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Extinção do Crédito Tributário

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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Tributário – Aula 09 
Josiane Minardi 
1 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
As modalidades de extinção do crédito tributário en-
contram-se no art. 156, do CTN. 
 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do 
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e 
seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do 
disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim en-
tendida a definitiva na órbita administrativa, que não 
mais possa ser objeto de ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na 
forma e condições estabelecidas em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da 
extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior ve-
rificação da irregularidade da sua constituição, obser-
vado o disposto nos artigos 144 e 149. 
 
PAGAMENTO 
 
Pagou o objeto da prestação, extingue-se a Relação 
Jurídica Tributária. 
 
Art.. 158. O pagamento de um crédito não importa 
em presunção de pagamento: 
I – quando parcial, das prestações em que se decom-
ponha; 
II – quando total, de outros créditos referentes ao 
mesmo ou a outros tributos. 
Sendo que, em se tratando de lançamento por homo-
logação, só se considera extinto o crédito se o paga-
mento for homologado. 
 
O pagamento é a maneira natural de extinção do cré-
dito tributário. 
 
COMPENSAÇÃO 
 
A compensação é uma forma de extinção da obriga-
ção tributária, uma forma de pagamento. Crédito e 
débito se compensam quando houver credor e deve-
dor simultaneamente. 
 
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias 
que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atri-
buir à autoridade administrativa, autorizar a compen-
sação de créditos tributários líquidos e certos, venci-
dos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fa-
zenda Pública 
Art.. 170-A. É vedada a compensação mediante o 
aproveitamento de tributo, objeto de contestação ju-
dicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em jul-
gado da respectiva decisão judicial. (Redação dada 
pela LC 104/2001). 
 
Súmula 212 - A compensação de créditos tributários 
não pode ser deferida em ação cautelar ou por me-
dida liminar cautelar ou antecipatória 
 
Súmula 213 - O mandado de segurança constitui 
ação adequada para a declaração do direito à com-
pensação tributária. 
 
TRANSAÇÃO 
 
Mediante disposição expressa em lei. Só a lei pode 
autorizar a transação entre o contribuinte e a fa-
zenda. 
 
REMISSÃO 
 
Perdão, indulto: art. 172, do CTN: A lei pode auto-
rizar a autoridade administrativa a conceder, por des-
pacho fundamentado, remissão total ou parcial do 
crédito tributário, atendendo: 
I – à situação econômica do sujeito passivo; 
II – ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito pas-
sivo, quanto à matéria de fato; 
III – à diminuta importância do crédito tributário; 
IV – a considerações de equidade, em relação com 
as características pessoais ou materiais do caso; 
V – a condições peculiares a determinada região do 
território da entidade tributante. 
 
Aqui estamos diante do instituto da remissão como 
forma de extinção da obrigação de do crédito tributá-
rio. A anistia, que está no capítulo da exclusão do 
crédito tributário, exclui a penalidade, a multa e deve 
ser antes da constituição do crédito tributário. Se a lei 
da anistia exclui a multa, permanece devido o tributo. 
A anistia é só mediante lei. 
 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
 
Prescrição: Art. 174, do CTN: A ação para a co-
brança do crédito tributário prescreve em cinco (cinco 
anos), contados da data da sua constituição defini-
tiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I – pela citação pessoal feita ao devedor; 
II – pelo protesto judicial; 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Tributário – Aula 09 
Josiane Minardi 
2 
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora 
o devedor; 
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudi-
cial, que importe em reconhecimento do débito pelo 
devedor. 
 
Perda do direito à ação. 
 
B) Decadência: Art. 173, do CTN. O direito de a Fa-
zenda Pública constituir o crédito tributário extingue-
se após 5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em 
que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que 
houver anulado, por vício formal, o lançamento ante-
riormente efetuado. 
O prazo dela não se interrompe 
Pode ser decretada “ex offício” 
Do fato gerador ao lançamento é prazo decadencial. 
Com o lançamento que constitui o direito da Fazenda 
a cobrar começa a prescrição. 
 
Decadência - cinco anos- regra: começa a contagem 
no primeiro dia do exercício seguinte aquele que de-
veria ter ocorrido o lançamento. 
 
Prescrição - 5 anos do lançamento. 
 
No lançamento por homologação conta cinco anos 
do fato gerador para decadência. Exceção: Salvo 
quando houver fraude, dolo ou simulação ou ausên-
cia de pagamento! O prazo prescricional pode ser in-
terrompido, o despacho do juiz que determinar a ci-
tação do devedor zera e volta a contar novamente. 
Não é com a citação válida. (Art.. 150, parágrafo 4º.) 
 
 
Exclusão do Crédito Tributário – Art. 175 do CTN 
 
Consistem em causas de inibição do Lançamento do 
tributo, previstas no Art. 175 do CTN. Portanto, 
ocorre o fato gerador, porém não haverá o lança-
mento. Com isso, é possível concluir que a isenção e 
a anistia têm início antes do lançamento e surgem 
após a ocorrência da obrigação tributária. 
 
Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
excluído, ou dela conseqüente. 
 
 
Art. 175 do CTN, há o estabelecimento de que, ainda 
que exista o direito à isenção ou anistia, o contribu-
inte deverá cumprir as obrigações acessórias 
 
Isenção - A lei concede a isenção, para que determi-
nada situação ou pessoa não esta obrigado de pagar 
o tributo. Ocorre que, a isenção não observa o prin-
cípio da anterioridade, do exercício, nem o da nona-
gesimal, porque a revogação da isenção não confi-
guraria uma instituição ou majoração do tributo. 
No CTN, em seu art. 104, prevê revogação de isen-
ção, cujo o imposto é sobre renda ou sobre o patri-
mônio, essa lei só produzirá efeitos no primeiro dia 
do exercício seguinte: 
 
Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercí-
cio seguinte àquele em que ocorra a sua publicação 
os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o 
patrimônio ou a renda: 
I - que instituem ou majoram tais impostos; 
II - que definem novas hipóteses de incidência; 
III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a 
lei dispuser de maneira mais favorável ao contribu-
inte, e observado o disposto no artigo 178. 
 
O art. 177 do CTN, estabelece que a concessão de 
isenção não se estende às taxas e contribuição de 
melhoria, bem como aos tributos que venham a ser 
criados ou instituídos posteriormente à lei que cria a 
isenção. 
 
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isen-
ção não é extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua con-
cessão. 
 
A lei que estabelece isenção deve ser interpretada 
literalmente, nos termos do art. 111 do CTN. Por-
tanto, no caso de tributos que venham a ser criados 
ou instituídos posteriormente à lei que cria a isenção, 
não serão abrangidos pela isenção. 
Em relação à não extensão da isenção às taxas e 
contribuição de melhoria,deve-se observar que es-
ses tributos são criados em virtude de uma contra-
prestação direta, por isso, não há embasamento para 
se estender determinada isenção concedida em lei 
para estes tributos, salvo disposição de lei em con-
trário. 
Sobre a revogação, existe uma exceção, nos termos 
do art. 178 do CTN e na Súmula 544 do STF, que 
consiste nos casos de isenção por prazo determi-
nado ou por determinadas condições onerosas. 
CTN - Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por 
prazo certo e em função de determinadas condições, 
pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer 
 
 
 
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Direito Tributário – Aula 09 
Josiane Minardi 
3 
tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 
7.1.1975) 
 
STF - SÚMULA Nº 544: Isenções tributárias conce-
didas, sob condição onerosa, não podem ser livre-
mente suprimidas. 
 
Anistia - Trata-se de perdão, concedida por lei, das 
penalidades pecuniárias, de forma a abranger os cré-
ditos tributários anteriores ao lançamento. Importante 
destacar que a anistia poderá abarcar apenas os tri-
butos, cujos fatos ocorreram anteriores à lei, nos ter-
mos do art. 180 do CTN. 
A anistia não poderá ser concedida em casos de cri-
mes ou contravenções, praticados com dolo, fraude 
ou simulação do sujeito passivo, bem como às infra-
ções resultantes de conluio de outras pessoas. 
 
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infra-
ções cometidas anteriormente à vigência da lei que a 
concede, não se aplicando: 
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou con-
travenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, 
sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo 
sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; 
II - salvo disposição em contrário, às infrações resul-
tantes de conluio entre duas ou mais pessoas natu-
rais ou jurídicas. 
 
Esse perdão pode ser geral ou limitado, conforme 
dispõe o artigo 181 do CTN. 
 
Art. 181. A anistia pode ser concedida: 
I - em caráter geral; 
II - limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado 
tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias 
até determinado montante, conjugadas ou não com 
penalidades de outra natureza; 
c) a determinada região do território da entidade tri-
butante, em função de condições a ela peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo 
fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja 
atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. 
 
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário: 
Arts. 183 a 193 do CTN 
 
As garantias são prerrogativas que a Fazenda Pú-
blica dispõe, para fazer com que o sujeito passivo 
efetue o pagamento do tributo, este direito está am-
parado pelo Princípio da Supremacia do Interesse 
Público. Já os Privilégios do crédito tributário consis-
tem na ordem de preferência dos créditos tributários, 
numa posição de vantagem quanto aos demais. As 
Garantias e Privilégios possuem previsão nos Arts. 
183 a 193 do CTN. 
 
Garantias do Crédito Tributário - Arts. 183 a 185-
A do CTN 
As garantias constantes no CTN não são taxativas, 
são meramente exemplificativas, conforme previsão 
no art. 183 do CTN. 
 
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas 
neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras 
que sejam expressamente previstas em lei, em fun-
ção da natureza ou das características do tributo a 
que se refiram. 
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas 
ao crédito tributário não altera a natureza deste nem 
a da obrigação tributária a que corresponda. (grifo 
nosso) 
 
Uma questão importante consiste em saber quais 
são as garantias que o Fisco goza para receber seus 
créditos tributários. 
Para definir essa questão, pode-se afirmar que as 
Fazendas possuem muitas garantias para o recebi-
mento, pois a totalidade dos bens do sujeito passivo 
responde para a satisfação do crédito tributário. 
Quando se fala em todo o patrimônio, deve-se incluir 
os bens particulares gravados com cláusula de impe-
nhorabilidade, independentemente da data de sua 
constituição. A única hipótese em que os bens não 
serão dados em garantia para o pagamento da dívida 
tributária, são os considerados absolutamente impe-
nhoráveis pela legislação, conforme consta no art. 
184 do CTN a seguir: 
 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais so-
bre determinados bens, que sejam previstos em lei, 
responde pelo pagamento do crédito tributário a tota-
lidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou 
natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua 
massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou 
cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, 
seja qual for a data da constituição do ônus ou da 
cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas 
que a lei declare absolutamente impenhoráveis.(grifo 
nosso). 
 
No tocante à Lei 8.009/90, que estabelece sobre o 
bem de família, bem como sobre a impenhorabilidade 
destes bens, vale mencionar que, referente ao cré-
dito tributário relacionado ao imóvel familiar, há uma 
exceção, conforme dispõe no inciso IV, do art. 3º da 
Lei 8.009/90, transcrito a seguir: 
 
 
 
 
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Direito Tributário – Aula 09 
Josiane Minardi 
4 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer 
processo de execução civil, fiscal, previdenciária, tra-
balhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
I - em razão dos créditos de trabalhadores da própria 
residência e das respectivas contribuições previden-
ciárias; 
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento 
destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no 
limite dos créditos e acréscimos constituídos em fun-
ção do respectivo contrato; 
III -- pelo credor de pensão alimentícia; 
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, 
taxas e contribuições devidas em função do imóvel 
familiar; 
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel ofere-
cido como garantia real pelo casal ou pela entidade 
familiar; 
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou 
para execução de sentença penal condenatória a 
ressarcimento, indenização ou perdimento de bens; 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida 
em contrato de locação. 
 
Portanto, a Lei nº 8.009/90 permite que os tributos 
relacionados ao bem imóvel familiar (IPTU, ITR, con-
tribuições de melhorias ou taxas do imóvel) sejam ob-
jeto de penhora para assegurar o pagamento do cré-
dito tributário. 
 
Da Presunção de Fraude à Execução Fiscal 
 
Presume fraudulenta a alienação realizada por su-
jeito passivo regularmente inscrito em dívida ativa, 
que dilapidar seu patrimônio de forma não resguardar 
bens suficientes para pagamento da dívida tributária, 
conforme consta no art.185 do CTN. 
 
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou 
oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por su-
jeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, 
por crédito tributário regularmente inscrito como 
dívida ativa. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se 
aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo 
devedor, bens ou rendas suficientes ao total pa-
gamento da dívida inscrita. (Redação dada pela 
Lcp nº 118, de 2005) 
 
Ressalta-se que não se aplica a súmula 375 do STJ, 
uma vez que a súmula em questão foi instituída para 
créditos não tributários. Após a edição da LC 118/05 
para caracterizar a fraude à execução fiscal, não é 
necessário o registro da penhora do bem, objeto do 
negócio jurídico entre particulares, bastando que a 
alienação leve o contribuinte devedor do tributo (ins-
crito em dívida ativa) à insolvência. 
Ainda com relação à Lei Complementar 118/2005, in-
forma-se que houve a inclusão do Art. 185-A do CTN, 
que também veio a favorecer a Fazenda, que assim 
se descreve:Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, de-
vidamente citado, não pagar nem apresentar bens à 
penhora no prazo legal e não forem encontrados 
bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibili-
dade de seus bens e direitos, comunicando a deci-
são, preferencialmente por meio eletrônico, aos ór-
gãos e entidades que promovem registros de trans-
ferência de bens, especialmente ao registro público 
de imóveis e às autoridades supervisoras do mer-
cado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, 
no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a or-
dem judicial. 
§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste 
artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o 
juiz determinar o imediato levantamento da indispo-
nibilidade dos bens ou valores que excederem esse 
limite. 
§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a co-
municação de que trata o caput deste artigo enviarão 
imediatamente ao juízo a relação discriminada dos 
bens e direitos cuja indisponibilidade houverem pro-
movido. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 
 
Portanto, por este dispositivo conclui-se que poderá 
haver a determinação do Juiz (de forma ponderada), 
por meio eletrônico, de comunicar cartórios e institui-
ções financeiras a fim de que possa bloquear bens e 
direitos do contribuinte, sendo claro que esse blo-
queio apenas deverá ser feito até o montante da dí-
vida, não podendo em nenhuma hipótese ser bloque-
ado montante superior ao valor da dívida tributária. 
 
Privilégios do Crédito Tributário - Arts. 186 a 193 
do CTN 
 
Com relação aos privilégios do crédito tributário, 
cumpre informar que estes privilégios têm sua impor-
tância bastante significativa no Direito Tributário, po-
rém não são absolutos. Assim, neste tópico pre-
tende-se estudar a ordem que o crédito tributário será 
satisfeito. 
O art. 186 do CTN deixa claro que o crédito tributário 
tem preferência a qualquer outro, independente de 
sua natureza, com exceção dos créditos decorrentes 
de natureza trabalhista e de acidentes de trabalho. 
Portanto, o crédito tributário vai ser pago sempre em 
primeiro lugar, salvo se for dívida de natureza traba-
lhista e de acidente de trabalho. 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Tributário – Aula 09 
Josiane Minardi 
5 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, 
seja qual for sua natureza ou o tempo de sua consti-
tuição, ressalvados os créditos decorrentes da legis-
lação do trabalho ou do acidente de trabalho. 
Parágrafo único. Na falência: 
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extra-
concursais ou às importâncias passíveis de restitui-
ção, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos 
com garantia real, no limite do valor do bem gravado; 
 II – a lei poderá estabelecer limites e condições para 
a preferência dos créditos decorrentes da legislação 
do trabalho; e 
 III – a multa tributária prefere apenas aos créditos 
subordinados. 
 
Ao analisar o caput do referido artigo, percebe-se que 
em uma situação normal de pagamentos, os créditos 
tributários serão pagos, respeitando a seguinte or-
dem: os créditos trabalhistas e de acidentes de tra-
balho primeiros e, em seguida, os créditos tributários 
e, por conseguinte os demais créditos. 
Ocorre que, ao observar o parágrafo único deste dis-
positivo, esse entendimento se modifica no caso da 
falência, pois neste caso, o crédito tributário não pre-
fere aos créditos extraconcursais ou às importâncias 
passíveis de restituição, nem aos créditos com ga-
rantia real, no limite do bem gravado. 
Os créditos extraconcursais consistem naqueles que 
são satisfeitos no curso do processo de falência. São 
as despesas com a massa falida, despesas com o 
administrador judicial, enfim, todos os gastos que 
ocorrerem no curso do processo de falência são de-
nominados de créditos extraconcursais. Ressalta-se, 
são pagos em primeiro lugar, conforme dispõe o art. 
188 do CTN. 
 
Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários 
decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do 
processo de falência. 
§ 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá 
as partes ao processo competente, mandando reser-
var bens suficientes à extinção total do crédito e seus 
acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia 
da instância por outra forma, ouvido, quanto à natu-
reza e valor dos bens reservados, o representante da 
Fazenda Pública interessada. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos 
de concordata. 
 
Sobre os créditos extraconcursais, vale observar os 
arts. 83 e 84 da Lei de Falência de 11.101/2005, que 
estabelecem quais serão esses créditos, bem como 
a ordem de preferência. Da observação desses arti-
gos é possível afirmar que estes terão preferência 
absoluta na falência, até mesmo os de natureza tra-
balhista. 
Os créditos trabalhistas e decorrentes de acidentes 
de trabalho, tem preferência, salvo aos extraconcur-
sais, mesmo na falência, devido a sua natureza ali-
mentícia. 
Os créditos passíveis de restituição - Lei de Falência 
11.101/2005, art. 85: são bens de terceiros, que 
quando decretada a Falência, são arrecadados da 
posse do falido e devolvidos aos proprietários, pois 
não são de propriedade do falido e nem da massa 
falida. 
Há preferência dos créditos gravados com garantia 
real até o limite do bem sobre os créditos tributários, 
conforme parágrafo primeiro do art. 83 da Lei de Fa-
lências. 
 
É importante salientar que, quando se fala em paga-
mento de créditos tributários, não se pode incluir as 
multas deste crédito, mas apenas o valor principal do 
crédito tributário, pois as multas só terão o privilégio 
com relação aos créditos subordinados. 
Ademais, a dívida tributária não precisa entrar na 
concorrência de credores, ou ser habilitada em inven-
tário, arrolamento, falência, recuperação judicial ou 
concordata, conforme determina o art. 187 do CTN. 
 
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário 
não é sujeita a concurso de credores ou habilita-
ção em falência, recuperação judicial, concor-
data, inventário ou arrolamento. (...) 
 
 
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
A competência constitucional conferida aos entes fe-
derativos para instituir tributos também implica na 
competência de exercer com eficácia a cobrança 
destes. Essa eficácia pode ser traduzida por meio da: 
fiscalização; cobrança judicial de débitos inscritos em 
dívida ativa e controle e verificação da regularidade 
fiscal do sujeito passivo. 
Tendo em vista essas considerações, se faz neces-
sário estudar de forma mais detalhada cada uma de-
las: 
 
 Fiscalização: Arts. 194 a 200 do CTN 
 
Trata-se de procedimento de verificação do cumpri-
mento das obrigações tributárias por parte do sujeito 
passivo. 
A Fazenda Pública tem direito de solicitar informa-
ções financeiras, independentemente de autorização 
judicial, sem exceder a competência administrativa, 
segundo o art. 195 do CTN. 
 
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, 
não têm aplicação quaisquer disposições legais 
 
 
 
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Direito Tributário – Aula 09 
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excludentes ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, pa-
péis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerci-
antes industriais ou produtores, ou da obrigação 
destes de exibi-los. 
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escri-
turação comercial e fiscal e os comprovantes dos 
lançamentos neles efetuados serão conservados 
até que ocorra a prescrição dos créditos tributá-
rios decorrentes das operações a que se refiram. 
 
Esse também é o entendimento do STF ao observar 
a Súmula 439: 
 
Súmula nº 439 Estão sujeitos à fiscalização tributá-
ria ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limi-
tado o exame aos pontos objetoda investigação. 
 
O contribuinte tem o dever de facilitar a fiscalização. 
O CTN, em seu art. 197, determina que mediante in-
timação escrita, algumas pessoas são obrigadas a 
prestar informações de terceiros de que disponham, 
dentre elas: i) os tabeliães, escrivães e demais ser-
ventuários de ofício; ii) os bancos, casas bancárias, 
Caixas Econômicas e demais instituições financei-
ras; iii) as empresas de administração de bens; iv) os 
corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; v) os in-
ventariantes; vi) os síndicos, comissários e liquidatá-
rios; vii) quaisquer outras entidades ou pessoas que 
a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, 
ministério, atividade ou profissão. 
No entanto, o informante não precisará prestar as in-
formações nos termos do caput do art. 197 do CTN, 
quando houver necessidade de assegurar o sigilo, 
casos em que há a proteção legal das informações, 
em respeito aos Princípios Constitucionais da Legali-
dade, Intimidade, Privacidade e Sigilo. Além desses 
princípios, vale evidenciar a existência de inúmeros 
dispositivos legais que visam observar esses princí-
pios, como, por exemplo, os arts. 154 a 325, do Có-
digo Penal, Art. 229 do Código Civil, Art. 347, II e IV 
e 406, II do Código de Processo Civil, Art. 207 do Có-
digo de Processo Penal, Estatuto da OAB – Lei 
8.906/94, Arts, 76.º, XIX, 34, VII e 6, I, etc. 
Importante mencionar que, ao término da fiscaliza-
ção, a autoridade administrativa não tem direito de 
divulgar as informações. Todavia, há exceções para 
este comando, dispostas no §1º e §3º do art. 198 e 
art. 199 do CTN, que são: i) requisição de ordem ju-
dicial, ii) quando outra autoridade administrativa re-
querer informações, em nome dos interesses da Ad-
ministração Pública, desde que possua processo ad-
ministrativo em andamento, com a finalidade de in-
vestigar o sujeito passivo, iii) casos de representa-
ções ficais, para fins penais, iv) informações sobre 
inscrições em dívida ativa da Fazenda Pública; v) 
parcelamento ou moratória, vi) possibilidade de pres-
tar assistência entre os entes federativos, por meio 
de lei ou convênio, a fim de facilitar a fiscalização. 
 
No caso de o contribuinte não colaborar com a fisca-
lização tributária, negando-se a apresentar os docu-
mentos, a autoridade fazendária poderá requisitar re-
forço policial a fim de legitimar sua autoridade, nos 
termos do art. 200 do CTN. 
 
Dívida Ativa: arts. 201 a 204 do CTN 
 
A inscrição em dívida ativa do crédito tributário se ori-
unda do inadimplemento da obrigação tributária, por 
parte do sujeito passivo e tem o poder de dar exequi-
bilidade ao crédito. O procedimento de inscrição em 
dívida ativa está previsto no Art. 202 do CTN. 
Determina o art. 202 do CTN que o termo de inscri-
ção em dívida ativa indicará obrigatoriamente: i) o 
nome do devedor e, sendo caso, o dos corresponsá-
veis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou 
a residência de um e de outros; ii) a quantia devida e 
a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; 
iii) a origem e natureza do crédito, mencionada espe-
cificamente a disposição da lei em que seja fundado; 
iv) a data em que foi inscrita; v) sendo caso, o número 
do processo administrativo de que se originar o cré-
dito. Além, de indicar o livro e a folha de inscrição. 
Vale ressaltar que, por meio da inscrição em dívida 
ativa, tem-se como presumida a fraude contra credo-
res, disposta no art. 185 do CTN, no caso de o con-
tribuinte alienar os bens de forma a se tornar insol-
vente. 
Por meio da inscrição em dívida ativa, surge a Certi-
dão de Dívida Ativa (CDA), que configura em título 
executivo extrajudicial (Art. 585, VII do CPC, Art. 204 
do CTN e Art. 3.º da Lei 6.830/80). Esse título execu-
tivo extrajudicial poderá ensejar Ação de Execução 
Fiscal ajuizada pela Fazenda Pública. 
Cumpre evidenciar que a inscrição em dívida ativa, 
não realizada nos termos do Art. 202 do CTN, poderá 
gerar nulidade da CDA. No entanto, a CDA poderá 
ser substituída até a decisão de 1.ª instância, sendo 
devolvido o prazo para defesa ao sujeito passivo, 
conforme dispõe o art. 203 do CTN e Art. 2.º, § 8.º da 
Lei 6.830/80. Caso a substituição da CDA ocorra 
após a decisão em 1.ª instância, será reconhecida a 
nulidade de todo o processo. 
Segundo entendimento do Superior Tribunal de Jus-
tiça, (Súmula nº 392) a Certidão de Dívida Ativa 
(CDA) só poderá ser substituída até a prolação da 
sentença de embargos, quando se tratar de correção 
de erro material ou formal, vedada a modificação do 
sujeito passivo da execução. 
 
 
 
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Direito Tributário – Aula 09 
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Por fim, faz-se necessário notar que o art. 204 do 
CTN e o art. 3º da Lei 6.830/80 estabelecem a pre-
sunção de certeza e liquidez à dívida regulamente 
inscrita pela Fazenda Pública. Desse modo, pode-se 
perceber que a Fazenda Pública tem o privilégio de 
não precisar provar a certeza e a liquidez de seu cré-
dito, para poder executar o sujeito passivo. 
Além de o CTN tratar da Dívida Ativa, a Lei 6.830/80 
também estabelece sobre a cobrança judicial da Dí-
vida Ativa da Fazenda Pública, nos termos dos arts. 
1.º e 2.º da referida Lei. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) De acordo com o CTN, a moratória é um meio 
de se suspender a exigibilidade do crédito 
tributário. Neste sentido assinale a alternativa 
correta. 
 
I – O depósito somente suspende a exigibilidade do 
crédito tributário se for integral e em dinheiro. 
II – As reclamações e os recursos, nos termos das 
leis reguladoras do processo tributário 
administrativo, suspendem a exigibilidade do crédito 
tributário, desde que ouvido o Conselho de 
Contribuinte. 
III – A concessão de medida cautelar e de liminar 
em outras espécies de ação judicial também 
suspende a exigibilidade do crédito tributário. 
IV – A concessão de medida cautelar em mandado 
de segurança também suspende a exigibilidade do 
crédito tributário. 
 
A) V, F, F, F. 
B) V, V, F, F. 
C) F, F, V, V. 
D) V, V, F, V. 
E) F, F, V, F. 
 
2) São hipóteses de suspensão do crédito 
tributário: 
 
A) Moratória; o depósito do seu montante integral; as 
reclamações e os recursos, nos termos das leis 
reguladoras do processo tributário administrativo; a 
concessão de medida liminar em mandado de 
segurança; a concessão de medida liminar ou de 
tutela antecipada, em outras espécies de ação 
judicial e o parcelamento. 
B) O pagamento; a compensação; a transação; a 
remissão; a prescrição e a decadência. 
C) A dação em pagamento em bens imóveis, na 
forma e condições estabelecidas em lei; a moratória; 
o depósito do seu montante integral; as reclamações 
e os recursos, nos termos das leis reguladoras do 
processo tributário administrativo. 
D) A isenção; a concessão de medida liminar em 
mandado de segurança; a concessão de medida 
liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies 
de ação judicial e o parcelamento. 
E) A anistia; o pagamento; a compensação; a 
transação; a remissão; a prescrição e a decadência. 
 
 
3) Acerca da suspensão e extinção do crédito 
tributário, assinale a opção correta: 
 
A) Os recursos e reclamações decorrentes do 
lançamento administrativo do débito tributário não 
têm o efeito de suspender ou extinguir o crédito 
tributário. 
B) Parcelado regularmente o crédito tributário, não 
pode a fazenda pública propor execução fiscal, 
dada a consequente suspensão da exigibilidade do 
referido crédito. 
C) Se, em mandado de segurança, for concedida 
liminar para suspender a exigibilidade do crédito 
tributário, posteriormente cassada em julgamento 
de agravo de instrumento, continua suspensa a 
exigibilidade do crédito até julgamento definitivo do 
mérito, porque é a propositura da ação 
mandamental, e não a liminar, que legitima o 
instituto da suspensão. 
D) Concedidamoratória, estará extinto o crédito 
tributário. 
E) O depósito prévio do valor da exigência fiscal em 
ação declaratória de inexigibilidade do crédito 
tributário extingue a sua exigibilidade porque o valor 
será convertido em renda. 
 
4) Possuindo crédito tributário não pago e já 
inscrito em dívida ativa, um contribuinte 
necessita de certidão de regularidade fiscal. 
Neste caso, mesmo sem pagamento do débito é 
possível uma certidão positiva, mas com efeitos 
de negativa nas hipóteses de estar o crédito: 
 
A) Em curso cobrança executiva com efetiva 
penhora; com a exigibilidade suspensa. 
B) Não vencido; em curso de cobrança executiva 
devidamente embargada pelo executado. 
C) Sendo questionado em sede de mandado de 
segurança; não vencido. 
D) sendo questionado em sede de impugnação 
administrativa; em curso ação judicial para 
repetição do indébito. 
E) Em curso ação judicial para declaração de 
inexistência da obrigação tributária; não vencido. 
 
5) Considere as seguintes afirmações: 
 
 
 
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I. No Código Tributário Nacional há uma causa de 
extinção do crédito tributário que, 
cronologicamente, ocorre antes de sua própria 
constituição. 
II. O parcelamento, por ser forma de pagamento, é 
causa de extinção do crédito tributário. 
III. Isenção e remissão são cronologicamente 
anteriores ao nascimento do crédito tributário. 
IV. A lei que dispensa o pagamento de valor de 
multa decorrente de auto de infração configura 
anistia, causa de exclusão do crédito tributário já 
constituído, nos termos do disposto no Código 
Tributário Nacional. 
V. Na normatização brasileira, não há possibilidade 
de extinção do crédito tributário mediante a entrega ao 
Fisco de algo que não seja dinheiro. 
 
Está correto APENAS o que se afirma em: 
 
A) I e IV. 
B) IV e V. 
C) II, III e IV. 
D) II e IV. 
E) III e V. 
 
6) Quanto às garantias e privilégios do crédito tri-
butário, analise as assertivas abaixo: 
 
I –A totalidade dos bens e das rendas do sujeito pas-
sivo responde pelo pagamento do crédito tributário, 
inclusive os bens gravados por ônus real e declara-
dos, pela lei civil, relativa e absolutamente impenho-
ráveis. 
II –Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração 
de bens por sujeito passivo em débito para com a Fa-
zenda Pública, desde o momento em que o contribu-
inte é notificado do lançamento de ofício. 
III – O crédito tributário prefere a qualquer outro, res-
salvados apenas os decorrentes da legislação do tra-
balho ou do acidente do trabalho. 
IV – Na falência, o crédito tributário não prefere aos 
créditos hipotecários, se não for ultrapassado o valor 
do bem gravado. 
 
Após a análise, pode-se dizer que: 
A) Está correta apenas a assertiva I. 
B) Está correta apenas a assertiva II. 
C) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
D) Estão corretas apenas as assertivas III e IV. 
E) Todas as assertivas estão corretas. 
 
7) No processo da falência, as multas tributárias 
preferem aos créditos 
 
A) reais até o limite do bem gravado. 
B) extraconcursais. 
C) com privilégio geral. 
D) quirografários. 
E) subordinados. 
 
8) Assinale a alternativa correta a respeito das 
garantias e privilégios do crédito tributário: 
 
A) o rol das garantias do crédito tributário, previsto 
no CTN, é taxativo; 
B) todos os bens do sujeito passivo respondem pelo 
crédito tributário, mesmo os hipotecados ou 
penhorados, salvo se o ônus real for anterior à 
constituição do respectivo crédito; 
C) reputam-se extraconcursais os créditos 
tributários passíveis de concurso de preferências 
entre as pessoas jurídicas de direito público; 
D) em quaisquer hipóteses, o crédito tributário tem 
preferência em relação ao crédito com garantia real; 
E) o rol das garantias do crédito tributário, previsto 
no CTN, é exemplificativo. 
 
9) Determina o Código Tributário Nacional que, 
sem prejuízo dos privilégios especiais sobre 
determinados bens, que sejam previstos em lei, 
responde pelo pagamento do crédito tributário a 
totalidade dos bens e das rendas, de qualquer 
origem ou natureza, do sujeito passivo, seu 
espólio ou sua massa falida, inclusive os: 
 
A) gravados com cláusula de impenhorabilidade, 
dependendo da data da constituição da cláusula. 
B) gravados com cláusula de inalienabilidade ou 
impenhorabilidade, seja qual for a data da 
constituição da cláusula. 
C) bens ou rendas que a lei declare absolutamente 
impenhoráveis. 
D) gravados com ônus real, dependendo da data da 
constituição do ônus. 
E) gravados com cláusula de inalienabilidade, 
dependendo da data da constituição da cláusula. 
 
10) Estão submetidas a sigilo fiscal as informa-
ções relativas a: 
 
A) representações fiscais para fins penais. 
B) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. 
C) parcelamento ou moratória. 
D) bens, negócios ou atividades do contribuinte ou de 
terceiros. 
E) dados cadastrais do contribuinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1-A 
2-A 
3-B 
4-A 
5-A 
6-D 
7-E 
8-E 
9-B 
10-D

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