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www.cers.com.br ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário Josiane Minardi 1 CLASSIFICAÇÃO DAS IMUNIDADES 1) Imunidade Subjetivas, Objetivas e Mistas Imunidade Subjetiva: Conferida em função da natu- reza jurídica da pessoa ou ente, com o intuito de pro- teger valores socialmente relevantes. Imunidade Objetiva- Reais: Outorgada em razão de determinados fatos, bens ou situações. (art. 150, VI, “d”, CF) Imunidade Mista: Alcança pessoas por sua natureza jurídica e porque relacionadas com determinados fa- tos, bens ou situações. (Art. 153, § 4º, II, CF). 2) Imunidades Ontológicas e Políticas: Imunidades Ontológicas: Existiriam mesmo sem a previsão expressa na Constituição, em razão da iso- nomia, pacto federativo, capacidade contributiva. Imunidade Política: Não defluem de um princípio constitucional, por isso devem estar expressamente previstas na CF, visam a proteção de outros princí- pios em virtude de uma opção política do legislador constituinte. 3) Imunidades Explícitas e Implícitas: Imunidades Explícitas: São aquelas previstas na Constituição de forma expressa, por isso pode-se afirmar que coincide com as políticas. Imunidades Implícitas: Não se encontram expres- samente previstas na CF, por essa razão, anterior- mente eram classificadas como ontológicas. 4) Imunidades Incondicionadas e Condicionáveis Imunidade Incondicionada: Quando a imunidade for de eficácia plena e aplicabilidade direta e imedi- ata. Imunidade Condicionada: Quando a norma veicula uma imunidade de eficácia contida, aplicabilidade imediata, mas restringível. 5) Imunidades Genéricas e Específicas Imunidade Específica – Tópica - Especial : Aplica- ção da imunidade a um determinado tributo de com- petência de determinada pessoa política. Imunidade Genérica - Geral: Vedação a todos os entes tributantes da instituição de impostos. Previ- são art. 150, VI da CF. IMUNIDADES GENÉRICAS As imunidades genéricas estão previstas no art. 150, VI da CF e referem-se apenas aos Impostos. As pessoas e situações previstas no artigo 150, VI da CF não devem pagar apenas os impostos, devendo pa- gar as demais espécies tributárias, como as taxas, contribuição de melhoria, contribuições e empréstimo compulsório. IMUNIDADES RECÍPROCAS A imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, “a” da CF, consequência do modelo Federal de Estado, cujas bases repousam na necessária igual- dade política-jurídica entre as unidades que compõe o Estado Federal, veda a União, os Estados, o Dis- trito Federal e os Municípios de instituírem impostos sobre o patrimônio, renda e serviços um dos outros. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegura- das ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta- dos, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...) VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. O artigo supracitado prevê que a imunidade tributária recíproca alcança apenas os impostos, podendo in- cidir, portanto, em outras espécies tributárias, como taxas, contribuições e etc. De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 da CF a imu- nidade recíproca é extensiva às AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS desde que cumpram 4 re- quisitos: a) Cumpram suas finalidades essenciais ou qual- quer uma delas decorrentes; b) Sejam instituídas e mantidas pelo Poder Pú- blico; c) Não cobraem preços e nem tarifas; d) Não entrem na concorrência privada. www.cers.com.br ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário Josiane Minardi 2 No entanto, o Supremo Tribunal Federal tem enten- dido que algumas empresas públicas, bem como al- gumas sociedades de economia mista, são merece- doras da regra imunizante, quando prestam serviço público de caráter obrigatório e de forma exclu- siva. Cita-se como exemplo da ECT – Empresa de Cor- reios e Telégrafos, conforme jurisprudência a seguir: EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ECT - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉ- GRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: DISTINÇÃO. TAXAS: IMUNIDADE RECÍPROCA: INEXISTÊNCIA. I. - As empresas públicas prestado- ras de serviço público distinguem-se das que exer- cem atividade econômica. A ECT - Empresa Brasi- leira de Correios e Telégrafos é prestadora de ser- viço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida pela imunidade tributária recíproca: C.F., art. 22, X; C.F., art. 150, VI, a. Precedentes do STF: RE 424.227/SC, 407.099/RS, 354.897/RS, 356.122/RS e 398.630/SP, Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma. II. - A imunidade tributária recíproca -- C.F., art. 150, VI, a - - somente é aplicável a impostos, não alcançando as taxas. III. - R.E. conhecido e improvido. (RE 364202, Rel. Min. Carlos Velloso, D.J. 05-10- 2004) Outro exemplo de empresa pública que teve a imuni- dade reconhecida pelo STF, em 2007 (RE-AgR 363.412) é a INFRAERO. Em fevereiro de 2007, o STF, na Ação Cautelar nº 1.550-2 reconheceu também a imunidade da socie- dade de economia mista – CAERD, Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia. IMUNIDADES DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO O art. 150, VI, “b” da CF veda aos Entes Federativos instituírem IMPOSTOS sobre os templos de qualquer culto. A expressão “templos de qualquer culto” deve ser in- terpretada de forma ampla, abrangendo todas as for- mas de expressão de religiosidade. Só não irá abran- ger os templos de inspiração demoníaca, nem cultos satânicos, nem suas instituições, por contrariar a te- leologia do texto constitucional. Portanto, deve haver valores morais e religiosos. A imunidade dos templos de qualquer culto visa tute- lar a liberdade religiosa, e por essa razão tudo, exa- tamente tudo, que estiver em nome da instituição re- ligiosa e cumprir sua finalidade essencial terá imuni- dade, ou seja, não terá que pagar impostos. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegura- das ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (...) VI - instituir impostos sobre: (...) b) templos de qualquer culto (...) § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalida- des essenciais das entidades nelas menciona- das. Recentemente, o STF decidiu que não incide IPTU sobre os cemitérios que sejam extensão da entidade religiosa: EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONS- TITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. AR- TIGO 150, VI, "B", CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os ce- mitérios que consubstanciam extensões de enti- dades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constitui- ção do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é proje- tada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, "b". 3. As áreas da inci- dência e da imunidade tributária são antípodas. Re- curso extraordinário provido. (RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008) Imunidade Subjetiva – Art. 150, VI, “c” da CF 1) Entidades de Assistência Social Sem Fins Lucrativos 2) Entidades de Educação Sem Fins Lucrativos 3) Partidos Políticos e suas Fundações 4) Sindicato dos Trabalhadores www.cers.com.br ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário Josiane Minardi 3 Requisitos: I - Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimô- nio ou de suas rendas, a qualquer título. II - Aplicaremintegralmente, no País, os seus recur- sos na manutenção dos seus objetivos institucionais. III - Manterem escrituração de suas receitas e despe- sas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. IMUNIDADE OBJETIVA (ART. 150, VI, “d” CF) O art. 150, VI, “d” da CF trata sobre a imunidade ob- jetiva, que proíbe a União, Estados, Distrito Federal e Municípios de instituírem impostos sobre alguns objetos, tais como livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. Sobre estes objetos não irão incidir o ICMS - quando saem do estabeleci- mento comercial, IPI - quando saem da indústria e II - se houver a importação. A imunidade acima referida visa possibilitar o acesso à cultura e à informação, e sua finalidade é baratear o custo dos livros, jornais, periódicos e papéis desti- nados a impressão. Terão imunidade os livros que transmitirem pensa- mentos e idéias formalmente orientadas, indepen- dentemente do conteúdo. Nesse sentido, segue-se o julgado do STF: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. ART. 150, VI, "D" DA CF/88. "ÁLBUM DE FIGURI- NHAS". ADMISSIBILIDADE. 1. A imunidade tributá- ria sobre livros, jornais, periódicos e o papel desti- nado à sua impressão tem por escopo evitar emba- raços ao exercício da liberdade de expressão intelec- tual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informa- ção e à educação. 2. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informa- ções divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. 3. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo sub- jetivo acerca da qualidade cultural ou do valor peda- gógico de uma publicação destinada ao público in- fanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido. (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 06- 08-2004). EMENTA Álbum de figurinha. Imunidade tributária. art. 150, VI, "d", da Constituição Federal. Preceden- tes da Suprema Corte. 1. Os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos estão alcançados pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, "d", da Constituição Federal. 2. Recurso extraordiná- rio desprovido. (RE nº 179893, Min. Rel. Menezes Di- reito, DJ 15-04-2008). Com relação aos periódicos e jornais, somente per- derão a imunidade se apresentarem cunho eminen- temente publicitário, sem qualquer destinação à cul- tura e à educação, como os encartes. No entanto, a presença de propaganda no corpo do próprio perió- dico ou jornal que apresente informações à cultura e à educação não afasta a imunidade. Nesse sentido, o STF, no RE nº 199.183 reconheceu a imunidade da lista telefônica por ter utilidade pú- blica, ainda que veicule anúncios e publicidade. Observa-se que a norma constitucional imuniza ape- nas o papel destinado à impressão dos livros, jornais e periódicos, abrangendo apenas os materiais simi- lares ao papel, como os filmes e papéis fotográficos, sem trazer a imunidade para os demais insumos como as tintas, cola e linha. Súmula 657 STF - A IMUNIDADE PREVISTA NO ART. 150, VI, "D", DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ABRANGE OS FILMES E PAPÉIS FOTOGRÁFICOS NECESSÁRIOS À PUBLICAÇÃO DE JORNAIS E PERIÓDICOS. (Súmula 657, SESSÃO PLENÁRIA, julgado em 24/09/2003, DJ de 9/10/2003, p. 3; DJ de 10/10/2003, p. 3; DJ de 13/10/2003, p. 3) A EC n. 75 incluiu a alínea “e” no artigo 150, VI, da CF que estabelece imunidade para: Fonogramas e videofonogramas musicais produzi- dos no Brasil contendo obras musicais ou literomusi- cais de autores brasileiros e/ou obras em geral inter- pretadas por artistas brasileiros, bem como os supor- tes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias óp- ticas de leitura a laser. Assim, os CDs e DVDs produzidos no Brasil com obras musicais ou literomusicais de autores nacio- nais não irão pagar impostos. Exercícios www.cers.com.br ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário Josiane Minardi 4 1) O art. 155, § 2º, inciso X, letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o ICMS “não incidirá” sobre prestação de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito: (A) Hipótese de não incidência tributária. (B) Imunidade tributária. (C) Isenção de nível constitucional. (D) Isenção pura e simples. (E) Remissão fiscal. 2) Estabelece o Sistema Tributário Nacional a ve- dação à cobrança de impostos sobre os fonogra- mas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral inter- pretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação indus- trial de mídias ópticas de leitura a laser. Referida vedação consiste em (A) imunidade. (B) isenção. (C) anistia. (D) remissão total. (E) remissão parcial. 3) Assinale a alternativa CORRETA. (A) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Fe- deral (STF), a imunidade tributária dos templos de qualquer culto alcança as lojas maçônicas. (B) A imunidade tributária endereçada aos livros e periódicos não alcança, no entendimento do STF, ál- buns de figurinhas. (C) A imunidade tributária recíproca não alcança o Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a prestação de Serviços de Transporte interestadual e intermunicipal e de comu- nicação (ICMS) que incide no transporte de bens e mercadorias realizado pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) porque, na esteira do entendimento do STF, tal atividade tem fins lucrati- vos, não merecendo tratamento tributário privilegi- ado. (D) Têm imunidade tributária fonogramas e videofo- nogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasilei- ros e/ou obras em geral, interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arqui- vos digitais que os contenham, salvo na etapa de re- plicação industrial de mídias ópticas de leitura a la- ser. (E) Não têm imunidade tributária recíproca as autar- quias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais. 4) Com relação ao princípio constitucional da imunidade recíproca, previsto na Constituição Federal, art.150, VI, podemos afirmar que: (A) Os Municípios estão impedidos de cobrar, da União e dos Estados, taxas pelo serviço de coleta de lixo bem como quaisquer outras taxas de polícia. (B) É defeso à União, Estados, Distrito Federal e Municípios exigir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros, bem como das autarquias ou fundações por eles mantidas, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. (C) Não incide Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana sobre os imóveis pertencentes à União, mas o imposto pode ser cobrado dos Estados, em relação aos imóveis de que são proprietários. (D) Fica vedada a instituição de impostos e de contribuições sociais, sobre livros, jornais e periódicos e o papel destinado a sua impressão. 5) Assinale a opção correta no que se refere ao sistema tributário nacional: (A) No que se refere às limitações ao poder de tributar, a CF estabelece a necessidade de prévia autorização orçamentária para a exigibilidade de tributos. (B)A CF não admite o estabelecimento de imposto de caráter real, definido sem que se levem em consideração as condições pessoais do contribuinte, aspecto tido por imprescindível na ordem tributária nacional para a fixação do referido tributo. (C) Segundo entendimento do STF, o valor cobrado www.cers.com.br ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário Josiane Minardi 5 dos usuários pelos serviços de água e esgoto tem natureza jurídica de taxa. (D) O princípio da imunidade tributária recíproca não pode, à luz do posicionamento firmado pelo STF, ser invocado na hipótese de contribuições previdenciárias. 6) Dentre as hipóteses constitucionais de veda- ção à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituir impostos é autoapli- cável a imunidade sobre: (A) Livros, jornais, periódicos e o papel desti- nado a sua impressão. (B) Partidos políticos, inclusive suas fundações. (C) Entidades sindicais dos trabalhadores. (D) Instituições de educação. (E) Entidades de assistência social, sem fins lu- crativos. 7) A Igreja Mundial do Imposto Sagrado, tendo em vista a ampliação de suas atividades religiosas, começou a cobrar de seus fiéis o valor de R$ 100,00 por batismo realizado. Responsáveis pela entidade religiosa regularmente constituída formulam consulta ao órgão competente do município de sua localização, para saber se devem, ou não, recolher o ISS pelos serviços religiosos prestados. Formulam consulta, também, ao fisco federal, para saber se a renda auferida com os batismos deve ser declarada como tributada pelo Imposto sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza − Pessoa Jurídica − IRPJ −da entidade religiosa. Nesse caso: (A) O IRPJ não deve ser cobrado, pois a renda auferida com os batismos resta alcançada por imunidade tributária; porém, sobre o serviço de batismo deve ser cobrado o ISS, tendo em vista a ausência de dispositivo normativo em sentido contrário. (B) O ISS e o IRPJ devem ser cobrados, em razão do princípio da igualdade, pois os templos de qualquer culto devem ser tratados tributariamente como qualquer pessoa jurídica que realize um serviço tributável e que aufira rendas. (C) O ISS não deve ser cobrado, tendo em vista que o serviço de batismo é atividade relacionada às finalidades religiosas da entidade, porém, o IRPJ deve ser cobrado, pois a renda auferida com qualquer serviço prestado pelo templo é tributada. (D) Tanto o ISS como o IRPJ devem ser cobrados, pois não há dispositivo normativo que exima o templo de qualquer culto de quaisquer cobranças tributárias. (E) Nem o ISS, nem o IRPJ devem ser cobrados, tendo em vista que, tanto o serviço de batismo como a renda respectivamente auferida estão relacionados às finalidades essenciais da entidade religiosa. 8) A instituição de assistência social “Criança Fe- liz” não paga IPTU (imposto predial e territorial urbano) porque não tem fins lucrativos e, aten- dendo aos requisitos da lei, está abrangida pela: (A) Não incidência infraconstitucional. (B) Isenção. (C) Remissão. (D) Imunidade. 9) A imunidade recíproca, conforme determinada na Constituição Federal, impede a instituição de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços entre os titulares do poder de tributar. Acerca da referida imunidade, é correto afirmar que: (A) Não é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, posto faltar-lhes competência tributária. (B) Não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, quando desenvolvidas por qualquer dos titulares do poder de tributar. (C) Se aplica apenas às autarquias, mas não às fundações públicas, visto que apenas aquelas podem ser consideradas pessoas jurídicas da administração indireta. (D) Se aplica ainda quando qualquer dos titulares do poder de tributar explore atividades em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. 10) Através do reconhecimento judicial da atuação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como pessoa jurídica, atuando no www.cers.com.br ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO Direito Tributário Josiane Minardi 6 exercício do monopólio postal da União com as mesmas prerrogativas do referido ente federativo, houve pleito de natureza tributária vinculado ao imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). A ECT buscou judicialmente o reconhecimento, em relação aos Estados, do instituto da: (A) Isenção tributária federativa. (B) Instituição de tributos. (C) Imunidade recíproca. (D) Suspensão da cobrança. (E) Isonomia com os municípios. Gabarito: 1. b 2. a 3. d 4. b 5. d 6. a 7. e 8. d 9. b 10. c
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