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Lei 8666 93

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Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 .................................................................................................................................... 3
SUMÁRIO
Lei nº 8.666/1993
MP-MG
3
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8.
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LEI Nº 8.666/1993
Franklin Andrejanini
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
Regulamenta o art. 37, inciso 
XXI, da ConsƟ tuição Federal, ins-
Ɵ tui normas para licitações e con-
tratos da Administração Pública e 
dá outras providências.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Licitação é um procedimento administraƟ vo, ou seja, 
um conjunto de atos encadeados, buscando, entre outras, 
duas coisas: a seleção da melhor proposta entre aquelas 
apresentadas e o respeito da isonomia (igualdade) entre 
os parƟ cipantes. Podemos dizer que a isonomia é uma das 
maiores preocupações da Administração. Sem ela, toda com-
peƟ ção estaria desƟ nada a se tornar ilegal. Mas não é só isso: 
tudo estaria perdido se não houvesse aqui a preo cupação 
com o princípio básico do nosso ordenamento jurídico que 
é a Legalidade. Devido a sua observância, se faz necessário 
estabelecer regras objeƟ vas, claras, escritas e públicas sobre 
o certame (procedimento) e, assim, espera-se, como produto 
natural, um indivíduo que, passado pela fornalha da licitação, 
agora esteja pronto para celebrar um contrato administraƟ vo 
com a Administração Pública.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congres-
so Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Seção I
Dos Princípios
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações 
e contratos administraƟ vos perƟ nentes a obras, serviços, 
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O art. 1º e seu parágrafo único têm o objeƟ vo de defi nir 
o que é a Lei nº 8.666/1993.
Aqui podemos estabelecer alguns tópicos importantes:
Norma Geral: é a regra, o padrão. Todos os outros esta-
tutos dela derivados devem seguir seus princípios e, muitas 
vezes, grande parte de seus procedimentos. Ela foi feita para 
todas as enƟ dades federaƟ vas: União, Estados, Distrito Fe-
deral, Municípios e, quando exisƟ r, os Territórios, bem como 
suas Administrações Indiretas.
Competência LegislaƟ va: não é exclusiva da União. 
Os Estados, o DF e os Municípios também podem ter.
A Licitação: é o antecedente natural do contrato, ressal-
vadas as exceções constantes dos arts. 17, 24 e 25. Assim, 
todos os contratos administraƟ vos serão, necessariamente, 
precedidos de um procedimento licitatório. A licitação é 
uma compeƟ ção que funciona como meio de qualifi car um 
fornecedor de um produto e/ou serviço para a Administração 
contratante.
O Contrato: o resultado natural de uma licitação é o 
contrato administraƟ vo, chamado assim por ser regido em 
─┘─
regra pelo direito público, podendo, então, ser chamado de 
contrato público. Veremos mais detalhes no comentário do 
art. 54.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, 
além dos órgãos da administração direta, os fundos espe-
ciais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais en-
Ɵ dades controladas direta ou indiretamente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios1.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Poderíamos estabelecer, resumidamente, que toda a 
Administração Direta e Indireta das enƟ dades federaƟ vas 
estão subordinadas à obrigação de licitar. Lembremo-nos, 
então, de algumas defi nições:
Administração Direta – Pessoa Jurídica de direito público 
que inƟ tula uma enƟ dade federaƟ va, ou seja, cada uma das 
enƟ dades da Federação são Administrações Diretas, que são 
divididas em 3 poderes: ExecuƟ vo, LegislaƟ vo e Judiciário.
Administração Indireta – Nasce pela vontade e/ou ne-
cessidade de uma Administração Direta, que, para melhorar 
o desempenho de sua prestação à população, cria ou auto-
riza a criação de Pessoas Jurídicas Independentes que são 
fi scalizadas pela administração criadora. Hoje, dentro dos 3 
poderes, somente o Poder ExecuƟ vo tem a possibilidade de 
ter uma Administração Indireta.
Ligação entre elas – Vale ressaltar que não existe 
subordinação hierárquica entre Administração Direta e 
Administração Indireta. O que existe é um vínculo chamado 
de controle fi nalísƟ co que, muitas vezes, revela-se pela su-
pervisão ministerial.
Curiosidades da Emenda nº 19/1998 – Autoriza edição 
de um estatuto jurídico de licitações e contratos para as 
empresas públicas e as sociedades de economia que explo-
rem aƟ vidade econômica, devido à necessidade de mais 
fl exibilidade para que elas consigam concorrer com empresas 
privadas do mesmo setor. Uma década após essa previsão 
legal, o estatuto ainda não foi criado, ou seja, as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista ainda se subme-
tem à Lei nº 8.666/1993 para suas aquisições e alienações. 
Veja o texto da previsão:
Citando a ConsƟ tuição Federal de 1988
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Cons-
Ɵ tuição, a exploração direta de aƟ vidade econômica 
pelo Estado só será permiƟ da quando necessária aos 
imperaƟ vos da segurança nacional ou a relevante 
interesse coleƟ vo, conforme defi nidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem aƟ vidade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação 
de serviços, dispondo sobre:
III – licitação e contratação de obras, serviços, 
compras e alienações, observados os princípios da 
administração pública;
.............................................................................................
1 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/CEF/Engenharia/Nível Supe-
rior/2010/Questão 15/AsserƟ va A e FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal 
Regional do Acre/Técnico Judiciário/Área AdministraƟ va/2010/Questão 62.
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Observação importante: 
Em análise ao Mandado de Segurança (MS) nº 28.745, 
a ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF), 
deferiu pedido de liminar feito pela Petrobras contra decisão 
do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinou a 
aplicação da Lei nº 8.666/1993 – a Lei de Licitação – aos pro-
cedimentos licitatórios da autora. Com a decisão da ministra, 
a determinação do TCU fi cará suspensa, até julgamento do 
mérito, e a estatal conƟ nuará a adotar regime diferenciado 
para realizar licitações. 
Processos relacionados<hƩ p://www.sƞ .jus.br/portal/
processo/verProcessoAndamento.asp?numero=28745 &clas
se=MS&origem=AP&recurso=0&Ɵ poJulgamento=M> MS nº 
28.745. Em suma enquanto perdurar essa liminar a Petrobras 
não está obrigada a licitar pela Lei nº 8.666 de 1993, poderá 
adotar regime diferenciado. 
Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, 
compras, alienações, concessões, permissões e locações da 
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, 
serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas 
as hipóteses previstas nesta Lei.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O art. 2º estabelece o objeto da licitação.
Foi para adquirir esses objetos da melhor forma possível 
que ela foi elaborada. Então é muito importante você ter 
conhecimento, mesmo que básico, de cada um desses itens. 
Alguns deles se encontram na própria lei, em seu art. 6º. No 
arƟ go 2º, a lei deixa claro que a regra é a licitação, mesmo 
que, ao estudar suas exceções, você fi que surpreso com a 
quanƟ dade de possibilidades de não fazê-la.
Parágrafo único. Para os fi ns desta Lei, considera-se 
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou enƟ dades 
da AdministraçãoPública e parƟ culares, em que haja um 
acordo de vontades para a formação de vínculo e a esƟ pu-
lação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação 
uƟ lizada2.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O que busca uma licitação?
Uma licitação busca em primeiro lugar manter a isono-
mia do procedimento não estabelecendo critério injustos ou 
desnecessário. Após essa conquista o poder público busca a 
proposta mais vantajosa que não necessariamente signifi ca 
dizer que se busca a proposta mais barata. Muitas vezes a 
vantagem é algo um pouco mais caro, mas sua aquisição se 
mostra muito mas muito mais vantajosa para a administra-
ção. E por úlƟ mo a alteração do ano passado a busca por um 
desenvolvimento nacional sustentável, preocupação com o 
meio ambiente e também um mudança de paradigma que 
defendi em minha monografi a na faculdade, que a licitação 
não é só um instrumento de compra mas sim um instrumento 
de desenvolvimento e de invesƟ mento no mercado interno 
sem necessidade de uma políƟ ca protecionista. Sustentabi-
lidade é a base do raciocínio.”
Art. 3º A licitação desƟ na-se a garanƟ r a observância 
do princípio consƟ tucional da isonomia, a seleção da pro-
posta mais vantajosa para a administração e a promoção 
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada 
e julgada em estrita conformidade com os princípios bási-
cos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da 
igualdade, da publicidade, da probidade administraƟ va, 
2 Cespe/Banco da Amazônia/Técnico Cienơ fi co-Administração/2009/Questão 118.
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da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objeƟ vo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela 
Lei nº 12.349, de 2010)
A ơ tulo de exemplo: Uma fundação pública estadual 
celebrou contrato com a empresa XYZ, tendo por objeto 
a prestação de serviços de vigilância pelo prazo de doze 
meses. A contratação não foi precedida de licitação, tendo 
a autoridade administraƟ va fundamentado a contratação 
direta no fato de que a contratada teria oferecido proposta 
altamente vantajosa para a fundação, que deveria arcar 
tão somente com os custos da mão de obra. A postura da 
fundação pública, nessa hipótese, afi gura-se incorreta, 
porque a exigência de prévia licitação nas contratações 
administraƟ vas tem por objeƟ vo não apenas selecionar 
a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, 
mas também oferecer a todos os administrados tratamento 
isonômico.3
§ 1º É vedado aos agentes públicos:
I – admiƟ r, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convo-
cação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam 
ou frustrem o seu caráter compeƟ Ɵ vo, inclusive nos casos 
de sociedades cooperaƟ vas, e estabeleçam preferências ou 
disƟ nções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio 
dos licitantes ou de qualquer outra circunstância imperƟ -
nente ou irrelevante para o específi co objeto do contrato, 
ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste arƟ go e no art. 3º 
da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada 
pela Lei nº 12.349, de 2010)
II – estabelecer tratamento diferenciado de natureza co-
mercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, 
entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se 
refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo 
quando envolvidos fi nanciamentos de agências internacio-
nais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3º 
da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991.
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de de-
sempate, será assegurada preferência, sucessivamente, 
aos bens e serviços:
I – (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010)
II – produzidos no País; 
III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam 
em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. 
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e aces-
síveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto 
ao conteúdo das propostas, até a respecƟ va abertura.
§ 4º (Vetado) (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5º Nos processos de licitação previstos no caput, poderá 
ser estabelecido margem de preferência para produtos ma-
nufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas 
técnicas brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será 
estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, 
em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em con-
sideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
I – geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei 
nº 12.349, de 2010)
II – efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais 
e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
III – desenvolvimento e inovação tecnológica realizados 
no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
IV – custo adicional dos produtos e serviços; (Incluído 
pela Lei nº 12.349, de 2010)
3 Cesgranrio/Bacen/Analista/2010/Questão 22.
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V – em suas revisões, análise retrospecƟ va de resultados. 
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacio-
nais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica 
realizados no País, poderá ser estabelecido margem de 
preferência adicional àquela prevista no § 5º. (Incluído pela 
Lei nº 12.349, de 2010)
§ 8º As margens de preferência por produto, serviço, 
grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os 
§§ 5º e 7º, serão defi nidas pelo Poder ExecuƟ vo federal, não 
podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte 
e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados 
e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 9º As disposições conƟ das nos §§ 5º e 7º deste arƟ go 
não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de 
produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela 
Lei nº 12.349, de 2010)
I – à quanƟ dade a ser adquirida ou contratada; (Incluído 
pela Lei nº 12.349, de 2010)
II – ao quanƟ taƟ vo fi xado com fundamento no § 7º 
do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei 
nº 12.349, de 2010)
§ 10. A margem de preferência a que se refere o § 5º 
poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e 
serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum 
do Sul – Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, 
serviços e obras poderão, mediante prévia jusƟ fi caƟ va da 
autoridade competente, exigir que o contratado promova, 
em favor de órgão ou enƟ dade integrante da administração 
pública ou daqueles por ela indicados a parƟ r de processo 
isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, 
tecnológica ou acesso a condições vantajosas de fi nancia-
mento, cumulaƟ vamente ou não, na forma estabelecida pelo 
Poder ExecuƟ vo federal. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 12. Nas contratações desƟ nadas à implantação, manu-
tenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de 
informação e comunicação, considerados estratégicos em 
ato do Poder ExecuƟ vo federal, a licitação poderá ser restri-
ta a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e 
produzidos de acordo com o processo produƟ vo básico de 
que trata a Lei nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído 
pela Lei nº 12.349, de 2010)
§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício fi nan-
ceiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do 
disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste arƟ go, com indicação 
do volume de recursos desƟ nados a cada uma delas. (Incluído 
pela Lei nº 12.349, de 2010)
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
PRINCÍPIOS EXPRESSOS, POSITIVADOS OU ESCRITOS:
Legalidade – Estrito ao que a lei expressamente autoriza.
Impessoalidade– É a não promoção pessoal do agente, 
é fazer com que suas ações busquem sempre o bem-estar 
coleƟ vo por meio de um tratamento igualitário para todos 
os administrados. Pelo princípio da impessoalidade, todos 
os licitantes devem ser tratados igualmente.4
Moralidade – As regras estabelecidas pela lei sobre o 
que é honesto, justo e correto. Ser moral é aplicar todos 
os princípios aqui elencados e não somente aqueles mais 
convenientes. O princípio da moralidade exige que o admi-
nistrador se paute por conceitos éƟ cos.5
4 Funcab/Prodam-AM/Analista AdministraƟ vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
AsserƟ va B.
5 Funcab/Prodam-AM/Analista AdministraƟ vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
AsserƟ va C.
Publicidade – Para a evidente prestação de contas, ser 
público é a regra. Mesmo que haja exceções, devemos enten-
der que não é um confl ito, e sim o atendimento genuíno da 
supremacia do interesse público. O princípio da publicidade 
informa que a licitação deve ser amplamente divulgada, de 
forma a possibilitar o conhecimento de suas regras a um 
maior número de pessoas.6
Igualdade7 – Impede discriminações infundadas ou sem 
nexo. ConsƟ tui um dos alicerces da licitação, na medida em 
que assegura a igualdade de direitos a todos os interessados 
em contratar.8 É o princípio mais importante, pois sem ele 
não há vantagem.
Probidade AdministraƟ va9 – HonesƟ dade em todas as 
fases da licitação. Possui relação ínƟ ma com a moralidade e é 
citada pela maioria dos autores apenas como uma face dela.
DÊ ATENÇÃO ESPECIAL A ESTES DOIS:
Vinculação ao Instrumento Convocatório – Instrumento 
convocatório é o gênero do qual o edital e a carta-convite são 
espécies. Ele faz uma lei interna e vinculante entre a Admi-
nistração e os parƟ cipantes da licitação. No mesmo senƟ do, 
a regra prevista na Lei de Licitações (Lei nº 8.666/1993) 
segundo a qual a Administração não pode descumprir as 
normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente 
vinculada, traduz o princípio da vinculação ao instrumento 
convocatório.10
Julgamento Objetivo11 – Todo o julgamento deve 
apoiar-se em fatos concretos exigidos pela Administração; 
em documentos expressos, como o edital ou a carta-convite; 
no projeto básico; no projeto executivo; na minuta do 
contrato etc. Não se pode deixar margem para que nasça 
discricionariedade para o executante.
Assim, o dever que tem a Comissão de licitação ou o res-
ponsável pelo convite de realizá-lo em conformidade com os 
Ɵ pos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no 
ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente 
nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos 
licitantes e pelos órgãos de controle, traduz o princípio do 
julgamento objeƟ vo.12
DOS QUE LHE SÃO CORRELATOS:
Bom, ao fazer alusão “aos que lhe são correlatos”, a lei 
abre uma gama de princípios ligados ao procedimento lici-
tatório. Mas como nosso objeƟ vo é reduzir e não aumentar, 
estabeleceremos alguns deles: aqueles que já vimos em 
provas passadas e que são citados pela doutrina majoritária.
Adjudicação Obrigatória ao Vencedor – Impedir que a 
Administração atribua o objeto da licitação a outro que não 
o vencedor13. É muito importante frisar que isso não gera 
direito adquirido ao vencedor de ter o seu contrato cele-
brado. É somente uma expectaƟ va de direito, pois mesmo 
após a adjudicação a Administração pode não celebrar o 
contrato14. A adjudicação é obrigatória, a celebração não.
6 Funcab/Prodam-AM/Analista AdministraƟ vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
AsserƟ va D.
7 Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – AdministraƟ -
va/2010/Questão 30.
8 Funcab/Prodam-AM/Analista AdministraƟ vo/Nível Superior/2010/Questão 27/
AsserƟ va A.
9 Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – AdministraƟ -
va/2010/Questão 30.
10 FCC/TRE-AL/Técnico Judiciário – AdministraƟ va/2010/Questão 42.
11 Assunto cobrado na prova da FCC/TRE-AL/Analista Judiciário – AdministraƟ -
va/2010/Questão 30.
12 FCC/TRE-AM/Analista Judiciário – Área AdministraƟ va/2010/Questão 34.
13 Assunto cobrado na prova da FCC/Assembleia LegislaƟ va-SP/Agente Técnico 
LegislaƟ vo-Direito/2010/Questão 56.
14 Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional 
do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010/Questão 62.
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Sigilo das Propostas – Impedir que um licitante conheça 
o preço (ou trabalho) do outro, por moƟ vos evidentes. Não 
pode ser considerado uma afronta ao princípio da Publici-
dade, visto que é o próprio interesse público que estabelece 
que, em uma relação de isonômica compeƟ ção, o segredo 
até a fase de classifi cação e julgamento é essencial. Evidente-
mente depois de abertos os envelopes todas as informações 
são públicas.
Fiscalização da Licitação – Sabemos da possibilidade da 
fi scalização dos Tribunais de Contas, do Ministério Público e 
dos controles internos, mas o que devemos prestar atenção 
aqui é a possibilidade do controle popular por meio da auto-
rização ao cidadão de assisƟ r e intervir nas previsões legais.
Procedimento Formal – Impõe à Administração a vincu-
lação da licitação às prescrições legais em todos seus atos e 
fases, mas devemos entender que o procedimento serve para 
dar efi ciência, melhorar e não criar um monte de regras des-
cabidas e desnecessárias, um mero formalismo, o que muitas 
vezes acaba comprometendo a escolha de uma boa proposta.
Art. 4º Todos quantos parƟ cipem de licitação promovi-
da pelos órgãos ou enƟ dades a que se refere o art. 1º têm 
direito público subjeƟ vo à fi el observância do perƟ nente 
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer 
cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que 
não interfi ra de modo a perturbar ou impedir a realização 
dos trabalhos15.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Explicação dada no comentário anterior.
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nes-
ta lei caracteriza ato administraƟ vo formal, seja ele praƟ cado 
em qualquer esfera da Administração Pública.
Art. 5º Todos os valores, preços e custos uƟ lizados nas 
licitações terão como expressão monetária a moeda corrente 
nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, devendo 
cada unidade da Administração, no pagamento das obriga-
ções relaƟ vas ao fornecimento de bens, locações, realização 
de obras e prestação de serviços, obedecer, para cada fonte 
diferenciada de recursos, a estrita ordem cronológica das da-
tas de suas exigibilidades, salvo quando presentes relevantes 
razões de interesse público e mediante prévia jusƟ fi caƟ va da 
autoridade competente, devidamente publicada.
§ 1º Os créditos a que se refere este arƟ go terão seus 
valores corrigidos por critérios previstos no ato convocatório 
e que lhes preservem o valor.
§ 2º A correção de que trata o parágrafo anterior cujo 
pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta 
das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos 
créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883, 
de 1994)
§ 3º Observados o disposto no caput, os pagamentos de-
correntes de despesas cujos valores não ultrapassem o limite 
de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do que dispõe 
seu parágrafo único, deverão ser efetuados no prazo de até 
5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação da fatura.
15 Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional 
do Acre/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2010/Questão 62.
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Seção II
Das Defi nições
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Costumo dizer em minhas aulas: conceitos, princípios, 
proibições e exceções são as primeiras coisas que deve-
mos estudar em uma lei. Se um elaborador tem dúvidas 
sobre o que perguntar, o caminho mais seguro é explorar 
esses pontos.Há uma possibilidade muito pequena de 
interposição de recursos contra coisas tão básicas. Mas 
lembre-se de que fazer uma boa questão é relaƟ vamente 
fácil, diİ cil é estar pronto para respondê-la.
Art. 6º Para os fi ns desta Lei, considera-se:
I – Obra – toda construção, reforma, fabricação, recupera-
ção ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
II – Serviço – toda aƟ vidade desƟ nada a obter determi-
nada uƟ lidade de interesse para a Administração, tais como: 
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, con-
servação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, 
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
-profi ssionais;
III – Compra – toda aquisição remunerada de bens para 
fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
IV – Alienação – toda transferência de domínio de bens 
a terceiros;
V – Obras, serviços e compras de grande vulto – aquelas 
cujo valor esƟ mado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes 
o limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23 
desta Lei;
VI – Seguro-Garantia – o seguro que garante o fiel 
cumprimento das obrigações assumidas por empresas em 
licitações e contratos;
VII – Execução direta – a que é feita pelos órgãos e enƟ -
dades da Administração, pelos próprios meios;
VIII – Execução indireta – a que o órgão ou enƟ dade 
contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: 
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
a) empreitada por preço global – quando se contrata 
a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
b) empreitada por preço unitário – quando se contrata a 
execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades 
determinadas;
c) (Vetado) (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
d) tarefa – quando se ajusta mão de obra para pequenos 
trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de 
materiais;
e) empreitada integral – quando se contrata um empre-
endimento em sua integralidade, compreendendo todas as 
etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob 
inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega 
ao contratante em condições de entrada em operação, 
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua uƟ lização 
em condições de segurança estrutural e operacional e com 
as caracterísƟ cas adequadas às fi nalidades para que foi 
contratada;
IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários 
e sufi cientes, com nível de precisão adequado, para carac-
terizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços 
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos 
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade 
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do 
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empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da 
obra e a defi nição dos métodos e do prazo de execução, 
devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a 
fornecer visão global da obra e idenƟ fi car todos os seus 
elementos consƟ tuƟ vos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, sufi ciente-
mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de 
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração 
do projeto execuƟ vo e de realização das obras e montagem;
c) idenƟ fi cação dos Ɵ pos de serviços a executar e de 
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como 
suas especifi cações que assegurem os melhores resultados 
para o empreendimento, sem frustrar o caráter compeƟ Ɵ vo 
para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução 
de métodos construƟ vos, instalações provisórias e condições 
organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter compeƟ -
Ɵ vo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e ges-
tão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia 
de suprimentos, as normas de fi scalização e outros dados 
necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fun-
damentado em quanƟ taƟ vos de serviços e fornecimentos 
propriamente avaliados;
X – Projeto ExecuƟ vo – o conjunto dos elementos ne-
cessários e sufi cientes à execução completa da obra, de 
acordo com as normas perƟ nentes da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas – ABNT;
XI – Administração Pública – a administração direta e 
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, abrangendo inclusive as enƟ dades com perso-
nalidade jurídica de direito privado sob controle do poder 
público e das fundações por ele insƟ tuídas ou manƟ das;
XII – Administração – órgão, enƟ dade ou unidade ad-
ministraƟ va pela qual a Administração Pública opera e atua 
concretamente;
XIII – Imprensa Ofi cial – veículo ofi cial de divulgação da 
Administração Pública, sendo para a União o Diário Ofi cial da 
União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
o que for defi nido nas respecƟ vas leis; (Redação dada pela 
Lei nº 8.883, de 1994)
XIV – Contratante – é o órgão ou enƟ dade signatária do 
instrumento contratual;
XV – Contratado – a pessoa İ sica ou jurídica signatária 
de contrato com a Administração Pública;
XVI – Comissão – comissão, permanente ou especial, 
criada pela Administração com a função de receber, examinar 
e julgar todos os documentos e procedimentos relaƟ vos às 
licitações e ao cadastramento de licitantes.
XVII – produtos manufaturados nacionais – produtos 
manufaturados, produzidos no território nacional de acordo 
com o processo produƟ vo básico ou com as regras de origem 
estabelecidas pelo Poder ExecuƟ vo federal; (Incluído pela Lei 
nº 12.349, de 2010)
XVIII – serviços nacionais – serviços prestados no País, 
nas condições estabelecidas pelo Poder ExecuƟ vo federal; 
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
XIX – sistemas de tecnologia de informação e comu-
nicação estratégicos – bens e serviços de tecnologia da 
informação e comunicação cuja desconƟ nuidade provoque 
dano signifi caƟ vo à administração pública e que envolvam 
pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às in-
formações críƟ cas: disponibilidade, confi abilidade, segurança 
e confi dencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
Seção III
Das Obras e Serviços
Art. 7º As licitações para a execução de obras e para a 
prestação de serviços obedecerão ao disposto neste arƟ go 
e, em parƟ cular, à seguinte sequência:
I – projeto básico;
II – projeto execuƟ vo;
III – execução das obras e serviços.
§ 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente 
precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade com-
petente, dos trabalhos relaƟ vos às etapas anteriores, à ex-
ceção do projeto execuƟ vo, o qual poderá ser desenvolvido 
concomitantemente com a execução das obras e serviços, 
desde que também autorizado pela Administração.
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados 
quando:
I – houver projeto básico aprovado pela autoridade 
competente e disponível para exame dos interessados em 
parƟ cipar do processo licitatório;
II – exisƟ r orçamento detalhado em planilhas que ex-
pressem a composição de todos os seus custos unitários;
III – houver previsão de recursos orçamentários que as-
segurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras 
ou serviços a serem executadas no exercício fi nanceiro em 
curso, de acordo com o respecƟ vo cronograma;
IV – o produto dela esperado esƟ ver contemplado nas 
metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o 
art. 165 da ConsƟ tuição Federal, quando for o caso.
§ 3º É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção 
de recursos fi nanceiros para sua execução, qualquer que 
seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos 
executados e explorados sob o regime de concessão, nos 
termos da legislação específi ca16.
§ 4º É vedada,ainda, a inclusão, no objeto da licitação, 
de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de 
quanƟ dades ou cujos quanƟ taƟ vos não correspondam às 
previsões reais do projeto básico ou execuƟ vo.
§ 5º É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua 
bens e serviços sem similaridade ou de marcas, caracterís-
Ɵ cas e especifi cações exclusivas, salvo nos casos em que 
for tecnicamente jusƟ fi cável, ou ainda quando o forneci-
mento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de 
administração contratada, previsto e discriminado no ato 
convocatório.
§ 6º A infringência do disposto neste arƟ go implica a nu-
lidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade 
de quem lhes tenha dado causa.
§ 7º Não será ainda computado como valor da obra ou 
serviço, para fi ns de julgamento das propostas de preços, 
a atualização monetária das obrigações de pagamento, desde 
a data fi nal de cada período de aferição até a do respecƟ vo 
pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios esta-
belecidos obrigatoriamente no ato convocatório.
§ 8º Qualquer cidadão poderá requerer à Administração 
Pública os quanƟ taƟ vos das obras e preços unitários de 
determinada obra executada.17
§ 9º O disposto neste arƟ go aplica-se também, no que 
couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade de licitação.
16 Assunto cobrado na prova do Cespe/CEF/Engenharia/Nível Superior/2010/
Questão 15/AsserƟ va B.
17 Cespe/Secont-ES/Auditor/2009/Questão 42.
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Art. 8º A execução das obras e dos serviços deve pro-
gramar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus custos 
atual e fi nal e considerados os prazos de sua execução.
Parágrafo único. É proibido o retardamento imoƟ vado 
da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se 
existente previsão orçamentária para sua execução total, 
salvo insufi ciência fi nanceira ou comprovado moƟ vo de 
ordem técnica, jusƟ fi cados em despacho circunstanciado 
da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação 
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 9º Não poderá parƟ cipar, direta ou indiretamente, 
da licitação ou da execução de obra ou serviço e do forne-
cimento de bens a eles necessários18:
I – o autor do projeto, básico ou execuƟ vo, pessoa İ sica 
ou jurídica;
II – empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável 
pela elaboração do projeto básico ou execuƟ vo ou da qual o 
autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista ou deten-
tor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a 
voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
III – servidor ou dirigente de órgão ou enƟ dade contra-
tante ou responsável pela licitação.
§ 1º É permiƟ da a parƟ cipação do autor do projeto ou da 
empresa a que se refere o inciso II deste arƟ go, na licitação de 
obra ou serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, 
nas funções de fi scalização, supervisão ou gerenciamento, 
exclusivamente a serviço da Administração interessada.
§ 2º O disposto neste arƟ go não impede a licitação ou 
contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de 
projeto execuƟ vo como encargo do contratado ou pelo preço 
previamente fi xado pela Administração.
§ 3º Considera-se parƟ cipação indireta, para fi ns do 
disposto neste arƟ go, a existência de qualquer vínculo de 
natureza técnica, comercial, econômica, fi nanceira ou tra-
balhista entre o autor do projeto, pessoa İ sica ou jurídica, 
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e 
obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a 
estes necessários.
§ 4º O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos mem-
bros da comissão de licitação.
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas 
seguintes formas:
I – execução direta; (pela própria Administração)
II – execução indireta, nos seguintes regimes:
a) empreitada por preço global;
b) empreitada por preço unitário;
c) (Vetado)
d) tarefa;
e) empreitada integral.
Parágrafo único. (Vetado)
Art. 11. As obras e serviços desƟ nados aos mesmos 
fi ns terão projetos padronizados por Ɵ pos, categorias ou 
classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às 
condições peculiares do local ou às exigências específi cas 
do empreendimento.
Art. 12. Nos projetos básicos e projetos execuƟ vos de 
obras e serviços serão considerados principalmente os se-
guintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I – segurança;
II – funcionalidade e adequação ao interesse público;
III – economia na execução, conservação e operação;
IV – possibilidade de emprego de mão de obra, mate-
riais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para 
execução, conservação e operação;
18 Assunto cobrado na prova do Cespe/Seplag-DF/Assistente de Educação - Apoio 
AdministraƟ vo/2009/Questão 67.
V – facilidade na execução, conservação e operação, sem 
prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;
VI – adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança 
do trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº 8.883, 
de 1994)
VII – impacto ambiental.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O item VII é de bastante relevância, diante da grande 
preocupação socioambiental que a população mundial está 
vivendo, mas ainda não vi ser cobrado em uma prova.
Seção IV
Dos Serviços Técnicos Profi ssionais Especializados
Art. 13. Para os fi ns desta Lei, consideram-se serviços 
técnicos profi ssionais especializados os trabalhos relaƟ vos a:
I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos 
ou execuƟ vos;
II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias 
fi nanceiras ou tributárias;
IV – fi scalização, supervisão ou gerenciamento de obras 
ou serviços;
V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou admi-
nistraƟ vas;
VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII – restauração de obras de arte e bens de valor histó-
rico. (Restauração e não compra)
VIII – (Vetado)
§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, 
os contratos para a prestação de serviços técnicos profi ssio-
nais especializados deverão, preferencialmente, ser cele-
brados mediante a realização de concurso, com esƟ pulação 
prévia de prêmio ou remuneração.
§ 2º Aos serviços técnicos previstos neste arƟ go aplica-se, 
no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.
§ 3º A empresa de prestação de serviços técnicos espe-
cializados que apresente relação de integrantes de seu corpo 
técnico em procedimento licitatório ou como elemento de 
jusƟ fi cação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, fi cará 
obrigada a garanƟ r que os referidos integrantes realizem 
pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O art. 13 deve ser lido algumas vezes, pois você precisa 
saber o que é um trabalho técnico, uma vez que esse Ɵ po 
de trabalho é citado em várias partes da lei, principalmente 
no art. 25, quando se fala das hipóteses exemplifi caƟ vas da 
inexigibilidade.
Seção V
Das Compras
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada 
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos or-
çamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade 
do ato e responsabilidade de quem lhe Ɵ ver dado causa19.
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: 
(Regulamento)
I – atender ao princípio da padronização, que imponha 
compaƟ bilidade de especifi cações técnicas e de desem-
penho, observadas, quando for o caso, as condições de 
manutenção, assistência técnica e garanƟ a oferecidas20;
19 Movens/Ministério da Cultura/Agente AdministraƟ vo/2010/Questão 29/Item V.
20 Assunto cobrado na prova do Cespe/TCE-RN/Assessor Técnico Jurídico/2009/
Questão 84.
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93II – ser processadas através de sistema de registro de 
preços;
III – submeter-se às condições de aquisição e pagamento 
semelhantes às do setor privado;
IV – ser subdivididas em tantas parcelas quantas neces-
sárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando 
economicidade;
V – balizar-se pelos preços praƟ cados no âmbito dos 
órgãos e enƟ dades da Administração Pública.
§ 1º O registro de preços será precedido de ampla pes-
quisa de mercado21.
§ 2º Os preços registrados serão publicados trimestral-
mente para orientação da Administração, na imprensa ofi cial.
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado 
por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observa-
das as seguintes condições:
I – seleção feita mediante concorrência;
II – esƟ pulação prévia do sistema de controle e atua-
lização dos preços registrados;
III – validade do registro não superior a um ano.
§ 4º A existência de preços registrados não obriga a 
Administração a fi rmar as contratações que deles poderão 
advir, fi cando-lhe facultada a uƟ lização de outros meios, 
respeitada a legislação relaƟ va às licitações, sendo assegu-
rado ao benefi ciário do registro preferência em igualdade 
de condições22.
§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de 
preços, quando possível, deverá ser informaƟ zado.
§ 6º Qualquer cidadão é parte legíƟ ma para impugnar 
preço constante do quadro geral em razão de incompaƟ bili-
dade desse com o preço vigente no mercado.
§ 7º Nas compras deverão ser observadas, ainda:
I – a especifi cação completa do bem a ser adquirido sem 
indicação de marca;
II – a defi nição das unidades e das quanƟ dades a serem 
adquiridas em função do consumo e uƟ lização prováveis, 
cuja esƟ maƟ va será obƟ da, sempre que possível, mediante 
adequadas técnicas quanƟ taƟ vas de esƟ mação;
III – as condições de guarda e armazenamento que não 
permitam a deterioração do material.
§ 8º O recebimento de material de valor superior ao 
limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de 
convite, deverá ser confi ado a uma comissão de, no mínimo, 
3 (três) membros.
Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em órgão 
de divulgação ofi cial ou em quadro de avisos de amplo acesso 
público, à relação de todas as compras feitas pela Adminis-
tração Direta ou Indireta, de maneira a clarifi car a idenƟ fi -
cação do bem comprado, seu preço unitário, a quanƟ dade 
adquirida, o nome do vendedor e o valor total da operação, 
podendo ser agluƟ nadas por itens as compras feitas com 
dispensa e inexigibilidade de licitação. (Redação dada pela 
Lei nº 8.883, de 1994)
Parágrafo único. O disposto neste arƟ go não se aplica 
aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do 
art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Seção VI
Das Alienações
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, 
subordinada à existência de interesse público devidamente 
jusƟ fi cado, será precedida de avaliação e obedecerá às 
seguintes normas:
21 Assunto cobrado na prova da FCC/Fundação Carlos Chagas/Tribunal Eleitoral 
do Rio Grande do Sul/Técnico Judiciário/Área AdministraƟ va/2010/Questão 52.
22 FCC-Fundação Carlos Chagas/Procuradoria Geral do Estado do Amazonas/
Procurador do Estado de 3ª Classe/2010/Questão 22.
I – quando imóveis, dependerá de autorização legis-
laƟ va para órgãos da administração direta e enƟ dades 
autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as 
enƟ dades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e 
de licitação na modalidade de concorrência, dispensada 
esta nos seguintes casos:
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
A venda de bens imóveis públicos obrigatoriamente será 
antecedida por uma autorização legislaƟ va23, entre outros 
requisitos. Abaixo temos as exceções a essa regra.
a) dação em pagamento24;
b) doação, permiƟ da exclusivamente para outro órgão 
ou enƟ dade da administração pública, de qualquer esfera de 
governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i (Redação 
dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos 
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
d) invesƟ dura;
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Estude a defi nição a seguir com atenção.
e) venda a outro órgão ou enƟ dade da administração 
pública, de qualquer esfera de governo;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis residenciais construídos, desƟ nados ou efeƟ vamen-
te uƟ lizados no âmbito de programas habitacionais ou de 
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos 
por órgãos ou enƟ dades da administração pública25;
g) procedimentos de legiƟ mação de posse de que trata o 
art. 29 da Lei nº 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante 
iniciaƟ va e deliberação dos órgãos da Administração Pública 
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído 
pela Lei nº 11.196, de 2005)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão 
de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens 
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 
250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseri-
dos no âmbito de programas de regularização fundiária de 
interesse social desenvolvidos por órgãos ou enƟ dades da 
administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita 
ou onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia 
Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) 
módulos fi scais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), 
para fi ns de regularização fundiária, atendidos os requisitos 
legais26; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009) 
II – quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de 
licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permiƟ da exclusivamente para fi ns e uso 
de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e 
conveniência socioeconômica, relaƟ vamente à escolha de 
outra forma de alienação;
b) permuta, permiƟ da exclusivamente entre órgãos ou 
enƟ dades da Administração Pública;
23 Assunto cobrado na prova da Funcab/Polícia Militar-GO/Cadete/Nível Supe-
rior/2010/Questão 37/AsserƟ va D.
24 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/Seplag-DF/Assistente de Educa-
ção - Apoio AdministraƟ vo/2009/Questão 66 e e Esaf/Susep/Analista Técnico 
da Susep/Nível Superior/2010/Questão 7.
25 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário 
- Análise de Sistemas/2009/Questão 29 e Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário – 
Médico/2009/Questão 29.
26 FCC-Fundação Carlos Chagas/Procuradoria Geral do Estado do Amazonas/
Procurador do Estado de 3ª Classe/2010/Questão 21.
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c) venda de ações, que poderão ser negociadas em 
bolsa, observada a legislação específi ca27;
d) venda de ơ tulos, na forma da legislação perƟ nente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por 
órgãos ou enƟ dades da Administração Pública, em virtude 
de suas fi nalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros ór-
gãos ou enƟ dades da Administração Pública, sem uƟ lização 
previsível por quem deles dispõe.
§ 1º Os imóveis doados com base na alínea b do inciso 
I deste arƟ go, cessadas as razões que jusƟ fi caram a sua do-
ação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica doadora, 
vedada a sua alienação pelo benefi ciário.
§ 2º A Administração também poderá conceder ơ tulo de 
propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada 
licitação, quando o uso desƟ nar-se:
I – a outro órgão ou enƟ dade da Administração Pública, 
qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela Lei 
nº 11.196, de 2005)
II – a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento 
ou ato normaƟ vo do órgão competente,haja implementado 
os requisitos mínimos de cultura, ocupação mansa e pacífi ca 
e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia 
Legal, superior a 1 (um) módulo fi scal e limitada a 15 (quin-
ze) módulos fi scais, desde que não exceda 1.500ha (mil e 
quinhentos hectares); (Redação dada pela Lei nº 11.952, 
de 2009)
§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2º fi cam dispensadas 
de autorização legislaƟ va, porém submetem-se aos seguin-
tes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº 11.952, 
de 2009)
I – aplicação exclusivamente às áreas em que a deten-
ção por parƟ cular seja comprovadamente anterior a 1º de 
dezembro de 2004;
II – submissão aos demais requisitos e impedimentos do 
regime legal e administraƟ vo da desƟ nação e da regulariza-
ção fundiária de terras públicas;
III – vedação de concessões para hipóteses de exploração 
não contempladas na lei agrária, nas leis de desƟ nação de 
terras públicas, ou nas normas legais ou administraƟ vas de 
zoneamento ecológico-econômico; e
IV – previsão de rescisão automáƟ ca da concessão, dis-
pensada noƟ fi cação, em caso de declaração de uƟ lidade, ou 
necessidade pública ou interesse social.
§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste arƟ go:
I – só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito 
a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração 
mediante aƟ vidades agropecuárias;
II – fi ca limitada a áreas de até quinze módulos fi scais, 
vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse 
limite; e
III – pode ser cumulada com o quanƟ taƟ vo de área de-
corrente da fi gura prevista na alínea g do inciso I do caput 
deste arƟ go, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
§ 3º Entende-se por invesƟ dura, para os fi ns desta lei:
I – a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de 
área remanescente ou resultante de obra pública, área esta 
que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca 
inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 
50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea a 
do inciso II do art. 23 desta lei;
II – a alienação, aos legíƟ mos possuidores diretos ou, 
na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fi ns re-
sidenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas 
27 FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/
Questão 52.
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase 
de operação dessas unidades e não integrem a categoria 
de bens reversíveis ao fi nal da concessão.
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
Pus em negrito o parágrafo terceiro do art. 17 porque, 
em muitas provas de nível superior, a pergunta que mais se 
faz sobre o art. 17 é quanto às defi nições da invesƟ dura, 
talvez por confundir com a invesƟ dura da Lei nº 8.112/1990. 
Lindeiro ou limítrofe signifi ca vizinho, aquele que mora 
ao lado, que faz divisa de limites.
§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instru-
mento constarão, obrigatoriamente os encargos, o prazo 
de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de 
nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de 
interesse público devidamente jusƟ fi cado;
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário 
necessite oferecer o imóvel em garanƟ a de fi nanciamento, 
a cláusula de reversão e demais obrigações serão garanƟ das 
por hipoteca em segundo grau em favor do doador.
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou 
globalmente, em quanƟ a não superior ao limite previsto no 
art. 23, inciso II, alínea b desta Lei, a Administração poderá 
permiƟ r o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 7º (Vetado)
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, 
a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do reco-
lhimento de quanƟ a correspondente a 5% (cinco por cento) 
da avaliação28.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja 
aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de 
dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da 
autoridade competente, observadas as seguintes regras:
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
Venda de bens imóveis que não eram da Administra-
ção, que foram recebidos como pagamentos de dívidas, em 
processo de execução judicial etc. Então, para vender esses 
bens, a Administração não precisa ser tão rigorosa. Não há 
necessidade de uma autorização legislaƟ va, não são pre-
cisos os mesmos requisitos do art. 17. Aqui a Administração 
quer transformar esses bens em dinheiro.
I – avaliação dos bens alienáveis;
II – comprovação da necessidade ou uƟ lidade da alie-
nação;
III – adoção do procedimento licitatório, sob a modali-
dade de concorrência ou leilão29.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
A título de exemplo: A União adjudicou imóvel em 
processo judicial de execução fi scal e, para sua alienação, 
necessita de avaliação, comprovação da necessidade ou 
uƟ lidade da alienação e deve adotar procedimento licita-
tório na modalidade concorrência ou leilão30.
No mesmo senƟ do, o Poder Público adjudicou, em sede 
de execução fi scal, alguns imóveis que pertenciam a empre-
28 FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/
Questão 58.
29 Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia LegislaƟ va- SP/Agente 
LegislaƟ vo de Serviços Técnicos e AdministraƟ vos/2010/Questão 38 e Tribunal 
de Contas-RO/FCC – Fundação Carlos Chagas/Procurador do Ministério Público 
Junto ao Tribunal de Contas/2010/Questão 27.
30 FCC/TRT-MG/Analista Judiciário – Adminis traƟ va/2009/Questão 31.
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sa devedora de tributos. Pretende, então, aliená-los onero-
samente para saƟ sfação de seu crédito. Para tanto, poderá 
realizar licitação sob a modalidade de leilão, não obstante 
também possa fazê-lo sob a modalidade de concorrência.31
CAPÍTULO II
Da Licitação
Seção I
Das Modalidades, Limites e Dispensa
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se 
situar a reparƟ ção interessada, salvo por moƟ vo de interesse 
público, devidamente jusƟ fi cado.
Parágrafo único. O disposto neste arƟ go não impedirá 
a habilitação de interessados residentes ou sediados em 
outros locais.
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das 
concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos 
leilões, embora realizados no local da reparƟ ção interessada, 
deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, por 
uma vez:
I – no Diário Ofi cial da União, quando se tratar de lici-
tação feita por órgão ou enƟ dade da Administração Pública 
Federal e, ainda, quando se tratar de obras fi nanciadas 
parcial ou totalmente com recursos federais ou garanƟ das 
por insƟ tuições federais;
II – no Diário Ofi cial do Estado, ou do Distrito Federal 
quando se tratar, respecƟ vamente, de licitação feita por 
órgão ou enƟ dade da Administração Pública Estadual ou 
Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei 
nº 8.883, de 1994)
III – em jornal diário de grande circulação no Estado e 
também, se houver, em jornal de circulação no Município 
ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, 
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a 
Administração, conforme o vulto da licitação, uƟ lizar-se 
de outros meios de divulgação para ampliar a área de 
compeƟ ção.
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
Perceba que, além dos meios usuais, podem-se uƟ lizar: 
rádio, televisão, outdoors etc.
§ 1º O aviso publicado conterá a indicação do local em 
que os interessados poderão ler e obter o texto integral do 
edital e todas as informações sobre a licitação.
§ 2º O prazo mínimo até o recebimento das propostas 
ou da realização do evento será:
I – quarenta e cinco dias para:
a) concurso;
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado 
contemplaro regime de empreitada integral ou quando a 
licitação for do Ɵ po “melhor técnica” ou “técnica e preço”;
II – trinta dias para:
a) concorrência, nos casos não especifi cados na alínea 
b do inciso anterior;
b) tomada de preços, quando a licitação for do Ɵ po 
“melhor técnica” ou “técnica e preço”;
III – quinze dias para a tomada de preços, nos casos não 
especifi cados na alínea b do inciso anterior, ou leilão;
IV – cinco dias úteis para convite32.
§ 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão 
contados a parƟ r da úlƟ ma publicação do edital resumido ou 
31 FCC/Assembleia Legislativa-SP/Agente Técnico Legislativo-Direito/2010/
Questão 51.
32 FCC/Sead-RO/Auditor Fiscal/2010/Questão 86.
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da expedição do convite, ou ainda da efeƟ va disponibilidade 
do edital ou do convite e respecƟ vos anexos, prevalecendo 
a data que ocorrer mais tarde.
§ 4º Qualquer modifi cação no edital exige divulgação pela 
mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o 
prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquesƟ ona-
velmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Posso dizer que, depois das dispensas e da inexigibilida-
de, o art. 22 é o mais importante da lei, então, atenção nos 
detalhes, pois você precisa entendê-lo palavra por palavra!
PermiƟ -me fazer uma pequena alteração na estrutura 
original do arƟ go para que as coisas fi cassem um pouco mais 
simples. Juntei aqui parágrafos dos arƟ gos 22 e 23, para que 
as defi nições pudessem fi car completas.
Art. 22. São modalidades de licitação:
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
A concorrência é a modalidade de licitação mais impor-
tante e mais rigorosa e, por isso, é a que tem a publicidade 
mais ampla, dentre outras necessárias diferenças entre as 2 
modalidades de sua categoria, daí a expressão doutrinária 
famosa: “quem pode mais pode menos”. Concorrência, to-
mada e convite, ressalvadas suas peculiaridades, compram 
o mesmo objeto (constante do arƟ go 23), sendo escolhidas 
pelo valor da compra.
I – concorrência;
§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre 
quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação 
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de 
qualifi cação exigidos no edital para execução de seu objeto.
Art. 23, § 3º A concorrência é a modalidade de licitação 
cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na 
compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto 
no art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas 
licitações internacionais, admiƟ ndo-se neste úlƟ mo caso, 
observados os limites deste arƟ go, a tomada de preços, 
quando o órgão ou enƟ dade dispuser de cadastro interna-
cional de fornecedores ou o convite, quando não houver 
fornecedor do bem ou serviço no País33.
Art. 23, § 4º Nos casos em que couber convite, a Admi-
nistração poderá uƟ lizar a tomada de preços e, em qualquer 
caso, a concorrência34.
Art. 23, § 5º É vedada a uƟ lização da modalidade “convi-
te” ou “tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas 
de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e 
serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam 
ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que 
o somatório de seus valores caracterizar o caso de “tomada 
de preços” ou “concorrência”, respecƟ vamente, nos termos 
deste arƟ go, exceto para as parcelas de natureza específi ca 
que possam ser executadas por pessoas ou empresas de es-
pecialidade diversa daquela do executor da obra ou serviço.
33 Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/Ministério da Cultura/Agente 
AdministraƟ vo/2010/Questão 29/Item I; Tribunal Regional Eleitoral do Acre/
FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/Área AdministraƟ va/2010/
Questão 26; Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos 
Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/
Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio 
Especializado/Fisioterapia/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Estaơ sƟ ca/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho/Analista Judiciá-
rio/Apoio Especializado/Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Psicologia/2010/Questão 26 e Prefeitura Municipal de Mato Grosso-PB/Soluções 
Concursos/Advogado/2010/Questão 23.
34 FCC/Casa Civil/ExecuƟ vo Público/Nível Superior/2010/Questão 35.
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II – tomada de preços;
§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem 
a todas as condições exigidas para cadastramento até o 
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, 
observada a necessária qualifi cação35.
III – convite;
§ 3º Convite é a modalidade de licitação entre interes-
sados do ramo perƟ nente ao seu objeto, cadastrados ou 
não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) 
pela unidade administraƟ va, a qual afi xará, em local apro-
priado, cópia do instrumento convocatório36 e o estenderá 
aos demais cadastrados na correspondente especialidade 
que manifestarem seu interesse com antecedência de até 
24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Observe a seguinte asserƟ va de prova: A Prefeitura do 
Município Águas Azuladas pretende contratar uma empresa 
para reformar o estádio de futebol da cidade, com serviços 
de implantação de canaletas, execução de cobertura em 
estrutura metálica e melhorias de acesso com execução 
de pavimentação em concreto e piso em concreto. O valor 
esƟ mado da obra é de R$ 120.000,00. Considerando que 
não ocorreu nenhuma obra ante riormente e que o gestor 
pretende receber as propostas no menor prazo possível, a 
licitação deverá ocorrer na modalidade de convite37.
Ademais, é importante observar que a modalidade de 
licitação que comporta menor formalismo, porque se desƟ -
na a contratações de menor vulto, é denominada convite.38
§ 6º Na hipótese do § 3º deste arƟ go, exisƟ ndo na praça 
mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, 
realizado para objeto idênƟ co ou assemelhado, é obrigatório 
o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto 
exisƟ rem cadastrados não convidados nas úlƟ mas licitações.
§ 7º Quando, por limitações do mercado ou manifesto 
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do 
número mínimo de licitantes exigidos no § 3º deste arƟ go, 
essas circunstâncias deverão ser devidamente jusƟ fi cadas 
no processo, sob pena de repeƟ ção do convite.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
As modalidades a seguir possuem objetos bem especí-
fi cos.
35 Assunto cobrado nas seguintes provas: FCC/Assembleia LegislaƟ va- SP/Agente 
LegislaƟ vo de Serviços Técnicos e AdministraƟ vos/2010/Questão 36, Cespe/
MPE-SE/Promotor SubsƟ tuto/2010/Questão 50/AsserƟ va B; Unemat/SAD-MT/
Delegado de Polícia/Nível Superior/2010/Questão 31/AsserƟ va D; Tribunal 
Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Ju-
diciário/Apoio Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Tecnologia da Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Estaơ sƟ ca/Analista Judiciário/Apoio 
Especializado/Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 
26; FCC-Fundação Carlos Chagas/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico 
Judiciário/Área AdministraƟ va/2010/Questão 26 e Prefeitura Municipal de 
Mato Grosso-PB – Soluções Concursos – Advogado/2010/Questão 23.
36 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/PGM-RR/Analista Municipal/
Procurador Municipal/2010/Nível Superior/Questão 42; FCC-Fundação Carlos 
Chagas/Tribunal Regional Eleitoral do Acre/Técnico Judiciário/ÁreaAdministra-
Ɵ va/2010/Questão 26; Prefeitura Municipal de Boa Vista/RR/Cespe – Analista 
Municipal – Procurador Municipal/2010/Questão 42 e Tribunal Regional do 
Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio 
Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da 
Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judi-
ciário/Apoio Especializado/Estaơ sƟ ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26.
37 FCC/TRT-MG/Analista Judiciário -Contabilidade/2009/Questão 52.
38 FGV/Badesc/Advogado/Nível Superior/2010/Questão 21.
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IV – concurso;
§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quais-
quer interessados para escolha de trabalho técnico, cienơ -
fi co ou arơ sƟ co, mediante a insƟ tuição de prêmios ou re-
muneração aos vencedores39, conforme critérios constantes 
de edital publicado na imprensa ofi cial com antecedência 
mínima de 45 (quarenta e cinco) dias40.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Perceba como são bem específi cos os trabalhos com-
prados por um concurso. Trabalho técnico (leia o arƟ go 13).
V – leilão.
§ 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados para a venda de bens móveis inservíveis para 
a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados41, ou para a alienação de bens imóveis prevista 
no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior 
ao valor da avaliação.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O leilão poderá ser usado para alienações de bens imóveis 
recebidos por meio de dação em pagamento ou procedimen-
tos judiciais, bem como para a concessão ou permissão da 
prestação de serviços públicos.
§ 8º É vedada a criação de outras modalidades de lici-
tação ou a combinação das referidas neste arƟ go.
§ 9º Na hipótese do parágrafo 2º deste arƟ go, a admi-
nistração somente poderá exigir do licitante não cadastrado 
os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem 
habilitação compaơ vel com o objeto da licitação, nos termos 
do edital.
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
O arƟ go 23 refere-se à Tabela de Preços que, segundo 
minha observação, há muito não cai em provas, ou seja, 
é assunto inexplorado. Perceba que para cada Ɵ po de ob-
jeto temos valores diferentes, por isso tenha atenção com 
o seguinte: 1. Verifi que qual é o seu objeto; 2. pelo valor, 
veja qual é a respecƟ va modalidade. Lembrando-se de que, 
mesmo que pelo seu valor exista modalidade defi nida em 
lei, nada impede que o administrador escolha modalidade 
mais rigorosa, vide art. 23, § 4º: “Nos casos em que couber 
convite, a Administração poderá uƟ lizar a tomada de preços 
e, em qualquer caso, a concorrência.”
39 Assunto cobrado nas seguintes provas: Movens/Ministério da Cultura/Agente 
AdministraƟ vo/2010/Questão 29/Item IV e FCC/Assembleia LegislaƟ va-SP/
Agente Técnico LegislaƟ vo-Direito/2010/Questão 57.
40 Assunto cobrado nas seguintes provas: Prefeitura Municipal de Mato Grosso-
-PB/Soluções Concursos/Advogado/2010/Questão 23; Tribunal Regional do 
Trabalho da 9ª Região/FCC – Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio 
Especializado/Medicina/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da 
Informação/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judi-
ciário/Apoio Especializado/Estaơ sƟ ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/
Medicina do Trabalho/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Psicologia/2010/Questão 26 e Tribunal 
Regional Eleitoral do Acre/FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/
Área AdministraƟ va/2010/Questão 26.
41 Assunto cobrado nas seguintes provas: Cespe/DPE-AL/Defensor Público de 
1ª Clas se/2009/Questão 30, Cespe/MPE-SE/Promotor Substituto/2010/
Questão 50/Assertiva A, Cespe/Banco da Amazônia/Técnico Científico-
-Administração/2009/Questão 115; Funcab/Polícia Militar-GO/Cadete/Nível 
Superior/2010/Questão 37/AsserƟ va B; Tribunal Regional Eleitoral do Acre/
FCC – Fundação Carlos Chagas/Técnico Judiciário/Área AdministraƟ va/2010/
Questão 26, Prefeitura Municipal de Mato Grosso-PB/Soluções Concursos – 
Advogado/2010/Questão 23 e Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/FCC 
– Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Tecnologia da Informação/Analista 
Judiciário/Apoio Especializado/Fisioterapia/Analista Judiciário/Apoio Especial-
izado/Estaơ sƟ ca/Analista Judiciário/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho/
Analista Judiciário/Apoio Especializado/Enfermagem/Analista Judiciário/Apoio 
Especializado/Psicologia/2010/Questão 26.
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Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem 
os incisos I a III do arƟ go anterior serão determinadas em 
função dos seguintes limites, tendo em vista o valor esƟ mado 
da contratação:
I – para obras e serviços de engenharia:
a) convite – até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil 
reais)42;
b) tomada de preços – até R$ 1.500.000,00 (um milhão 
e quinhentos mil reais)43;
c) concorrência – acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão 
e quinhentos mil reais);
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Para se adquirir bem imóvel para sediar as instalações 
do Banco da Amazônia S.A., com valor acima de dois mi-
lhões de reais, a modalidade de licitação aplicável será a 
concorrência.44
II – para compras e serviços não referidos no inciso 
anterior:
a) convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e 
cinquenta mil reais);
c) concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e 
cinquenta mil reais)45.
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela admi-
nistração serão divididas em tantas parcelas quantas se com-
provarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se 
à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos 
disponíveis no mercado e à ampliação da compeƟ Ɵ vidade, 
sem perda da economia de escala.
§ 2º Na execução de obras e serviços e nas compras de 
bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada 
etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra, há 
de corresponder licitação disƟ nta, preservada a modalidade 
perƟ nente para a execução do objeto em licitação.
§ 3º A concorrência é a modalidade de licitação cabível, 
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou 
alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, 
como nas concessões de direito real de uso e nas licitações 
internacionais, admiƟ ndo-se neste úlƟ mo caso, observados 
os limites deste arƟ go, a tomada de preços, quando o órgão 
ou enƟ dade dispuser de cadastro internacional de fornece-
dores ou o convite, quando não houver fornecedor do bem 
ou serviço no País. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4º Nos casos em que couber convite, a Administração 
poderá uƟ lizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a 
concorrência.
§ 5º É vedada a uƟ lização da modalidade “convite” ou 
“tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas de uma 
mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da 
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas 
conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório de 
seus valores caracterizar o caso de “tomada de preços” ou 
“concorrência”, respecƟ vamente, nos termos deste arƟ go, 
exceto para as parcelas de natureza específi ca que possam 
ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade 
diversa daquela do executor da obra ou serviço. (Redação 
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
42 Cespe/CEF/Engenharia/Nível Superior/2010/Questão 15/AsserƟ va D.
43 FCC/Assembleia LegislaƟ va- SP/Agente LegislaƟ vo de Serviços Técnicos e Ad-
ministraƟvos/2010/Questão 37.
44 Cespe/Banco da Amazônia/Técnico Cienơ fi co-Administração/2009/Questão 116.
45 Assunto cobrado na prova da FCC/TRT-MG/Técnico Judiciário – Admi nistra-
Ɵ va/2009/Questão 43.
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§ 6º As organizações industriais da Administração Federal 
direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão aos limi-
tes estabelecidos no inciso I deste arƟ go também para suas 
compras e serviços em geral, desde que para a aquisição de 
materiais aplicados exclusivamente na manutenção, reparo 
ou fabricação de meios operacionais bélicos pertencentes 
à União.
§ 7º Na compra de bens de natureza divisível e desde que 
não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permiƟ da 
a cotação de quanƟ dade inferior à demandada na licitação, 
com vistas a ampliação da compeƟ Ɵ vidade, podendo o edi-
tal fi xar quanƟ taƟ vo mínimo para preservar a economia de 
escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o dobro 
dos valores mencionados no caput deste arƟ go quando for-
mado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo, quando 
formado por maior número.
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
O arƟ go 24 conjugado com os arƟ gos 25 e 17 são alguns 
dos mais importantes para a prova. Entender cada um de 
seus 28 incisos é necessário.
Art. 24. É dispensável a licitação:
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
1º Esta lista é taxaƟ va e exausƟ va, não se podem, por 
analogia ou vontade do administrador, criar outras;
2º Aqui o juiz é o administrador público que, a seu crité-
rio, julga quando cabe a licitação ou quando ela se tornará 
incoveniente ou inoportuna, verifi cada a moƟ vação nos casos 
elencados no arƟ go 26.
3º A dispensa de licitação caracteriza-se pela circunstân-
cia de que, em tese, poderia ser realizado o procedimento, 
mas que, dadas as peculiaridades do caso, o legislador 
decidiu não torná-lo obrigatório.46
I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% 
(dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso I 
do arƟ go anterior, desde que não se refi ram a parcelas de 
uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços 
da mesma natureza e no mesmo local que possam ser reali-
zadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela 
Lei nº 9.648, de 1998)
II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez 
por cento) do limite previsto na alínea a, do inciso II do arƟ go 
anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, 
desde que não se refi ram a parcelas de um mesmo serviço, 
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada 
de uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
A ơ tulo de exemplo, observe a seguinte asserƟ va de 
prova: Considerando que, em razão de guerra externa de-
clarada pelo presidente da República, certo estado necessite 
adquirir gêneros alimenơ cios e cobertores para atender a 
necessidades básicas de parcela da população local, será 
lícito ao estado contratar a aquisição dos referidos bens 
por dispensa de licitação47.
46 FCC/Assembleia LegislaƟ va-SP/Procurador/2010/Questão 57.
47 Cespe/TRE-PR/Técnico Judiciário/Programação de Sistemas/2009/Questão 27.
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IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, 
quando caracterizada urgência de atendimento de situação 
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança 
de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, 
públicos ou parƟ culares, e somente para os bens neces-
sários ao atendimento da situação emergencial ou cala-
mitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam 
ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) 
dias consecuƟ vos e ininterruptos, contados da ocorrência 
da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos 
respecƟ vos contratos; 
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Seguindo tal raciocínio, observe a questão cobrada em 
prova: Caso haja enchente em um rio que passe pela sede 
de um município, será dispensável a licita ção para a aqui-
sição de bens e serviços necessários ao atendimento da 
população aƟ ngida, como cobertores, colchões e material 
para a reconstrução de casas e escolas. No prazo máximo 
de 180 dias, consecuƟ vos e ininterruptos48.
V – quando não acudirem interessados à licitação an-
terior e esta, jusƟ fi cadamente, não puder ser repeƟ da sem 
prejuízo para a Administração, manƟ das, neste caso, todas 
as condições preestabelecidas;
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
Chamada pela doutrina de licitação deserta.
VI – quando a União Ɵ ver que intervir no domínio eco-
nômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII – quando as propostas apresentadas consignarem 
preços manifestamente superiores aos praƟ cados no mer-
cado nacional, ou forem incompaơ veis com os fi xados pelos 
órgãos ofi ciais competentes, casos em que, observado o 
parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persisƟ ndo a situação, 
será admiƟ da a adjudicação direta dos bens ou serviços, por 
valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos 
serviços; (Vide § 3º do art. 48)
 ┌ M›ÃÊÙ®þ› ─
Chamada pela doutrina de licitação fracassada.
VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito 
público interno, de bens produzidos ou serviços prestados 
por órgão ou enƟ dade que integre a Administração Pública 
e que tenha sido criado para esse fi m específi co em data 
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado 
seja compaơ vel com o praƟ cado no mercado; (Redação dada 
pela Lei nº 8.883, de 1994)
IX – quando houver possibilidade de compromeƟ mento 
da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto 
do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa 
Nacional; (Regulamento)
X – para a compra ou locação de imóvel desƟ nado ao 
atendimento das fi nalidades precípuas da administração, 
cujas necessidades de instalação e localização condicionem 
a sua escolha, desde que o preço seja compaơ vel com o valor 
de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação dada pela 
Lei nº 8.883, de 1994)
48 Assunto cobrado nas seguintes pro vas: Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário - 
Análise de Sistemas/2009/Questão 28 e Cespe/TRE-PR/Analista Judiciário/
Médico/2009/Questão 28.
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XI – na contratação de remanescente de obra, serviço 
ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, 
desde que atendida a ordem de classifi cação da licitação 
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo 
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente 
corrigido; 
 ┌ CÊÛÄã…Ù®Ê ─
Ex.: Determinado órgão público instaurou procedimento 
licitatório para contratação de obras de reforma de seu 
ediİ cio sede. A empresa contratada iniciou a reforma, 
porém, em face de problemas fi nanceiros supervenientes, 
paralisou os serviços. Diante dessa situação, a Administra-
ção poderá, após a rescisão do contrato, contratar, com 
dispensa de licitação, o segundo colocado no procedimento 
licitatório relaƟ vo ao contrato rescindido, desde que aceitas 
as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor49. 
XII – nas compras de horƟ fruƟ granjeiros, pão e outros 
gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização 
dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire-
tamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei 
nº 8.883, de 1994)
XIII – na contratação de insƟ tuição brasileira incumbida 
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do 
desenvolvimento insƟ tucional, ou de insƟ tuição dedicada à 
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha 
inquesƟ onável reputação éƟ co-profi ssional e não tenha fi ns 
lucraƟ vos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos 
de acordo internacional específi co aprovado

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