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Sofistas e os Fatos sociais

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Fatos sociais e Sofistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos 
2016 
Participantes: 
 
Dennis Nunes Trudes 
José Everaldo Santos Junior 
Samael Casaro Barbosa de Oliveira Moura 
Vinicios Henrique Camargo Claro Rodrigues 
 
 
 
Fatos sociais e Sofistas 
 
 
 
 
PROJETO ESAMC 
 Para a disciplina Filosofia, ministrada 
pelo professor Marcelo Chagas. 
 
 
Santos 
2016 
Introdução 
Os sofistas manejavam técnicas de discurso para convencer os interlocutores 
de que suas teses eram afirmações reais para adesão do publico ouvinte. Os 
sofistas sistematizaram e transmitiram uma série de conhecimentos estudas 
até os dias de hoje, dominavam técnicas avançadas de discurso e atraiam 
muitos aprendizes. Eles não ensinavam em um determinado local, eram 
conferencistas itinerantes, viajando constantemente. Os sofistas ensinavam por 
meio de uma designação geral de filosofia que compreendia uma série de 
conhecimentos não abordados pela escola regular, como: física, geometria, 
medicina, astronomia, retórica, artes e a filosofia em si. Eles acreditavam que a 
verdade era múltipla, relativa e mutável. 
Entre os sofistas, destacamos Protágoras e Górgias, que pareciam mais 
preocupados com a distinção entre natureza e convenção, de uma forma geral. 
Por essa razão, tinham como um de seus principais objetivos depreciar o 
estudo da natureza e, desta maneira, toda a linha filosófica existente até essa 
época. 
Protágoras alegou que o homem é a medida de todas as coisas, tanto das 
coisas que são o que são como das coisas que não são, o que não são. Isto 
significa que tudo é como parece ao homem – não apenas aos homens em 
geral, mas cada indivíduo em particular. Esta tese leva a um relativismo total, 
sem possibilidade alguma de verdade absoluta. 
A filosofia de vida dos sofistas adotava uma visão de mundo extremamente 
egoísta e utilitária diante dos problemas da atividade prática, eram 
considerados mestres da oratória, que cobravam um alto preço dos cidadãos 
para aplicação e ensino de suas habilidades de discurso, que para os gregos 
eram fundamentais para a política. Os sofistas defendiam que a verdade surgia 
por meio do consenso entre os homens. 
 
Análise dos fatos do processo 
 
A acusação 
Promulgada em 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal procurou consolidar 
toda a legislação sobre contas públicas que havia até então e introduziu novas 
regras para controlar o nível de gasto e de endividamento da União, Estados e 
Municípios. 
Ela estabelece uma série de regras para impedir que os governantes de turno 
gastem mais do que arrecadam, embora nem sempre deixe claro quais as 
sanções para quem não cumpre as regras. 
A lei proíbe, por exemplo, que os governos passem despesas para seus 
sucessores sem ter em caixa provisão para cobri-las, algo que costumava 
acontecer muito no passado. 
 
Segundo analise do TCU questionou os créditos suplementares via decreto 
presidencial no ano de 2014, esses créditos foram utilizados para pagamentos 
de compromissos urgentes mesmo quando já não havia mais dinheiro em caixa 
sobrando. A pratica de criação de verba suplementar é comum nos governos, 
foi utilizada nos governos Lula e FHC, entretanto segundo um artigo na Lei de 
Responsabilidade Fiscal determina que, ao perceber que não será possível 
atingir a meta fiscal, estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, o 
Governo deve contingenciar verba. 
 
O fato ocorrido em 2014 quando percebeu-se que não seria possível alcançar a 
meta estabelecida, o governo enviou um projeto de lei para alterar a meta 
fiscal, entretanto conforme o projeto não era aprovado na congresso nacional, 
o Governo continuou emitindo decretos de créditos suplementares. Na análise 
do TCU, tal medida fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe 
contingenciamento nessa situação. 
 
O governo Dilma é acusado de atrasar o repasse de recursos para benefícios 
sociais e subsídios pagos por meio da Caixa Econômica Federal, do Banco do 
Brasil e do BNDES para passar a impressão de que as contas públicas 
estariam melhor do que realmente estavam. 
Teriam sido "segurados" cerca de R$ 40 bilhões do seguro-desemprego, 
programa Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Programa de Sustentação 
do Investimento (PSI) e crédito agrícola, segundo o TCU. 
Como os desembolsos não foram efetuados, as contas do governo pareceram 
temporariamente mais equilibradas. 
A questão é que não houve atrasos no pagamento desses bilhões de reais em 
benefícios e subsídios para seus beneficiários, porque os bancos públicos 
cobriram esse valor - cobrando juros do governo pelo uso de tais recursos. 
Tais manobras, segundo o TCU, configurariam operações de financiamento, ou 
"empréstimos" desses bancos para o Tesouro, o que é proibido pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal, de 2000 - embora haja quem refute essa tese. 
 
O que os juristas autores da denúncia apontam como crime de 
responsabilidade é o fato de, a partir de 2013 e 2014, esses atrasos terem se 
acumulado por um período longo de tempo, somando valores muito altos – no 
que seria uma estratégia deliberada de maquiar as contas públicas. Isso, 
dizem, permitiu que o governo escondesse da sociedade que a situação fiscal 
era pior do que as estatísticas oficiais indicavam – dando margem para que 
não fossem cortados gastos com seus programas em pleno ano eleitoral de 
2014. 
 
Além disso, foi anexado ao pedido de impeachment por decisão do presidente 
da Câmara, Eduardo Cunha, o conteúdo da delação do senador Delcídio do 
Amaral, onde conta que Dilma agiu para manter na Petrobras os diretores 
comprometidos com o esquema de corrupção, que Dilma sabia do esquema de 
superfaturamento da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e que agiu 
para interferir no andamento da operação Lava Jato. 
 
A defesa 
Em relação às pedaladas fiscais, a defesa afirma que os pagamentos de 
subvenções econômicas não configuram operação de crédito e que as dívidas 
decorrem de mero acúmulo de saldos devidos. Além disso, questiona a 
responsabilidade atribuída à presidente. 
 
Sobre a questão dos créditos suplementares, o motivo para a expedição dos 
créditos questionados e não envio de um projeto de lei é a existência de 
“expressa autorização legal”, já que o próprio Congresso admite a ampliação 
de autorização orçamentária para regular prestação de serviços públicos. Além 
disso a defesa também diz que mais de 20 técnicos participam do circuito de 
análise de um decreto de crédito e que, por isso, é impossível existir qualquer 
dolo da presidente. 
 
No que diz respeito a eventuais crimes de responsabilidade, a defesa afirma 
que a conduta apontada como crime não pode, segundo a legislação, ter sido 
praticada "de legítima defesa, de estrito cumprimento do dever legal ou de 
exercício regular do direito". 
 
Sobre a Legitimidade do processo de impeachment a defesa alega que "não 
existem razões de fato ou de direito para que o presente processo possa 
prosperar" e que, "desde a vitória eleitoral para o seu segundo mandato, 
setores oposicionistas se mostraram insatisfeitos com a reeleição" de Dilma, 
com pedidos de recontagem de votos e acusações infundadas para tentar 
desqualificar o resultado eleitoral. "A busca de um fundamento para o 
impeachment (...) passou a ser uma estratégia política", pois "parte-se de um 
desejo político de cassação de mandato presidencial para se conseguir, a 
qualquer preço, um fato que possa justificar esta medida". Ainda afirma que, 
"nos dias atuais, os golpes(...) acabam sendo fundados em uma retórica 
democrática discursiva vazia e destituída de qualquer conteúdo real", e que o 
pedido de impeachment foi aberto "a partir de uma decisão ilegal e viciada" de 
Eduardo Cunha "em claro e notório desvio de poder". 
 
AGUS e Sofistas 
 
Os Sofistas eram considerados os primeiros advogados do mundo, ao cobrar 
de seus clientes para efetuar suas defesas, dada sua alta capacidade de 
argumentação. Também eram mestres da retórica, da arte do discurso, de 
como compor um discurso conveniente às circunstâncias e convincente para o 
público. A importância que os sofistas davam à educação: com efeito, trata-se 
de partilhar um mundo que nos seja comum, para que seja possível também 
um acordo. Daí a importância do discurso e da retórica, que para os sofistas 
era primordial. A retórica é a arte de produzir o convencimento através do 
discurso, trata-se de saber como convencer os outros de que sua opinião é a 
mais justa e verdadeira. É por isto que, para os sofistas, a verdade é sempre 
“relativa”, ou seja, ela sempre dependerá do êxito no exercício de 
convencimento, uma vez que os outros se convençam de que a verdade é isto 
e não aquilo, isto é verdadeiro e aquilo é falso. “O homem é a medida de todas 
as coisas; das coisas que são, enquanto são, e das que não são, enquanto não 
são.” Protágoras de Abdera Podemos perceber que através deste fragmento 
que cada um (homem particular) possui uma verdade e que nem sempre 
corresponde a verdade do outro. 
 
O advogado que faz a defensoria da presidente afastada Dilma Rouseff, utiliza 
além de fatos reais, a habilidade sofistica de argumentação para desconstruir 
possíveis as analises feitas pelo TCU, juntamente com a comissão em que 
acusa Dilma de crimes de responsabilidade fiscal, quando a defesa argumenta 
sobre que o processo de impedimento da presidente "A busca de um 
fundamento para o impeachment (...) passou a ser uma estratégia política" não 
se aplica a um fato comprovado mas sim de uma argumentação sofista de 
tentar convencer que os fatos apresentados pela promotoria são falsos, ao 
mesmo tempo que tenta legitimar e convencer que seus argumentos mostram 
a verdade sobre os fatos. 
 
Os argumentos feitos por um sofista pode ser tanto de desconstruir um fato 
como de tentar desviar o olhar para outro fato como em uma das falas da AGU 
sobre o processo de créditos suplementares a defesa diz: que mais de 20 
técnicos participam do circuito de análise de um decreto de crédito e que, por 
isso, é impossível existir qualquer dolo da presidente. “Como seria possível 
afirmar-se que haveria uma má-fé da Sra. Presidente da República na 
expedição destes atos administrativos?” nesse trecho a defesa cria uma 
argumentação sobre o fato de que realmente a Sra. presidente não poderia ser 
culpada, pois ela não participaria do circuito de analise de decretos e teria 
funcionários para isso. 
 
Sobre os crimes de responsabilidade a AGU utiliza-se do critério do 
subjetivismo onde as coisas são como a aprecem a cada um, a defesa diz: 
"não existe crime de responsabilidade cometido por ação culposa, ou seja, por 
ato imprudente, negligente ou imperito daquele que ocupa o cargo de chefe de 
Estado e de Governo", o que se aplicaria "por inteiro à imputação que se 
pretende fazer, em tese (...), às condutas da Sra. Presidenta da República, 
Dilma Rousseff" e questiona "poderia a Sra. Presidente da República, no caso 
concreto, ou seja, diante dos fatos da vida que lhe eram postos, ter 
efetivamente seguido outra conduta diferente daquela que efetivamente 
seguiu? Poderia ter lhe sido exigida conduta jurídica diversa da que adotou?", 
para os sofistas não existe verdade objetiva, pois também utiliza-se o 
indiferentismo moral e religioso onde, se as coisas são como parecem a cada 
um, não há nada que seja bom ou mau em si mesmo, pois não existe uma 
norma transcendente de conduta. 
 
Por fim quando se analisa a legitimidade do processo de impeachment, a 
utilização do convencionalismo jurídico que acentuam a contraposição entre lei 
e natureza, em seu dialogo a AGU em sua defesa diz: "nos dias atuais, os 
golpes (...) acabam sendo fundados em uma retórica democrática discursiva 
vazia e destituída de qualquer conteúdo real", e que o pedido de impeachment 
foi aberto "a partir de uma decisão ilegal e viciada" de Eduardo Cunha "em 
claro e notório desvio de poder", no convencionalismo também podemos 
afirmar que não existem leis imutáveis, já que não possuem qualquer 
fundamento na natureza e nem foram estabelecida pelos deuses, mas são 
simples convenções dos homens para poderem viver em sociedade. 
Podemos observar durante todo o dialogo um conceito fortemente sofista que 
foi demonstrado pela AGU em partes de seus argumentos de defesa, onde não 
analisam somente em fatos documentais mas também a técnica da oratória 
sofista, para articulação de desconstrução do processo a seu favor. 
 
Conclusão 
A relação do processo de impeachment em curso com os discursos sofistas é 
que ambos agem com a verdade mutável. Com o objetivo de manter ou 
conseguir poder, o uso da retórica é o requisito mínimo no meio político e 
judiciário. Destaca-se que em meio a um processo desta dimensão, os agentes 
desta situação não são apenas aqueles que julgam, que acusam e que 
defendem, mas sim os espectadores ativos, os formadores de opinião que 
através de seus discursos também conseguem movimentar grande parcela da 
população. Bem como os beneficiários de ambas as partes. 
 
É acrescido o uso do discurso sofista á defesa, pois esta, em grande parte das 
vezes não tem como objetivo provar a real inocência do acusado, mas de 
desqualificar qualquer acusação, não importando o malabarismo intelectual 
necessário desde que seja atingida a vitória no julgamento. 
 
Mas isso não exclui a possibilidade de que a promotoria seja beneficiada por 
ter sucesso neste processo, seja de forma direta ou indireta. Se tratando de um 
caso em que a chefe de estado pode ser afastada definitivamente de seu 
mandato tornando todos os interesses envolvidos, nebulosos. 
 
Bibliografia 
 O QUE DIZEM PEDIDO, DEFESA E PARECER SOBRE 
IMPEACHMENT DE DILMA. 1ª.ed. 2016. Brasília, em: 
<http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-
dilma/noticia/2016/04/o-que-dizem-parecer-defesa-e-pedido-sobre-
impeachment-de-dilma.html/>. 
Acessado em Maio de 2016.

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