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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DEREITO revisão

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DEREITO 
 
REVISÃO 1 
 Procura auxiliar o aluno no universo jurídico, dar uma visão ampla do Direito -> ajuda a familiarizar o 
estudante com os termos e outras coisas do direito; 
 Não tem um objetivo de estudo especifico -> estuda o direito em si para compreensão ampla do 
universo jurídico; 
 Reúne conhecimento de todas as áreas com definições, termos, conceitos e princípios jurídicos; 
 Discute sabres jurídicos, os avaliando filosoficamente se enquadraram-se em definições logico-
cientificas, se são estruturadas para formar um saber sistematizado; 
SOCIEDADE E DIREITO 
 Homem, animal que necessita viver em comunidade -> em contato com outros; “homem só, nenhum homem” -
> o convívio dá um continuo processo de adaptação, assim, o homem se socializa. 
 A socialização se dá por meio da aceitação dos padrões de conduta e das ideias em voga num grupo 
social -> Se inicia na família e vai até as instituições sociais -> O homem, durante toda sua vida, 
constrói e descontrói modelos de comportamento social, também chamados de REGRAS DE 
CONVIVIO COLETIVO; 
 Essas regras sustentam a estrutura dos organismos sociais -> viver em sociedade é a única forma de 
sobrevivência -> tais regras surgem da convergência de dois ou mais homens por uma coisa capaz de 
satisfazer apenas um deles (conflito ou concorrência); 
 Formas de resolução de conflitos: submissão (dos mais fracos aos mais fortes) ou desenvolvimento 
cultural do homem (de onde nascem as NORMAS); 
 Estipulação de comportamento é elemento de segurança para prevenir certas condutas -> para garantir a 
sociedade é necessário mecanismos de controle social, que são expressões sociais ->usos, costumes, 
leis, instituições, sanções -> usa da socialização humana e a manutenção da estrutura social por 
imposição de modelos de comportamento, apoiadas nos valores e interesses da classe dominante ou do 
consenso grupal -> uniformização das atitudes individual para o beneficio de todos; 
 Dois tipos de controle social: 
1) Informal: costumes, usos e opinião publica; 
2) Formal: a Lei -> O direito é a ultima razão da socialização já que só atua na proteção dos interesses 
mais importantes da sociedade, restabelecendo a ordem social, assim, o resto fica a cargo dos 
costumes para que não haja um engessamento da vida em sociedade; 
 DIREITO: cumpre um papel de conservados do status quo1, quando da infringência da uma norma 
jurídica estipulada pelo grupo ou da duvida com relação a forma de sua aplicação pode surgir o conflito 
de interesses, para evita-lo o direito entra em ação, com postulados, regras de interpretação e poder 
coercitivo -> mas ele não é só solucionador de conflitos e o poder judiciário não serve apenas para 
interpretar as leis 
o Funções do direito e do poder judiciário? É interpretação, aplicação das normas jurídicas em 
casos concretos, por meio de juízo racional imparcial e axiológico (dos valores), tem papel social 
relevante como instrumento de desenvolvimento humano, além de exercer papel educativo e 
transformador, sentir os novos valores sociais e preservar aqueles essenciais á dignidade humana 
e coesão do grupo social; 
o Direito é sistema aberto, de controle e também de desenvolvimento social que precisa ser visto 
como manifestação da sociedade -> deve ser interpretado e aplicado segundo os anseios do 
coletivo e com base nos valores que preservam a dignidade humano -> por isso os profissionais 
devem ter posturas voltadas para a sociedade; 
 
1
 Status quo: significa estado atual, e é um termo em latim. O status quo está relacionado ao estado de fatos, situações e coisas, 
independente do momento. O termo status quo é geralmente acompanhado de outras palavras como manter, defender, mudar e etc. 
 MUNDO DOS HOMENS: 
o Natural ou da natureza: aquele que é real; 
o Cultural ou da cultura: aquele que é criado pelo homem quando este se socializa; 
 RELAÇÕES SOCIAIS: a sociedade é um grupo de pessoas que interagem -> disto é possível prever 
situações, condutas e comportamentos que podem ocorrer no grupo e que podem ser legais ou não -> 
São formas de interação social: 
1) Cooperação: indivíduos motivados por um mesmo objetivo e valor e por isso trabalham 
juntas = POSITIVA E DIRETA; 
2) Competição: há uma disputa em que as partes querem o mesmo objetivo e visam excluir 
uma a outra para alcança-lo = INDIRETA E, às vezes, NEGATIVE; 
3) Conflito: a partir do empasse, quando as partes não tem interesse no dialogo e recorrem à 
luta (física ou moral) ou recorrem a justiça = DIRETA E NEGATIVA 
o Vivendo no mesmo ambiente e tendo os mesmos instintos e necessidades é natural haver 
conflitos entre as pessoas e estes precisam de solução -> para que a sociedade continue existindo 
é preciso que os conflitos sejam resolvidos, daí surge a necessidade de criar um instrumento que 
controle ou regule a vida social -> Existem vários tipos de instrumentos: igrejas (religião), a 
moral, as regras do trado social e o direito; 
o Há a necessidade de criar regras de conduta comuns com o objetivo de impor e/ou reestabelecer 
o equilíbrio do sistema -> o ordenamento social se caracteriza por métodos e conjuntos de 
procedimentos pelo grupo sempre buscando uniformizar as condutas num processo de constante 
socialização -> Uniformização das atitudes para o beneficio de todos é a forma de controle social 
-> Isto ocorre por meio das Normas Jurídicas, que são de dois tipos: 
1) Éticas: visam um tipo de comportamento individual, uniforme e adequado ao interesse e 
bem-estar da coletividade = o “deve ser”; 
2) Técnicos: não só para dar ao homem o domínio sobre a natureza, mas também para dar 
melhores condições de segurança, conforto e mais rendimento a produção, no trabalho, na 
atividade individual e coletiva; 
 INSTITUIÇÕES FUNDAMENTAIS: Estado, família, propriedade -> Estrutura mínima, solido 
simples, responsável pela efetivação, aperfeiçoamento e introdução dos princípios organizatórios 
adequados -> são os pilares estabelecidos pelos costumes, razão e sentimentos que alicerçam a 
sociedade e a sustentam. 
 
 
REVISÃO 2 
 O direito (a palavra) significa reto/correto e vem do latim, há também os “ius” que traz a justiça, justo e outros -
> No direito romano ius era constituído de normas impostas pelos homens a sociedade e se contrapunha ao faz, 
normas de cunho religioso; 
 Há vários direitos ou apenas 1? Não há uma resposta unanime, alguns vem o direito como tendo varias 
vertentes, ex: o direito de fato, o da máfia, o canônico, como sendo direito da mesma forma, outros não vem 
desta forma; 
 Justiça (direito natural) ainda que não seja reconhecida oficialmente É PARTE DO DIREITO e de seu 
conceito, alguns autores afirmam que só é direito o que está na lei; 
 Nestes casos não há certo ou errado, há visões diferentes, já que o direito é um conceito amplo de um fato 
social amplo, podendo ser definido de varias formas dependendo do contexto em que seu interlocutor se 
encontra; 
 Direito: é um rotulo e pode se referir a muitas coisas -> propostas para compreender adequadamente. Há três 
tipos de formas de ver o direito, elas se completam, neste caso a divergência é sistemática (elas podem 
aparentar serem contraditórias, mas todas estão corretas sem descaracterizar o outro por isso); 
1) Direito é justiça: aceito por filósofos e ele se vincula a noção de justiça 
2) Direito é noção positiva: aceito por juristas positivistas e ele seria uma norma estatal imposta 
independente do conteúdo; 
3) Direito é resolução de conflito: aceito por sociólogos e ele seria o que a sociedade aceitaria como padrão 
para solução de conflitos, mesmo que não seja imposto peloEstado e não tenha sentido ético; 
 O que é direito? Há varias formas de se ver o direito como, por exemplo: 
 O julgamento de favelas pode ou não ser chamado de direito, viola as normas estatais, sendo assim, 
contrario do direito positivo; 
 O julgamento estatal que deixa alguém impune, ele é direito, mas é uma solução injusta; 
 O julgamento indígena, ele é direito, mas se aplica pelos costumes daquela tribo e tem sua própria pena 
proporcional ao ato; 
 Direito é um sistema de limites que nos submetemos para que nos seja possível a vida em sociedade -> É 
sistema porque é um conjunto completo e harmonioso de prescrições, porque não deixa espaços sem regulações 
e harmonioso pois não sustém prescrições contraditórias -> Limitando a liberdade, ele tem o limite poder, pois 
na verdade o exercício do poder pressupõe a liberdade; 
 Aspectos da palavra: 
1) Direito objetivo: norma -> Estado -> Obrigação; 
2) Direito Subjetivo: faculdade -> escolha do individuo; 
3) Direito como justo/justiça; 
4) Direito como ciência/conhecimento; 
5) Direito como fato social; 
6) Direito como natural: nasce com o individuo; 
7) Direito como positivo: provem do Estado; 
 Dever jurídico: o dever subjetivo é o resultado da incidência de uma norma jurídica -> não há diferença entre o 
dever e direito, isto é apenas valorativa, tudo que é direito subjetivo terá dever subjetivo; 
 Responsabilidade: é inerente à capacidade jurídica, necessária para as pessoas poderem assumir deveres e 
direitos; 
 Direito subjetivo: há dois tipos básico: 
1) Direito Potestativo: quando seu exercício, satisfação independente da conduta de qualquer outra pessoa, 
depende apenas da pessoa é titular deste direito; 
2) Direito de uma prestação: é aquele cujo exercido depende sempre da colaboração de outro, isto que, se 
não ocorre, enseja a propositura de ação; 
 Direito material ou substantivo: é a norma que estabelece uma conduta que não seja destinada simplesmente 
a viabilizar a aplicação de outra norma; 
 Direito processual ou adjetivo: é a norma que estabelece conduta destinada a viabilização da aplicação de 
outra norma de direito material; 
 A finalidade final do direito é limita o poder para viabilizar a realização dos valores da humanidade, como 
segurança e justiça; 
 O jurista não pode ter nenhum compromisso com o poder, pois sua tarefa é de construir o direito e este visa 
limitar o poder, ao se ter um compromisso com o poder o jurista teria corrompido sua tarefa. 
 
 
REVISÃO 3 
 Normas jurídicas (NJ): é o instrumento de definição da conduta do Estado, é a conduta exigida ou modelo 
imposto pela organização social -> esclarece ao agente como e quando agir; 
 Características das NJ: 
1) Bilateralidade: o direito existe sempre vinculado a 2 ou mais pessoas, dando poder a uma e 
dever a outra. A NJ tem dois lados: a) direito subjetivo; b) direito objetivo; um não pode existir 
sem o outro, pois regula a conduta de um ou de mais sujeitos em relação a si próprio -> Sujeito 
ativo: direito subjetivo; Sujeito passivo: dever jurídico; 
2) Generalidade: a NJ é preceito de ordem geral, que obriga a todos que se encontrem no mesmo 
ordenamento jurídico a serem iguais em situação politica -> todos são iguais perante a lei; 
3) Abstratividade: as NJ visão estabelecer um padrão de conduta, aplicável a qualquer membro da 
sociedade -> regulam casos que ocorram via de regra; 
4) Imperatividade: impõe um dever, um determinado julgamento -> ela não só aconselha, mas se 
sobrepõe a vontade de individuo; 
5) Coercibilidade: possibilidade de coerção, física ou mental, a coerção é uma reserva de força a 
serviço do direito; 
6) Atributividade: aptidão para atribuir ao lesado faculdade de exigir o seu cumprimento forçado -> 
a NJ compete autorizar ou não o uso das faculdades/escolhas humanas -> a NJ atribui as partes 
de uma relação judicial, direitos e deveres recíprocos; 
 Classificação da NJ: 
1) Quanto à imperatividade (obrigatoriedade): 
a) Cogentes ou de imperatividade absoluta: podem exprimir uma ação ou abstenção que resguardam 
aos direitos fundamentais da sociedade, obrigam, independente, das vontades das partes; 
b) Dispositivas ou não-cogentes: referem-se ao interesses particulares -> não determinam ou proíbem 
de forma absoluta, dão faculdades de se abster ou agir; 
2) Quanto a sansão: 
a) Perfeitas: autorizar/prever nulidade do ato ou a possibilidade de anulação em caso de violação da NJ 
b) Mais que perfeitas: prevê, além da nulidade do ato, uma pena. Tem dois tipos de sansão: a nulidade 
do ato praticado ou o reestabelecimento do status quo anterior e mais a pena; 
c) Menos que perfeitas: determina apenas a penalidade, mas não anula o ato; 
d) Imperfeita: a sua violação não acarreta qualquer possibilidade de consequência politica -> pode dar 
autorização; 
3) Quanto á origem: depende da localidade 
a) Federais: Gerais, assuntos de interesse federal -> Constituição Federal; 
b) Estaduais: Regionais, assuntos de interesse estadual; 
c) Municipais: Locais, assuntos de interesse municipal -> Lei orgânica do Município de Alfenas; 
4) Quanto à duração: 
a) Permanente: dura até que outra NJ a revogue; 
b) Temporária: não são normas jurídicas -> a própria lei estabelece um prazo de duração; 
5) Quanto ao alcance: 
a) Gerais: não disciplinam assuntos específicos -> quanto a limitação de situação jurídicas legais 
gerais -> Código civil de 2002; 
b) Especiais: tratam de um assunto especifico -> Lei do divorcio; 
c) Excepcionais: delimitam o alcance da lei -> a ideia que traduz exceção; 
d) Singulares: criação temporária de um ato -> norma criada para um único caso; 
6) Quando a aplicação: 
a) De eficácia absoluta: não podem ser mudadas (imutáveis), é imediata; 
b) De eficácia relativa restringível: entra no ordenamento jurídico, sendo capaz de alcançar todos os 
efeitos esperados, porém podem ser limitados por outras normas, é imediata e limitada; 
c) De eficácia plena: quando entra no ordenamento jurídico produz seus efeitos esperados, ou seja, 
atinge seus resultados, é imediata; 
d) De eficácia relativa completável: depende de uma norma infraconstitucional para produzir seus 
efeitos, não é imediata; 
7) Quanto a sistematização: 
a) Codificadas: uma lei, um corpo orgânico de normas sobre um ramo do direito, lei única que dispõe 
sobre certo ramo do direito -> Código Penal; 
b) Consolidadas: varias leis, quando se organizam varias leis editadas isoladamente sobre um mesmo 
ramo do direito -> CLT; 
c) Esparsas ou extravagantes: quando são editadas separadamente -> Lei do inquilino, EPD, ECA; 
8) Quanto á hierarquia: 
a) Constitucionais: conjunto de normas supremas do ordenamento jurídico de um país, Fundamento do 
sistema policio mais importante em um ordenamento jurídico nacional -> CF; 
b) Infraconstitucionais: as demais normas em concordância com a CF, não podendo contrariar as 
exigências formais impostas pela CF para a edição de norma infraconstitucional (constitucionalidade 
formal) nem o conteúdo da CF (constitucionalidade material) -> não há hierarquia entre elas, mas 
sim uma particularidade quando a matéria regulável; 
c) Decretos regulares: é uma ordem emanada de uma autoridade superior ou órgão de determinando o 
cumprimento de uma resolução -> serve para tornar publico -> explicar e dar execução; 
d) Normas internas: não são leis no sentido estreito da palavra, mas tem como finalidade disciplinar 
situações especificas, notadamente na Administração publica, leis menores, para poucas pessoas, 
mas devem seguir a CF; 
 
 
REVISAO 4 
 
FONTES DO DIREITO 
 Elas podem ser: Formais (os instrumentos que dão a uma regra social o caráter de direito positivo e 
obrigatório),estas se subdividem em: 
a) Primarias: leis (no sentido amplo), CF e emendas constitucionais, Leis complementares, leis ordinárias, 
medidas, lei delegada, decretos legislativos, resolução do congresso, normas complementares (portarias, 
instruções normativas, ordens de serviço e atos declaratórios) 
b) Secundários: costumes, jurisprudências, doutrinas, poder negocial, poder normativo dos grupos sociais. 
Estes podem ser explicados desta maneira: 
(i) Costumes jurídicos: é uma NJ que resulta de uma pratica geral constante e prologada, observada 
com a convicção de que é juridicamente obrigatória; para que um uso se transforme em costume 
jurídico, precisa-se da constatação da ocorrência de dois elementos (externo ou uso; interno ou 
psicológico); É fonte originaria do direito; comum em países anglo-saxões (commom law) -> 
Aplicação do costume: direito comercial, penal, internacional, administrativo e civil; -> Tipos de 
costume: 1)Segundo a lei (secudem legem – quando a lei a ele se reporta expressamente, 
reconhecendo a obrigatoriedade); 2) Na falta da lei (proeter legem – quando intervém na falta ou 
omissão da lei, pois deixa lacunas que podem ser preenchidas pelo costume); 3) Contra a lei 
(contra legem – quando contraria o que a lei diz em seu corpo de texto, quando o costume supera 
a lei – lei morta – ou no costume ab-rogado, que cria uma nova regra); 
(ii) Jurisprudência: como fonte formal, é o conjunto de decisões uniformes e constantes sobre casos 
semelhantes (não se confunde com sentença). Formação: se forma pela repetição de sentença 
idênticas; 
(iii) Doutrina: é o estudo cientifico que os juristas realizam a respeito do direito, seja com qual 
proposito que for, é instrumento para compreender o direito e não é capaz de alterar a natureza 
dele, vem ganhando importância na formação do direito, pois é importante recurso à produção 
das NJ individuais para preencher lacunas, valiosa fonte de cognição; 
(iv) Poder Negocial: o negocio jurídico resultante desse poder é ato de autonomia privado com o 
qual o particular regula por si só os próprios interesses – O contrato faz lei entre as partes; 
(v) Poder normativo dos grupos sociais: o Estado não é o único que cria NJ, existem outros grupos 
que também o fazem, como a Igreja com a legislação canônica, as corporações com suas 
legislações internas, etc; 
b) Fontes Materiais: são elementos e fatores que determinam o conteúdo da NJ, já dois tipos nesse sentido: 
1) Realidade social (ou dados de fatos que contribuem para a formação do direito – elemento 
sociológico – Característica da sociedade especifica, o que ela precisa); 2) Valores (que o direito 
procura realizar, sintetizar no sentido concreto de justiça, elemento axiológico – o que se busca realizar 
com a norma, os valores da sociedade devem ser considerados). Ainda pode-se classificar as fontes em: 
estatais ou não-estatais; diretas (leis, leis no sendo estrito, costumes) e indiretos (doutrina e 
jurisprudência); 
 
VALIDADE DA NORMA JURIDICA 
 Vigência = validade formal; eficácia = validade fática; fundamento axiológico = validade ética; 
 Validade se refere ao processo do qual a norma se integra ao sistema normativo passando a pertencer a um 
ornamento jurídico, só poderá ser reputada valida a NJ que se encontrar dentro de um contexto de ornamento 
jurídico -> A norma emana de uma autoridade superior e obedece a um processo legislativo legitimo e regular. 
 Há quatro âmbitos distintos em que a validade da norma deve ser examinada quando ocorrem conflitos entre 
normas jurídicas: 1) Temporal (período durante o qual ela tem vigência); 2) Espacial (espaço em que se aplica – 
vigência espacial limitada – princípios); 3) Material (relativo à matéria que a norma regula); 4) Pessoal 
(atinente ao elemento pessoal, ou seja, aos sujeitos a quem obriga); 
1) Plano de existência ou vigência = validade formal: ocorre com a sua publicação e entrada em vigor, 
quando suas disposições passam a ser passíveis de exigência -> dimensão temporal, podendo dar-se por 
tempo determinado ou indeterminado e situa-se entre a validade e a eficácia, que é sua aceitação social, 
podendo abranger e até suplantar esta última -> normas que continuam vigentes, mas perdem sua eficácia 
em dado momento; 
2) Plano de eficácia = validade fática: observar-se-á o desempenho da previsão normativa hipotética frente 
à sociedade, que a aceita, respeita e obedece. Para a doutrina dominante a eficácia seria a relação entre a 
ocorrência (concreta) dos fatos estabelecidos pela norma que condicionam a produção do efeito e a 
possibilidade de produzi-lo; 
3) Aplicação da Lei no Espaço: A LINDB, como lex legum, é aplicável a todo ordenamento jurídico 
pátrio. -> Regra da territorialidade e a exceção a extraterritorialidade, princípios: 1) Territorialidade - em 
regra, a norma brasileira tem aplicação no território em razão da soberania do Brasil; 2) 
Extraterritorialidade moderada – excepcionalmente a norma brasileira pode ser aplicada no estrangeiro, 
tais como: embaixadas e consulados; as embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a 
serviço do governo brasileiro em serviço militar ou oficial onde quer que se encontrem; as aeronaves e as 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço 
aéreo correspondente ao alto-mar ou em alto-mar. Excepcionalmente a norma estrangeira pode ser 
aplicada no Brasil, tais como: tratados internacionais; estatuto pessoal – lei do domicílio - a lei do país em 
que a pessoa for domiciliada é que determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome 
a capacidade e os direitos de família (art. 7º LINDB). 
4) Eficácia da lei no tempo: três princípios: 1) Da obrigatoriedade: somente a norma jurídica publicada é 
obrigatória a todos e ninguém poderá descumpri-la, alegando ignorância. Portanto, o erro de direito é 
inescusável; 2) Da continuidade: norma permanente só perderá a eficácia se outra, de mesma ou superior 
hierarquia, vier modificá-la ou revogá-la. Portanto, a norma jurídica não perde vigência pelo mero 
decurso do tempo; 3) Da irretroatividade: a lei nova não pode retroagir para abarcar situações 
consolidadas por lei anterior, visa estabelecer a segurança jurídica do sistema, por intermédio do direito 
adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. 
a) Vacatio Legis: Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se estabelece entre a publicação e a entrada 
em vigor da lei. A lei não produzirá efeitos durante a vacatio legis, incidindo a lei anterior no sistema. Existem 
dois motivos para sua existência: 1) cognitivo: para que a lei seja levada ao conhecimento do destinatário antes 
de sua vigência; 2) instrumental: para que os órgãos da administração se aparelhem, para que a norma ganhe 
efetividade; 
i) Sistemas de vacatio legis: 1) Sistema simultâneo ou sincrônico: é o sistema brasileiro, a lei sempre entra 
em vigor na mesma data em todo o território nacional. Há, portanto, uma sincronia na entrada em vigor da 
lei; 2) Sistema progressivo: a vigência era distinta para locais distintos do território nacional. Substituído 
por gerar insegurança jurídica; 3) Sistema omisso: segundo esse sistema, não existe vacatio legis e toda lei 
entra em vigor na data de sua publicação; 
ii) Espécies de vacatio legis: 1) Lei com “vacatio legis” expressa: é a lei de grande repercussão, que, de 
acordo com o artigo 8.º da Lei Complementar n. 95/98, tem a expressa disposição do período de vacatio 
legis; 2) Lei com “vacatio legis” tácita: é aquela que continua em consonância com o artigo 1.º da Lei de 
Introdução ao Código Civil, ou seja, no silêncio da lei entra em vigor 45 dias depois de oficialmente 
publicada; 3) Lei sem “vacatiolegis”: é aquela que, por ser de pequena repercussão, entra em vigor na 
data de publicação, devendo esta estar expressa ao final do texto legal; 
iii) Contagem: A Lei Complementar n. 107/01 estabelece em seu artigo 8.º, § 1.º, o seguinte: "A contagem do 
prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data 
de publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente a sua consumação 
integral". 
iv) Errata: 1) erro irrelevante: não influi na interpretação da norma, não havendo necessidade de correção. É 
erro material, a ser corrigido de ofício pelo juiz; 2) erro substancial: implica divergência de interpretação 
e poderá ocorrer em três fases distintas do processo legislativo: a) antes da publicação: a norma poderá 
ser corrigida sem maiores problemas; b) no período de “vacatio legis”: a norma poderá ser corrigida; no 
entanto, deverá contar novo período de vacatio legis; c) após a entrada em vigor: a norma poderá ser 
corrigida mediante uma nova norma de igual conteúdo. 
v) Revogação da Norma: É a hipótese em que a norma jurídica perde a vigência porque outra norma veio 
modificá-la ou revogá-la. A norma jurídica é permanente e só poderá deixar de surtir efeitos se a ela 
sobrevier outra norma que a revogue. O desuso não implica a perda da vigência da norma, e sim, a perda 
de sua efetividade. A revogação de uma norma jurídica pode ser feita de duas formas: 1) revogação 
expressa: um novo comando normativo dispõe expressamente a respeito da perda da eficácia da norma 
anterior; 2) revogação tácita: a nova norma jurídica se torna incompatível com a norma anterior, ficando 
esta última revogada; 
vi) Não-repristinação da Norma: uma norma revogada não poder voltar ao ornamento jurídico, a menos que 
se crie uma norma que revogue a norma que a revogou primeiro. O motivo dessa não-restauração de 
normas é o controle do sistema legal para que se saiba exatamente qual norma está em vigor. Admite-se, 
no entanto, a restauração expressa da norma, ou seja, uma norma nova que faça tão-somente remissão à 
norma revogada poderá restituir-lhe a vigência, desde que em sua totalidade; 
vii) Conflitos da Lei no Tempo: O direito intertemporal visa solucionar os conflitos entre as novas e as 
velhas normas, entre aquela que acaba de entrar em vigor e a que acaba de ser revogada. Isso porque 
alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para 
solucionar tais conflitos existem dois critérios: 1) disposições transitórias: o próprio legislador no texto 
normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior; 2) princípio da 
irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga; 
viii) Direito adquirido: como aquele que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de 
seu titular, ainda que de efeitos latentes, de modo que nem a lei e nem fato posterior possa alterar tal 
situação jurídica. O direito adquirido apresenta os seguintes limites: não prevalece contra normas 
constitucionais, exceto, para alguns doutrinadores, se e quando decorrentes de emenda constitucional, 
pois o Direito adquirido é cláusula pétrea, por ser direito previsto no artigo 5.º da Constituição Federal; 
retroage normas administrativas e processuais; retroage normas penais benéficas ao réu; retroage normas 
que dizem respeito ao estado e à capacidade das pessoas. 
ix) Coisa julgada: é a qualidade dos efeitos da sentença, no sentido de lhes traduzir imutabilidade. Somente o 
dispositivo da sentença, cuja função é analisar o pedido, fará coisa julgada, não podendo haver coisa 
julgada quanto à fundamentação, em que se analisa a causa de pedir. A coisa julgada é soberana, ou seja, 
não pode ser alterada por ação rescisória, se decorrido o prazo legal para propositura desta (após o 
período de dois anos de trânsito em julgado, a questão ficará inquestionável; 
 
JUSTIÇA E DIREITO 
 Justiça: elemento primordial da finalidade do Direito; é o sentimento mais afeto ao Direito, traço marcante da 
própria concepção linguística do vocábulo direito -> Segurança jurídica, a ordem social e a respeitabilidade do 
Direito = elementos que compõe ou refletem a concepção de justiça -> A justiça como equidade tem como 
fundamento básico, primeiramente, a observância de dois princípios: o da liberdade e o da igualdade; tais 
princípios são superiores a todos os demais aplicáveis aos cidadãos, como pessoas livres e iguais -> O fim 
primário do conteúdo jurídico é a justiça na composição social -> Senso de justiça se relaciona com os 
elementos circundantes da realização do Direito. 
 Axiologia jurídica: A justiça deve ser vista como um valor, uma realidade axiológica. Axiologia jurídica é o 
estudo dos valores jurídicos. Axios = do grego, significa apreciação, estimativa. Valores positivos ou negativos 
e uma hierarquia de valores; 
 Justiça no sentido objetivo – justiça se aplica a ordem social que garante a cada um o que é seu. 
 Justiça no sentido subjetivo – é a virtude pela qual damos a cada um o que lhe é devido. 
 Características da Justiça: A Alteridade (pluralidade de pessoas); O devido (obrigação - O devido moral – 
gratidão, amizade – contribui para a perfeição; O devido legal – o débito é rigoroso, preciso); A igualdade ( A 
dá a B (alteridade) o que lhe é devido, segundo uma igualdade); 
 Classificação da Justiça: 
1) Justiça Distributiva: é a virtude pela qual a comunidade dá a cada um de seus membros uma participação 
no bem comum, observada uma igualdade proporcional ou relativa. Assegura ao particular uma parte do 
bem comum, distribuído proporcionalmente a seu valor como membro do corpo social e a posição que ele 
ocupa na sociedade. Compete ao estado, como agente, a repartição dos bens e dos encargos aos membros 
da sociedade. 
2) Justiça Comutativa: é a virtude pela qual um particular dá a outro particular aquilo que lhe é 
rigorosamente devido, observada uma igualdade simples e real. É a forma de justiça que preside as 
relações entre particulares, igualdade quantitativa (dar e receber). 
3) Justiça Geral: é a virtude pela qual damos a sociedade o que lhe é devido para promover o bem dos 
cidadãos. Justiça geral também chamada legal, porque geralmente vem expressa em lei. Indivíduos 
colaboram na medida de suas possibilidades 
 Critérios de Justiça: 
1) Critérios formais: Igualdade (isonomia, tratamento igual); Proporcionalidade (situações desiguais); 
2) Critérios materiais: Mérito (valor individual, proporcionalidade de acordo com o merecimento); 
Capacidade (corresponde às obras realizadas); Necessidade (minimus vital , essencial ao homem); 
 
RELAÇÃO JURÍDICA 
 É o vínculo que une duas ou mais pessoas, cuja relação se estabelece por fato jurídico, cuja amplitude relacional 
é regulada por normas jurídicas, que operam e permitem uma série de efeitos jurídicos ou é uma relação social 
regulada pelo direito tipificada por norma jurídica, ditando assim o titular do direito subjetivo e o titular do 
dever jurídico por um objeto através de um vínculo -> São as relações jurídicas que dão movimento ao Direito. 
Em sentido amplo, os acontecimentos que instauram modificam ou extinguem relações jurídicas. 
 Formação da relação jurídica: As relações jurídicas se formam pela incidência de normas jurídicas em fatos 
sociais. Em sentido amplo, os acontecimentos que instauram, modificam ou extinguem Relações jurídicas. As 
relações jurídicas podem ser: simples ou complexa 
 Elementos da relação jurídica: 
1) Pessoa natural ou jurídica = Personalidade – Capacidade 
2) Sujeitos da relação jurídica: Relação de homem para homem cada qual possui uma situação jurídicaprópria. Esta consiste na posição que a parte ocupa na relação, como titular de direito ou de dever. A 
situação jurídica ativa a que corresponde é posição do agente portador de direito subjetivo. A situação 
jurídica passiva, a do possuidor de dever Jurídico. 
a) Sujeito ativo: é o credor da prestação principal ou obrigação principal, titular do direito subjetivo. 
b) Sujeito passivo: titular do dever jurídico. 
 Obs.: Esses sujeitos terão obrigações que se dividem em dar, fazer e não fazer. 
 Os sujeitos (passivo e ativo) são as partes envolvidas na relação jurídica. As pessoas não 
envolvidas são conhecidas como terceiros. Estes, podem ser interessados ou desinteressados. 
Ex.: Havendo um contrato de locação, os sujeitos serão o locador e o locatário. O terceiro 
interessado seria, por exemplo, um sublocatário, e o terceiro desinteressado, qualquer outra 
pessoa como o dono do bar da esquina. 
3) Vínculo de atributividade: Pode ser por meio legal, ou seja, a Lei, ou pode ser por meio de acordo de 
vontades, que une os sujeitos; 
4) Objeto: vai existir, em torno, em função do objeto. A relação jurídica gira em torno do objeto. Objeto é a 
coisa, o conteúdo, é a garantia, é a dívida; na empreitada, o conteúdo é a realização da obra, o objeto, 
prestação do trabalho numa sociedade comercial, o conteúdo são os lucros procurados, o objeto, o ramo 
do negócio jurídico. O Objeto da relação jurídica pode ser: Imediata (prestação) ou mediata ( bens 
jurídicos – coisa ou pessoa); 
 Espécies de relação jurídica: Em razão do objeto, podemos dividir as relações jurídicas em pessoais, reais e 
obrigacionais: 
1) Relações jurídicas pessoais: O objeto pode ser um bem vinculado intimamente à pessoa -> Direito de 
família (art. 1566 do NCC); 
2) Relações jurídicas obrigacionais: Visa primordialmente à prestação, que tem cunho patrimonial -> 
Fiança, locação.(obrigação de fazer, de dar e de não fazer); 
3) Relações jurídicas reais: direitos que o sujeito tem sobre as coisas -> Relações advindas do direito de 
propriedade; 
4) Relações jurídicas decorrentes dos direitos da personalidade: ligados diretamente a personalidade 
jurídica do sujeito, objeto da relação são bens imateriais -> Relações decorrentes do direito à honra, à 
intimidade, à liberdade, etc; 
 OBS: Mas, as relações jurídicas também podem ser vistas por outros ângulos, existindo, desta forma, 
relações jurídicas civis, penais, processuais, tributárias, entre outras, de sorte que existirão tantos 
tipos de relações jurídicas quantos forem os ramos de direito reconhecidos; 
 Nascimento da relação jurídica: Fatos jurídicos 
1) Fatos naturais: são os alheios à vontade e à ação humana ou a elas apenas indiretamente relacionados: a) 
Ordinários: nascimento, morte, maioridade; b) Extraordinário: caso fortuito e a força maior 
2) Atos jurídicos: Ato lícito; Ato ilícito; Abuso de direito; 
 
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO DA NORMA JURÍDICA 
 Toda lei está sujeita a interpretação. Toda norma jurídica tem de ser interpretada, porque o direito objetivo, 
qualquer que seja a sua roupagem exterior, exige seja atendido para ser aplicado, e neste entendimento vem 
consignada a sua interpretação -> mesmo que a NJ seja clara é preciso de interpretação -> é necessário 
investigar a essência da vontade legislativa, não só na exteriorização verbal, mas na sua força interior e poder 
de comando -> LEI = NORMA ABSTRATA; 
 Hermenêutica jurídica: é a ciência, a arte da interpretação da linguagem jurídica. Serve para trazer os 
princípios e as regras que são as ferramentas do intérprete. A aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é 
chamada exegese. 
 Interpretar uma lei: é determinar-lhe com exatidão seu verdadeiro sentido, descobrindo os vários elementos 
significativos que entram em sua compreensão e reconhecendo todos os casos a que se estende sua aplicação. 
Interpretar a lei será, pois, reconstruir a mens legis, seja para entender corretamente seu sentido, seja para 
suprir-lhe as lacunas. 
 Formas de interpretação 
1) Quanto à origem ou fonte: 
a) Autêntica ou Legislativa: é aquela que emana do próprio poder que elaborou a norma. Quase 
sempre se exerce através de lei interpretativa, por via da qual se determina o verdadeiro sentido do 
texto controvertido. 
b) Judiciária ou Jurisprudencial: é a que emana dos juízes e tribunais, resultando da ciência e da 
ciência e da consciência do julgador e tem por limite o alegado e provado no processo. É a 
ministrada pelos tribunais, mercê da reiteração de seus julgamentos, sendo a lei apreciada sob todos 
os seus aspectos. 
c) Doutrinária, livre ou Científica: Emana dos estudiosos do Direito e resulta da ciência de cada um. 
É a dos juristas que analisam a lei à luz de seus conhecimentos técnicos, com a autoridade de 
cultores do direito. 
2) Quanto ao processo ou meios ou métodos: Sob o critério da natureza, ou meios de fazê-la, temos as 
seguintes espécies de interpretação: 
a) Gramatical: busca o significado literal da linguagem, aplicando regras de sistematização da língua; 
b) Lógica: procura, através do raciocínio, o sentido e o alcance da norma, ou seja, o seu verdadeiro 
conteúdo como entidade jurídica autônoma. O emprego de regras e argumentos lógicos fazem com 
que o processo tenha rigor e segurança, sendo muito empregado; 
c) Sistemática: busca a interpretação contextual da norma, sua colocação nos textos positivos, suas 
subordinações a outros textos, sua ordem na espécie legislativa que a prevê e sua consequente seara 
de aplicação; 
d) Histórica: busca a intenção do legislador tanto no momento da feitura da norma quanto na origem 
do seu instituto, preponderando a análise da situação fática existente quando da edição do texto 
legal; 
e) Teleológica (sociológica): busca a adaptação da norma ao contexto social existente ao tempo de sua 
aplicação, alcançando a denominada interpretação evolutiva. 
3) Quanto ao resultado: 
a) Declarativa ou Estrita - é aquela que conclui pela coincidência entre os resultados das 
interpretações gramatical, lógica e sistemática e o texto da lei, de modo a reproduzi-lo praticamente; 
b) Restritiva - é aquela que reduz a expressão usada pela norma legal face a conclusão de que esta disse 
mais do que o legislador quis dizer; 
c) Extensiva - é aquela que amplia a expressão usada pela norma por concluir que ela disse menos do 
que o legislador quis dizer; 
 PASSOS NA INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEI: São cinco os passos utilizados na 
interpretação da lei: 
1) Interpretação literal (gramatical); 
2) Verificação dos quatro outros critérios (lógica + histórica+ teleológica+sistemática); 
3) Utilização da analogia, e no tocante a esta aplicação, cumpre informar a existência de regra básica de 
hermenêutica apta a informar a aplicação do meio integrativo analógico, traduzida na expressão latina 
ubi idem ratio, ibi eadem dispositio (onde há a mesma razão, aplica-se a mesma disposição); 
4) Uso das fontes secundárias (costumes + doutrina + jurisprudência); 
5) Utilização dos princípios gerais do Direito.

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