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Max Weber (*1864 +1930) Max Weber nasceu na cidade de Erfurt, na turíngia, a 21 de abril de 1864. A turíngia está hoje sumida no anonimato da República Democrática Alemã, o estado Comunista da Alemanha Oriental. Mas, em 1864, fazia parte dos domínios prussianos, dessa potência que foi a perplexidade e a obsessão de toda a vida de Weber. Seu pai, grande industrial têxtil na Alemanha Ocidental, pertenceu ao partido liberal-conservador; sua mãe era de família de professores liberais e humanistas. Weber se tornou eminente professor universitário, jornalista influente, historiador, economista, filósofo e, principalmente, sociólogo. Marcou o estigma de uma enfermidade psíquica, que constituiu impedimento ao ininterrupto exercício do magistério universitário. Weber estudou direito nas universidades de Heidelberg, Gottingen e Berlim, adquirindo competência profissional em história, economia e filosofia. A Epistemologia Weberiana A epistemologia weberiana pode ser compreendida como resultado a articulação de suas premissas com uma afirmação aparentemente antitética. As premissas são: 1-O conhecimento só é possível a partir de referência a valores e interesses; 2- Valores e interesses não podem ser validados ou hierarquizados segundo critérios objetivos. A afirmação é a seguinte: é possível alcançar um conhecimento objetivo, universalmente válido, científico, no sentido mais forte da palavra. A questão então é entender como é possível para Weber, partindo das duas premissas indicadas, chegar a essa última afirmação. Talvez a melhor estratégia seja considerar, inicialmente, as próprias premissas. O que está sendo chamado aqui de premissas da epistemologia weberiana, são na verdade as duas perspectivas básicas que definem a concepção de Weber no que se refere à relação entre conhecimento , com realidade e valores. Seguindo uma orientação claramente neokantiana, weber assume, de forma radical e com todas as implicações daí decorrentes, o postulado da existência de uma separação clara entre os planos do conhecimento e da realidade, cuja transposição é sempre parcial, provisória e, sobretudo, mediada por uma série de categorias e construções conceituais definidas conforme os valores e interesses de quem busca o conhecimento. A realidade é entendida como algo infinito, que pode ser apreendido a partir de inúmeros ângulos, mas jamais na sua totalidade ou essência. As características do paradigma sociológico weberiano só se definem à luz da visão de mundo mais ampla de weber, dentro da qual de articulam uma concepção específica sobre o que é a realidade sócio histórica e uma reflexão profunda sobre a natureza do empreendimento científico. Talvez o ponto central da perspectiva weberiana seja o reconhecimento de que a realidade humana não possui um sentido intrínseco e unívoco, dado de modo natural e definitivo, independentemente das ações humanas concretas. Weber pressupõe que a realidade é infinita e sem qualquer sentido cognoscível imanente. Seriam os sujeitos humanos que estabeleceriam recortes na realidade e se posicionariam distante deles conferindo –lhes sentido. Weber assume essa perspectiva de modo radical. Orientado por ela, procura excluir das Ciências Sociais qualquer proposição que busque definir de modo geral e substantivo qual a lógica da história, qual a dimensão estrutural determinante da sociedade ou qual o sentido último subjacente às ações individuais. Todas essas definições suporiam a existência de uma realidade atemporal, naturalmente dada, subjacente e determinantes dos fenômenos empíricos. Weber não apenas não acredita na existência desses determinantes a históricos do comportamento humano, como defende que não seria possível defini-los de um modo objetivo, verificável segundo as regras da ciência. Quando Weber afirma enfaticamente que a Ciência Social que ele pretende praticar é uma “Ciência da realidade “o que ele esta querendo acentuar ;e, em grande medida, esse compromisso com a análise de realidades empíricas concretas, tornadas significativas por agentes historicamente situados. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAD2cAD/sociologia-marx-weber-durkheim#ixzz20L4IWFZ6
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