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Explosivos mineração

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EXPLOSIVOS: [pic] 
Após a furação, os furos são carregados com explosivos, sendo o fogo iniciado 
por uma detonação iniciadora (espoleta por exemplo). 
Histórico dos explosivos, tendências 
 1. China : pólvora usada como pirotécnico. Mais tarde como propelente de 
projéteis (primeiros canhões). 
 2. 1354 DC: monge Shwartz: mistura explosiva semelhante à pólvora, usada 
para fins bélicos: morteiros, bombardas, etc. ... 
 3. 1847: Nitroglicerina (Ascanio Sobreno). Explosão muitas vezes maior que 
o da pólvora, mas perigosa com movimentos bruscos ou atrito. 
 4. 1863: Alfred Nobel misturou Kieselguhr (Diatomacea) à Nitroglicerina, 
criando a Dinamite: explosivo com boas condições de segurança. 
 5. 1923, Oppau(Alemanha): ao dinamitar uma partida de Nitrato de Amônio 
empedrada por da umidade provocou-se enorme explosão. 
 6. De outro acidente nasceu o ANFO (Ammonium Nitrate and Fuel Oil) 
mistura de Nitrato de Amônio e Óleo Diesel, quando o choque entre dois 
navios, carregando os dois produtos, resultou em incêndio seguido de violenta 
explosão que arrasou o Porto de Texas. 
 7. 1958: Surgem as Lamas Explosivas: misturas em proporção adequada de 
Nitrato de Amônio, Óleo Diesel, Água e outros produtos tais como pó de 
Alumínio, Goma, Bórax... Pela enorme quantidade de energia útil desenvolvida, 
apresentam grande capacidade de trabalho na ruptura de rocha e materiais 
duros em geral. 
Explosivos industriais são substancias ou misturas de substancias que, quando 
excitadas por algum agente externo, são capazes de decompor-se 
quimicamente gerando considerável volume de gases a altas temperaturas. 
Estas reações de decomposições podem ser iniciadas por agentes mecânicos 
(pressão, atrito, impacto, vibração, etc.) pela ação do calor (aquecimento, 
faísca, chama, etc.) ou ainda pela ação de outro explosivo (espoletas, boosters, 
ou outros iniciadores). A tendência atual sugere que na sua fabricação sejam 
utilizados componentes que isoladamente não sejam substancias explosivas, 
de forma a garantir completa segurança dentro das fabricas. É o caso da 
moderna lama explosiva (Slurry) que é misturada no próprio local de consumo 
e bombeada para dentro dos furos na rocha. Somente alguns segundos após o 
lançamento da mistura dentro dos furos, tempo necessário para a 
complementação da reação química, o produto torna-se uma substancia 
explosiva. 
Combustão, Deflagração e Detonação 
A reação química de decomposição do explosivo pode dar-se sob a forma de 
combustão, deflagração e detonação em função das características químicas 
da substancia explosiva, bem como das condições de iniciação e confinamento 
desta. 
Combustão- E uma reação química de oxidação e geralmente ocorre por conta 
do oxigênio do ar. O fenômeno ocorre em baixas velocidades e tem como 
exemplo a queima de um pedaço de carvão. 
Deflagração- Quando a velocidade da reação de decomposição da substancia 
explosiva é maior que o caso anterior, chegando em alguns casos a 1.000 m/s, 
ocorre a deflagração. Nesta reação há a participação não só do oxigênio do ar 
mas também daquele intrínseco a substancia. E o caso da decomposição das 
pólvoras, ou ainda de explosivos mais potentes (se submetidos a condições 
desfavoráveis de iniciação e confinamento). 
Detonação- É uma reação de decomposição com a participação exclusiva do 
oxigênio intrínseco da substancia explosiva, ocorrem com velocidades que 
variam de 1.500 m/s a 9.000 m/s. Em função da quantidade de energia 
envolvida no processo, far-se-á sempre acompanhada de uma onda de 
choque, também chamada onda de detonação. E esta onda de choque que 
com sua frente de elevada pressão dinâmica, confere a detonação um enorme 
poder de ruptura. 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXPLOSIVOS: 
Quanto à potência: 
Explosivos Primários ou Iniciadores: São materiais utilizados nos processos de 
iniciação dos explosivos propriamente ditos: Espoletas, Cordel Detonante, 
Boosters, etc. .. Os mais usados industrialmente são: Azida de Chumbo, 
Estifinato de Chumbo, Fulminato de Mercúrio, Nitropenta, etc. Não tem força 
para detonar a rocha, apenas iniciar a explosão. Muito sensíveis. 
Explosivos secundários ou Altos explosivos: São os explosivos propriamente 
ditos ou explosivos de ruptura. São tão potentes quanto os explosivos 
primários, porem por serem mais estáveis necessitam de uma maior 
quantidade de energia para iniciar o processo de detonação, energia esta 
geralmente fornecida pela ação direta da detonação de um explosivo primário. 
E o caso das Dinamites, Gelatinas, ANFOS, Lamas, Etc. .. 
Alguns materiais podem atuar tanto como primários como secundários em um 
processo de detonação. E o caso da Nitropenta que no Cordel Detonante atua 
como explosivo primário ou iniciador e em cargas especiais atua como 
secundários em cargas de demolição. Detonam com velocidades* de 2500 a 
7500 m/s, com pressões de até 100 000 atmosferas. 
Quanto ao desempenho: 
Explosivos Deflagrantes: São aqueles que se decompõe através de uma 
reação de deflagração. São também denominados baixos explosivos. 
produzem queima rápida, sem grande onda de choque. Usados na produção 
de mármores, paralelepípedos de calçamento, etc. O único ainda usado é a 
pólvora negra. 
Explosivos Detonantes: Decompõe-se pela reação de detonação e apresentam 
grande capacidade de trabalho pelo que são também conhecidos como 
explosivos de ruptura. São os explosivos industriais propriamente ditos. 
Do ponto de vista químico, podem ser classificados em: 
Simples (uma só substância química) – nitroglicerina, nitroglicol, nitrocelulose, 
trotil e ciclonite. 
Mistos: formados por substâncias que isoladamente não são explosivas – 
nitratos inorgânicos, cloratos e percloratos. O principal é o nitrato de amônio, 
que se torna explosivo quando misturado com óleo diesel (ANFO). 
Compostos: mistura de explosivos simples com substâncias também capazes 
de consumir e produzir oxigênio. São a maioria, por permitirem dosagens que 
os tornam mais – ou menos – destruidores. 
Quanto à consistência, são chamados: 
Plásticos e semiplásticos: moldam-se ao furo, podendo preencher maior 
volume. 
Sólidos: cartuchos contendo o explosivo em pó (dinamite); 
Líquidos: os mais fáceis de fazer o carregamento (ex. nitroglicerina) 
PROPRIEDADES DOS EXPLOSIVOS: 
Força: traduz a quantidade de energia liberada. Medido pela prova de Trauzi, 
que compara com a de uma gelatina composta de 92% de nitroglicerina com 
8% de nitrocelulose, e expressa como percentagem em relação a este padrão. 
Outro padrão utilizado é o nitrato de amônio. 
Velocidade: a explosão é uma reação química rápida que inicia em um ponto 
da massa do explosivo, e se propaga por essa massa produzindo luz, calor e 
gases. Supondo cilíndrica a forma do explosivo, é medida ao longo da altura do 
cilindro, e pode variar de 1500 a 7500 m/s. Os mais velozes tem nitroglicerina 
como base (4000 a 7500 m/s), e os de amônia 1500 a 3000 m/s. Denomina-se 
velocidade estabilizada à atingida após a fase de aceleração. Varia com o 
diâmetro da carga explosiva. 
Podemos considerar como explosivo de baixa velocidade todo aquele que 
detonar com até 3.000 m/s e de alta velocidade todo aquele que superar isto. 
Densidade (d) : quanto maior, maior a concentração em um furo, e maior a 
fragmentação. Na prática, a densidade de dinamites e gelatinas é medida pela 
quantidade de cartuchos em uma caixa de 25 kg , mas como os diâmetros 
variam, isto é discutível. A unidade de medida teórica é expressa em kg/dm3 . 
Segurança no Manuseio: Capacidade de resistir à explosão ou projétil (tiro), 
onda de choque, descarga elétrica, etc. Define forma e tipo de transporte, 
armazenagem, etc. 
Resistência à água: Alguns explosivos, como os de nitrato de amônio, não 
detonam quando molhados. Por isso é necessáriosaber se há água nos furos, 
para a escolha do explosivo. A dinamite tem grande resistência à água. É 
medida pelo número de horas que pode ficar submerso e ainda assim iniciar 
com eficiência e detonar completamente com a espoleta n.º 6. 
Quanto a resistência a água os explosivos industriais podem ser classificados: 
Nenhuma resistência à água. 
Boa- Não perdem sua sensibilidade mesmo quando submersos por um período 
de ate 24 horas em condições de pressão hidrostática de ate 3 atmosferas. 
Ótima- Desenvolvem seu trabalho normal dentro de um intervalo de 72 horas 
de submersão em condições de pressão hidrostática de ate 3 atmosferas. 
Quanto à resistência a água, os explosivos também são divididos em classes: 
|Classe |Resistência à água (horas) |Exemplos da marca Explo 
| 
|1 |Indefinida | | 
|2 |32 a 71 |Dinamon, SL 400, Bragel 
| 
|3 |16 a 31 | | 
|4 |8 a 15 | | 
|5 |4 a 7 | | 
|6 |1 a 3 |Carbonita RX | 
|7 |Não resiste |Explon I e IV | 
 
Sensibilidade: quanto a sensibilidade à iniciação, diz-se que um explosivo é 
sensível ao cordel detonante, à espoleta simples n.º 6, n.º 8 , etc. 
Quanto à indução pela explosão de um cartucho próximo (air-gap), pela 
distância máxima entre cartuchos, que a provoca. É chamada sensibilidade à 
propagação e expressa em centímetros. 
Volume de Gases: (na temperatura e pressão da explosão): 
De baixa expansão gasosa (até 800 l/kg) e 
De alta expansão gasosa (acima de 800 l/kg) 
Emissão de Gases Tóxicos: sem grandes problemas nas explosões a céu 
aberto, alguns explosivos podem causar intoxicações nas explosões 
subterrâneas, provocando náuseas , dores de cabeça. Os gases são 
chamados classe 1, 2 e 3, e os explosivos pelas categorias A, B, C, 
respectivamente, conforme produzam – 
. Categoria A : até 22,6 l/kg de gases classe 1; 
. Categoria B: de 22,5 a 46,7 l/kg de gases classe 2; (qtde. elevada) 
. Categoria C: de 46,7 a 94,8 l/kg de gases classe 3 (qtde. elevada) 
Pressão de Detonação (gerada pela onda de frente) : 
Aproximadamente calculada por 
 PD = 4,499 . 106 . d . μ / (1 + 0,8 d ) , 
onde 
μ = velocidade de detonação 
d = densidade do explosivo 
Pressão De Explosão : parâmetro para comparação entre explosivos de 
mesma categoria ( categoria quanto à superfície específica e características 
físicas – sólido, pasta, emulsão, lama, etc.) 
PE = PD / 2 
Energia Absoluta: quantidade de energia liberada por kg de explosivo. 
p. exemplo, a do explosivo ANFO, onde 
NH3NO2 + CH2 → N2+CO2+H2O + 912 kcal/kg 
(912 kcal/kg é a energia absoluta do ANFO, no padrão AWS). 
Pode ser expressa no padrão AWS – absolute weight strength(kcal/kg) 
ou no padrão ABS – absolute bottle strength (kcal/litro). 
Sendo d a densidade, ABS= d X AWS 
No caso do ANFO, de densidade 0,81, a energia AWS = 912 x 0,81 = 739 
kcal/litro 
Energia Relativa: Expressa em percentagem a energia absoluta de um 
explosivo, dividida pela energia do padrão (ANFO). 
Energia relativa RWS = 0,10965 x energia absoluta AWS do explosivo ( % ) 
Energia relativa RBS = 0,1353 x energia absoluta AWS do explosivo ( % ) 
Exemplo de cálculo da energia relativa: (e exercício: completar a tabela) 
|Explosivo |Energia absoluta WG |Densidade 
|Energia relativa | 
| |AWS |ABS | |RWS 
|RBS | 
|Dinamon D40 |634 |925,6 |1,46 |69,5 
|125,3 | 
|Dinamon D60 |706 |1030,8 |1,46 |77,4 
|139,5 | 
|Dinamon D75 |750 | |1,46 
| | | 
|Dinamon DC | |806 |1,3 
| | | 
 
Razão Linear De Energia: Expressa a energia absoluta por metro linear de furo 
: 
RLE = 0,5067.D2.d.AWS (kcal/m) 
onde: D = diâmetro da carga explosiva em polegadas 
d = densidade do explosivo (derramado, não adensado) em g/cm3 ; 
Potência Disponível (W) : razão de energia liberada por metro linear de carga 
explosiva no furo, à uma determinada velocidade. Sendo μ a velocidade 
estabilizada do explosivo, e T = 1/μ 
W = RLE/T = RLE . μ = 0,5067 . d . D2 . AWX . μ 
TIPOS DE EXPLOSIVOS: 
Pólvora Negra: Baixa velocidade, baixo explosivo, higroscópica. 
Tipo A : nitrato de potássio, enxofre, carvão vegetal. Uso à céu aberto, em 
corte de rocha. Não utilizada no desmonte intensivo. 
Tipo B: nitrato de sódio, enxofre, carvão vegetal. Mais lenta que a do tipo A , 
detonação de argilas e folhelhos. 
Ambas: cartuchos cilíndricos, ∅ 1 ¼ a 2" . Também chamada pólvora tubular. 
Não usadas no desmonte de rocha. 
Semigelatinosos : consistência plástica, densidade 1 a 1,3 g/cm3 . 
Gelatinosos : consistência plástica , caixas com 25 kg com 96 a 220 cartuchos, 
∅ 7/8" a 1 ½ " . 
Anfos (Ammonium Nitrate + Fuel Oil) : basicamente nitrato de amônio . 
Precisam de escorva para detonar, geralmente semigelatinoso ou gelatinoso, 
explosão inicial. Sem resistência à água, baixa densidade, baixo custo. Devido 
à baixa densidade, usados em carga de coluna. 
Granulados : geralmente carbonitratos em forma de grãos, precisam explosão 
iniciante(booster). Baixa densidade, sem resistência à água. Facilmente 
manuseáveis á granel, e no carregamento pneumático ou por derrame nos 
furos. Principal uso em carga de coluna. 
Lamas explosivas: pasta fluida, com nitroglicerina e água. Alta densidade e – 
pela plasticidade – alta razão linear de carregamento. Uso: carga de fundo ou – 
alternando com Anfo – em carga de coluna. Qualquer tipo de rocha. Cartuchos 
de polietileno, ∅ 2 a 5 ". 
Pastas: (Aquagel) : semelhantes à lamas explosivas, mas sem nitroglicerina. 
Tem partículas metálicas finas que aumentam a quantidade de energia 
liberada. 32 a 96 cartuchos ∅ 7/8 a 1 ½" por caixa de 25 kg . Fogachos, túneis, 
aplicação geral. 
Emulsões: Líquidos, fácil carregamento por bombeamento. Densidade maior 
que a da água, conseguem expulsá-la. Excelentes resistência à água e 
densidade de carregamento. Exigem "booster" reforçador com diâmetro 
próximo do furo. Muito estável ao atrito e choque. Iniciação com cordel 
detonante ou espoleta n.º 8 . alta velocidade, cartuchos de polietileno em 
caixas de 25 kg . 
Bombeados : pastas explosivas, emulsões ou granulados, bombeados 
diretamente de caminhões para os furos. Seguros no transporte, porque só se 
tornam explosivos após mistura (nos furos). Exigem reforçador (booster) na 
explosão iniciante. Inconveniente: vazam, quando a rocha é fraturada. 
ESCOLHA DO EXPLOSIVO: Levar em conta: 
Condições de entorno: Dureza da rocha(dura, média ou branda), tipo de rocha 
(ígnea, metamórfica, sedimentar), natureza da rocha (homogênea, fraturada), 
presença de água, região de aplicação (coluna, fundo), diâmetro dos furos, 
custo . 
Características do explosivo: Pressão de explosão, velocidade de detonação 
(para cada diâmetro), volume degases, energia absoluta e relativa, razão 
linear de energia (para cada diâmetro), potência disponível (p/ cada diâmetro) . 
Não fazer grande demolição sem testar antes a eficiência. É impossível 
escolha definitiva sem testes locais . Consultar assistência técnica do 
fabricante, folhetos não informam tudo. Canja de galinha e prudência não 
fazem mal a ninguém. 
ACESSÓRIOS DE DETONAÇÃO: 
Acendedores: para iniciar a detonação de espoletas ou dos reforçadores 
(boosters) Podem ser: estopim de segurança, estopim ultra-rápido, conectores 
para estopim, cordão ignitor, reforçadores. 
Estopim de segurança: aspecto de cordão. Núcleo de pólvora negra de nitrato 
de potássio, revestido com tecido impermeabilizante. Queima com velocidade 
uniforme, conhecida(145 m/s, ± 10%) . Para detonar pólvora negra, precisa 
espoleta, o mesmo ocorrendo para gelatinas e dinamites. Usado para iniciar 
cargas a distancias curtas e cordéis detonantes. 
Estopim ultra-rápido: para iniciar dinamites e nitrocarbonitratos. Alta segurança 
contra impacto, correntes parasitas, eletricidade estática. Velocidade na ordem 
de 2000 m/s. Conector numa ponta, e na outra espoleta instantânea ou retardo. 
Conectores para estopim: mesmo princípio do estopim, providenciam a ligação 
destes com o cordão ignitor. Núcleo é um misto pirotécnico. 
Cordão ignitor: cordão fino e flexível , revestido com polietileno, que queima 
com chama firme. Usado para acender linhas de estopins em qualquer 
quantidade. 
Reforçadores (boosters): cargas explosivas de alta potência usadas para iniciar 
a explosão de explosivos de baixa sensibilidade, como anfos, pastas 
detonantes, e para assegurar a continuidade da onda explosiva ao longo da 
coluna. Combinam alta velocidade de detonação (VOD) com alta energia 
(AWS). Geralmente são iniciados com cordel detonante, espoleta simples ou 
elétrica. Aumentam a segurança contra detonações falhas. 
Espoletas simples : cápsulas de alumínio com tetranitrato de penta-eritritrol (ou 
nitropenta) e carga iniciadora de azida de chumbo. Ligam o explosivo ao 
estopim comum por pressão de alicate especial. Usadas quando se quer ou 
pode haver seqüência de explosão, não quando o fogo é simultâneo. 
Acoplamento perigoso, porque a carga explosiva está aberta ao ligar. 
Espoleta elétrica: Permitem detonações simultâneas. Podem ser instantâneas 
ou "de tempo" : 
[pic] 
Instantâneas "de tempo". 
As espoletas de tempo podem ser "regulares", com espera de 500 
milisegundos, ou "rápidas", com intervalos de tempo de 25, 50 ou 100 
milisegundos, produzidas em 19 tempos de seqüência de detonação (são 
numeradas). Caixas de 100 unidades. 
Recomendações gerais dos fabricantes: 
 • Usar fonte de energia adequada, quanto a capacidade e intensidade da 
corrente. 
 • Conferir visualmente o circuito e medir as resistências elétricas. 
 • Precauções contra choques. Somente retirar o shunt de proteção na hora 
da detonação. Evitar rádios transmissores ou outras fontes de correntes 
parasitas. 
 • Em carregamento pneumático, usar mangueiras anti-eletrostáticas e/ou 
aterradas. 
 • Manter as emendas isoladas. No mesmo fogo, usar espoletas de mesmo 
fabricante e modelo, para evitar variações na resistência. 
 • Nas detonações em série, usar corrente maior que as detonações isoladas. 
Nas detonações em série e paralelo, usar tabelas para determinar a 
intensidade da corrente. 
 • Sempre verificar as resistências do circuito, com o Ohmímetro. Utilizar 
"boosters" e cordéis detonantes na iniciação à distância. 
Armazenamento: Consultar normas do Ministério do Exército (SFPC) 
Detonação: A intensidade da corrente deve ser a indicada para a espoleta, pois 
se MENOR, pode atrasar o aquecimento e a detonação, se MAIOR, avariar a 
espoleta sem detoná-la, ou abreviar a detonação. 
Circuitos de detonação: 
Em série: 
[pic] 
Paralelos 
[pic] 
Em série, máximo de 50 espoletas, exceto em fogachos. Se usar corrente 
alternada, a intensidade da corrente deve ser maior que na contínua, devido às 
variações. No cálculo, levar em consideração a resistência de cada espoleta. 
Em circuitos paralelos, a resistência é igual à resistência de cada espoleta, 
dividida pelo número de espoletas – em geral desprezível. Considerar apenas a 
resistência dos fios. Quando usadas espoletas comuns, devem ficar nas 
extremidades, para evitar que sua detonação antecipada corte a corrente, 
impedindo a detonação das espoletas com espera. Não há limitação teórica 
quanto à quantidade de espoletas. Os limites são práticos. No insucesso de 
detonação muito extensa, torna-se muito difícil e perigoso o desarmamento. 
Também aumenta o tempo, e em conseqüência o risco de detonação 
antecipada (causada por relâmpagos, eletricidade estática da atmosfera, 
proximidade de linhas de alta-tensão, eletricidade estática produzida por 
carregamento pneumático ou equipamentos de rádio, televisão ou radar). 
Em série-paralelo : 
[pic] 
Cordéis detonantes: 
Forma mais segura para a detonação de fogo a céu aberto. São explosivos, e 
dispensam espoletas, funcionando como escorvas. Tem núcleo de alto 
explosivo (PETN – tetranitrato de pentaeritritol) e revestimento (fibras de PVC 
ou náilon) conforme a finalidade. Velocidade de detonação de 7000 m/s, 
superior à dinamite e gelatinas. Fornecido em rolos, aspecto de cabo elétrico. 
Circuitos como os elétricos. Ligações por nós padronizados ou fita isolante. 
Inicialização por espoleta elétrica ou simples(n.º 8) ou por cordel de diâmetro 
igual ou maior. 
Cuidados: Fazer ligações perpendiculares. Evitar cruzamento de pontas. Não 
permitir cruzamento de linhas nem mesmo aproximações. Proteger entrada de 
água nos furos com tampa plástica, ou que se umedeçam com óleo do 
explosivo. Em presença de umidade, isolar extremidades. Evitar atrito e 
esmagamento do cordel. Antes da iniciação, conferir todas as ligações, 
tensionamento dos circuitos. 
Retardos para cordel detonante: 5, 10, 20, 30 , 50 e 100 milisegundos, 
diferenciados por cores azul, verde, amarela, laranja, vermelha e branca, 
respectivamente. Caixas com 50 unidades. 
Aspecto dos retardos: 
[pic] 
Aspecto das ligações: Mnemônico: (baixo, cima, baixo, cima. . .) 
[pic] 
ARMAZENAMENTO E MANUSEIO DE EXPLOSIVOS: 
Regulamentados pelo R-105 do Ministério do Exército. Acessórios de 
detonação devem ficar em paiol diferente dos explosivos, com projeto aprovado 
pelo prefeito do município e fiscalizados quanto a localização, proximidade de 
rodovias, ferrovias e habitações, etc. Quantidades de estoque são limitadas 
pelo projeto aprovado. Irregularidades devem ser imediatamente comunicadas 
à autoridade policial ou militar mais próxima. Os fabricantes costumam prestar 
todo o apoio em todas as fases de projeto e execução. 
CARREGAMENTO DOS FUROS: Regra principal: cuidado ! 
O carregamento pode ser manual (o mais comum) ou mecânico. É sempre 
lento, cuidadoso, e se mal executado pode levar à explosões incompletas, que 
– se não detectadas e tomadas as providências necessárias, causam 
acidentes. 
Carregamento Manual: Os furos tem de estar limpos e desobstruídos. Após a 
furação são limpos com sopro de ar (ou colher) e removidas pedras soltas. 
Depois são tampados com cones de plástico (no Brasil ainda se usa capim). Os 
explosivos são cortados ao longo do comprimento, colocados em posição e 
adensados, para ocupar todo o volume do furo. Em furos lisos admite-se folga 
entre o diâmetro dos cartuchos e o do furo de ½", ou ¼ " em furos estreitos. 
Quando as paredes são ásperas, dobrar a folga. Cartuchos de dinamite não 
precisam ser rasgados, pois quando apiloados, o material pulverulento se 
amolga. Explosivos granulares podem ser despejados no furo, com auxílio de 
funil. A escorva, cartucho que inicia o fogo, não ésocado, não pode entrar 
primeiro. No caso de espoleta elétrica, fica no fundo, com a ponta para cima, e 
inicia a explosão pela carga de fundo. No caso de cordel detonante, a carga de 
coluna inicia a explosão, na velocidade de propagação do cordel (~7000 m/s). 
Os soquetes são de madeira, as vezes de plástico, nunca metálicos. A 
densidade ideal é obtida socando-se mais a carga de fundo ou usando 
espaçadores na de coluna, ou ainda utilizando explosivos de densidades 
diferentes. Nos furos estreitos, a carga desce por tubos de cobre ou espetada 
em bambu, enquanto o cordel ou fio elétrico permanece esticado por uma vara, 
que é retirada ao final do carregamento do furo. Nos furos estreitos e 
compridos, o adensamento é feito com um pilão cilíndrico de madeira, 
lastreado com bronze ou chumbo e suspenso por corda (se encravar um 
cartuxo, tem de ser desencravado). Nos furos de grande diâmetro e 
profundidade, o soquete é um bloco de madeira lastreado. Quando existe água 
no furo, o lastro é aumentado. Se os cartuchos descem pendurados por 
cordéis, usar cartuchos com alça ou prender a ponta da corda com cunhas 
(soltam-se com puxões secos). Controle de profundidade é feito com trenas de 
pano, lastreadas com 150 a 200 g de chumbo. NUNCA se faz o carregamento 
de furos quando houver possibilidade de temporal . O tamponamento é feito 
com o próprio resíduo da furação, com areia, com argila ou com argamassa de 
argila e areia (1:2) ; tem a finalidade de evitar a interferência indesejável de 
explosão de furos próximos, durante o fogo, ou a propagação de alguma 
explosão antecipada, acidental. 
Carregamento mecânico: 
|Ainda pouco usado no Brasil, testado e aprovado para |[pic] 
| 
|explosivos de dinamite gelatinosa, com auxílio de tubos | 
| 
|metálicos ou de polietileno (preferíveis) e ar | 
| 
|comprimido. Os carregamentos são rápidos e produzem | 
| 
|densidades maiores que no processo manual. Também | 
| 
|existem carregadores mecânicos para explosivos | 
| 
|granulares, principalmente de nitrato de amônio. |

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