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Basquete - Sistemas Ofensivo e Defensivo

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UNIDADE V
SISTEMA DE JOGO DEFENSIVO
SISTEMA DE DEFESA
Muito se tem dito e se tem feito acerca dos diversos sistemas defensivos que constantemente são aplicados pelas quadras. Muitas vezes observamos que alguns técnicos usam e abusam desses sistemas, como se no basquetebol ganhasse aquela equipe que maior número de sistemas venha a conhecer. Devem-se conhecer as características de sua equipe, onde deveremos notar: estatura, habilidades individuais, imaginação, conjunto, criatividade, etc., e a partir desses detalhes, é que adotamos o sistema que mais nos convém. Tenha sempre à mão os homens certos para os lugares certos, e isso se descobrirá, mas tentativas e observações para os acertos da equipe, pois embora venham a serem criados alguns robôs, forjados nos treinamentos, o homem ainda levará vantagens, se explorarmos ao máximo as suas próprias características, a sua imaginação e poder de criatividade. Podemos forjar tudo em um atleta dentro de quadra, mas nada suplantará a sua natureza. 
SISTEMA DE DEFESA POR ZONA 2-1-2, 1-2-2, 2-2-1, 2-3, 3-2 e 1-3-1.
É o sistema que tem como características a marcação por área e o deslocamento dos defensores nessas áreas. Esse deslocamento é determinado pela movimentação da bola. O defensor deve se posicionar em uma determinada região da quadra, deslocando-se de acordo com a movimentação da bola e cobrindo as saídas de seus companheiros. As defesas por zona apresentam pontos vulneráveis (em função do constante deslocamento dos seus defensores) que podem ser explorados de eficiente pelo ataque. 
Os tipos de defesas por zonas e seus pontos vulneráveis são demonstrados pelos diagramas a seguir. 
DEFESA POR ZONA 2-1-2
 
DEFESA POR ZONA 1-2-2
 
DEFESA POR ZONA 2-2-1
DEFESA POR ZONA 2-3
DEFESA POR ZONA 3-2
DEFESA POR ZONA 1-3-1
 
A distribuição dos defensores nas posições de defesa acima citadas deve levar em consideração os aspectos físicos e técnicos. Os defensores que marcam na região mais próxima à cesta são os chamados guardas e normalmente são elementos altos e com boa impulsão, pois deles dependem a marcação de atacantes também altos e o rebote de defesa. O s defensores de frente são os chamados alas e são normalmente baixos e rápidos, pois atuam em uma região de muita movimentação de bola e, além disto, são os jogadores que iniciam os contra-ataques. 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS DE DEFESA POR ZONA
Vantagens 
1. Propicia o posicionamento dos defensores em regiões, de acordo com sua estatura. 
2. Facilita o rebote de defesa. 
3. Facilita as saídas para o contra-ataque. 
4. Dificulta o jogo próximo à cesta. 
5. Facilita a volta organizada para a defesa, devido ao posicionamento pré-determinado. 
Desvantagens 
1. Facilita a troca de passes. 
2. Facilita arremessos de média e longa distância. 
3. Poderá provocar acomodação dos defensores que estejam longe da bola. 
4. Necessita de muito entrosamento entre os defensores para a execução das coberturas. 
5. Possui área vulneráveis em função da distribuição dos defensores e de seus deslocamentos. 
6. As áreas comuns a dois defensores poderão provocar indecisão na marcação do (s) atacante (s) posicionado (s) naquela determinada área. 
SISTEMA DE DEFESA INDIVIDUAL
É o sistema que tem como principal característica a situação de um contra um, ou seja, cada defensor marca um atacante determinado. Para exercer essa marcação o defensor deve obedecer aos seguintes princípios: Ficar entre o atacante e a cesta, se o atacante estiver com bola, mantiver a distância de um braço, se o atacante estiver sem bola, poderá antecipar o passe, ajudar o lado da bola ou ainda flutuar do lado oposto a ela.
Ainda poderá não tentar tomar a bola a qualquer custo, cometendo faltas desnecessárias, tentar levar o atacante para o seu lado de menor habilidade, e tentar levar o atacante para as laterais ou cantos da quadra, onde a ação dele será mais limitada. 
SISTEMA DE DEFESA INDIVIDUAL SIMPLES
Como o próprio demonstra, este é o tipo mais elementar de defesa individual. O defensor fica de costa para a cesta e de frente para o atacante. A visão é voltada para este e o defensor se mantém entre o atacante e a cesta. É o primeiro passo para a aprendizagem da defesa individual. 
SISTEMA DE DEFESA INDIVIDUAL PRESSÃO MEIA-QUADRA
Nos estudos práticos, teóricos, científicos que circulam por aí, buscam-se fórmulas táticas, técnicas e físicas, para se conseguir uma perfeição total. Mas, se analisarmos bem todas essas grandes descobertas, chegamos à conclusão de que, hoje em dia o jogador de basquetebol é máquina, é método, é análise clínica e técnica, onde se estuda tudo, mas quase não se sabe nada, porque, na maioria dos estudos, não vemos o homem com a sua sensibilidade, com seu amor as coisas que faz, com o seu momento mais grandioso que é o seu poder de criatividade e de relacionamento humano, pois ele é homem, e para tal deve ser estimulado e compreendido. 
Tudo isso é para dizer que qualquer tipo de defesa pressão, a participação do jogador é acima de tudo, física, técnica, tática e, o mais importante, psicológica, pois assim ele cumprirá o seu papel. Não é suficiente que ele seja preparado somente cientificamente, ou na metodologia fria dos livros e laboratórios, pois precisamos lhe dar motivações da própria vida, para poder suplantar-se. 
Quando formos adotar esse tipo de defesa, é importante analisarmos a nossa equipe em relação ao adversário, a fim de sabermos os riscos que corremos. Para esse tipo de defesa tudo deverá ser calculado e medido, inclusive as nossas próprias falhas. 
VANTAGENS 
• 
Os riscos que corre são calculados; 
• 
Define as responsabilidades de cada defensor; 
• 
Contra equipes fracas nos fundamentos básicos do jogo; 
• 
Contra equipes mal preparadas fisicamente;
• 
Contra equipes mal preparadas taticamente; 
• 
Para finais de jogos quando se está perdendo. 
DESVANTAGENS 
• 
As posições básicas de defesa deverão ser bem apuradas; 
• 
Permite um maior número de infiltrações; 
• 
Exige muito treinamento físico, técnico e tático; 
• 
Provoca maior número de faltas pessoais; 
• 
Dificulta o contra-ataque organizado; 
• 
Necessita da participação total da equipe. 
SISTEMA DE DEFESA INDIVIDUAL PRESSÃO QUADRA-TODA
Visão periférica é arte, é inteligência, é percepção, é a soma de todos os seus reflexos desenvolvidos na amplitude de sua visão, e quanto maior for o sentido de percepção de cada detalhe do jogo, de cada ângulo, de cada espaço, de cada jogador, da bola, da cesta, das eventuais situações que surgem, maiores serão as possibilidades de jogo. Para se marcar pressão, é necessário prever, agir e ganhar, ou, no mínimo, combater, e a visão do momento é real, viva, mas terá que ser totalmente ciente do que ocorre e do que se vê. 
Este sistema poderá ser utilizado em toda a quadra, 2/3 de quadra, meia quadra, 1/3 da quadra, individual e por zona, além de combinada. 
VANTAGENS 
• 
É uma defesa ativa, onde o risco que corre é calculado; 
• 
De efeito psicológico muito grande; 
• 
Exige muito do atacante fisicamente; 
• 
O adversário deve estar preparado taticamente para superá-la; 
• 
É importante como fator surpresa; 
• 
Dificulta a execução de táticas ofensivas; 
• 
É necessário nos finais de jogos quando se está perdendo; 
• 
Deverá ser sempre agressiva e realmente pressionada. 
DESVANTAGENS 
• 
Exige muito treinamento e muito conjunto; 
• 
Exige muito do defensor fisicamente; 
• 
Requer um ótimo preparo físico e técnico; 
• 
Necessita uma atenção mental constante; 
• 
Provoca maior número de faltas pessoais. 
SISTEMA DE DEFESA INDIVIDUAL COM FLUTUAÇÃ0
Como o próprio nome já diz, a defesa recuada ou com flutuação permite que se arme um sistema defensivo, onde as coberturas e auxílios possam ser mais destacados. 
VANTAGENS 
• 
É um tipo de defesa que concentrará um maior número de jogadores nas áreas carentes, como também na marcação de jogadores que mais buscam infiltrações;• 
Com essa flutuação constante dos defensores, eles se aproximam mais da tabela, dando chances à defesa de um domínio mais acentuado; 
• 
A troca de marcação é um remédio contra qualquer corta-luz bem feito e a defesa tendo espaço para trabalhar, permitem que os jogadores se movimentem neste sentido, trocando de marcação; 
• 
Deverá ser agressiva somente no atacante que estiver com a bola, enquanto os outros, conforme a distância que estiverem da mesma, recuarão próximo do garrafão, a fim de impedirem as infiltrações. 
DESVANTAGENS 
• 
Permite os arremessos de meia distância; 
• 
Permite os dribles e passes; 
• 
Permite o uso de corta-luzes; 
• 
Facilita o uso de táticas ofensivas; 
• 
É pouco agressiva; 
• 
Retarda o contra-ataque (permite a volta). 
SISTEMA DE DEFESA INDIVIDUAL LINHA DA BOLA
Neste tipo de defesa o defensor mantém-se entre o atacante e a cesta, mais dirige sua visão para a bola. Esse procedimento facilitará o acompanhamento da mesma, dando ao defensor maior segurança na marcação e permitindo ao realizar mais facilmente as manobras de ajuda e flutuação. 
PRINCÍPIOS 
• 
Defesa que necessita de uma aplicação intensa; 
• 
Serve para qualquer situação de jogo; 
• 
Nos aplicada diversos tipos de pressão (zona e individual); 
• 
Dificulta as táticas ofensivas; 
• 
Elimina o ponto crítico da tática; 
• 
Fácil de ser ensinada individualmente; 
• 
Difícil na aplicação coletiva; 
• 
Difícil nas coberturas de emergência; 
• 
Foge dos princípios básicos da defesa tradicional; 
• 
Deverá ser agressiva e pressionada; 
• 
Provoca o desequilíbrio de raciocínio do atacante; 
• 
Exige um ótimo trabalho de pernas e braços; 
• 
Atenção na bola e no atacante (senti-lo ou tocá-lo). 
SISTEMA DE DEFESA COMBINADA
É o sistema de defesa que se utiliza dois ou mais sistemas distintos em momentos diferentes do ataque. É uma defesa que requer muito entrosamento entre seus elementos, pois uma falha ou qualquer desatenção poderá provocar uma situação ideal para que o ataque converta uma cesta.
TIPOS
Algumas movimentações defensivas podem se caracterizadas por sua combinação. Exemplos: uma equipe se posiciona para marcar zona 2.1.2 e após determinada ação do ataque (um passe ou um deslocamento do atacante) todos os defensores passam a marcar individualmente. Esse tipo de defesa combinada é chamado de match-up (que significa “igualar” ou “emparelhar”). Outro exemplo de combinação defensiva ocorre quando uma equipe converte uma cesta e se posiciona para marcar sob Pressão Zona quadra toda.
Quando a equipe atacante consegue passar o meio da quadra, todos os defensores passam a marcar individualmente (ou por zonas). 
VANTAGEM 
• 
A vantagem da defesa combinada é a de alterar suas movimentações e com isso confundir o ataque, que poderá perder segundos preciosos para se reorganizar. 
DESVANTAGEM 
• 
Como desvantagem pode-se citar o grande entrosamento necessário entre os defensores para que não ocorram falhas que poderão prejudicar todo o sistema defensivo. 
SISTEMA DE DEFESA BOX-AND-ONE 
Este sistema envolve a marcação individual de um atleta e o restante no posicionamento por zona. Note que o termo Box em inglês significa caixa, terminologia que simboliza o posicionamento dos quatros defensores marcando por zona, em uma figuração semelhante ao formato de uma caixa. 
OBJETIVOS 
• 
Manter a bola longe das mãos do cestinha ou do armador principal da equipe; 
• 
Forçar o adversário a jogar fora do seu ritmo habitual; 
• 
Forçar o ataque a reagir às ações da defesa. 
OBSERVAÇÃO: Este sistema tem sido utilizado com razoável sucesso contra equipes que são totalmente orientadas e comandadas por seu armador ou que dependem dos pontos de um jogador específico para ganhar o jogo. 
SISTEMA DE DEFESA DIAMOND AND ONE
Este sistema de defesa segue o mesmo princípio do Box and one. A diferença está no posicionamento dos quatro defensores na zona em uma figuração semelhante à de um diamante.
OBJETIVOS 
• 
Manter a bola longe das mãos do cestinha ou armador principal da equipe. 
• 
Forçar o adversário a jogar fora do seu ritmo habitual. 
• 
Forçar o ataque a reagir às ações da defesa. 
OBSERVAÇÃO: O sistema Diamond and one é mais eficiente do que o Box and one na cobertura dos atacantes na posição de pivô de baixo. 
SISTEMA DE DEFESA TRIANGLE AND TWO
Dois defensores marcando individualmente e três marcando por zona. 
VANTAGENS 
• 
Dificulta a ação do principal atacante da equipe adversária; 
• 
Altera o ritmo de jogo do adversário; 
• 
Faz com que o adversário tenha que se adaptar à defesa, com movimentações de ataque que nem sempre são preparadas. 
DESVANTAGENS 
• 
Desguarnece a área restritiva em função da retirada de um defensor (às vezes dois), que realiza uma marcação especial; 
• 
A movimentação dos defensores que marcam por zona é maior, pois às vezes até 3 defensores têm que exercer tal marcação; 
• 
Exige maior atenção com relação à movimentação da bola e das coberturas. 
UNIDADE VI
SISTEMA DE JOGO OFENSIVO
SISTEMA DE ATAQUE
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os sistemas de ataque são movimentações táticas coletivas que têm como objetivo principal a obtenção da cesta. Para isso o ataque deve obedecer a certos princípios, que tornarão mais fácil a tarefa dos atacantes. Inicialmente, é importante definir os nomes e funções das posições que um aluno/jogador pode desempenhar no ataque. Existem três posições que são distribuídas em função das características físicas e técnicas dos atacantes: armador, pivô e lateral, ou ala. 
PRINCÍPIOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM SISTEMA DE ATAQUE
Seja qual for o sistema de ataque, contra defesa individual ou defesa por zona, ele deverá estar baseado em determinados procedimentos que servem como princípios para sua elaboração. 
ORGANIZAÇÃO 
Inicialmente, para se definir uma movimentação para o sistema de ataque é preciso saber que tipo de defesa esse ataque irá enfrentar. O segundo parâmetro se refere a quantos pivôs serão utilizados. Evidentemente, definindo-se o número de pivôs as outras posições estarão também definidas. Como terceiro parâmetro deve-se agora dispor os atacantes, escolhidos de acordo com suas características físicas e técnicas, nas regiões de quadra que irão ocupar inicialmente. Essa disposição permitirá a escolha dos movimentos (servir e ir, corta-luz etc.) que serão utilizados no sistema de ataque. 
MOVIMENTAÇÃO ORDENADA 
Uma vez definida a organização, o sistema de ataque necessita agora apresentar a execução de seus movimentos, ou seja, a função e os deslocamentos de cada atacante na quadra. Esta etapa de elaboração do sistema de ataque será demonstrada, principalmente através de figuras. O objetivo da movimentação organizada é colocar um jogador de ataque em condições favoráveis para realizar um arremesso à cesta. 
REBOTE DE ATAQUE 
Assim que o objetivo acima for atingido (um atacante arremessando em condições favoráveis), é preciso estabelecer quais os atacantes que deverão participar do rebote ofensivo, caso o arremesso não seja convertido. 
EQUILÍBRIO DEFENSIVO 
Paralelamente ao rebote de ataque, há a necessidade de se determinar, em função das posições ocupadas na quadra, quais os atacantes que irão se preocupar com a volta para a defesa, no caso de não se conseguir o rebote ofensivo ou no caso de a bola ser reposta muito rapidamente após uma cesta. 
CONTINUIDADE 
Como já foi dito anteriormente, o objetivo de um sistema de ataque é colocar um atacante em condições favoráveis para o arremesso. Entretanto, essa tentativa pode não ser satisfatória e o arremesso previsto não se realizar. Nesse caso é preciso que o sistema continue sua movimentação para uma nova tentativa, ou então para se colocar outra possibilidade. 
NOÇÕES BASICAS 
Para a execução dos sistemas de ataque, é necessário que o professor/técnico leve em consideração os princípios de elaboração de tais sistemas e que procure adaptar esse sistema às características dos jogadores que possui. Não existe,dentro dos sistemas de ataque, uma forma de atuar necessariamente melhor que outra. São muitas as opções a serem escolhidas, e somente com uma análise de cada situação específica é que se poderá escolher a melhor opção para a realização do ataque. Após a escolha da opção de ataque, o professor/técnico deve tentar facilitar a aprendizagem daquela movimentação através de uma sequência pedagógica que coloque os jogadores progressivamente em condições de realizar o ataque como um todo. Pode-se considerar, nessa aprendizagem, o ataque dividido em partes, onde será enfatizada a correta execução dos fundamentos e também a participação de todos os jogadores (independente de posição) no desenvolvimento de cada exercício da sequência pedagógica. Isso significa que na fase aprendizagem (exercícios) os armadores também executarão as funções dos laterais; estes, por sua vez, experimentarão as ações dos pivôs e assim sucessivamente. Justifica-se essa forma de atuação da seguinte maneira: entende-se que uma ação coletiva depende, entre outros fatores, do conhecimento que os jogadores possuem de todas as movimentações possíveis nessa ação. Portanto, uma equipe se movimentará no ataque com muita mais facilidade se cada jogador conhecer as atribuições de seus companheiros. Esse conhecimento ficará facilitado se tais jogadores tiverem vivenciado praticamente essas atribuições. Conforme ficou estabelecido no capítulo Objetivo do Livro, a abordagem tática seria feita de forma simples e com a demonstração de movimentações contra defesa individual e defesa por zona (2.1.2). Por isso serão dadas a seguir algumas opções de ataque contra as referidas defesas. 
ATAQUE CONTRA DEFESA INDIVIDUAL
Organização – Inicialmente é preciso definir o tipo de defesa a ser levado em consideração para organizar o ataque. No caso, definida a defesa individual, o segundo passo será o número de pivôs a serem utilizados. Em seguida os jogadores serão distribuídos pela quadra em suas posições iniciais, levando-se em conta suas características físicas e técnicas. 
Movimentação Ordenada – Após a definição da posição inicial serão determinadas as movimentações de ataque. 
ATAQUE CONTRA DEFESA POR ZONA
Organização – O ataque que será demonstrado poderá ser utilizado principalmente contra defesa 2.1.2. O sistema empregado será como pivô duplo (em baixo). 
Movimentação Ordenada – Esta movimentação pode ser denominada giro. 
UNIDADE VII
CONTRA-ATAQUE
CARACTERÍSTICAS E SITUAÇÕES DE CONTRA-ATAQUE
Numa partida de basquetebol são diversas as oportunidades em que uma equipe passa da situação de defesa (posse de bola com o adversário) para o ataque. Quando isso acontece, a primeira iniciativa dessa equipe é a de atacar de forma rápida e organizada, de tal maneira que a defesa adversária seja surpreendida e não tenha tempo de se posicionar corretamente. 
Esta ação de tentar o arremesso rapidamente e de forma organizada, surpreendendo a equipe adversária, chama-se contra-ataque. 
CARACTERÍSTICAS E SITUAÇÕES PRECEDENTES
Para se caracterizar a situação de contra-ataque, é necessário que haja superioridade numérica do ataque sobre a defesa, estando esta numa formação desorganizada. 
Para se chegar a tal superioridade numérica, o contra-ataque precisa ser veloz e organizado. Portanto, velocidade e organização são outras características do contra-ataque. 
Um contra ataque pode se originar de algumas situações dentro de uma partida de basquetebol. Essas situações são: 
• 
Rebote defensivo; 
• 
Lateral na quadra defensiva; 
• 
Bola ao alto no círculo defensivo ou círculo central; 
• 
Fundo-bola (após a obtenção de uma cesta); 
• 
Interceptação de um passe. 
Dentre essas situações, a mais comum e eficiente é o rebote de defesa. 
PRINCIPIOS PARA A ELABORAÇÃO DE UM CONTRA-ATAQUE
A partir do rebote de defesa pode-se organizar um contra-ataque veloz e eficiente. Para desenvolver as ações necessárias para atingir os objetivos propostos, é preciso que alguns princípios sejam obedecidos. Após a obtenção do rebote defensivo deve-se ter a preocupação de passar a bola para uma das regiões da quadra, tentando com isso levá-la para uma área de menor concentração de jogadores. A trajetória da bola, nesse passe, deverá ser quase paralela à linha de fundo. 
Após o passe para as laterais, o jogador que receber a bola terá duas opções: a primeira, e mais eficiente, seria um passe para um companheiro que estiver no mesmo corredor lateral. A segunda opção seria utilizar o drible, saindo do corredor lateral e progredindo pelo corredor central. 
Para a finalização do contra-ataque, a situação ideal é a de ocupação dos três corredores imaginários (um central e dois laterais) por um jogador em cada um deles. O corredor central é o mais indicado para se conduzir a bola através do drible, e os corredores laterais são os mais propícios para finalizações. A finalização do contra-ataque define-se em função da ação eventual da defesa. De qualquer forma, devem-se tentar os arremessos mais próximos possíveis da cesta. A ocupação ideal dos corredores em um contra-ataque seria com um jogador pelo centro com a posse de bola, dois jogadores nos corredores laterais, um quarto jogador (chamado de trailler) no corredor central atrás do driblador e o quinto jogador servindo como proteção da defesa. 
OBSERVAÇÃO: O trailler é o quarto jogador do contra-ataque e sua função é a de servir como outra opção de finalização, entrando por trás da primeira linha de contra-ataque.
Normalmente esta função é executada por um pivô ou lateral alto.
UNIDADE VIII
CORTA-LUZ
DEFINIÇÃO
Corta-luz é uma tática ofensiva individual, com objetivos definidos e com movimentos específicos, onde se procura dificultar ou impedir a boa movimentação da defesa nos seus deslocamentos, provocando uma maior liberação de ação ao companheiro de ataque. 
POSIÇÕES BÁSICAS 
• 
Posição do corpo próxima ao defensor; 
• 
Pernas afastadas para maior equilíbrio; 
• 
Pés fixos no solo (firmemente); 
• 
Tronco ligeiramente flexionado para maior equilíbrio na base; 
• 
Braços caídos naturalmente (nunca abertos); 
• 
Visão voltada para o defensor e o companheiro; 
• 
Suportar os choques e as reações do defensor; 
• 
Evitar as faltas pessoais no ataque. 
OBJETIVOS TÁTICOS 
• 
Poderosa arma de ataque; 
• 
Essencial para qualquer equipe; 
• 
É necessária a sua aplicação em todas as táticas ofensivas; 
• 
Tentar dificultar um bom trabalho defensivo (individual e coletivo); 
• 
Provocar em certos casos a troca de marcação; 
• 
Treinar corretamente todas as posições dentro da tática planejada; 
OBJETIVOS TÉCNICOS 
• 
Dificultar a passagem do defensor na sua tentativa de bloquear a progressão do atacante em direção à cesta, ou a qualquer direção prevista; 
• 
Poderá ser feito com a bola ou sem a bola; 
• 
Deverá haver muita sincronização entre os atacantes; 
• 
Poderá ser feito quantas vezes forem necessárias, dependendo da tática planejada; 
• 
Procurar no defensor o local certo para sua aplicação; 
• 
Procurar surpreender o defensor; 
• 
Prever a troca de marcação. 
Objetivos Táticos: o exemplo de muitos outros movimentos que ocorrem no basquetebol, o corta-luz assume um lugar de destaque para o sucesso de qualquer equipe, embora a sua importância às vezes não apareça aos olhos do público, que busca muito mais as emoções da cesta. Mas, para um técnico, muitas vezes não são importantes às finalizações seguidas à cesta, mas, sim, a preparação que antecede o lançamento, o corta-luz é geralmente a causa dos arremessos pre154 vistos, pois vem dificultar o trabalho da defesa, propiciando aos atacantes as diversas oportunidades de tentativas à cesta. O corta-luz é uma arma poderosa de ataque, que deverá ser levado a sério por qualquer técnico, pois ignorá-lo é o mesmo que projetar-se para os caminhos tristes da derrota.
D
1
D
2
D
3
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4
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