Fichamento texto Ensino da Geografia

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Universidade Federal Fluminense
Disciplina: Práticas Educativas I
 Professora: Ester
 Aluna: Dafne Fonseca Vinhaes
 
do ensino da Geografia. In Ensino de Geografia, desafios e sugestões para a prática educativa escolar. DO VALE, José Misael Ferreira; MAGNONI, Maria da Graça Mello. São Paulo: UNIVESP, 2012.
O texto sugere o desenvolvimento de uma Geografia contextualizada, baseando-se em estudiosos como Paulo Freire, Célestin Freinet e Dermeval Saviani. 
Para os autores, a Geografia não deve se limitar a ensinar sobre a natureza sem relacioná-la com a condição humana e as alterações feitas por nós. O espaço não existe sem o homem, e o homem cria o espaço para sua sobrevivência. Os dois elementos, inteligados, devem ser a base moderna para o ensino da disciplina.
O docente, segundo o texto, deve saber articular conteúdo, contexto e métodos, uma vez que esses três itens trabalham articulados entre si, um dependendo e modificando o outro.
A chamada “Geografia dos professores” é questionada por distorcer a real importância da disciplina, que passou a ser resumida apenas a catalogar conceitos básicos sobre o espaço, como “relevo”, “vegetação”, “população”, etc. Ao deixar de lado a análise completa do meio, perde-se o teor estratégico, afastando aqueles que o aprendem das posições de poder.
Apesar de sugerir o uso de três métodos de ensino inicialmente distintos, os autores entendem que todos eles convergem para um só objetivo: capacitar o aluno para a sua elevação como humano, isto é, consciente do meio e das circunstâncias que o rodeiam.
Transformar a Geografia dos professores não é só alterar o que é ensinado, mas também como se planeja o momento da aula. Ao invés de começar com os conceitos, trazer os métodos e os conteúdos antes, de forma que se criem conceitos próprios, baseados no contexto dos alunos e do professor, qualificando-os a uma reflexão consciente.
A “Geografia Contextualizada” proposta no texto traz dois desafios em sua proposta, que são: “1) a leitura do mundo através da paisagem” (2012, pág.108), ou seja, elevar o saber comum (observações da paisagem) ao nível de saber científico (conceitos e estudos com base no saber comum); e “2) momento da apropriação dos instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados na prática social.” (2012, pág.108), que consiste no oferecimento dos instrumentos pedagógicos e tecnológicos para o a construção do saber científico do indivíduo, já que essa nova Geografia simboliza a democratização da ciência e da cultura, segundo o texto.