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17/02/2016 1 Potências de 10 – Ordem de grandeza • Por que usamos potências de 10? • Se nos disserem que o raio do átomo de hidrogênio é igual a • 0,000000005 cm ou • que uma dada célula tem cerca de 2 000 000 000 000 de átomos, dificilmente seremos capazes de assimilar estas idéias. 1 Potências de 10 – Ordem de grandeza • Notação de potências de base 10 842 = 8,42.100 = 8,42.102 3,7 3,7 -30,0037 = = = 3,7.101000 310 2 Potências de 10 – Ordem de grandeza • Um número qualquer pode ser sempre expresso como o produto de um número compreendido entre 1 e 10 (1<x<10) por uma potência de 10 adequada. 3 Potências de 10 – Ordem de grandeza • Outros exemplos 62300 = 6,23.10000 = 6,23. 104 -5 5 2 20,00002 = = = 2.10 100000 10 4 17/02/2016 2 Potências de 10 – Ordem de grandeza • Operações com potências de 10 a) 0,0021 . 30000000 = = (2,1 . 10-3) . (3 . 107) = = 2,1 . 3 . 10-3 . 107 = 6,3 . 104 5 5 5 - 3 8 8 7 , 2 8 .1 0 7 , 2 8 1 0b ) = . = 1 , 8 2 . 1 0 44 .1 0 1 0 6 -3 3 3 -3 3 -9 2 -9 -7c) (5 . 10 ) = 5 . (10 ) = 125 . 10 = 1,25 . 10 . 10 = 1,25 . 10 5 4 4 2d) 2,5 . 10 = 25.10 = 25. 10 =5.10 3 3 3 3e) 6,25.10 -3,2.10 =(6,25-3,2).10 =3,05.10 7 6 7 7 7f) 4,23.10 + 1,3.10 = 4,23.10 + 0,13.10 = 4,36.10 Exercícios Faça o arredondamento, dos números a seguir, para duas casas decimais. a) 3,444... b) 6,555... c) 8,777... d) 10,0505... e) 0,995 f) 1,994 g) 3,998 h) 15,01500001 i) 0,093 j) 0,099 k) 0,095 l) 0,085 m) 11,995 n) 11,994 o) 11,996 p) 11,985 q) 11,98501 r) 11,99503 s) 6,445445... t) 6,445 u) 6,455 17/02/2016 3 Temperatura e Calor Construção de escalas termométricas • Cada termômetro apresenta uma determinada escala de leitura. • Para construir uma escala, devemos primeiro escolher uma grandeza termométrica, Ou seja, qualquer grandeza que varie com a temperatura. • São exemplos de grandezas termométricas: O comprimento de uma coluna de mercúrio; O tamanho de uma barra de ferro; A pressão exercida por uma gás num recipiente de volume constante; A resistência elétrica de um fio; Entre outras. 9 Temperatura e Calor • 1º) Escolhemos a substância e a grandeza termométrica que varie linearmente com a temperatura. • Por exemplo, vamos utilizar o álcool colorizado (substância termométrica) colocado em um reservatório (bulbo) ligado a um tubo capilar de vidro, o comprimento atingido pela coluna de álcool no tubo capilar (h) que é a grandeza termométrica. • Essa grandeza –comprimento da coluna de álcool – varia linearmente com a temperatura. 10 • Vejamos a seguir os procedimentos para construir uma escala termométrica. Temperatura e Calor • 2º) Esse dispositivo é colocado em contato com dois estados térmicos diferentes, denominados pontos fixos. • Os mais utilizados são a ebulição da água e a fusão do gelo. 11 Temperatura e Calor • 3º) Na figura ao lado temos: TG: número atribuído ao ponto de fusão do gelo que corresponde ao comprimento hG da coluna de álcool; TV: número atribuído ao ponto de ebulição da água que corresponde ao comprimento hV da coluna de álcool. • O intervalo entre os dois pontos fixos (hV – hG) é dividido por (TV – TG) e resulta em partes iguais e unitárias. • Cada unidade recebe o nome de grau da escala. 12 17/02/2016 4 Temperatura e Calor • 4º) Finalmente, relacionamos os valores da grandeza termométrica ( comprimento h da coluna de álcool) com os valores da temperatura (T) por meio de uma função termométrica. 13 Temperatura e Calor • Como a grandeza termométrica varia linearmente com a temperatura, a relação entre ela e a temperatura é uma função de primeiro grau. • A semelhança dos triângulos ABC e ADE, mostrados na figura seguinte, nos permite escrever: 14 GT T G G V G V G T T h h T T h h V GT T Gh h V Gh h Temperatura e Calor 1) Um aluno de nome Marcelo resolveu criar uma escala termométrica (escala Marcelo, arbitrária, ou graus Marcelo, ºM), usando um velho termômetro de mercúrio cuja escala já estava totalmente apagada. Sob pressão atmosférica normal, ele colocou o termômetro em equilíbrio térmico com gelo fundente e anotou a altura atingida pela coluna de mercúrio: 5 cm. Em seguida, pondo o termômetro em equilíbrio térmico com a água em ebulição, anotou a nova altura da coluna de mercúrio: 25 cm. Para estas alturas ele atribuiu 0ºM e 100ºM, respectivamente. a) Qual é a função termométrica dessa escala arbitrária ºM? b) Qual será o valor da temperatura na escala M se a altura da coluna de mercúrio atingir 17 cm? 15 Temperatura e Calor 2) Um aluno de nome João resolveu criar uma escala termométrica (escala João, arbitrária, ou graus João, ºJ), usando um velho termômetro de mercúrio cuja escala já estava totalmente apagada. Esta escala está representada no gráfico a seguir: a) Qual é a função termométrica dessa escala arbitrária ºJ? b) Qual será o valor da temperatura na escala J se a altura da coluna de mercúrio atingir 17 cm? 16 17/02/2016 5 Temperatura e Calor 17 . 8 h 30 Altura (cm) Temperatura (ºJ) TJ 150 Temperatura e Calor Escalas Celsius e Fahrenheit • A escala de temperatura adotada pela maioria dos países é a escala Celsius, construída em 1742 por Anders Celsius (1701- 1744). • Essa escala adota para o ponto de fusão do gelo o valor 0 (zero) e, para o ponto de ebulição da água sob pressão normal, o valor 100 (cem). • O intervalo obtido entre os dois pontos fixos é dividido em cem partes iguais, e cada parte corresponde à unidade da escala, denominada grau Celsius (ºC). 18 Temperatura e Calor • A escala Fahrenheit foi construída em 1727 por Daniel G. Fahrenheit (1686-1736). • Ao projetar, na escala Fahrenheit, os pontos fixos escolhidos por Celsius, obtemos os seguintes valores: 32º F para o ponto de fusão do gelo e 212º F para o ponto de ebulição da água. • Assim, na escala Fahrenheit, o intervalo entre esses dois pontos fixos é dividido em 180 partes (212 – 32). • Cada parte corresponde À unidade da escala, denominada grau Fahrenheit (ºF). 19 Temperatura e Calor • A conversão de temperaturas entre as escalas é feita por meio da comparação dos segmentos a e b, da coluna de mercúrio, que corresponde aos mesmos estados térmicos, independentemente da escala utilizada. 20 32 5 9 5 9 0 32 100 180 5 9 CC CF CF F FT TTT TT T T 17/02/2016 6 Temperatura e Calor • A expressão é utilizada quando queremos comparar somente as variações de temperatura. • A expressão nos fornece diretamente a conversão das temperaturas nas escalas Celsius e Fahrenheit. 21 5 9 C FT T 32 5 9 C FT T Temperatura e Calor 3) Nos Estados Unidos da América, num determinado dia de verão, a temperatura mínima foi de 68ºF, e a máxima, 95º F. a) Quais são os valores dessas temperaturas na escala Celsius? b) Qual foi a variação, entre as temperaturas mínima e máxima, nas escalas Fahrenheit e Celsius? 22 Temperatura e Calor 4) Ao medir a temperatura de um mesmo ambiente com dois termômetros, um calibrado na escala Celsius e o outro, na escala Fahrenheit, uma pessoa observa que eles apresentam a mesma leitura. Qual é essa temperatura? 23 Temperatura e Calor 5) Um pesquisador dispõe de um termômetro C, de alta pressão, calibrado na escala Celsius, e um termômetro F, defeituoso, calibrado na escala Fahrenheit. Para o ponto de gelo, o termômetro F assinala 30 ºF e, quando o termômetro C indica 40 ºC.O F indica 106 ºF.O ponto de vapor no termômetro F corresponde a: 2430ºF 106ºF TF 0ºC 40ºC 100ºC 17/02/2016 7 Temperatura e Calor Kelvin: a escala absoluta • Willian Thompson (1824-1907), homenageado com o título de Lord Kelvin, estudou o comportamento dos gases. • Kelvin atribuiu o valor zero de sua escala (0K =-273ºC). • Pela própria definição, uma variação de x unidades na escala Kelvin corresponde a uma variação de x unidades na escala Celsius. • Assim, qualquer variação de temperatura é representada pelo mesmo valor nas escalas Celsius e Kelvin. • Desta forma podemos concluir que, sob pressão atmosférica normal, o ponto de fusão da água na escala Kelvin corresponde a 273 K o de ebulição 373 K. 25 Temperatura e Calor • Finalmente, podemos relacionar as três escalas mais utilizadas, Celsius, Fahrenheit e Kelvin: • Se considerarmos apenas as variações de temperatura, temos: 26 32 273 5 9 5 C FT T T 5 9 5 C FT T T Temperatura e Calor 6) Uma das exigências feitas pelo Reino Unido por ocasião da formação da União Europeia foi a adoção do Sistema Internacional em suas unidades. Temporariamente, convivem no Reino Unido o sistema antigo e o SI. Há séculos acostumados com seus sistemas de unidades, os ingleses irão paulatinamente absorvendo o SI e em breve, provavelmente, a escala Fahrenheit deixará de existir. Talvez um dia fiquemos somente com a escala Kelvin, a “verdadeira” escala de temperaturas. Imagine sua mãe dizendo: “Leve um agasalho, pois a temperatura está muito baixa. A TV anunciou 280 K”. Converta esse valor para as escalas Celsius e Fahrenheit. 27 Temperatura e Calor 7) Um corpo é aquecido desde 27 ºC até 127 ºC. Qual é a variação de temperatura sofrida por esse corpo na escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin? 28 17/02/2016 8 Temperatura e Calor • A temperatura está associada à agitação térmica molecular. • O calor é uma modalidade de energia que se transmite de um corpo a outro em escala submicroscópica. 29 Temperatura e Calor • O estado térmico de um corpo que chamamos de temperatura é determinado pelo grau de agitação de suas partículas (átomos, moléculas ou íons). • Investigações microscópicas estabelecem que qualquer corpo, seja ele sólido, líquido ou gasoso, é composto de partículas em constante agitação. 30 Temperatura e Calor • A agitação dessas partículas é mais intensa nos gases do que nos líquidos e nos líquidos é mais intensas do que nos sólidos. • Para um mesmo estado físico, a agitação das partículas está intimamente relacionada com a temperatura. • Assim, a temperatura é uma medida da energia cinética média das partículas que compõem o corpo. 31 Temperatura e Calor • Uma temperatura mais alta indica maior agitação das partículas e, portanto, maior energia cinética média. • Portanto, será mais quente o corpo que apresentar um valor médio maior para esse grau de agitação. 32 17/02/2016 9 Temperatura e Calor Equilíbrio térmico e a lei zero da termodinâmica • Para medir e comparar temperaturas utilizamos o termômetro. • A interpretação de suas medidas se baseia no que se convencionou chamar de lei zero da termodinâmica: • Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, então esses corpos estão em equilíbrio térmico entre si. • Podemos pensar no terceiro corpo mencionado pela lei zero como sendo o termômetro. 33 Temperatura e Calor • Se o termômetro apresenta a mesma leitura para dois corpos diferentes, então esses corpos estão em equilíbrio térmico. • Outra forma de enunciar esse lei seria: • Dois corpos estão em equilíbrio térmico quando têm a mesma temperatura. 34 Temperatura e Calor Energia térmica e calor • A agitação das partículas se associa uma energia cinética média, que recebe o nome de energia térmica. • Quanto maior a temperatura de um corpo, maior a agitação de suas partículas e, portanto, maior sua energia térmica. 35 Temperatura e Calor • Calor é a energia que se transfere de um corpo para outro em virtude de uma diferença de temperatura entre eles. 36 . 17/02/2016 10 Temperatura e Calor Unidades de calor • Uma vez estabelecido que o calor é uma forma de energia. • Uma certa quantidade de calor deve ser medida em unidades de energia. • No S.I., mediremos calor em joules. 1 caloria = 1 cal 1 cal = 4,18 J 37 Transmissão de Calor Definição de Calor: Calor é energia térmica em trânsito motivada por uma diferença de temperatura, sendo sempre transferida do meio mais quente para o meio mais frio. TiposTipos dede TransmissãoTransmissão:: éé dadadada dede trêstrês maneirasmaneiras porpor condução,condução, porpor convecçãoconvecção ee porpor irradiaçãoirradiação.. 1. Condução térmica É a propagação de calor em que a energia térmica passa de partícula para partícula, sem transporte de matéria. Ocorre principalmente nos metais (condutores térmicos). São exemplos de isolantes térmicos: água, gelo, ar, lã, isopor, vidro, borracha, madeira, serragem, etc. Aplicações de isolantes térmicos: Exemplo (1): Os iglus, embora feitos de gelo, impedem a condução de calor para o meio externo. Elevando, assim sua temperatura interna. Exemplo (2): As roupas de frio são um exemplo de isolante térmico; o ar que fica retido entre suas fibras dificulta a condução de calor. Os pelos dos animais e a serragem também são bons isolantes térmicos porque retêm ar. 17/02/2016 11 Temperatura e Calor • Nos sólidos, a vibração das partículas em torno de uma posição de equilíbrio favorece a transmissão de energia por condução. • Já os líquidos e os gases não favorecem a transmissão de calor por condução por causa da liberdade de movimentos das partículas. • A quantidade de calor (Q) por unidade de tempo que atravessa um condutor chama-se fluxo de calor e é calculado por: - tempo em segundos. 41 ( ) ( / )Q cal s t t T T Temperatura e Calor • Consideremos, então, o fluxo de calor através de uma barra, de comprimento L e seção transversal de área A, cujas extremidades sejam mantidas às temperaturas tq e tf, sendo tq > tf. • A experiência nos mostra que o fluxo de calor ao longo da barra é: 42 ( ) T Temperatura e Calor • A constante K é característica do material que constitui a barra. • Chama-se condutividade térmica do material e normalmente é dada na unidade cal/s.cm.ºC. • Os melhores condutores sólidos são os metais: Prata (k = 0,99) Cobre (k = 0,92) Alumínio (k = 0,50) Ferro (k = 0,12) • Todos esses valores são em cal/s.cm.ºC. • Um bom isolante térmico é o ar . 43 56.10 / . .ºk cal s cm C Temperatura e Calor 8) Uma barra de alumínio (K = 0,50 cal/s.cm.ºC.) tem 2,0 m de comprimento e 10 cm2 de área de seção transversal. Uma de suas extremidades está em contato com o gelo fundente a 0 ºC, e a outra extremidade está em contato com a água em ebulição a 100 ºC. A barra é isolada para evitar perdas radiais de calor. Determine: a) O fluxo de calor através da barra. b) A temperatura num ponto a 40 cm da extremidade quente. 44 17/02/2016 12 Temperatura e Calor 9) Por que as panelas de aço inoxidável usadas para cozinhar possuem uma camada de cobre ou alumínio na parte inferior? 45 10) Uma parede de tijolos (k = 0,0015 cal/s.cm.ºC), de 25 cm de espessura, tem a sua face interna a 20 ºC e a externa a 40 ºC. Determine a quantidade de calor que atravessa a parede durante 5,0 min. Considere aárea da parede igual a 1,0 m2. 46 Temperatura e Calor 11) Uma estufa elétrica consiste numa caixa de material isolante, com área total de 2,0 m2 e espessura de 4,0 cm. Uma lâmpada acesa de 120 W, colocada dentro da caixa, mantém a temperatura interna 60 ºC acima da externa . Considere 1,0 cal/s = 4,0 W e determine a condutividade térmica do material de que é feita a estufa. 47 2. Convecção térmica É a propagação de calor com transporte de matéria. Ocorre somente nos líquidos e gases. Exemplo (1): Água no fogo. A água quente na parte inferior, menos densa, sobe, enquanto a água fria na parte superior, mais densa, desce. Esse movimento de água quente e água fria, chamado de corrente de convecção, faz com que a água se aqueça como um todo. 17/02/2016 13 Exemplo (2): Ar condicionado. Para facilitar o resfriamento de uma sala, o condicionador de ar deve ser colocado na parte superior da mesma. Assim, o ar frio lançado, mais denso, desce, enquanto o ar quente na parte inferior, menos denso, sobe (corrente de convecção). Exemplo (3): Geladeira. Para facilitar o resfriamento da geladeira, o congelador deve ser colocado na parte superior da mesma. Assim, o ar frio próximo ao congelador, mais denso, desce, enquanto o ar quente na parte inferior, menos denso, sobe (corrente de convecção). Exemplo (4): Brisa litorânea: De dia, o ar junto à areia se aquece e, por ser menos denso, sobe e é substituído pelo ar frio que estava sobre a água. Assim, forma-se a brisa que sopra do mar para a terra, a brisa marítima. À noite, o ar junto à água, agora mais aquecido, sobe e é substituído pelo ar frio que estava sobre a areia. Assim, forma-se a brisa que sopra da terra para o mar, a brisa terrestre. 51 Exemplo (5): Fogão a lenha: 52 Exemplo (6): Correntes de convecção 17/02/2016 14 3. Irradiação térmica É a propagação de calor através de ondas eletromagnéticas, principalmente os raios infravermelhos (chamados de ondas de calor). Ocorre inclusive no vácuo. Exemplo (1): A estufa de plantas é feita de vidro, que é transparente à energia radiante do Sol e opaco às ondas de calor emitidas pelos objetos dentro da estufa. Assim, o interior da estufa se mantém a uma temperatura maior do que o exterior. Exemplo (2): Na atmosfera terrestre também ocorre o efeito estufa. O gás carbônico (CO2) e os vapores de água presentes no ar funcionam como o vidro: são transparentes à energia radiante que vem do Sol, mas opacos às ondas de calor emitidas pela Terra. Em virtude do aumento considerável de veículos, indústrias e fontes poluidoras em geral, os níveis de gás carbônico e outros gases têm aumentado na atmosfera terrestre. Isso já provocou um aumento na temperatura média da Terra de 1°C, e previsões para um aumento de 1,8°C a 4°C para os próximos 50 anos. Exemplo (3): GARRAFA TÉRMICA A garrafa térmica tem por finalidade evitar as propagações de calor. Ela é constituída por uma ampola de vidro com faces espelhadas (as faces espelhadas evitam a irradiação). A ampola tem parede dupla de vidro com vácuo entre elas (o vácuo evita a condução e a convecção). Externamente, uma camada de plástico protege a ampola. 17/02/2016 15 Temperatura e Calor 12) Com relação a uma geladeira, explique por quê: a) O congelador fica na parte de cima. b) As prateleiras são em forma de grade. c) Periodicamente, o gelo que se forma no congelador deve ser retirado. 57 Temperatura e Calor 13) Qual é o principal tipo de transferência de calor nos três fenômenos a seguir: a) Circulação de ar em geladeira. b) Aquecimento de uma barra de ferro. c) Variação de temperatura do corpo humano num banho de sol. 58 Temperatura e Calor Capacidade térmica 59 Temperatura e Calor • Se um corpo recebe uma quantidade de calor e sua temperatura varia de , a capacidade térmica (C) deste corpo é dada por: 60 Q T t QC T 17/02/2016 16 Temperatura e Calor Capacidade térmica 61 Temperatura e Calor 62 Temperatura e Calor • Entretanto, verificou-se que, dividindo-se a capacidade térmica de cada bloco pela sua massa, obtém-se o mesmo resultado para todos os blocos: • Então o quociente Ct/m é constante para um dado material. • Variando porém, de um material para outro. • Este quociente é denominado calor específico (ce) do material. 63 31 2 1 2 3 ...tt t CC C m m m Temperatura e Calor • Se um corpo de massa m tem uma capacidade térmica C, o calor específico (c) do material que constitui o corpo é dado por: 64 t e Cc m 17/02/2016 17 Temperatura e Calor 14) Por exemplo, tomando-se um bloco de chumbo cuja massa é m = 170 g, verificamos que sua capacidade térmica é Ct = 5,3 cal/ºC. • Consequentemente, o calor específico do chumbo vale: 65 Temperatura e Calor • A unidade para a medida do calor específico: cal/g.ºC ou J/kg.ºC 66 Temperatura e Calor 67 Temperatura e Calor 68 17/02/2016 18 Temperatura e Calor Cálculo do calor absorvido por um corpo • A capacidade de um corpo foi definida como sendo: • Então, a quantidade de calor, , que um corpo absorve (ou libera) quando sua temperatura varia de , é dada por: 69 t t e e t CΔQC = e c = c .m = C Δt m Q T .tQ C t . .eQ c m t Temperatura e Calor 15) Um bloco de alumínio, cuja massa é m = 200g, absorve calor e sua temperatura se eleva de 20ºC para 140ºC. Qual a quantidade de calor absorvida (Calor específico do alumínio: c = 0,22 cal/g.ºC)? 70 Temperatura e Calor 16) Um bloco de ferro, cuja massa é m = 2kg, absorve calor e sua temperatura se eleva de 25ºC para 135ºC. Qual a quantidade de calor absorvida (Ce do ferro: c = 0,11 cal/g.ºC)? 71 Temperatura e Calor 17) Um bloco de latão cuja massa é m = 1kg, absorve calor e sua temperatura se eleva de 23ºC para 133ºC. A quantidade de calor absorvida é de . Calcule o calor específico do material. 72 41,034.10 cal 17/02/2016 19 Temperatura e Calor 18) Um bloco de chumbo, cuja a massa é desconhecida, absorve calor e sua temperatura se eleva de 20ºC para 100ºC. A quantidade de calor absorvida é de 3720 cal. Calcule a massa desse bloco de chumbo (Ce do chumbo: c = 0,031 cal/g.ºC). 73 Temperatura e Calor 19) Um bloco de vidro, cuja massa é m = 200g, absorve 2000 calorias. Em quantos graus Celsius sua temperatura se eleva. (Calor específico do vidro: c = 0,20 cal/g.ºC)? 74 Temperatura e Calor 20) Um bloco de chumbo (ce = 0,031 cal/g.ºC) recebe 100 cal e sua temperatura se eleva em 20 ºC. Calcule a massa desse bloco. 75 Temperatura e Calor 76 Dilatação e Contração Os átomos de qualquer sólido são unidos por um conjunto de forças muito intensas, de origem eletromagnética. A qualquer temperatura diferente do zero absoluto (0K = -273ºC), esses átomos estão vibrando. Em baixas temperaturas, porém, a amplitude de vibração dos átomos é muito pequena, devido às forças mencionadas. Vamos supor que se eleve a temperatura de um sólido, como uma esfera de aço, por exemplo. Os átomos do aço começam a vibrar com amplitude cada vez maior e, consequentemente, aumenta a distância entre eles. 17/02/2016 20 Temperatura e Calor 77 Exemplo de dilatação: Aquecimento de um corpo (foto 1, a esfera passa pelo anel; na foto 2, aquecemos a esfera; e na foto 3 a esfera aquecida dilatou e não passa pelo anel). Temperatura e Calor • Esse simples fato faz com que as dimensões do sólido se alterem e o corpo aumente de tamanho. • Quando um corpo amplia suas dimensões devido ao aumento de suatemperatura, dizemos que ele sofreu uma dilatação térmica. • Por outro lado, um corpo que tiver sua temperatura diminuída apresentará uma diminuição da distância entre os seus átomos: a esse fenômeno chamamos contração térmica. 78 Temperatura e Calor 79 Didaticamente dividimos a dilatação ou contração em três partes: a) Linear ou unidimensional: quando levamos em conta apenas a variação do comprimento de um objeto. b) Superficial ou bidimensional: quando levamos em conta a variação da área (superfície) de um objeto. c) Volumétrica ou tridimensional: quando levamos em conta a variação do volume de um corpo. Temperatura e Calor 80 Exemplos interessantes a) Deve-se deixar um espaço livre entre dois trilhos sucessivos de uma ferrovia (fig. 1) para permitir livre dilatação ou contração quando a temperatura variar, caso contrário ocorrerá uma deformação dos trilhos (fig. 2). 17/02/2016 21 Temperatura e Calor 81 b) Para que a dilatação de uma ponte se faça livremente, ela é apoiada sobre rolos (fig. 3) ou emprega-se as chamadas juntas (fendas) de dilatação (fig. 4 e 5) Temperatura e Calor 82 Dilatação linear É aquela na qual predomina a variação em uma única dimensão, ou seja, no comprimento, largura ou altura do corpo. Para estudarmos este tipo de dilatação, imagine uma barra metálica de comprimento inicial L0 e temperatura θ0. Se aquecermos esta barra até que a mesma sofra um variação de temperatura Δθ, notaremos que seu comprimento passa ser igual a L (conforme a figura a seguir). Temperatura e Calor • Podemos dizer matematicamente que a dilatação é: 83 Temperatura e Calor • Mas se aumentarmos o aquecimento, de forma a dobrar a variação de temperatura, ou seja, 2Δθ, então observaremos que a dilatação será o dobro (2 ΔL). • Podemos concluir que a dilatação é diretamente proporcional a variação de temperatura. • Imagine duas barras do mesmo material, mas de comprimentos diferentes. Quando aquecemos estas barras notaremos que a maior dilatará mais que menor. • Podemos concluir que a dilatação é diretamente proporcional ao comprimento inicial das barras. 84 17/02/2016 22 • Quando aquecemos igualmente duas barras de mesmo comprimento, mas de materiais diferentes, notaremos que a dilatação será diferentes nas barras. • Podemos concluir que a dilatação depende do material (substância) da barra. • Dos itens anteriores podemos escrever que a dilatação linear é: • Onde: L0 = comprimento inicial. L = comprimento final. ΔL = dilatação (ΔL > 0) ou contração (ΔL < 0) Δθ = θ - θ0 (variação da temperatura) α = é uma constante de proporcionalidade característica do material que constitui a barra, denominada coeficiente de dilatação térmica linear. 85 0 . .L L Temperatura e Calor • Das equações I e II, teremos: (I) ΔL = L - L0 (II) ΔL = α L0 . Δθ 86 0 0 0 0 0 . . . . 1 . L L L L L L L III L Temperatura e Calor • A equação do comprimento final L = L0 (1 + α . Δθ), corresponde a uma função de 1º grau e, portanto o seu gráfico será uma reta inclinada, onde: L = f (θ). 87 Temperatura e Calor • 21. (VUNESP-SP) A dilatação térmica dos sólidos é um fenômeno importante em diversas aplicações de engenharia, como construções de pontes, prédios e estradas de ferro. Considere o caso dos trilhos de trem serem de aço, cujo coeficiente de dilatação é α = 11 . 10-6 °C-1. Se a 10°C o comprimento de um trilho é de 30m, de quanto aumentaria o seu comprimento se a temperatura aumentasse para 40°C? • a) 11 . 10-4 m b) 33 . 10-4 m c) 99 . 10-4 m d) 132 . 10-4 m e) 165 . 10-4 m 88 17/02/2016 23 Temperatura e Calor 22. (UFPE) - O gráfico abaixo representa a variação, em milímetros, do comprimento de uma barra metálica, de tamanho inicial igual a 1,000 m, aquecida em um forno industrial. Qual é o valor do coeficiente de dilatação térmica linear do material de que é feita a barra, em unidades de 10-6 ºC-1. 89 Temperatura e Calor 23) Uma barra de latão possui comprimento de 90 m a 10 ºC. Determine o comprimento final da barra quando aquecida a 60ºC. (α = 19. 10-6 ºC-1 ) 90 Temperatura e Calor 24) Uma barra de cobre de 200cm de comprimento a 0 ºC é aquecida até atingir a temperatura de 100 ºC. Determine o comprimento final da barra .(α = 17. 10-6 ºC-1 ) 91 Temperatura e Calor 25) Uma barra de 200 cm de comprimento a 0 ºC é aquecida até atingir a temperatura de 100 ºC. Sua dilatação linear foi de 0,002m. Calcule o coeficiente de dilatação linear. 92 17/02/2016 24 93 26) O gráfico representa o comprimento de uma barra em função da temperatura. Determine: a) O coeficiente de dilatação linear do material que constitui a barra; b) O comprimento da barra a 80ºC. ( )L cm Tc 100 100 100,1 0 EXERCÍCIOS DE REVISÃO 94 a) O coeficiente de dilatação linear do material que constitui a barra. b) O comprimento da barra a 80ºC. Temperatura e Calor • Dilatação superficial • É aquela em que predomina a variação em duas dimensões, ou seja, a variação da área do corpo. Para estudarmos este tipo de dilatação, podemos imaginar uma placa metálica de área inicial S0 e temperatura inicial θ0. Se a aquecermos até a temperatura final θ, sua área passará a ter um valor final igual a S. 95 Temperatura e Calor • A dilatação superficial ocorre de forma análoga ao da dilatação linear; portanto podemos obter as seguintes equações: • Todos os coeficientes de dilatação, sejam α, β ou γ, têm como unidade: (temperatura)-6 ºC-1 96 ΔS = S – S0 ΔS = S0 . β . Δθ S = S0 (1 + β . Δθ) Onde: S = área da superfície final S0 = área da superfície inicial Δθ = θ – θ0 = variação da temperatura β = 2α = coeficiente de dilatação superficial 17/02/2016 25 Temperatura e Calor 27) Uma placa retangular mede 10 cm por 20 cm à temperatura de 0 ºC. O coeficiente de dilatação linear do material que constitui a placa vale α = 20.10-6 ºC-1 . Determine: a) A área da placa a 0 ºC. b) A variação da área da placa quando a temperatura sobe para 50 ºC. c) A área da chapa à temperatura de 50 ºC. 97 Temperatura e Calor 28) Uma placa retangular mede 10 cm por 10 cm à temperatura de 0 ºC. O coeficiente de dilatação linear do material que constitui a placa vale α = 20.10-6 ºC-1 . Determine: a) A área da placa a 0 ºC. b) A temperatura da placa quando a variação da área da placa é de 0,00005 m2.. 98 Temperatura e Calor • Dilatação volumétrica • É aquela em que predomina a variação em três dimensões, ou seja, a variação do volume do corpo. Para estudarmos este tipo de dilatação podemos imaginar um cubo metálico de volume inicial V0 e temperatura inicial θ0. Se o aquecermos até a temperatura final θ, seu volume passará a ter um valor final igual a V. 99 Temperatura e Calor • A dilatação volumétrica ocorreu de forma análoga ao da dilatação linear; portanto podemos obter as seguintes equações: 100 ΔV = V – V0 ΔV = V0 . γ . Δθ V = V0 (1 + γ . Δθ) Onde: V = volume final V0 = volume inicial Δθ = θ – θ0 = variação da temperatura γ = 3α = coeficiente de dilatação volumétrico 17/02/2016 26 Temperatura e Calor 29) Um paralelepípedo possui dimensões iguais a (30.10.5 )cm a temperatura de 10 ºC. Determine a que temperatura devemos aquecer o paralelepípedo para que seu volume sofra um aumento de 0,2%. Considere α = 10.10-6 ºC-1 . 101 Temperatura e Calor 30) Um paralelepípedo possui dimensões iguais a (40.10.5 )cm a temperatura de 20 ºC. Determine a variação de seu volume, quandoaquecido a 50º C. Considere α = 10.10-6 ºC-1 . 102 Temperatura e Calor • Dilatação dos líquidos • Para líquidos, não tem sentido falar em coeficiente de dilatação linear ou superficial, já que eles não possuem forma própria. Só existe o coeficiente de dilatação volumétrica. Suponhamos que se queira medir o coeficiente de dilatação real (γreal) de um determinado líquido. Para isso enche-se completamente um recipiente com o líquido, à temperatura inicial θ0. 103 Temperatura e Calor • O volume inicial da proveta e do líquido é V0. Ao se aquecer o conjunto até a temperatura final θ, a proveta adquire o volume V e o líquido transborda, porque o coeficiente de dilatação do líquido é maior que o da proveta. O volume de líquido transbordado chama- se dilatação aparente do líquido (ΔVAp). 104 17/02/2016 27 Temperatura e Calor • A dilatação real (total) do líquido (ΔVreal) é a soma do volume de líquido transbordado (dilatação aparente ΔVap) com a dilatação do recipiente (ΔVrec), ou seja: 105 ΔVreal = ΔVap + ΔVrec (I) Temperatura e Calor • Assim, por exemplo, se o recipiente aumentou seu volume em 2 cm3 (ΔVrec = 2 cm3) e o líquido transbordou 3 cm3 (ΔVap = 3 cm3), concluímos que a dilatação real do líquido foi: ΔVreal = 3 cm3 + 2 cm3 = 5 cm3. • A dilatação aparente (ΔVap) e a dilatação do recipiente (ΔVreal) são dilatações volumétricas. 106 ap 0 apV V . . II rec 0 recV V . . III real 0 realΔV = V .γ .Δθ IV ap recreal V Temperatura e Calor 31) Uma proveta de vidro é preenchida completamente com 400 cm3 de um liquido a 200°C. O conjunto é aquecido até 220°C. Há, então, um transbordamento de 40 cm3 do liquido. É dado γVidro = 24 . 10-6 ºC-1 Calcule: a) o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do liquido (γap) b) o coeficiente de dilatação volumétrica real do liquido (γreal) 107 108 32) Uma barra de metal com 200 mm de comprimento a 0ºC, apresenta uma dilatação de 0,1% quando aquecida a 100ºC. Determine o coeficiente de dilatação do metal. 33) Uma chapa circular de ferro possui um orifício central, também circular, conforme mostra a figura. À temperatura de 20ºC, o orifício apresenta um diâmetro de 2 cm. Considerando e que a chapa seja aquecida a 200ºC, responda: a) Qual será a variação da área do orifício? b) A área do orifício aumenta ou diminui com o aumento da temperatura? 5 11,2.10 ºC 17/02/2016 28 109 34) Dois blocos A e B possuem, a 0ºC, volumes de 200 cm3 e 200,25 cm3 , respectivamente. Determine a temperatura na qual os dois blocos apresentarão volumes iguais. . 5 1 5 13.10 º e 2.10 ºA BC C 35) Um frasco de vidro de 500 cm3 de volume a 20 ºC está completamente cheio com um líquido. Ao ser aquecido a 120 ºC, observa-se um transbordamento de 10 cm3 de líquido. Nessas condições determine: a) O coeficiente de dilatação aparente do líquido. b) O coeficiente de dilatação real do líquido, supondo que o coeficiente de dilatação linear do vidro vale .6 19.10 º C 110 36) Um recipiente de vidro está completamente cheio com 200 cm3 de mercúrio A 18ºC. Determine o volume que extravasa do recipiente quando a temperatura se eleva para 68ºC. 6 19.10 º C 4 11,8.10 ºC 37) Um tanque contém 10000 litros de combustível (álcool + gasolina) a 30 ºC, com uma proporção de 20% de álcool. A temperatura do combustível baixa para 20 ºC. O coeficiente de dilatação volumétrica do combustível é de . a) Quantos litros de álcool existem a 30 ºC? b) Quantos litros de combustível existem a 20 ºC? 3 11,1.10 º C
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