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ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

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ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
 
GARANTATIAS e PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Professora Ma. Anne Cabral
Administração Tributária
De acordo com Kiyoshi Harada a “ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA é a atividade do poder público voltada para a fiscalização e arrecadação tributária.”
Está disposta nos artigos 194 a 208 do CTN, que subdivide em FISCALIZAÇÃO, DÍVIDA ATIVA e CERTIDÕES NEGATIVAS. 
Os serviços de fiscalização, arrecadação e cobrança insere-se nas competências da Administração Tributária de cada ente político, devendo ser executadas por servidores de carreiras específicas  vide Art. 37, XXII/CF.
Grosso modo, as atividades da Administração Tributária consistem em: i) procedimentos fiscalizatórios adequados; ii) cobrança judicial dos créditos inscritos em dívida ativa; iii) medidas de controle e verificação da regularidade fiscal do contribuinte. 
Administração Tributária
DA FISCALIZAÇÃO 
Arts. 194 a 200, CTN;
São passíveis de fiscalização pessoas físicas ou jurídicas, contribuintes ou não, mesmo que se trate de entidade imune ou isenta.  Vide art. 194, CTN.
Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e comprovantes de lançamento DEVEM ser conservados até a prescrição do Crédito Tributário.  Vide art. 195, P.U., CTN e Súmula 439, STF.
A autoridade administrativa é obrigada a lavrar termo documentando o início da diligência de fiscalização e fixar o prazo máximo para conclusão dos trabalhos  garantia para sujeito ativo e passivo. 
O art. 197, CTN arrola pessoas ou entidades obrigadas a prestar informações de terceiros à autoridade administrativa, por exemplo tabeliães e bancos, porém precisam ser intimadas por escrito pela autoridade administrativa, logo não precisam de ordem judicial. 
Administração Tributária
DA FISCALIZAÇÃO
Conforme entendimento pacificado do STJ o SIGILO BANCÁRIO constitui espécie do direito à intimidade (direito fundamental, art. 5º, X/CF)  De acordo com a LC 105/2001 permite-se a quebra de sigilo bancário pela Receita Federal, ser art. 6º CONDICIONA a quebra de sigilo bancário à existência prévia de processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e indispensabilidade do exame de dados a juízo da autoridade administrativa competente. 
O art. 198, CTN, proíbe a divulgação, por parte da Fazenda Pública e seus agentes, de informações sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos, EXCETO quando for para dar informação às CPIs e na mútua assistência entre os fiscos federal, estaduais e municipais. 
O art. 200 ainda permite a utilização de força pública para garantir os objetivos da Administração Tributária, ainda que não se configure crime ou contravenção  Contudo deveria ser o último recurso. 
Administração Tributária
DA DÍVIDA ATIVA
“Crédito do Estado a ser cobrado executivamente” Kiyoshi Harada.
= Crédito Tributário inadimplido + Inscrição  Pré-requisito para a proposição de Ação Judicial de Cobrança Tributária (Execução Fiscal).
Constitui ato de controle administrativo de legalidade (vide art. 2º, §3º, LEF), objetiva dar certeza e liquidez para a dívida  Tem o efeito de prova pré-constituída,CONTUDO, essa presunção de certeza e liquidez é juris tantum  Ainda, a incidência de juros de mora não prejudica a liquidez (vide art. 201, P.U., CTN), pois por simples cálculo aritmético é possível chegar no quantum debeatur. 
Administração Tributária
DA DÍVIDA ATIVA 
O Art. 202, CTN determina os elementos que deve conter obrigatoriamente no termo de inscrição de dívida ativa (CDA – Certidão da Dívida Ativa)  A não observância desses elementos ou do número do livro e da folha em que está inscrita a dívida ativa na CDA são causas de NULIDADE da inscrição e, por conseguinte, do processo executivo.  Permite-se o FISCO sanar a nulidade até a DECISÃO DE 1ª INSTÂNCIA, por substituição da certidão nula, nesse caso devolve-se o prazo ao sujeito passivo apenas no que concerne à parte modificada.
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
	I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
	II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
	III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
	IV - a data em que foi inscrita;
	V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
	Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
DA CERTIDÃO NEGATIVA
A prova de quitação de determinado tributo se faz por certidão negativa, seu prazo de expedição é de 10 dias.
Tem os mesmo efeitos da certidão negativa aquela em que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha se efetivado a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa  Vide art. 206, CTN  Certidão Positiva com Efeitos de Negativa.
A prescrição extingue o direito de ação e o próprio crédito tributário, LOGO, infundada qualquer recusa de certidão negativa de crédito prescrito.
Diferentes legislações vêm se utilizando da exigência de certidão negativa de débito fiscal para a prática de outros atos como forma coação indireta do contribuinte, ou seja, sanções, situações proibidas, portanto.  Analogamente às súmulas 70 e 323 do STF.  Nesse caso, usar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, posto que o STF entende inconstitucional quando a exigência implicar impedimento absoluto da atividade empresarial, por outro lado não há inconstitucionalidade quando a exigência impedir apenas a participação em determinado ato, licitação, por exemplo, mantendo-se o funcionamento normal da atividade empresarial. 
GARANTIAS e PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Arts. 183 a 193, CTN.
A enumeração de garantias atribuídas pelo CTN ao CT não exclui outras que sejam expressamente previstas por lei.  Vide art. 183, CTN.
As garantias e privilégios do Crédito Tributário são, na verdade, um ponto de desequilíbrio na relação jurídica tributária, posto que só o FISCO desigualmente é dotado desses benefícios, pelo princípio da supremacia do interesse público.
Todos os bens do contribuinte estão expostos à execução fiscal  Vide art. 184, CTN  Alcança inclusive os bens gravados com cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade ou incomunicabilidade, a não ser os bens absolutamente impenhoráveis assim declarados por lei específica. 
GARANTIAS e PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Para o débito regularmente inscrito em dívida ativa, qualquer alienação (mesmo gratuita) ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo pelo sujeito passivo inadimplente considera-se fraude à execução fiscal.  Vide art. 185, CTN.
Assim, o devedor deve reservar bens ou rendas suficientes a garantir o integral pagamento do crédito regularmente inscrito em dívida ativa, para que suas alienações e derivados não constituam fraude à execução fiscal. 
O CT prefere qualquer outro, EXCETO os créditos trabalhistas e de acidente de trabalho  Vide art. 186, CTN.
Diferentemente ocorre na falência quando o CT não prefere (fica atrás): i) Créditos Extraconcursais (decorrem da administração da massa falida e daí pode decorrer créditos tributários, vide art. 188, CTN); ii) importâncias passíveis de restituição nos termos da lei falimentar (pertencem a terceiros); iii) dos créditos trabalhistas e acidentários; iv) dos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado.
A multa tributária não dispõe da preferência aplicada os tributos, equipara-se à demais penas pecuniárias, ou seja, abaixo dos créditos quirografários, preferindo apenas os créditos subordinados (previstos em lei ou contrato, bem como créditos dos sócios e administradores sem vínculo empregatício.

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