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Exercícios DIREITO CONSTITUCIONAL I

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DIREITO CONSTITUCIONAL I
	Nº
	ENUNCIADOS
	V ou F
	01
	Quando o Chefe do Executivo utiliza o veto jurídico está fazendo controle preventivo de constitucionalidade. De acordo com o plenário do STF, o veto não é passível de controle judicial.
	
	02
	No controle de constitucionalidade concentrado, o reconhecimento da inconstitucionalidade de uma determinada lei importa considerá-la como nula, ou seja, inapta à produção de efeitos jurídicos válidos. Nesse contexto, normalmente, a declaração de inconstitucionalidade produz efeitos retroativos (ex tunc), invalidando tudo aquilo que foi feito com base no ato normativo inconstitucional.
	
	03
	Em regra, o Judiciário atua apenas no controle repressivo de constitucionalidade. Contudo, excepcionalmente, pode realizar também controle preventivo de constitucionalidade, como na hipótese de violação ao devido processo legislativo previsto na Constituição.
	
	04
	A modulação temporal de efeitos no controle concentrado corresponde à possibilidade de atribuição de efeitos ex tunc ou pro futuro a uma decisão em sede de controle de constitucionalidade que originariamente teria efeito retroativo (ex nunc).
	
	05
	No controle concentrado de constitucionalidade a modulação temporal possui previsão legal, estando presente no artigo 27 da Lei 9.868/1999 e no artigo 11 da Lei 9.882/1999. No controle difuso, embora não haja previsão legal, a jurisprudência do STF é firme em admitir a modulação, valendo-se, por analogia, dos mencionados dispositivos legais.
	
	06
	O STF poderá, pelo voto de 2/3 dos seus ministros, atribuir à decisão efeito ex nunc ou pro futuro. Isto com vistas a evitar que os efeitos retroativos gerem consequências piores do que a própria inconstitucionalidade estava gerando. Nesses casos, excepcionalmente, prestigia-se o princípio da segurança jurídica em detrimento da supremacia da Constituição.
	
	07
	A modulação de efeitos no controle concentrado deve ser realizada apenas em hipóteses extremas, nas quais o risco à segurança jurídica seja efetivamente elevado, sob pena de enfraquecer a Constituição e de se fomentar a convalidação de inconstitucionalidades.
	
	08
	Em relação à modulação de efeitos no controle concentrado de constitucionalidade de leis e atos normativos, ela deve ser realizada apenas em hipóteses extremas, nas quais o risco à segurança jurídica seja efetivamente elevado, sob pena de enfraquecer a Constituição e de se fomentar a convalidação de inconstitucionalidades.
	
	09
	A Supremacia das Normas Constitucionais no ordenamento jurídico e a presunção de constitucionalidade das leis e dos atos normativos editados pelo poder público competente exigem que, na função hermenêutica de interpretação do ordenamento jurídico, seja sempre concedida preferência ao sentido da norma que seja adequado à Constituição Federal. Nesse sentido, quanto à interpretação constitucional, é correto afirmar que o Supremo Tribunal Federal, ao reduzir o alcance valorativo da norma impugnada, adequando-a à Carta Magna, excluindo da norma impugnada determinada interpretação incompatível com a Constituição Federal, utiliza a interpretação conforme sem redução do texto.
	
	10
	Com o objetivo de assegurar a plena execução de lei que veiculava matéria de natureza tributária, o Presidente da República expediu o respectivo regulamento. Ocorre que esse ato normativo foi considerado pelo Congresso Nacional como exorbitante do poder regulamentar, o que o levou a sustá-lo. O Chefe do Poder Executivo, irresignado com o ocorrido, determinou que fossem adotadas as providências necessárias à submissão do decreto legislativo, que sustou o regulamento, ao controle concentrado de constitucionalidade exercido pelo Supremo Tribunal. Assim, à luz dessa narrativa e da sistemática constitucional, é correto afirmar que esse decreto legislativo 
pode ser submetido ao referido controle, a exemplo do que ocorre com todos os atos normativos, de natureza legal ou infralegal.
	
	11
	De acordo com o art. 97 da Constituição da República Federativa do Brasil, “somente pelo voto da maioria de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”. Determinado juiz de direito, após ler esse preceito, que somente faz menção a tribunais, e constatar que nenhum comando expresso na Constituição o autorizava a realizar o controle de constitucionalidade, negou requerimento formulado pelo Ministério Público em sede de ação civil pública. No caso concreto, o Ministério Público pretendia que o juiz de direito deixasse de aplicar uma norma que considerava inconstitucional, o que teria influência direta na resolução do problema concreto. À luz da sistemática constitucional, o controle de constitucionalidade pretendido pelo Ministério Público é considerado 
difuso, podendo ser realizado pelo juiz de direito.
	
	12
	Se o relator de recurso ordinário, em controle difuso, declarar a inconstitucionalidade de uma lei e for seguido por seus pares, não poderá mais a mesma Turma deixar de declarar a inconstitucionalidade do mesmo dispositivo legal em todas as suas decisões.
	
	13
	Após declarada a inconstitucionalidade de uma lei pelo Pleno do Tribunal Regional do Trabalho, não pode mais o juiz de primeiro grau aplicar em suas decisões a mencionada lei.
	
	14
	Se o Plenário do STF declarar, em controle difuso, a inconstitucionalidade de certo dispositivo de lei ordinária terá essa decisão efeito vinculante.
	
	15
	Os fundamentos invocados pelas Turmas do Supremo Tribunal Federal na declaração de inconstitucionalidade possuem efeitos vinculantes.
	
	16
	Declarada inconstitucional determinada lei, com modulação de efeitos ex tunc, os atos jurídicos já praticados com base nela são convalidados.
	
	17
	Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
	
	18
	A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não admite ação direta de inconstitucionalidade contra Emenda Constitucional, visto que não é juridicamente possível declarar inconstitucional norma inserida no texto da Constituição.
	
	19
	As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
	
	20
	Possuem legitimidade para propositura de ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, dentre outros, o Presidente da República, o Procurador-Geral da República e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
	
	21
	O poder Judiciário realiza tanto o controle repressivo quanto o controle preventivo da constitucionalidade. O controle difuso funciona quando a qualquer juiz é dado apreciar alegação de inconstitucionalidade. É a chamada via de exceção ou defesa.
	
	22
	A nomodinâmica é a inconstitucionalidade formal que se verifica quando a lei ou ato normativo infraconstitucional contiver um vício em sua “forma”.
	
	23
	Emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas; medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções expedidas pelo poder legislativo, os tratados internacionais aprovados e os decretos autônomos expedidos pelo Presidente da República, as deliberações dos órgãos judiciários, as deliberações dos Tribunais Regionais do Trabalho, os regulamentos ou decretos regulamentares expedidos pelo Presidente da República são susceptíveis de controle de constitucionalidade.
	
	24
	A cláusula de reserva de plenário deve ser feita através da maioria simples dos Membros do Tribunal, sob pena de nulidade da decisão.
	
	25
	No sistema difuso,tanto autor quanto réu pode propor uma ação de inconstitucionalidade, pois o caso concreto é inter partes.
	
	26
	O controle repressivo ocorre quando a Lei já está em vigor. A propositura de uma ação direta de constitucionalidade está sujeita ao prazo de natureza prescricional.
	
	27
	A arguição de descumprimento de preceito fundamental é uma ação constitucional e parte integrante e complementar do sistema concentrado.
	
	28
	No Brasil, o parâmetro para o controle da constitucionalidade abrange as normas constitucionais originárias, as emendas de revisão e constitucionais, as normas do texto constitucional transitório, os tratados internacionais de direitos humanos aprovados com quórum qualificado.
	
	29
	O controle de constitucionalidade repressivo é aquele realizado ao longo de todo o processo legislativo, momento em que o projeto pode vir a ser declarado inconstitucional pelo próprio plenário de qualquer uma das Casas que integram o Congresso Nacional.
	
	30
	No controle difuso, a atribuição de efeitos prospectivos à declaração de inconstitucionalidade é proibida pelo STF.
	
	31
	Ocorre inconstitucionalidade por arrastamento quando a declaração de inconstitucionalidade alcança outra norma constitucional que não tenha sido impugnada inicialmente. Em tal situação, conforme entendimento do STF, diante do princípio da demanda, o referido tribunal não pode apreciar a norma consequente caso ela não tenha sido arrolada como inconstitucional pelo autor da ação direta de inconstitucionalidade.
	
	32
	Em face do princípio da subsidiariedade, segundo entendimento do STF, a possibilidade de impetração de mandado de segurança exclui a de se ingressar com arguição de descumprimento de preceito fundamental.
	
	33
	A expressão bloco de constitucionalidade pode ser entendida como o conjunto normativo que contém disposições, princípios e valores materialmente constitucionais fora do texto da CF formal.
	
	34
	Os tribunais de justiça dos estados, por decisão da maioria relativa de seus membros, podem deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade consistente na determinação de que os juízes e os tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.
	
	35
	Em sentido restrito, a expressão bloco de constitucionalidade engloba as normas que possuem substância de constituição, encontrando-se no texto constitucional, ou não, a exemplo da Convenção Americana sobre Direitos Humanos que, segundo o STF, foi recepcionada no ordenamento jurídico brasileiro como norma infraconstitucional e supralegal, não obstante o fato de veicular substância de norma constitucional.
	
	36
	Uma lei que fere o processo legislativo previsto na Constituição sob cuja regência foi editada, mas que, até o advento da nova Constituição, nunca fora objeto de controle de constitucionalidade, não é considerada recebida por esta, mesmo que com ela guarde plena compatibilidade material.

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