Buscar

Cópia de Cópia de AULA04

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

www.cers.com.br 
 
ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
1 
CLASSIFICAÇÃO DAS IMUNIDADES 
 
1) Imunidade Subjetivas, Objetivas e Mistas 
 
Imunidade Subjetiva: Conferida em função da natu-
reza jurídica da pessoa ou ente, com o intuito de pro-
teger valores socialmente relevantes. 
 
Imunidade Objetiva- Reais: Outorgada em razão de 
determinados fatos, bens ou situações. (art. 150, VI, 
“d”, CF) 
 
Imunidade Mista: Alcança pessoas por sua natureza 
jurídica e porque relacionadas com determinados fa-
tos, bens ou situações. 
(Art. 153, § 4º, II, CF). 
 
2) Imunidades Ontológicas e Políticas: 
 
Imunidades Ontológicas: Existiriam mesmo sem a 
previsão expressa na Constituição, em razão da iso-
nomia, pacto federativo, capacidade contributiva. 
 
Imunidade Política: Não defluem de um princípio 
constitucional, por isso devem estar expressamente 
previstas na CF, visam a proteção de outros princí-
pios em virtude de uma opção política do legislador 
constituinte. 
 
3) Imunidades Explícitas e Implícitas: 
 
Imunidades Explícitas: São aquelas previstas na 
Constituição de forma expressa, por isso pode-se 
afirmar que coincide com as políticas. 
 
Imunidades Implícitas: Não se encontram expres-
samente previstas na CF, por essa razão, anterior-
mente eram classificadas como ontológicas. 
 
4) Imunidades Incondicionadas e Condicionáveis 
 
Imunidade Incondicionada: Quando a imunidade 
for de eficácia plena e aplicabilidade direta e imedi-
ata. 
Imunidade Condicionada: Quando a norma veicula 
uma imunidade de eficácia contida, aplicabilidade 
imediata, mas restringível. 
 
5) Imunidades Genéricas e Específicas 
 
Imunidade Específica – Tópica - Especial : Aplica-
ção da imunidade a um determinado tributo de com-
petência de determinada pessoa política. 
Imunidade Genérica - Geral: Vedação a todos os 
entes tributantes da instituição de impostos. Previ-
são art. 150, VI da CF. 
 
IMUNIDADES GENÉRICAS 
 
As imunidades genéricas estão previstas no art. 150, 
VI da CF e referem-se apenas aos Impostos. As 
pessoas e situações previstas no artigo 150, VI da CF 
não devem pagar apenas os impostos, devendo pa-
gar as demais espécies tributárias, como as taxas, 
contribuição de melhoria, contribuições e empréstimo 
compulsório. 
 
IMUNIDADES RECÍPROCAS 
 
A imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, 
VI, “a” da CF, consequência do modelo Federal de 
Estado, cujas bases repousam na necessária igual-
dade política-jurídica entre as unidades que compõe 
o Estado Federal, veda a União, os Estados, o Dis-
trito Federal e os Municípios de instituírem impostos 
sobre o patrimônio, renda e serviços um dos outros. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegura-
das ao contribuinte, é vedado à União, aos Esta-
dos, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. 
O artigo supracitado prevê que a imunidade tributária 
recíproca alcança apenas os impostos, podendo in-
cidir, portanto, em outras espécies tributárias, como 
taxas, contribuições e etc. 
 
De acordo com o § 2º, § 3º do art. 150 da CF a imu-
nidade recíproca é extensiva às AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS desde que cumpram 4 re-
quisitos: 
 
a) Cumpram suas finalidades essenciais ou qual-
quer uma delas decorrentes; 
b) Sejam instituídas e mantidas pelo Poder Pú-
blico; 
c) Não cobraem preços e nem tarifas; 
d) Não entrem na concorrência privada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
2 
No entanto, o Supremo Tribunal Federal tem enten-
dido que algumas empresas públicas, bem como al-
gumas sociedades de economia mista, são merece-
doras da regra imunizante, quando prestam serviço 
público de caráter obrigatório e de forma exclu-
siva. 
 
Cita-se como exemplo da ECT – Empresa de Cor-
reios e Telégrafos, conforme jurisprudência a seguir: 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ECT - 
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉ-
GRAFOS: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA: 
C.F., art. 150, VI, a. EMPRESA PÚBLICA QUE 
EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPRESA 
PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO: 
DISTINÇÃO. TAXAS: IMUNIDADE RECÍPROCA: 
INEXISTÊNCIA. I. - As empresas públicas prestado-
ras de serviço público distinguem-se das que exer-
cem atividade econômica. A ECT - Empresa Brasi-
leira de Correios e Telégrafos é prestadora de ser-
viço público de prestação obrigatória e exclusiva 
do Estado, motivo por que está abrangida pela 
imunidade tributária recíproca: C.F., art. 22, X; 
C.F., art. 150, VI, a. Precedentes do STF: RE 
424.227/SC, 407.099/RS, 354.897/RS, 356.122/RS e 
398.630/SP, Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma. II. - A 
imunidade tributária recíproca -- C.F., art. 150, VI, a -
- somente é aplicável a impostos, não alcançando as 
taxas. III. - R.E. conhecido e improvido. 
(RE 364202, Rel. Min. Carlos Velloso, D.J. 05-10-
2004) 
Outro exemplo de empresa pública que teve a imuni-
dade reconhecida pelo STF, em 2007 (RE-AgR 
363.412) é a INFRAERO. 
Em fevereiro de 2007, o STF, na Ação Cautelar nº 
1.550-2 reconheceu também a imunidade da socie-
dade de economia mista – CAERD, Companhia de 
Águas e Esgotos de Rondônia. 
 
IMUNIDADES DOS TEMPLOS DE QUALQUER 
CULTO 
 
O art. 150, VI, “b” da CF veda aos Entes Federativos 
instituírem IMPOSTOS sobre os templos de qualquer 
culto. 
A expressão “templos de qualquer culto” deve ser in-
terpretada de forma ampla, abrangendo todas as for-
mas de expressão de religiosidade. Só não irá abran-
ger os templos de inspiração demoníaca, nem cultos 
satânicos, nem suas instituições, por contrariar a te-
leologia do texto constitucional. Portanto, deve haver 
valores morais e religiosos. 
A imunidade dos templos de qualquer culto visa tute-
lar a liberdade religiosa, e por essa razão tudo, exa-
tamente tudo, que estiver em nome da instituição re-
ligiosa e cumprir sua finalidade essencial terá imuni-
dade, ou seja, não terá que pagar impostos. 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias assegura-
das ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios 
(...) 
VI - instituir impostos sobre: 
(...) 
b) templos de qualquer culto 
(...) 
 
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas 
"b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a 
renda e os serviços, relacionados com as finalida-
des essenciais das entidades nelas menciona-
das. 
 
Recentemente, o STF decidiu que não incide IPTU 
sobre os cemitérios que sejam extensão da entidade 
religiosa: 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONS-
TITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. AR-
TIGO 150, VI, "B", CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO 
DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os ce-
mitérios que consubstanciam extensões de enti-
dades de cunho religioso estão abrangidos pela 
garantia contemplada no artigo 150 da Constitui-
ção do Brasil. Impossibilidade da incidência de 
IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tributos 
de que gozam os templos de qualquer culto é proje-
tada a partir da interpretação da totalidade que o 
texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos 
artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, "b". 3. As áreas da inci-
dência e da imunidade tributária são antípodas. Re-
curso extraordinário provido. 
(RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008) 
 
Imunidade Subjetiva – Art. 150, VI, “c” da CF 
 
1) Entidades de Assistência Social Sem Fins 
Lucrativos 
2) Entidades de Educação Sem Fins Lucrativos 
3) Partidos Políticos e suas Fundações 
4) Sindicato dos Trabalhadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
3 
Requisitos: 
 
I - Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimô-
nio ou de suas rendas, a qualquer título. 
II - Aplicaremintegralmente, no País, os seus recur-
sos na manutenção dos seus objetivos institucionais. 
III - Manterem escrituração de suas receitas e despe-
sas em livros revestidos de formalidades capazes de 
assegurar sua exatidão. 
 
IMUNIDADE OBJETIVA (ART. 150, VI, “d” CF) 
 
O art. 150, VI, “d” da CF trata sobre a imunidade ob-
jetiva, que proíbe a União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios de instituírem impostos sobre alguns 
objetos, tais como livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado à sua impressão. Sobre estes objetos não 
irão incidir o ICMS - quando saem do estabeleci-
mento comercial, IPI - quando saem da indústria e II 
- se houver a importação. 
A imunidade acima referida visa possibilitar o acesso 
à cultura e à informação, e sua finalidade é baratear 
o custo dos livros, jornais, periódicos e papéis desti-
nados a impressão. 
Terão imunidade os livros que transmitirem pensa-
mentos e idéias formalmente orientadas, indepen-
dentemente do conteúdo. Nesse sentido, segue-se o 
julgado do STF: 
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. 
ART. 150, VI, "D" DA CF/88. "ÁLBUM DE FIGURI-
NHAS". ADMISSIBILIDADE. 1. A imunidade tributá-
ria sobre livros, jornais, periódicos e o papel desti-
nado à sua impressão tem por escopo evitar emba-
raços ao exercício da liberdade de expressão intelec-
tual, artística, científica e de comunicação, bem como 
facilitar o acesso da população à cultura, à informa-
ção e à educação. 2. O Constituinte, ao instituir 
esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor 
artístico ou didático, à relevância das informa-
ções divulgadas ou à qualidade cultural de uma 
publicação. 3. Não cabe ao aplicador da norma 
constitucional em tela afastar este benefício fiscal 
instituído para proteger direito tão importante ao 
exercício da democracia, por força de um juízo sub-
jetivo acerca da qualidade cultural ou do valor peda-
gógico de uma publicação destinada ao público in-
fanto-juvenil. 4. Recurso extraordinário conhecido e 
provido. (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 06-
08-2004). 
EMENTA Álbum de figurinha. Imunidade tributária. 
art. 150, VI, "d", da Constituição Federal. Preceden-
tes da Suprema Corte. 1. Os álbuns de figurinhas e 
os respectivos cromos adesivos estão alcançados 
pela imunidade tributária prevista no artigo 150, VI, 
"d", da Constituição Federal. 2. Recurso extraordiná-
rio desprovido. (RE nº 179893, Min. Rel. Menezes Di-
reito, DJ 15-04-2008). 
Com relação aos periódicos e jornais, somente per-
derão a imunidade se apresentarem cunho eminen-
temente publicitário, sem qualquer destinação à cul-
tura e à educação, como os encartes. No entanto, a 
presença de propaganda no corpo do próprio perió-
dico ou jornal que apresente informações à cultura e 
à educação não afasta a imunidade. 
Nesse sentido, o STF, no RE nº 199.183 reconheceu 
a imunidade da lista telefônica por ter utilidade pú-
blica, ainda que veicule anúncios e publicidade. 
Observa-se que a norma constitucional imuniza ape-
nas o papel destinado à impressão dos livros, jornais 
e periódicos, abrangendo apenas os materiais simi-
lares ao papel, como os filmes e papéis fotográficos, 
sem trazer a imunidade para os demais insumos 
como as tintas, cola e linha. 
 
Súmula 657 STF - A IMUNIDADE PREVISTA NO 
ART. 150, VI, "D", DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ABRANGE OS FILMES E PAPÉIS FOTOGRÁFICOS 
NECESSÁRIOS À PUBLICAÇÃO DE JORNAIS E 
PERIÓDICOS. 
(Súmula 657, SESSÃO PLENÁRIA, julgado em 
24/09/2003, DJ de 9/10/2003, p. 3; DJ de 10/10/2003, 
p. 3; DJ de 13/10/2003, p. 3) 
 
 
A EC n. 75 incluiu a alínea “e” no artigo 150, VI, da 
CF que estabelece imunidade para: 
 
Fonogramas e videofonogramas musicais produzi-
dos no Brasil contendo obras musicais ou literomusi-
cais de autores brasileiros e/ou obras em geral inter-
pretadas por artistas brasileiros, bem como os supor-
tes materiais ou arquivos digitais que os contenham, 
salvo na etapa de replicação industrial de mídias óp-
ticas de leitura a laser. 
 
Assim, os CDs e DVDs produzidos no Brasil com 
obras musicais ou literomusicais de autores nacio-
nais não irão pagar impostos. 
 
Exercícios 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
4 
 
1) O art. 155, § 2º, inciso X, letra “d”, da 
Constituição Federal, enuncia que o ICMS “não 
incidirá” sobre prestação de serviços de 
comunicação nas modalidades de radiodifusão 
e transmissão de imagens. Bem observado, o 
dispositivo consagra, segundo a melhor 
doutrina do direito: 
 
(A) Hipótese de não incidência tributária. 
(B) Imunidade tributária. 
(C) Isenção de nível constitucional. 
(D) Isenção pura e simples. 
(E) Remissão fiscal. 
 
2) Estabelece o Sistema Tributário Nacional a ve-
dação à cobrança de impostos sobre os fonogra-
mas e videofonogramas musicais produzidos no 
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais 
de autores brasileiros e/ou obras em geral inter-
pretadas por artistas brasileiros, bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que os 
contenham, salvo na etapa de replicação indus-
trial de mídias ópticas de leitura a laser. Referida 
vedação consiste em 
 
(A) imunidade. 
(B) isenção. 
(C) anistia. 
(D) remissão total. 
(E) remissão parcial. 
 
3) Assinale a alternativa CORRETA. 
 
(A) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Fe-
deral (STF), a imunidade tributária dos templos de 
qualquer culto alcança as lojas maçônicas. 
(B) A imunidade tributária endereçada aos livros e 
periódicos não alcança, no entendimento do STF, ál-
buns de figurinhas. 
(C) A imunidade tributária recíproca não alcança o 
Imposto sobre operações relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre a prestação de Serviços de 
Transporte interestadual e intermunicipal e de comu-
nicação (ICMS) que incide no transporte de bens e 
mercadorias realizado pela Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos (ECT) porque, na esteira do 
entendimento do STF, tal atividade tem fins lucrati-
vos, não merecendo tratamento tributário privilegi-
ado. 
(D) Têm imunidade tributária fonogramas e videofo-
nogramas musicais produzidos no Brasil contendo 
obras musicais ou literomusicais de autores brasilei-
ros e/ou obras em geral, interpretadas por artistas 
brasileiros, bem como os suportes materiais ou arqui-
vos digitais que os contenham, salvo na etapa de re-
plicação industrial de mídias ópticas de leitura a la-
ser. 
(E) Não têm imunidade tributária recíproca as autar-
quias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público no que se refere ao patrimônio, à renda e aos 
serviços vinculados às suas finalidades essenciais. 
 
4) Com relação ao princípio constitucional da 
imunidade recíproca, previsto na Constituição 
Federal, art.150, VI, podemos afirmar que: 
 
(A) Os Municípios estão impedidos de cobrar, da 
União e dos Estados, taxas pelo serviço de coleta 
de lixo bem como quaisquer outras taxas de polícia. 
(B) É defeso à União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios exigir impostos sobre o patrimônio, 
renda ou serviços uns dos outros, bem como das 
autarquias ou fundações por eles mantidas, no que 
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, 
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
(C) Não incide Imposto sobre a Propriedade Predial 
e Territorial Urbana sobre os imóveis pertencentes 
à União, mas o imposto pode ser cobrado dos 
Estados, em relação aos imóveis de que são 
proprietários. 
(D) Fica vedada a instituição de impostos e de 
contribuições sociais, sobre livros, jornais e 
periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
 
 
5) Assinale a opção correta no que se refere ao 
sistema tributário nacional: 
 
(A) No que se refere às limitações ao poder de 
tributar, a CF estabelece a necessidade de prévia 
autorização orçamentária para a exigibilidade de 
tributos. 
(B)A CF não admite o estabelecimento de imposto 
de caráter real, definido sem que se levem em 
consideração as condições pessoais do 
contribuinte, aspecto tido por imprescindível na 
ordem tributária nacional para a fixação do referido 
tributo. 
(C) Segundo entendimento do STF, o valor cobrado 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
5 
dos usuários pelos serviços de água e esgoto tem 
natureza jurídica de taxa. 
(D) O princípio da imunidade tributária recíproca não 
pode, à luz do posicionamento firmado pelo STF, 
ser invocado na hipótese de contribuições 
previdenciárias. 
 
6) Dentre as hipóteses constitucionais de veda-
ção à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios para instituir impostos é autoapli-
cável a imunidade sobre: 
 
(A) Livros, jornais, periódicos e o papel desti-
nado a sua impressão. 
(B) Partidos políticos, inclusive suas fundações. 
(C) Entidades sindicais dos trabalhadores. 
(D) Instituições de educação. 
(E) Entidades de assistência social, sem fins lu-
crativos. 
 
7) A Igreja Mundial do Imposto Sagrado, tendo 
em vista a ampliação de suas atividades 
religiosas, começou a cobrar de seus fiéis o 
valor de R$ 100,00 por batismo realizado. 
Responsáveis pela entidade religiosa 
regularmente constituída formulam consulta ao 
órgão competente do município de sua 
localização, para saber se devem, ou não, 
recolher o ISS pelos serviços religiosos 
prestados. Formulam consulta, também, ao 
fisco federal, para saber se a renda auferida com 
os batismos deve ser declarada como tributada 
pelo Imposto sobre Renda e Proventos de 
Qualquer Natureza − Pessoa Jurídica − IRPJ −da 
entidade religiosa. Nesse caso: 
 
(A) O IRPJ não deve ser cobrado, pois a renda 
auferida com os batismos resta alcançada por 
imunidade tributária; porém, sobre o serviço de 
batismo deve ser cobrado o ISS, tendo em vista a 
ausência de dispositivo normativo em sentido 
contrário. 
(B) O ISS e o IRPJ devem ser cobrados, em razão do 
princípio da igualdade, pois os templos de qualquer 
culto devem ser tratados tributariamente como 
qualquer pessoa jurídica que realize um serviço 
tributável e que aufira rendas. 
(C) O ISS não deve ser cobrado, tendo em vista 
que o serviço de batismo é atividade relacionada às 
finalidades religiosas da entidade, porém, o IRPJ 
deve ser cobrado, pois a renda auferida com 
qualquer serviço prestado pelo templo é tributada. 
(D) Tanto o ISS como o IRPJ devem ser 
cobrados, pois não há dispositivo normativo que 
exima o templo de qualquer culto de quaisquer 
cobranças tributárias. 
(E) Nem o ISS, nem o IRPJ devem ser cobrados, 
tendo em vista que, tanto o serviço de batismo como 
a renda respectivamente auferida estão 
relacionados às finalidades essenciais da entidade 
religiosa. 
 
8) A instituição de assistência social “Criança Fe-
liz” não paga IPTU (imposto predial e territorial 
urbano) porque não tem fins lucrativos e, aten-
dendo aos requisitos da lei, está abrangida pela: 
 
(A) Não incidência infraconstitucional. 
(B) Isenção. 
(C) Remissão. 
(D) Imunidade. 
 
9) A imunidade recíproca, conforme determinada 
na Constituição Federal, impede a instituição de 
impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços 
entre os titulares do poder de tributar. Acerca da 
referida imunidade, é correto afirmar que: 
 
(A) Não é extensiva às autarquias e às fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se 
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, 
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes, posto faltar-lhes competência 
tributária. 
(B) Não se aplica ao patrimônio, à renda e aos 
serviços, relacionados com exploração de 
atividades econômicas regidas pelas normas 
aplicáveis a empreendimentos privados, quando 
desenvolvidas por qualquer dos titulares do poder 
de tributar. 
(C) Se aplica apenas às autarquias, mas não às 
fundações públicas, visto que apenas aquelas 
podem ser consideradas pessoas jurídicas da 
administração indireta. 
(D) Se aplica ainda quando qualquer dos 
titulares do poder de tributar explore atividades em 
que haja contraprestação ou pagamento de preços 
ou tarifas pelo usuário. 
 
10) Através do reconhecimento judicial da 
atuação da Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos como pessoa jurídica, atuando no 
 
 
 
 
 
 
 
www.cers.com.br 
 
ISOLADA – COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário 
Josiane Minardi 
6 
exercício do monopólio postal da União com as 
mesmas prerrogativas do referido ente 
federativo, houve pleito de natureza tributária 
vinculado ao imposto sobre a propriedade de 
veículos automotores (IPVA). A ECT buscou 
judicialmente o reconhecimento, em relação aos 
Estados, do instituto da: 
 
(A) Isenção tributária federativa. 
(B) Instituição de tributos. 
(C) Imunidade recíproca. 
(D) Suspensão da cobrança. 
(E) Isonomia com os municípios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: 
 
1. b 
2. a 
3. d 
4. b 
5. d 
6. a 
7. e 
8. d 
9. b 
10. c

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes