Princípios do Direito do Trabalho

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DIREITO DO TRABALHO I 
Aula 08 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DE DIREITO DO TRABALHO
O Direito do trabalho segue princípios gerais de toda a ciência do Direito como possui princípios específicos. 
Os princípios gerais seguidos pelo Direito do Trabalho são os seguintes:
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continuação
1º) Princípio da autonomia da vontade – a vontade dos contratantes será respeitada, mas no Direito do Trabalho pela posição de dependência do empregado em relação ao empregador haverá sempre a limitação da vontade das partes ao que determinar a norma e ao interesse público. Ex. art. 444 da CLT
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continuação
2º) Princípio da força obrigatória dos contratos (PACTA SUNT SERVANDA) - outro princípio que é seguido com limitações da legislação e jurisprudência. 
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continuação
3º) Princípio da Imprevisão dos contratos (cláusula REBUS SIC STANTIBUS) – Admite alteração ou até mesmo rompimento do contrato se algo externo à vontade das partes impedir o cumprimento do contrato na forma original. Ex. No direito do Trabalho – desapropriação do imóvel da empresa. 
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continuação
 4º) Princípio do EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS – Uma das partes não pode exigir o seu direito sem que tenha cumprido a sua parte no quanto foi contratado. Ex. O empregado não pode exigir férias se não trabalhou para o empregador por doze meses.
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Continuação 
5. Princípio do Direito adquirido – O Direito do Trabalho segue as regras gerais de Direito Civil no entanto, terá interpretação protetora do trabalhador nos casos em que se constatar abusos por parte do empregador. Ex. Dispensa imotivada de candidato a Diretor de Sindicato para evitar a estabilidade de emprego se ele for eleito. 
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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRABALHISTAS. 
Além de seguir os princípios constitucionais gerais de respeito à dignidade humana, liberdade de opinião e credo, dentre outros estipulados do artigo 1º ao 5º da CF, o Direito do Trabalho possui princípios constitucionais próprios nos artigos 7º a 9º da CF.
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continuação
Princípio que veda a dispensa arbitraria ou sem justa causa – art. 7º , I da CF.
Princípio da irredutibilidade salarial – art.7º, VI da CF. 
Princípio da proteção dos salários - art.7º, X da CF.
Princípio da proteção do mercado de trabalho às mulheres – art. 7º XX da CF
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Princípio do reconhecimento das convenções e acordos coletivos – art. 7º,XXVI da CF
Princípio da proteção em face da automação - art. 7º,XXVII da CF
Princípio da proteção do trabalhador portador de necessidades especiais – art. 7º XXXI da CF. 
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PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DE DIREITO DO TRABALHO 
Para Américo Pla Rodriguez o maior princípio que o Direito do Trabalho possui é o PRINCÍPIO PROTETOR DO TRABALHADOR. 
Este princípio se divide em três outros princípios:
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1º Princípio do IN DUBIO PRO OPERARIO – na dúvida a interpretação da norma ou da condição será favorável ao trabalhador. 
 
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2º Princípio da Prevalência da norma mais favorável ao trabalhador - existindo duas normas regulamentando a questão prepondera a mais favorável ao empregado.
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Continuação 
3º Princípio da condição mais benéfica ao trabalhador – se houver alteração de normas em que a posterior modifica ou exclui direito previsto pela anterior se tais transformações forem prejudiciais ao trabalhador a norma mais benéfica deverá prevalecer. (deve ser observado o direito adquirido e o limite do interesse público). 
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Continuação 
Existem outros princípios doutrinários relevantes, como, por exemplo, o PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE ( a realidade prepondera sobre o aspecto formal da relação de trabalho). 
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Ex. Cartão de ponto marca horário sem horas extras e o empregado fez horas extras. Provado os fatos concede-se o direito a horas extras mesmo se o empregado tenha assinado o referido cartão.
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Continuação 
Princípio da IRRENUNCIABILIDADE DOS DIREITOS TRABALHISTAS. 
Alguns direitos trabalhistas podem ser transacionados pelas partes. Ex. Empregado faz horas extras e troca tais horas por folgas extras. 
Mas a maioria dos direitos previstos em lei SÃO IRRENUNCIÁVEIS. 
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continuação
Por exemplo, o empregado não pode renunciar ao aviso prévio se foi dispensado sem justa causa, não pode renunciar o pagamento de salários se efetivamente prestou serviços, etc. 
Qualquer renuncia de tais direitos são nulas na forma do artigo 9º da CLT. 
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