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TRABALHO TGD IURISPRUDENTIA

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A JURISPRUDÊNCIA ROMANA 
E SUAS FASES NA HISTÓRIA DO DIREITO
Há milênios o direito é uma técnica social específica de resolver conflitos concretos e desde o primeiro século de nossa era recebeu uma forma que podemos chamar de ‘científica’, por meio da obra dos jurisconsultos romanos, que, com uma preocupação harmonizadora, guiando-se pela associação de idéias e usando continuamente o raciocínio por gênero e espécie, chegaram a certas noções de caráter geral. 
O direito romano valorizava a solução dos casos concretos, nesse período se considerava o direito como peça fundamental para resolução de conflitos reais e existentes, num dado momento, em uma dada comunidade, envolvendo determinadas pessoas. 
II. A JURISPRUDÊNCIA NA FASE DA REALEZA ROMANA
O período histórico em que Roma foi governada por reis foi chamado de Realeza, durante esse período, ao todo foram sete reis que governaram Roma, tendo como seu ultimo Rei Tarquinio O Soberbo.
Nesse período os poderes públicos eram exercidos pelo Rei, pelo Senado , que na época era formado pelos membros mais velhos das famílias de patrícios, os chamados Pater Famílias, e pelo povo. O rei era o superior, o Senado era como um conselho particular do Rei, que tinha competência para gerir e opinar nos negócios de interesse público. O último, o povo, exercia seus direitos em assembléias, denominadas comitias (comícios), onde votavam para decidir sobre propostas específicas de casos concretos. 
As fontes do direito na fase da realeza são apenas duas: 
O costume (fonte principal). Podendo ser entendido como o uso de norma jurídica tradicional, jamais proclamada solenemente pelo legislativo. Sua autoridade resulta de um acordo tácito entre todos os componentes da cidade.
A lei (secundária). Decorre de uma iniciativa do rex, tendo em vista um caso concreto em que alguém deseja agir contrariando algum costume. Essa proposta do rei pode ou não ser aceita pelo povo. Se for aceita, a lei é analisada pelo senado. Caso legitimada torna-se obrigatória perante todos.  
Vale ressaltar apenas, que ao longo de cada reinado, o Rei foi perdendo força, o que fazia com que o Senado se tornasse figura principal nas organizações daquele reino. Enfim, com a revolta dos plebeus, que ao perceberem que as “leis” criadas pelo Rei, e pelo Senado não os favoreciam de modo algum, passaram a se recursar a lutar nas grandes invasões de Roma, com isso o Senado verificou uma forma de derrubar o Rei, Tarquinio, tramando o que ficou conhecido como o grande golpe, e com o isso o Senado pode tomar o poder total das leis, e da forma nas quais essas leis seriam aplicadas, nasce uma República!
III. A JURISPRUDENCIA NA FASE DA REPÚBLICA ROMANA
No início da fase da república, logo após a expulsão de Tarqüínio, o Soberbo, houve a substituição do rei por dois comandantes militares que eram chamados de cônsules, que por sua vez eram dotados de iguais poderes. Esses sucessores do rei eram eleitos anualmente, em número de dois, para que governassem de forma alternada, cada mês um deles controlavam o imperium, enquanto o outro fazia uma fiscalização, com direito de veto ou intercessio. Foi nessa época que a diferença entre patrícios e plebeus já não se justificava. Inclusive, por volta dos séculos IV e III a.C., a plebe já ocupava todos os cargos da magistratura, antes reservados só aos patrícios. Foi na republica que o Senado se torna verdadeiro centro de poder e governo.
Na República, a organização social se modifica um pouco. As classes sociais eram bem distintas: classe baixa e nobreza.  A organização política era composta por cônsules, pelo senado e pelo povo, que se reunia em comícios populares.
O Senado, que exercia funções consultivas, como por exemplo, ratificar leis e decisões dos Comícios.
O povo, composto por patrícios e plebeus, exercia seus direitos reunidos em comícios, onde exerciam-se funções legislativas e judiciárias, aos poucos a jurisprudência romana toma forma, e começa a ganhar um lugar de destaque nas resoluções da comunidade.
As fontes do direito na fase da República são cinco: 
Os costumes; conservava extrema importância na sociedade romana, tornou-se importante arma dos nobres contra a pobres.
As leis escritas; era regida pelos nobres e pelo Senado. (Exemplo: A Lei das XII Tábuas tem importância incontestável, pois foi considerada pelos próprios romanos, fonte de todo o direito publico e privado)
O plebiscito; era aquilo que a plebe deliberava por proposta de um magistrado plebeu, aplicando-se unicamente à plebe.
Os editos dos magistrados; era o conjunto de declarações em que expunham aos administrados os projetos que pretendiam desenvolver.
A jurisprudência; eram jurisconsultos encarregados de adaptar os textos legais às mudanças do direito vivo, preenchendo as lacunas deixadas pelas leis.
Nos tempos primitivos a jurisprudência romana era monopolizada pelos patriarcas. Definia-se jurisprudência como conhecimento das coisas divinas e humanas, a ciência do justo e do injusto. A interpretação dos prudentes corresponde ao que atualmente chamamos de doutrina, diferindo do que atualmente entendemos por jurisprudência (decisões repetidas dos tribunais). Tais pareceres, ou seja, a interpretação dos prudentes, passaram a influir na formação do direito. 
A Evolução da Jurisprudência
- Da nascente no Império Romano, aos dias atuais – A jurisprudência como alicerce do estudo e aplicação do Direito.
A iurisprudentia (jurisprudência) no Império Romano – 27 a.C a 284 d.C
Nessa fase do Direito Romano, os poderes públicos eram exercidos pelos famosos Imperadores, que tinham seus funcionários imperiais, havia também a presença mesmo que um pouco menos ativa do Senado e os comícios.
Entretanto, mesmo toda essa organização de poderes, era o Imperador que obtinha a autoridade máxima, que era inviolável e um poder que não era mais descentralizada como na República.
Apenas a título de conhecimento, algumas das principais atribuições do Imperador: O direito de declarar guerra e celebrar paz, fundar e organizar colônias, conceder cidadania, convocar o Senado, cunhar moedas, instituir tributos, administrar, dizer o direito.
Nessa fase também havia o Consilium Principis que era um órgão que atuava como consultor do Imperador, que os solicitava sempre que achasse necessário, o conselho era formado por amigos próximos do Imperador e juristas em destaque.
Aliás, destaca-se que as magistraturas republicanas tiveram suas funções reduzidas, já que seus poderem agora pertencem ao Imperador, tendo inclusive os edis desaparecido, e o tribunato da peble, tendo recebido funções exclusivamente administrativas de menor importância. Os comícios tão presentes na fase da República, também perdem atribuições, eis que não possuem mais seus poderes legislativos, eleitorais e judiciários.
I. O Alto Império e a Jurisprudência
As fontes do direito na fase do alto império são seis, costume, lei, senatusconsultos, editos dos magistrados, constituições imperiais e a jurisprudência.
A jurisprudência, considerada como fonte do Direito, vinculava as decisões judiciais, “equivalia a nossa doutrina. Diga-se que o imperador podia atribuir a certos juristas o chamado ius respondendi, que conferia a seus pareceres maior força que aos dos demais” 
A partir do século IV a.C a conquista Romana sobre Helade (atual Grécia), representa uma ruptura epistemológica na forma em que se compreendia e construía o sistema jurídico romano. Esta ruptura se fez na medida em que do direito pragmático, que é atônico do direito romano, desencadeou toda uma séria de valores e de princípios de natureza abstrata, invadindo os iuris consulto e levando-os a construir uma nova jurisprudência, que alterou até mesmo o conceito de litígio, enfim, da própria relação processual, que até então recebia grande atenção do Direito Romano.
Estas transformações não se deram do dia para a noite, já que elas alteraram as condições políticas, econômicas, sociais, culturais e jurídicas de uma civilização com mais de600 anos, o que explica os quase 2 séculos que os juristas romanos levaram para mensurar o choque do pensamento helênico e o romano.
Sendo assim, diante de todos esses séculos, a jurisprudência foi tomando sua forma, e foi ganhando espaço no Direito, nota-se que desde o início ela esta presente no Direito, mesmo que com papel secundário.
A FORMA NA QUAL A JURISPRUDÊNCIA É APLICADA NOS DIAS ATUAIS
A sociedade romana, enfoca o nascimento das relações jurídicas, que à princípio eram muito mais específicas, regendo determinada situação de direito já existente, para aos poucos começar a ganhar um caráter geral, regendo situações generalizadas, o que conseqüentemente gerou uma maior abrangência da norma jurídica. 
O direito romano valorizava a solução dos casos concretos; realizar o direito era solucionar um conflito real e existente.
Naquela oportunidade, advogados, magistrados e jurisconsultos tinham em comum sua origem nobre, contudo sua atuação e seus interesses seguiam lógicas diferentes. Os advogados formam um novo tipo de profissional do direito, cuja atuação ocorria apenas diante do magistrado. 
A capacidade de oratória e da argumentação fazia parte da formação desenvolvida pelo advogado, incluía-se também o aprendizado de um mínimo conhecimento de direito, necessário apenas para a compreensão das fórmulas elaboradas pelos jurisconsultos. Diferente dos dias de hoje em que os advogados são peças importantes no cenário político e efetivos guardiões dos direitos fundamentais individuais, sociais e coletivos. 
A existência do advogado na produção da jurisprudência romana não pode ser entendida como o total abandono da formalidade do direito. A formalidade foi, progressivamente, sendo atenuada, ganhando importância crescente a retórica dos advogados na solução dos casos na medida em que convenciam, por meio da argumentação, os magistrados a aceitarem os formulários por eles defendidos.
O compromisso dos jurisconsultos era com o direito e não com causas ou clientes, o que nos dias atuais, os operários do direito tem um compromisso com o seu cliente e com a causa por ele apresentada.  Eram profissionais remunerados, e as fórmulas por eles elaboradas pretendiam representar o direito e não qualquer interesse em disputa. A tradição romana foi estruturada sob a realização da justiça para os casos concretos.
Ocorre, no entanto, que a maior contribuição deste período e, certamente, um dos maiores legados deixados pela civilização romana corresponde ao Corpus Juris Civilis, obra esta que reúne o direito romano propriamente dito. O direito de Justiniano é uma obra que reúne em um só corpo numerosos textos de lei das épocas anteriores, assim como de sua época também, tendo tido vigência em todo o Império Romano, daí a sua incontestável importância não apenas para a época, mas também para a posterioridade, pois é o Direito Romano, cujos principais institutos encontram-se condensados no Corpus Juris Civilis, que constitui a raiz a partir da qual brotaram-se os principais institutos jurídicos ocidentais dos tempos atuais.
Questão:
Em que medida as figuras construtivas da dogmática nascente deixaram de ser parte imanente da ordem jurídica para serem mediação entre isto e decisões concretas? 
Reposta da questão:
Na medida em que surge o pensamento prudencial com suas regras, princípios, figuras retóricas, meios de interpretação, instrumentos de persuasão e outros. Socialmente, ele separa-se do próprio direito e permite, então, que o direito em si não seja visto sob a forma de luta, como uma espécie de guerra entre o bem e o mal, mas como uma ordem reguladora válida para todos, na qual se discute e se argumenta.

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