverá lide. O juiz apenas dará o status legal à relação jurídica. Neste caso o juiz exercerá uma atividade administrativa, onde em nome do estado administrará as relações privadas dos interessados. 
Contenciosa: Há presença da lide, ou seja, conflito de interesses. 
Obs: por isso o conceito por Carnelutti se torna insuficiente, visto que coloca a presença da lide como fonte essencial para o exercício da jurisdição
Conceito de jusrisdição na teoria clássica e na Teoria revisionada 
No atual ordenamento jurídico processual brasileiro, existem duas teorias acerca da jurisdição voluntaria. A primeira chamada de teoria clássica (ou administrativa), afirma que a jurisdição voluntaria não pode ser considerada jurisdição, uma vez que não há presença da lide, que é considerada uma característica da jurisdição. Já a segunda teoria, denominada revisionista afirma que a jurisdição voluntária poderá se tornar contenciosa a qualquer momento, concluindo que a principio não há lide, mas que é potencialmente possível que se torne litigiosa, porém não é a teoria dominante no código de 73. 
“Art 1º - CPC/73: A jurisdição civil, contenciosa ou voluntaria, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este código estabelece.”
 * Faz distinção entre jurisdição voluntaria e contenciosa *
“Art 16º - NCPC/15: A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo território nacional, conforme as disposições deste código.”
 * Não faz distinção entre jurisdição voluntaria e contenciosa* 
Características da jurisdição 
Inércia 
Lide
Imparcialidade
Substituvidade 
Definitividade
1 – inércia: A jurisdição é inerte, ou seja, só é provocada quando o autor entra com a ação. É marcado pelo principio da imparcialidade e da vontade das partes. Fica a critério do interessado provocar ou não o Estado juiz.
“Art 2º - NCPC/15: O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.” 
2 – LIDE: É uma característica constante na atividade jurisdicional, pois trata de pretensões insatisfeitas. A existência do conflito de interesse que leve o interessado a dirigir se ao juiz e a pedir-lhe uma solução. 
4 – substitutividade: É a quebra da jurisdição. É marcado pelo principio da adstrição ou congruência: a sentença tem que estar em conformidade com o pedido. É onde o Estado ou arbitro substituem, com uma atividade sua, as atividade daqueles que estão envolvidos no conflito. Ex: quando o juiz da uma sentença, ele substitui a vontade das partes. 
5 – Definitividade: Os atos jurisdicionais são suscetíveis de se tornarem imutáveis, não podendo ser revistos ou modificados. É quando a sentença não cabe mais recurso, ou seja, foi transitada e julgada. Tal procedimento estabelece uma segurança jurídica, uma vez que se torna inalterada. Configura-se coisa julgada como a imutabilidade dos efeitos de uma sentença judicial, da qual nem as partes nem o juiz podem voltar a decidir a respeito.
Definitividade em nível material: coisa julgada com resolução de mérito. Julgou o direito substancial. * Utilização do termo: julgar procedente ou improcedente significa que julgou com resolução de mérito. Em caso de sentença transitada em julgado, não poderá a parte ingressar com uma nova ação visando o mesmo objetivo da qual foi julgada improcedente. 
“Art. 502 – NCPC/15: Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.”
“Art. 487 – CPC/73: Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
 I: acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; [“...]”
Definitividade em nível formal: julga o procedimento. A instrumentalização. É a coisa julgada sem resolução de mérito. * Utilização do termo indeferir significa que o juiz não aceitou o pedido, portanto, julgou sem resolução de mérito. Nesse caso, como configura erro no procedimento, a parte pode ingressar com uma nova ação, caso a anterior for indeferida.* 
“Art. 485 – CPC/15: O juiz não resolverá mérito quando:
I – indeferir a petição inicial; [...]” 
Princípios que regem a jurisdição 
1– Aderência ao território
2 – Indelegabilidade 
3– Inevitabilidade
4 – Inafastabilidade
5 – Juiz natural
6 – Imparcialidade
7 - Inercia 
1 – aderência ao território: Estabelece limitações territoriais à autoridade dos juízes. É a limitação dos órgãos e dos magistrados que só possuem autoridade nos limites do estado que foi investido. 
2 – indelegabilidade: é vedado a qualquer dos poderes delegar atribuições. A constituição fixa o conteúdo das atribuições a cada membro do poder judiciário e este não podem delegarem suas atribuições a terceiros. 
3 – inevitabilidade: significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo emanado de poderes, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo. 
4 – Inafastabilidade: Garante a todos o acesso ao poder judiciário, o qual não pode deixar de atender a quem venha a juízo pedir a solução para um conflito. 
“Art.140 – NCPC: O juiz não se exime de decidir sob alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.” 
5 – Juiz natural: Assegura que ninguém pode ser privado de um julgamento por um juiz independente e imparcial, estabelecido por normais legais e constitucionais. 
Espécies de jurisdição 
1 – quanta a pretensão: penal e civil
2 – quanto ao grau: inferior e superior 
3 – quanto ao órgão: especial ( justiça militar, eleitoral e do trabalho) e comum (justiça federal e estadual) 
Elementos da jurisdição
COGNITIVO
VOCATIVO
COERTIO
EXECUTIO
Auxiliares de Justiça	
1 – permanentes: auxiliares concursados que possuem vinculo direto com os tribunais. 
Ex: juiz, escrivão, escrevente, oficial de justiça. 
2 – eventuais: Não possuem vínculos diretos com os órgãos públicos. 
Ex: perito, depositório, administrador, interprete, tradutor, conciliadores e mediadores.
3 – extravagantes: empresas privadas ou públicas que prestam serviços para o poder judiciário. Ex: banco do Brasil, correios, policia. 
Unidade V – competência 
Conceito: A competência limita a jurisdição. A distribuição da competência fixa o foro ( comarca) e juízo (vara) e perpetua a jurisdição, tornando o juiz prevento pra processar e julgar. * Ler do artigo 42 ao 66 do NCPC * 
Principio da indisponibilidade da competência: em regra, não pode ser modificada. 
Critérios determinativos da competência interna
1 – critério objetivo: escolha em razão da pessoa (pólo ativo e passivo), matéria e valor. 
Art: 91 – CPC 73
2 – critério funcional: órgãos judiciais. Tribunais, juízes de primeiro grau, STJ, STF...
Art: 93 – CPC 73
3 – critério territorial: determinação da comarca ou foro – regra geral domicilio do réu 
Art: 94 – CPC 73 NCPC 
Competência/ incompetência Absoluta 
1 – Observa interesses públicos 
2 – regra geral não pode ser alterada. Visto que cabe ação rescisória: essa ação derruba a sentença transitada em julgado que apresenta um vício violento. 
3 – é inderrogável, ou seja, não pode ser discutido. 
4 – observa critérios: em razão da pessoa, matéria e função 
5 – quem pode alegar? Autor, juiz e réu. Em qualquer tempo ou grau de jurisdição. 
Código de 2015: art 64. Tanto incompetência relativa como a absoluta será alegada por meio de preliminar de contestação. E a absoluta poderá ser declarada de oficio pelo juiz também. 
– a alegação de incompetência absoluta não gera extinção do processo, gera a remessa ao juízo competente. Art. 64, parágrafo 3 – NCPC 
Competência/ incompetência relativa 
Observa interesses particulares 
Pode ser alterada, visto que as partes podem eleger o foro competente.
Observa os critérios: em razão ao valor da causa e território.
Quem pode argüir: somente o réu (em regra). Porém, em caso de cláusula abusiva, o juiz pode declarar de oficio – caso em exceção. 
Código de 2015: alegada por meio de preliminar de contestação 
Pode ocorrer prorrogação de competência, ou seja, o juiz que inicialmente não era competente e posteriormente torna-se prevento. Pode ocorrer prorrogação por:
Inércia do réu: Quando o réu não alega a incompetência.
Convenção das partes: acordo 
Conexão: identidade entre duas ou mais ações, quanto as partes e a causa de pedir
Continência: quando uma ação engloba a outra 
– Não gera extinção do processo, gera a remessa ao juízo competente. 
Unidade VIII – Ação 
Conceito: É um direito subjetivo público de estar à juízo. A ação é invocada pelo titular da pretensão resistida, que tendo um direito violado ativa a maquina jurisdicional. Mediante o exercício da ação, provoca-se a jurisdição. 
Fases de evolução do direito processual:
Sincrética: Mistura do direito processual e do direito material
Autonomista: Fase que reconhece a autonomia do direito material e do processual.
Instrumentalista: É a fase atual, na qual se preocupa com a celeridade das formas, visa economia de tempo, procedimento e da justiça. ( Duração razoável do processo.) 
Condições da ação (Art. 17, 18 NCPC) 
Legitimidade 
Interesse de agir
Possibilidade Jurídica do pedido 
Conceito de condições da ação: são os requisitos que legitimam a parte, para que esta possa exigir o provimento jurisdicional. São as condições de existência da própria ação, ou seja, são as condições para seu exercício. 
Legitimidade
Em principio o titular da ação é apenas a pessoa que pede a proteção do direito material violado. 
Legitimidade ad causam: quem é detentor do direito material violado. Quem tem legitimidade para a causa 
Legitimidade ad processum: Legitimidade para estar em juízo. Ou seja, responder civilmente, ser capaz e maior de 18 anos. 
Legitimidade ordinária: Quem em nome próprio defende direito próprio 
Legitimidade extraordinária: quem em nome próprio defende direito alheio. 
Interesse de agir 
Necessidade: a solicitação do pedido tem que ser necessária e adequada, ou seja, é necessário provar que já tentou resolver a questão com outras formas.
Utilidade: Mostrar em juízo que é necessário um resultado positivo ao autor da ação.
Proveito: Necessário provar que tal decisão terá proveito futuramente. 
Possibilidade Jurídica do pedido 
Necessário que o pedido seja previsto em lei. 
Diferenças do código de 73 e do código de 2015 sobre as condições da ação:
Código de 2015 
Art. 17
Art. 18 
Art. 330. A petição inicial sera indeferida quando: II- a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual; 
Art. 332 – Fala sobre a possibilidade jurídica do pedido 
Ou seja, no código de 2015, quando a parte não tiver legitimidade e interesse de agir, o processo será extinto sem resolução de mérito (petição indeferida). Porém, a possibilidade jurídica do pedido ganha uma nova roupagem no novo código, pois deixa de ser condição da ação e torna-se um instituto onde traz expressamente em quais casos não há possibilidade jurídica do pedido, sendo assim, o juiz julgará improcedente liminarmente. Ou seja, julgara extinto com resolução de mérito nos casos em que houver impossibilidade jurídica do pedido. 
Elementos identificadores da ação 
Partes
Causa de pedir
Pedido 
 A falta dos elementos identificadores da ação acarretará o indeferimento liminar da petição inicial, por inépcia. 
Código de 2015: Art 330. I- for inepta = não apresentar os requisitos do art. 319
Art. 321. Possibilidade de emenda no prazo de 15 dias, caso o autor não preencher os requisitos do art. 319 e 320. 
Partes – Autor e réu 
 - Litisconsórcio 
As partes são as pessoas que participam do processo e do contraditório. É a relação jurídica processual, ou seja, autor, juiz e réu.
Litisconsórcio: Pluralidade de partes. É a ampliação do pólo da demanda e tem como objetivo economia processual e evitar contradições. 
Causa de pedir – Próxima e remota (art. 282, III CPC 73) 
Remota: são os fatos constitutivos 
Próxima: são os fundamentos jurídicos que justificam o pedido. Ex: doutrina, jurisprudência, súmulas e artigos. 
Teoria da substancialização: Preleciona que a causa de pedir é composta pelos fatos e fundamentos jurídicos.Cabe ao autor alegar os fatos constitutivos de seu direito.
Pedido 
É o núcleo central da petição. O juiz só pode apreciar a petição, quando o autor pede algo. É o elo que quebra a inércia da jurisdição, o pedido. 
Pedido imediato: é o pedido genérico, pede somente uma resposta do estado.
Pedido mediato: é o pedido especifico. É o objeto, visa a proteção do bem da vida pretendido. 
Classificação das ações 
1 – quanta a natureza da relação jurídica 
Real: relação de pessoa e coisa. Ex: ação de usucapião, posse, propriedade
Pessoal: relação de pessoa e pessoa. Ex: contrato, cobrança de divida 
2- Quanto ao objeto do pedido (dentro de direito real)
Mobiliário: objetos transportáveis 
Imobiliário: não podem sofrer deslocamentos
3- Quanto a prova jurisdicional 
Ação de conhecimento: Quando o juiz tem o conhecimento da ação e das partes, e acompanha o processo verificando todas as fases: fase postulatória, saneadora, probatória, instrutória e decisória. 
Dividi-se em declaratória (apenas declara um direito já existente). Constitutiva (cria, modifica ou extingue um direito.). Condenatória (visa uma punição.) 
Ação executiva: É a fase do processo de execução, hora que se dá o cumprimento da sentença. É a ação fundada em titulo extrajudicial (art. 771 NCPC ) Ou seja, tal fase visa cumprir um direito já existente. 
OBS: Não confundir – titulo executivo judicial = cumprimento de sentença 
 Titulo executivo extrajudicial = ação de execução (ex: cheque) 
Ação cautelar 
Visa proteger um direito; É dado em caso de urgência ( arresto, seqüestro, busca e apreensão). Regra geral não é satisfativa é preventiva. Onde exige o ingresso da ação principal em 30 dias, sob nulidade do efeito da ação cautelar. 
No código de 2015: é tratado como tutela provisória. Tratado como um procedimento de tutela provisória, onde passa a ser um instituto e será concedida em caráter antecedente. (art. 294)

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