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BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA
 Por Vilma Natividade fisioterapeuta 
Quando um paciente deseja uma melhora corporal por meio de cirurgia plástica, ele procura um cirurgião de sua confiança e deposita nele todas as suas expectativas e fantasias. Após a cirurgia, ele depara exatamente o que não deseja: a dor, o edema, as equimoses e outros desconfortos provenientes do procedimento, chegando em certos casos, a questionar a conduta profissional e a capacidade desse médico (cirurgião).
Nós, por meio da fisioterapia pré e pós cirúrgica, podemos minimizar as queixas e otimizar os resultados da cirurgia, diminuindo o desconforto e os traumas para o paciente. Cabe lembrar que sua satisfação talvez seja o critério hoje mais importante na avaliação dos resultados de procedimentos cirúrgicos. 
Com esse trabalho, temos o objetivo de levar a todos os profissionais da área médica os benefícios da reabilitação em pacientes que foram submetidos a cirurgia plástica, destacando que a fisioterapia tem muito a contribuir, tanto no pré como no pós operatório, com orientações e um tratamento fisioterapêutico adequado. Desta forma, é fundamental que os cirurgiões conheçam seus detalhes e indiquem um tratamento fisioterapêutico logo após o procedimento cirúrgico.
Tratamento Fisioterapêutico
Existem vários recursos que podem ser utilizados na fisioterapia, como a drenagem linfática manual e a eletroterapia, que vêm demonstrando eficácia e resultados positivos para a reabilitação do paciente. O tratamento pós cirúrgico pode ser realizado no pós operatório imediato ou tardio, tendo como objetivo prevenir: edema, enfisema cutâneo, retrações cicatriciais, fibrose, lipoma, seroma, déficit de sensibilidade e contratura muscular.
Drenagem Linfática
A dinâmica fisiológica da formação da linfa e do fluxo linfático está estreitamente inter-relacionada com a dinâmica do sistema sangüíneo e do tecido intersticial.�
	Este líquido do interstício retorna à circulação sangüínea por meio da difusão que ocorre em nível dos capilares venosos, no entanto, outra parte do líquido intersticial volta à circulação venosa por uma via secundária (o sistema linfático).
	Pouco a pouco a drenagem linfática manual foi sendo apoiada cientificamente pesquisadores e aperfeiçoaram, modificaram e comprovaram sua eficácia: Földi (Alemanha), Leduc (Bélgica), Cluzan (França), Casley -Smith (Autrália). �
“Hoje a drenagem linfática manual adquiriu um lugar de destaque no tratamento de edemas e linfoedemas. Os Simpósios e Congressos de Linfologia realizados mundialmente reúnem membros do corpo médico e paramédicos adeptos da drenagem linfática manual.” 
Para obter um importante e significativo resultado da drenagem linfática manual é de vital importância que o fisioterapeuta tenha conhecimento da anatomia do sistema linfático (pré-coletores, vasos coletores, coletores principais e linfonodos), e da sua fisiologia.
O principal objetivo da drenagem linfática manual é drenar o excesso de fluido acumulado nos espaços intersticiais de forma a manter o equilíbrio das pressões tissulares e hidrostáticas.
A drenagem linfática manual deve ser lenta, suave e rítmica, causando um bom relaxamento do paciente e do corpo (pois a dor não faz parte desta conduta) e direcionando este líquido estagnado para os coletores linfáticos, aumentando assim a absorção linfática.
A drenagem linfática manual só não é indicada em alguns casos específicos como: tumores benígnos e malígnos, distúrbios circulatórios (flebite, tromboflebite), inflamação aguda, doenças de pele, processos infecciosos, estado febril, infarto do miocárdio, fase aguda das artrites.
A indicação da drenagem linfática manual no pré operatório se deve pelo fato de ajudar a desintoxicar o seu organismo, facilitando a remoção do sangue, descongestionando os vasos e os tecidos, melhorando o aspecto da pele, ativando, limpando, regularizando e nutrindo os tecidos, reforçando a capacidade de auto defesa e auto purificação do corpo, acelerando o metabolismo para a eliminação dos radicais livres, enriquecendo, nutrindo e hidratando o tecido para a cirurgia.
Microcorrentes
Através de vários equipamentos da Eletroterapia para a regeneração do retalho cutâneo na fase de cicatrização, vários autores descrevem a redução da isquemia do retalho e a normalização do número dos fibroblastos evitando a necrose e prevenindo as cicatrizes hipertróficas dentro delas podemos citar as Microcorrentes.
	Em 1982 Cheng et al, demonstra em seu trabalho realizado com animais as vantagens da microcorrentes: biologicamente compatível, método não invasivo, sub-sensorial, fornecimento de energia necessária e suficiente para o retalho cutâneo, ausência de riscos, aumentando o ATP em até 500%, 30% a 40% no transporte de aminoácidos, aumento da captação de O2 e da síntese de proteínas (Universidade de Luvain-Bélgica).
	As microcorrentes diferenciam-se de todos os tipos de correntes usuais pelas suas características básicas de intensidade e freqüência: a intensidade está compreendida entre 10 e 300 micro Amperes e a freqüência varia de 0,3 a 300 Hertz.
Arndt & Shultz, baseados em princípios da eletroterapia relatam que correntes elétricas com baixa intensidade aumentam o metabolismo, e com uma maior intensidade diminuem ou mesmo abolem a atividade celular.
	
Ultra son
Quando o ultra-som (US) penetra no corpo, ele pode exercer um efeito sobre as células e tecidos mediante dois mecanismos: Térmico e Atérmico.
A boa avaliação é importante, pois estes mecanismos atuam de diferentes efeitos em seus processos de cicatrização e/ou reparo das lesões.	
Quando o US desloca-se através dos tecidos, uma parte dele é absorvida e isso conduz à geração do calor dentro do tecido. Este é o efeito térmico cujo objetivo é diminuir o processo fibroso ou aderência no pós cirúrgico tardio, utilizando-se o US de 3 MHZ que terá uma profundidade de 4cm.
	Willian 1.974, 1.976 afirma que as forças geradas pelas correntes acústicas produzem alterações na permeabilidade da membrana plaquetária, levando à liberação da serotonina e que também as plaquetas contêm fatores da lesão essencial para o reparo bem sucedido (Ginsberg, 1.981).
	O efeito atérmico é indicado no pós cirúrgico imediato na fase da inflamação, que é uma fase dinâmica de reparo. Seu efeito é puramente mecânico (micromassagem) que terá uma importante contribuição na vascularização do retalho ou lesão, facilitando a drenagem linfática.
Enfim todo tratamento realizado por uma equipe multidisciplinar, só tem a contribuir para o sucesso da cirurgia e o bem estar do paciente.
						
 
BIBLIOGRAFIA
AIRES, Margarida M. Fisiologia. Editora Guanabara Koogan, 1991.
Baroudi, Ricardo; Carvalho, Crescêncio G. S.; Moraes, Mário. Lipoaspiração: Nova Contribuição no tratamento da Cirurgia do Contorno do Corpo. Atualização em Cirurgia Plástica. Revista Brasileira Clínica Terapêutica. Vol. XIII, no. 4, Abr/1984.
Camargo, Marcia C.; Marx, Angela, G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. Editora Roca, 2000. 
Guirro, Elaine; Guirro, Rinaldo. Fisioterapia em Estética Fundamentos Recursos e Patologias. 2o. Edição, 1996.
Guyton, Arthur C.; M. D. Tratado de Fisiologia Médica. 8o. Edição, Editora Guanabara. 1992.
Kitchen, Sheila; Bazin, Sarah. Eletroterapia de Clayton. 10o. Edição. Editora Manole. 1998.
Neves, Rodrigo D.; Pereira, João F. V.; Leite, Guilherme B. Tratamento de Lipodistrofias por Lipoaspiração. Arq. Cat. Méd., Vol. 13, n. 4, Dez/ 1984.
Rinaldi, Antonio E.; Garcia, Elizete. Dermolipectomia Abdominal Associada à Lipoaspiração. Revista de Cosmiatria & Estética/17. Abr/Mai/Jun de 1999.
Tournieux, A. A. Batuira. Atualização em Cirurgia Plástica Estética. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Estética e Reconstrutiva Regional de São Paulo. Editorial Robe, 1994.
Tournieux,A. A. Batuira; Curri, M. M.; Atualização em Cirurgia Plástica Estética. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Estética e Reconstrutiva Regional de São Paulo, Editorial Robe, 1996.
Vilma Natividade, Crefito 32099-F 
R. Araçatuba, 78 – B. Santa Maria – Santo André – SP - 09071-310
Fones: 93572571- 44216389	
� Camargo, Marcia C.; Marx, Angela G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. Editora Roca-SP, 2.000, pag.72
� Camargo, Marcia C.; Marx, Angela G. Reabilitação Física no Câncer de Mama. Editora Roca-SP, 2.000, pag.88

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