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Dir. Civil IV

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DIREITO CIVIL IV
Prof. Giordano
_Direito Civil Brasileiro 5
1) Introdução ao Estudo do Direito Civil Brasileiro
	1.1) Evolução Histórica
		A) Código Civil de 1916:
			O Brasil teve 8 Constituições:
				→ 1824: Imperial. Outorgada.
				→ 1891: Republicana. Promulgada.
				→ 1934: Era Vargas. Promulgada.
				→ 1937: Ditadura Vargas. Outorgada.
				→ 1946: Redemocratização. Promulgada.
				→ 1967: Ditadura de 1964. Outorgada.
				→ 1969: AI 5. Outorgada.
				→ 1988: Carta de Outubro. Constituição Cidadã.
	
		# A Constituição de 1824 determinava a edição de um Código Civil.
		# 1899: Clóvis Beviláqua: fez o Código, inspirado do francês.
		# 1916: fez-se o Código Civil.
			Valores: INDIVIDUALISMO e PATRIMONIALISMO.
	B) Código Civil de 2002: o Código de 1916 resistiu a 6 Constituições e também à 2ª Guerra Mundial.
		Valores: SOCIABILIDADE (norma preocupada com o coletivo), OPERABILIDADE (aplicação simplificada da norma) e ETICIDADE (valores, boa-fé objetiva).
2) Conceitos e Diferenças entre Direito Real, Direito Obrigacional, Obrigação Real, Obrigação com Eficácia Real e Obrigação Natural
	2.1) Direito Subjetivo Patrimonial: direitos reais.
Direitos Reais: é o conjunto de normas que regula a relação entre pessoas (naturais/jurídicas) e a coisa (bens corpóreos). É impossível haver uma relação entre pessoas e coisas. O que existe é uma relação de dominação/apropriação. Relação Jurídica só existe entre pessoas.
Os direitos reais são absolutos, ou seja, oponíveis erga omnes (contra todos). Por isso, a relação de direito real possui como sujeito ativo o titular do direito, como sujeito passivo a coletividade, como objeto o bem corpóreo e como vínculo a norma.
	2.2) Direito Subjetivo: obrigacional/pessoal.
É o conjunto de regras que regulamenta a relação existente entre pessoas (naturais/jurídicas).
Relação de COOPERAÇÃO – PRESTAÇÃO – EXIGIBILIDADE JURÍDICA (executividade) – PRETENSÃO.
	2.3) Obrigação Mista/Real/In Rem/Ob Rem/Propter Rem: é obrigação que se adere a alguma coisa (bem) e vai persegui-lo onde quer que esteja. Ex.: IPTU, IPVA etc.
	2.4) Obrigaçãocom Eficácia Real (absoluta): é obrigação com oponibilidade erga omnes. É obrigação que, devido a sua importância, o direito confere que possa ser oposta a todos. Ex.: art. 8ª da L. 8.245/91 (Lei de Locações).
	2.5) Obrigação Natural: possui prestação, mas não possui pretensão, isto é, ela não possui exigibilidade jurídica. Ex.: dívida de jogo, dívida prescrita etc.
3) Direitos Reais: Generalidades
	3.1) Conceito:
O CC/02 denomina essas normas de Direito das Coisas.
Savigny: afirma que a nomenclatura deveria ser direitos reais, pois direito principal (das coisas) é a propriedade, e essa sempre foi inerente à realeza.
Hoje, tem-se que o direito das coisas é gênero, englobando a posse e os direitos reais.
Beviláqua: complexo das normas regulamentadoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem.
Diferença entre bem e coisa:
			BEM: é gênero, podendo ser corpóreo ou incorpóreo.
			COISA: é espécie de bem, que é material e economicamente apreciável.
		Obs.: Direito das Coisas estuda a relação de dominação do homem sobre bens com valor econômico, ou seja, coisa. Direito das Coisas é gênero que engloba o estudo da posse, que não é direito real, segundo o art. 1.225 do CC.
	3.2) Características dos Direitos Reais
	→ Absolutos
	→ Geram Preferência
	→ Atributivos (a um sujeito)
	→ Imediatos
	→ Permanentes
	→ Sequela
	→ Taxativos (numerus clausus)
	→ Jus in re (direito à coisa)
		A) Taxatividade: somente é considerado direito real o que a norma diz ser direito real. Os direitos reais são numerus clausus. Não podem ser criados novos direitos reais pela autonomia de vontade das partes.
			→ Art. 1.225 do CC:
				→ Propriedade
				→ Superfície
				→ Servidão
				→ Usufruto
				→ Uso
				→ Habitação
				→ Dir. do promitente comprador do imóvel
				→ Penhor
				→ Hipoteca
				→ Anticrese
				→ Uso para moradia
				→ Direito real de uso
		B) Absolutismo: a sociedade, sujeito passivo da relação de direito real é obrigada a respeitar o exercício desse direito pelo titular, ou seja, o titular de direito real pode opor este direito contra todos (oponibilidade erga omnes), respeitando a função social.
			Obs.: diferença entre direito real e direito obrigacional:
				→ Na relação de direito real existe apropriação de coisas pelo homem. É o chamado ius in re.
				→ No direito obrigacional existe uma relação de cooperação entre pessoas. O que existe é prestação.
				→ Os direitos reais são absolutos. São oponíveis contra todos. A sociedade deve se abster de intervir na relação de direito real (iura excludendi omnes alios).
			→ Os direitos obrigacionais são relativos, isto é, oponíveis somente entre as partes.
		C) Preferência: em concurso de credores, havendo um ou mais com direitos reais de garantia (penhor, hipoteca e anticrese), terão preferência no crédito.
			→ Art. 1.422: privilégios legais que relativizam essa característica
		D) Sequela: os direitos reais se aderem às coisas, acompanhando-as onde quer que elas vão e com quem elas estejam. O titular do direito real tem direito de perseguir e reaver a coisa.
	3.3) Relação de Direito Real:
		→ Sujeito ativo: titular.
		→ Sujeito passivo: a coletividade
		→ Objeto: a coisa (bem corpóreo e com valor econômico).
		→ Vínculo: a norma.
	3.4) Classificação dos Direitos Reais:
		A propriedade foi o primeiro reconhecimento jurídico acerca da apropriação de coisas pelo homem. Com o tempo, outros instrumentos foram surgindo, com o fito de proteger, desdobrar e elastecer esse direito.
		Para entendermos a classificação dos direitos reais será necessário analisar a escala de poderes que se exercem sobre a coisa, para apontar se essa relação é de propriedade, domínio ou posse.
		→ Art. 1.228 do CC: poderes inerentes à “propriedade”/direitos reais. O CC ainda guarda certo apego à expressão “propriedade”. Às vezes, quer dizer direitos reais.
			
			→ Usar;
			→ Gozar/Fruir;
			→ Dispor;
			→ Reivindicar: sequela.
		1 → Propriedade: a pessoa tem todos os poderes inerentes (usar, gozar, dispor e reivindicar) + possui registro.
		2 → Domínio: a pessoa tem todos os poderes (usar, gozar, dispor e reivindicar), mas não tem registro.
			
		3 → Posse: a pessoa tem um ou alguns dos poderes, mas não todos. Em especial, tem os poderes de usar, gozar e reivindicar.
		# QUESTÃO: propriedade é sinônimo de domínio?
			→ 1ª Corrente – Histórica: Sim. O que diferencia é um mero ato de registro.
			→ 2ª Corrente – Moderna: Não. A propriedade é a titularidade, enquanto o domínio é a face interna da propriedade, ou seja, os poderes.
		Assim sendo, a propriedade é “ilimitada” (atenção à função social) e, por uma questão de sistematização, os demais direitos que circulam a propriedade são desdobramentos de seus poderes (do domínio). Logo, são limitados, em regra, chamados de direitos reais em coisa alheia. Os outros direitos reais, que não a propriedade, são desdobramentos dela.
	CLASSIFICAÇÃO:
		1 → Direitos Reais de gozo e fruição:
			→ Usufruto;
			→ Habitação;
			→ Uso
			→ Servidão.
		2 → Direitos Reais de Garantia:
			→ Penhor;
			→ Hipoteca;
			→ Anticrese.
		
		3 → Direitos Reais de Aquisição:
			→ Promessa de compra e venda.
	Obs.: a propriedade fiduciária e a superficiária, são direitos reais em coisa própria, e são exceção.
4) POSSE:
	Premissa: para entendermos a propriedade, é necessário analisarmos o fenômeno posse.
	4.1) Teorias sobre a posse:
		
Teoria Subjetiva de Savigny: historicamente, a posse sempre foi um apêndice da propriedade. Quem tinha propriedade, tinha posse. Como explicar o fato de alguém exercer poderes sobre uma coisa sem ser proprietário? A essa pergunta Savigny, em sua obra “A Teoria da Posse” deu a seguinte resposta: esse fenômeno jurídico é chamado de posse, que é autônoma ao conceito de propriedade. Quemé proprietário pode ser possuidor, mas a recíproca não é verdadeira, ou seja, o mero possuidor não é proprietário.
Para conceituar posse, deve haver a reunião de dois elementos:
	- Corpus: é o contato físico, também conhecida como apreensão;
	- Animus rem sibi habendi: agir com intenção de ser proprietário/como se dono fosse.
Surgem inúmeras críticas a Savigny, baseadas na seguinte indagação: e se a pessoa tem corpus, mas não tem animus, a exemplo do comodato? Não seria possuidora? Não teria direito aos interditos possessórios inerentes ao poder de reivindicar (sequela)?
Teoria Objetiva de Ihering: Ihering foi discípulo de Savigny e problematizou a sua teoria, dizendo que a subjetividade deveria ceder espaço para a objetividade.
Para Ihering posse é um corpus. É mero contato físico e apreensão da coisa.
# QUESTÃO: qual das duas teorias o Código Civil de 2002 adotou? *
	R: Depende. Como regra para definir posse, adotou a Teoria Objetiva (art. 1.196). Excepcionalmente, o Código Civil utiliza a Teoria Subjetiva de Savigny para considerar posse apta a gerar usucapião. Como usucapião é forma originária de aquisição da PROPRIEDADE, precisa-se da intenção de agir como se dono fosse.
	4.2) Conceito de Posse: a posse é uma situação fática. Não é um direito. Posse é relação fática interumana, poder físico, material, que a lei confere proteção.
	4.3) Detenção: em alguns casos a lei retira a característica de possuidor daquele que tem corpus. A consequência é: a ele não competem os poderes inerentes à reivindicação. Logo, não pode usucapir nem tem direito à indenização por benfeitorias e acessões, pois existe uma relação de dependência entre o que ele exerce e o verdadeiro possuidor (art. 1.198).
Parágrafo único;
Art. 1.208.
Casos de Detenção:
- Fâmulo da posse: quem tem fâmulo é chamado de gestor da posse do titular desse direito. É subordinado. Não gera nenhum poder de posse. Exs.: caseiro, veterinário, adestrador, capataz etc.
- Atos de permissão ou tolerância (posse precária): permissão do titular da posse para que outro esteja com ou na coisa. Ocorre a chamada posse vigiada. Exs.: aluguel, comodato.
	Obs.: essa detenção conserva alguns poderes que são característicos da posse (defesa da posse), porém, não traz consigo a característica de cômputo de prazo para aquisição da coisa por usucapião. É uma situação híbrida.
	# QUESTÃO: o que é convalescimento de posse?
	R.: Existem, dentre as espécies de posse, as chamadas posse injusta e posse justa. O convalescimento é um instituto jurídico que transforma a posse injusta passa a ter efeitos de justa (cômputo de prazo para usucaíão). Consequentemente, deixa de ser caso de detenção, passando a ser, literalmente, POSSE. Esse fenômeno acontece após a contagem do prazo de ano e dia do início da posse injusta.
	# QUESTÃO: posse precária (ato de permissão ou tolerância) convalesce?
	R.: Jamais. Somente convalescerão as chamadas POSSE VIOLENTA e POSSE CLANDESTINA.
		- Posse violência: adquirida com violência.
		- Posse clandestina: adquirida com ocultação, ardil
	# QUESTÃO: existe alguma possibilidade de a posse precária tornar-se injusta e ter direito ao convalescimento?
	R.: Sim. Isso se chama interversão da posse. Ex.: Contrato de Aluguel por 3 anos. Ao fim do contrato, a parte não devolve o imóvel, permanecendo nele. Com isso, a posse que era precária passa a ser violenta ou clandestina. A isso se dá o nome de INTERVERSÃO. A partir deste momento, inicia-se a contagem do prazo para o convalescimento, pois posse violenta e clandestina convalesce. Portanto, após ano e dia, a detenção passa a ser posse.
- Posse violenta ou clandestina, antes do convalescimento:
- REsp 1.003.708/PR: permissão ou concessão de uso de bem público de uso comum ou especial.
- REsp 556.721/DF: ocupação irregular de área pública.
Novo CPC e a Detenção: o CPC de 1973 afirma que, caso o detentor seja citado em ação cujo polo passivo deva ser composto pelo possuidor ou proprietário, deve nomear à autoria este sujeito (intervenção de terceiro provocada), conforme o art. 62.
Isso gera um processo incidente (demora), e o novo CPC prima pela celeridade, extinguindo, assim, a nomeação à autoria e, no caso citado, o detentor deverá apontar o erro em preliminar de contestação (ilegitimidade passiva), a teor dos arts. 337, XI e 338 do NCPC.
	4.4) Objeto da Posse: 
		- Para haver posse, deve haver corpus (contato/apreensão). Assim sendo, deve ser bem corpóreo (coisa).
		- Exceção: Súmula 193 do STJ.
	4.5) Composse/Coposse/Compossessão: é o exercício simultâneo de posse por duas ou mais pessoas (art. 1.199 do CC).
		Exs.: casamento, condomínio.
		
		- Requisitos:
			- Pluralidade de partes.
			- Unicidade do objeto.
			- Indivisibilidade da coisa.
		- Efeitos:
			- Cada copossuidor exerce a posse sobre tudo e, a cada copossuidor, cabe a defesa da posse contra terceiros e contra os co-possuidores.
		#QUESTÃO: composse pode gerar aquisição por usucapião em relação aos copossuidores?
			- Não, pois contraria a própria natureza do instituto.
			- Exceção (RE 10.978/RJ): se a posse é exclusiva de um, desnatura a compossessão, cabendo usucapião. Ex.: herança/inventário em que um dos herdeiros cuida da coisa de forma exclusiva.
	4.6) Função Social da Posse: é a preocupação com o impacto que a posse exerce sobre a sociedade. Seu exercício deve ser voltado para a coletividade, e não para o indivíduo.
		- Não é prevista no ordenamento. É um conceito análogo ao da função social da propriedade.
		- A função social da propriedade vem prevista: no art. 5º, XXXII e XXXIII da CRFB, no art. 170 da CRFB e no art. 1.228 do CC. Como se fala em função social da propriedade fala-se, por via de consequências, em função social da posse.
		- A tese da Função Social da Posse surge na Espanha, com Antônio Hernández Gil.
		- No Brasil, surgiu com Miguel Reale, na Exposição de Motivos do Código Civil.
		- A Função Social da Posse é chamada de Posse-Trabalho.
		Vejamos 5 exemplos de Função Social da Posse:
Art. 1.210, § 2º do CC (art. 557, parágrafo único do NCPC): “as ações possessórias serão julgadas em favor do melhor possuidor.” O melhor possuidor vencerá a ação possessória, mesmo que a outra parte detenha a propriedade. Contudo, a possuidor cumpridor da função social tem melhor direito que o proprietário.
Promessa de Compra e Venda: é um contrato em que o promitente-vendedor entrega a posse para, depois do recebimento das prestações pelo promitente-comprador, ser a ele entregue a propriedade. Acontece que, se o promitente-vendedor não entrega a propriedade, o promitente-comprador teria o direito à aquisição forçada da propriedade por meio da Adjudicação Compulsória. O art. 1.417 do Código Civil condiciona essa adjudicação ao registro da promessa de compra e venda, ignorando a função social da posse. A esse equívoco o STJ propõe uma correção, com a Súmula 239.
Reduzir Prazos de Usucapião (art. 1.238 e 1.242, parágrafo único do CC): 
Art. 1.848 do Código Civil: em certos casos de transmissão da coisa, é possível gravar o bem com cláusula restritiva (inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade). Essas cláusulas podem ser quebradas se houver descumprimento da função social da posse.
Desapropriação Indireta Privada (art. 1.228, §§ 4º e 5º do CC): o Poder Judiciário promove essa desapropriação, EXCEPCIONALMENTE, com pagamento de desapropriação justa são os particulares que ocupam a coisa ou a Administração Pública, subsidiariamente, quando essas pessoas forem participantes de programas sociais do governo de habitação de renda ou de distribuição de renda.
Requisitos:
Ocupação de extensa área ininterrupta e de boa-fé por mais de 5 anos, por considerável número de pessoas que realizam obras ou serviços relevantes
Isso não é usucapião, pois há indenização e é cabível de terra pública.
4.7) Classificação da Posse:
	A) Posse Direta e Posse Indireta: 
Desdobramento da Posse: a posse pode ser dividida, desdobrada,em posse direta (aquele que está, efetivamente, no exercício dos poderes inerentes à posse) e em posse indireta (aquele que não está no exercício direto dos poderes, mas guarda o poder de defesa da posse). Ex.: posse precária (detenção por ato de permissão ou tolerância). Art. 1.197 do CC.
# QUESTÃO: É possível o possuidor indireto defender a sua posse contra atos do possuidor direto?
Sim, é possível. Art. 1.197 do CC + Enunciado 76 da Jornada de Direito Civil.
# QUESTÃO: É possível desdobramento do desdobramento da posse?
É possível. Ex.: sublocação.
# QUESTÃO: É possível o desdobramento sucessivo?
É possível.
		B) Posse Justa e Posse Injusta:
			- Injusta: pode ser considerada meros atos de detenção.
				- Violência
				- Clandestina
				- Precária
			- Justa:
				- Aquela que conta prazo para usucapião (quando a posse injusta passa a ser justa).
					- Quando a posse violenta ou clandestina convalesceu.
					- Quando a posse precária teve interversão e convalesceu.
				- Nos demais casos (todos os direitos reais que não tenham posse violenta, clandestina e precária). Quando é face do direito de propriedade.
			Será posse injusta a posse violenta e a clandestina, antes do convalescimento e a posse precária, antes da interversão e anterior convalescimento. Serão posse justa as injustas, após o convalescimento, e os demais casos de posse (posse decorrente do exercício da propriedade).
			A posse justa gera contagem de prazo para usucapião. A injusta, não.
		C) Posse de Boa-Fé e Posse de Má-Fé:
Boa-fé: é a posse em que o titular desconhece o vício que pesa sobre a coisa. Ou não existe vício na posse ou ele existe, mas o titular a desconhece.
Má-fé: o possuidor conhece o vício, sabe de sua existência.
Ambas geram efeitos, mas de forma diferente.
D) Posse Nova e Posse Velha:
Posse Nova: é a posse com menos de ano e dia.
Posse Velha: é aquela que tem mais de ano e dia.
E) Posse Natural e Posse Civil:
Posse Natural: é a posse fática. É o corpus. Gera direito às ações possessórias.
Posse Civil: é conhecida como posse contratual. Decorre de negócio jurídico e tem o nome de Constituto Possessório. Ex.: aquisição de imóvel pela Caixa Econômica Federal em leilão. Não gera direito às ações possessórias. Gera, apenas, direito à imissão na posse. Com a imissão, surge o corpus.
Obs.: é possível, no entanto, haver direito às ações possessórias na posse civil, desde que, no contrato, haja a chamada Cláusula Constituti. É uma garantia. Dá-se o corpus sem a pessoa tê-la, faticamente.
4.8) Regime Jurídico da Posse: 
	A) Efeitos da Posse:
		1) A posse justa é chamada, também, de posse plena e gera prazo para usucapião, pouco importando se é de boa ou má-fé.
		2) Responsabilidade civil do possuidor.
			- O possuidor responde pela perda ou deterioração da coisa.
				- O possuidor de boa-fé responde de forma subjetiva: deve haver conduta, dano, nexo e culpa civil (dolo e culpa stritu sensu).
				- O possuidor de má-fé responde de forma objetiva. Necessita, somente, de conduta, dano e nexo causal. Não há que se perquirir a culpa. O ônus da prova é invertido. O risco é integral (não cabe alegação de caso fortuito ou força maior), cabendo, apenas, como exclusão da responsabilidade, a culpa exclusiva da vítima ou se provar que o dano aconteceria mesmo se a coisa estivesse com outra pessoa.
		3) Regime Jurídico dos Frutos (em relação à posse):
			- Possuidor de Boa-fé (art. 1.214 do CC): cessada a posse, terá o seguinte regime:
				- Frutos já colhidos: o possuidor de boa-fé tem direito a eles.
				- Frutos pendentes: o possuidor de boa-fé. Não tem direito a colher, mas recebe pelas despesas da produção.
					Obs.: se o possuidor de boa-fé colheu fruto pendente, teve restituir ou indenizar.
		
		4) Regime Jurídico do Possuidor de Má-fé: tem direito a nada.
			- Os colhidos: deve restituir ou indenizar.
			- Os pendentes: não podem ser colhidos.
				Obs.: despesas de produção indenizadas (art. 1.216), pois é vedado o enriquecimento sem causa (arts. 884 e 885 do CC).
		5) Regime Jurídico das Benfeitorias:
			- Benfeitorias: é um acréscimo. É um melhoramento com uma finalidade específica. A finalidade especial é o que diferencia a benfeitoria da acessão. A acessão não tem essa finalidade especial.
			- Benfeitoria Necessária: manutenção. Ex.: conserto do telhado.
			- Benfeitoria Útil: comodidade. Ex.: chuveiro elétrico.
			- Benfeitoria Voluptuária ou Suntuária: deleite, aformoseamento. Ex.: chafariz.
			Obs.: e a piscina? Depende. Ex.: se for em uma academia de hidroginástica, é necessária. Se for uma academia de musculação, é útil. Se a piscina for construída em um sítio particular, será voluptuária.
			- Acessão: é um acréscimo sem finalidade. Podem ser:
				- Naturais: não são feitas pelo homem.
					- Formação de ilhas
					- Aluvião
					- Avulsão
				- Artificiais: feitas pelo homem.
					- Construções
					- Plantações
		- Possuidor de boa-fé: art. 1.219 do CC.
			- Benfeitorias necessárias e úteis, quando cessa a posse, terá direito a indenização e retenção da coisa até receber.
			- Benfeitorias voluptuárias: terá direito à indenização e levantamento.
		- Possuidor de má-fé: art. 1.220 do CC.
			- Benfeitorias necessárias: o possuidor de má-fé tem direito à indenização.
			- Benfeitorias úteis e voluptuárias: tem direito a nada.
		Obs.: exceções:
				I – Art. 35 da Lei de Locações (L. 8.245/91):
					- As benfeitorias úteis somente serão indenizáveis se houver permissão do locador.
						Obs.: cabe cláusula que proíbe indenização das úteis (Súmula 335 do STJ).
				II – No comodato, as benfeitorias úteis não são indenizáveis (art. 584 do CC).
		B) Proteção Penal da Posse:
			- O possuidor pode exercer a legítima defesa da posse (desforço incontinenti/imediato). Autotutela.
			- Os requisitos são os mesmos do CP.
			- Cabe responsabilidade civil pelo excesso de legítima defesa.
			- A reação deve ser imediata (Enunciado 495 da Jornada de Dir. Civil).
			- Perdida a imediatidade, restam as ações possessórias.
		C) Tutela Civil da Posse: são as ações possessórias, conhecidas como interditos proibitórios ou possessório. Determinadas ações contra a posse alheia geram determinados tipos de ação.
			
Esbulho/supressão/perda total da posse: reintegração de posse.
Turbação/perda parcial/perturbação/posse prejudicada: manutenção de posse.
Ameaça à posse: interdito proibitório/possessório.
Obs.: quem é proprietário e também possuidor não usa ações possessórias. Nesse caso, usa-se a ação reivindicatória em qualquer caso.
Obs.: algumas ações têm efeito possessório, mas cuidado: não são ações possessórias. Ex.: ação de imissão na posse, ação de dano infecto, ação de nunciação de obra nova.
			C.1) Classificação das Ações Possessórias:
				1) Ação de Força Nova: 
					- Quando o esbulho ou a turbação tiver menos de ano e dia.
					- Foi criada pelo ordenamento jurídico para premiar aquele que está preocupado com o exercício da função social da posse.
					Obs.: a ameaça que gera a ação de interdito sempre é de força nova, mesmo que tenha mais de ano e dia.
					- Nas ações de força nova, caberá liminar (provimento jurisdicional de cognição sumaríssima). 
					- Art. 566 do NCPC: o provimento das ações de força nova é especializado, porém, após a fase liminar, se ordinariza (passa para o chamado procedimento comum).
				2) Ação de Força Velha:
					- É aquela ação cujo esbulho ou turbação tem mais de ano e dia.
						Obs.: a ameaça, que gera o interdito, sempre será de força nova, ainda que tenha mais de ano e dia.
					- O ordenamento pune aquele que não está preocupado com o exercício da posse, nos moldes da função social.
					- Não cabe pedido de liminar, porém CABE TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA OU EVIDÊNCIA), ou seja, pode ter cognição sumária.
					- Vide arts. 554 a 568 do NCPC.
			C.2) Características das Possessórias:
				- Não se discute propriedade (será açãoreivindicatória) em sede de possessória. Essa vedação é chamada da excepitio domini (exceção de domínio).
				- É possível cumulação de pedidos (art. 555 do NCPC).
				- As ações possessórias possuem natureza dúplice (art. 556 do NCPC).
				- O réu tem direito de pedir (como se fosse reconvenção).
				- Intervenção do MP (art. 554, § 1º do NCPC).
P2
5) Propriedade:
5.1) Teoria Geral:
		- É o mais amplo e complexo direito real reconhecido. É um direito subjetivo do titular exercido contra a coletividade (oponibilidade erga omnes), caracterizada pela titularidade, que deriva do registro e possui um complexo de poderes, previstos no art. 1.228 (usar, gozar, fruir/dispor e reivindicar). 
		- A propriedade é a reunião dos poderes (usar, gozar/fruir, dispor e reivindicar) + o registro.
		- O domínio é a reunião dos poderes sem o registro.
		- A posse é a reunião de um ou mais poderes, em especial, usar, gozar e reivindicar.
		- As ações de proteção desses direitos:
			- Propriedade: Ação Reivindicatória.
			- Domínio: Ação Publiciana.
			- Ações Possessórias: Ação Possessória.
		
	5.2) Extensões da Propriedade:
		- Segundo a doutrina, existem duas extensões do direito de propriedade:
			1ª extensão: interna/endógena/horizontal.
			- Significa os poderes de usar, gozar, dispor e reaver
			2ª extensão: externa/exógena/vertical:
			- É prevista nos artigos 1.229 e 2.230 do CC e no artigo 20, VIII e IX da CRFB/88.
			- A propriedade do solo abrange o subsolo e o espaço aéreo correspondente em um uso útil.
	5.3) A Descoberta:
		- É o nome dado ao instituto jurídico que gera direito à recompensa pelo encontro de coisa alheia móvel perdida.
		- Vejamos 3 conceitos:
			1) Res Nulius: é coisa de ninguém. Res Nulius encontrada gera propriedade.
			2) Res Derelictae: é coisa que foi abandonada. Res Derelictae encontrada gera propriedade.
Res Deperdita: coisa perdida por alguém. É o que gera o instituto jurídico da descoberta. Gera direito à recompensa, recompensa essa que é chamada de achádego. A recompensa não pode ser inferior a 5% do valor da coisa. Vide arts. 1.233 a 1.237 do CC.
Obs.: não confundir descoberta com outros dois institutos, quais sejam: 
	- Ocupação: art. 1.263 do CC.
	- Arrecadação de bens vagos: art. 746 NCPC.
	5.4) Função Social da Propriedade:
		- Norberto Bobbio: livro “Da Estrutura à Função” (1970). Transmuta a ideia de “o que é o direito” (norma) para a ideia de “para que serve o direito” (função).
		- Nasce mais que um conjunto de direitos, surgindo um grupo de obrigações perante à sociedade.
		- O ter não pode suplantar o ser.
		- A função social da propriedade deve ser cumprida em três setores: 
			- Econômico;
			- Ambiental;
			- Humano.
	5.5) Tutela Jurídica: vide apostila.
	5.6) Propriedade Resolúvel: vide apostila.
	5.7) Regras de Responsabilidade Civil do Proprietário:
		- Estuda a atribuição de responsabilidade jurídica/civil ao proprietário por atos que gerem dano.
		- Regra: é subjetiva (conduta + dano + nexo + aferição de culpa (dolo ou culpa stritu sensu (negligência, imprudência ou imperícia))). O ônus da prova cabe a quem alega, isto é, é do autor da ação.
		- Exceções: será objetiva (conduta + dano + nexo), dispensando, pois, a prova relativa à culpa. Consequentemente, o ônus é invertido. Será objetiva a responsabilidade em três casos:
			1) Art. 936 do CC: regulamenta os danos ocasionados na guarda de animal. É sem risco integral.
			2) Art. 937 do CC: ruína da coisa. Aqui a responsabilidade é sem risco integral (cabe alegação de caso fortuito ou força maior)
			3) Art. 938 do CC: coisas caídas. Com risco integral. Às coisas caídas que geram dano não cabe alegação de caso fortuito ou força maior.
	
5.8) Formas de Aquisição da Propriedade Imóvel: 
		- Existem duas formas de aquisição da propriedade imóvel:
			
		1ª Forma - aquisição originária da propriedade. Não há translatividade de direitos. Não há negócio jurídico. A propriedade nasce sem histórico, de forma originária.
			Pode se dar por:
				1.1 – Acessão: 
					1.1.1 – Natural:
						1.1.1.1 – Aluvião:
						1.1.1.2 – Avulsão:
						1.1.1.3 – Formação de ilhas:
						1.1.1.4 – Álveo Abandonado:
					1.1.2 – Artificial:
						1.1.2.1 – Plantações:
						1.1.2.2 – Construções:
				1.2 – Usucapião:
			2ª Forma - aquisição derivada da propriedade. Aqui há translatividade; há negócio jurídico. 
				Obs.: A aquisição derivada dá-se por registro.
				2.1 – Por ato inter vivos:
					2.1.1 – Contrato de compra e venda:
					2.1.2 – Contrato de doação:
				2.2 – Por causa mortis:
					2.2.1 – Herança:
					2.2.2 – Testamento:
				Obs.: o que diferencia aquisição originária da derivada é a translatividade. Não há translatividade na aquisição originária.
		5.8.1) Aquisição Derivada:
			- Decorre de negócio jurídico em que se transmite a propriedade por um instrumento (escritura pública) que é levado a registro no RGI. É regida pela L. 6.015/73 (Lei de Registros Públicos).
			Obs.: Súmula 449 do STJ: vaga de garagem pode ter registro próprio, sendo propriedade independente. Se tem registro próprio, não é protegida pelo bem de família. 
			- O registro gera presunção relativa de propriedade. Portanto, cabe declaração de nulidade de título ou retificação (art. 1.247 do CC + art. 212 e 213 da LRP).
				Obs.: há um caso de presunção absoluta de propriedade. É previsto no art. 277 da LRP. Não cabe alegação de nulidade nem pedido de retificação. O regramento para esse tipo de registro é diferenciado. O juiz concede esse tipo de registro, após pedido. Não é o tabelião que procede ao registro. Só se aplica a propriedades rurais. É o registro torrens.
		5.8.2) Aquisição Originária: 
			- Não há translatividade!
			
Acessões: são acréscimos sem finalidade específica.
Acessões Naturais: em regra, ocorrem sobre em curso de águas.
Avulsão: desprendimento abrupto e repentino de terras. É a desagregação de uma parte de terras (de um grande volume de terras) por força natural e violenta que se anexa em outra propriedade.
Regras da Avulsão: art. 1.251 do CC. O proprietário que perdeu o volume tem o prazo decadencial de um ano para exigir: a) indenização pelo volume ou b) devolução.
Aluvião: é o desprendimento lento e gradual de terras que se aderem a outra propriedade.
Classificação de Aluvião:
Própria: desprendimento gradual.
Imprópria: é o desvio de pequena parte do curso d’água, fazendo nascer terreno antes invisível. Há mudança no curso d’água. Nesse caso, a mudança pode ser repentina ou gradual.
Indenização: art. 1.250 do CC. Não há indenização.
Formação de Ilhas: acréscimo de terras dos proprietários ribeirinhos na proporção de suas testadas (margens). Art. 1.249 do CC. Se a ilha nasce no mar ou em rio navegável, pertencerá à União, que pode conceder o uso.
Álveo Abandonado: é o resultado do esvaziamento de um rio. Art. 1.252 do CC.
Acessões Artificiais: são as construções e as plantações.
- Art. 1.253 a 1.259 do CC
Usucapião: arts. 1.238 a 1.244 do CC + normas especiais.
- É a aquisição originária, pois não há translatividade da coisa de ninguém para ninguém. 
- É chamada de prescrição aquisitiva.
- A prescrição fulmina a pretensão ao exercício de um direito.
- A prescrição da Parte Geral do Código Civil é um fenômeno jurídico que aniquila o exercício de uma pretensão. No estudo do fenômeno usucapião, é possível falar em prescrição aquisitiva, pois um proprietário que não exerce o seu direito de proteger a coisa que está em posse de terceiro por um determinado tempo perde a propriedade, mas, em contrapartida, o possuidor adquire a propriedade.
- Cabem todas as regras inerentes à prescrição (art. 197 a 199 do CC).
- Nomenclaturas: quem adquire é chamado de usucapiente e quem perde a propriedade é usucapido.
- Natureza jurídica da sentença que reconhece usucapião: para adquirir a propriedade por usucapião é necessário ter posse por um tempo determinado e posse é uma situação de fato. Ao términodo prazo legal, o Judiciário, após provocação, reconhecerá a propriedade por usucapião, DECLARANDO-A, e não a constituindo, reconhecendo a propriedade desde o primeiro dia do exercício da posse, ab ovo.
B.1 Naureza juidica da sentença que reconhece Usucapião
Para adquirir propriedade por usocapião é necessario ter posse por tempo
Determinado e posse é uma situação de ato. Ao termino ao prazo propriedadelegal o judiciario apos a provaçãoreconhecerá a propriedade por uso capião> Declarando-a e no consentimento- a reconhecendo a propriedade desde o 1° Dia do exercicio da Posse, Abono.
Dia 12/05/2016
B.2- Usucapiao de bem Publico
Art. 183 §3°, 191 P.único> CRFB/88
-Art. 102 c.c
PS:TJMG> Processo n°19410011238-03
B.3- Os requisites para uso capião
1° Requisitos Facultativos:
- Justo Titulo
- Boa Fé
2° Requisitos Obrigatórios.
- Lapso Temporal
- Idoneidade da coisa
- Posse Qualificada
# Lapso Temporal: É o praso que a lei exige de posse para comfigurar o instituto.
-É possivel a chamada soma de posses, podendo ser:
- Ato ‘’ Inter Vivos’’ – Acessio Possessionis”.
-Por ‘’Causa Mortis’’- Sucessio Possessionis”.
-Quanto ao Tempo, o justo titulo e a Boa Fé, têm o carater de redução.
JUSTO TITULO: É o titulo apto a transmitir propriedade se nao fosse o gravame (vicio) que lhe pesa.
BOA FE: È a ignorancia a cerca do vicio.
IDONEIDADE DA COISA: Coisa Usucapivel
NÃO PODE SER USUCAPIDO:
- Bem Incorporeo, salvo linha telefonica, sumula 193 STJ #
- Bem Público : Área comum de comdominio Edilicio
-Comdominio
Pose Qualificada: Posse Mansa e passifica/ Ininterrupta.> Posse Continua e nao reclamada judicialmente / Desidioso# 
Posse Subjetiva (Savigny) – Corpus + Animus Rem Sib Habendi.> Intenção de Dono , paga tributos, ele cuida da coisa. Agir, Defender como Dono.
B.4- ESPECIES DE USUCAPIÃO:
-Extraordinario.
-Ordinaria.
-Tabular.
-Especial Urbano Individual.
-Especial Urbano Coletivo.
-Familiar/ Conjuga l/ Abandono de Lar.
-Especial Rural.
-Especial Indigena.
-Especial Administrativo.
-Em Cartorio.
B.4.1 – Extraordinario
#Art. 1.238
Exige requisitos obrigatorios
Prazo> 15 Anos
Reduz para 10 Anos se Há:
-Moradia ou Produtivo
B.4.2- Usucapião Ordinaria.
ART- 1.242: Exige os requisitos facultativos somados aos requisitos Obrigatorios. 
-Prazo para Usucapião Ordinario: De 10 anos, se possui justo titulo + boa fé.
-Paragrafo Unico: o Juiz Pode Reduzir o prazo para 05 anos se há:
Moradia
Produtividade
Titulo Derivado de Registro Publico
*Marcar Vade: Com Justo Titulo é Boa Fé.
B.4.3-Usucapião Tabular:
Lei de Registro Publicos (LRP) 6015/73 ART: 214 §4º
Usucapião Tabular: O Proprietario de um Imovel adquirido de forma derivada Registro citado em ação anulatoria ou declaratoria de nulidade pode em sua defesa solicitar o reconhecimento de usu capião. 
B.4.4: Usucapião Especial Urbano Individual ART. 183 CF e ART 1.240 C.C
Requisitos:
Prazo de 5 Anos.
Imovel Urbano Não Superior a 250 m2 Quadrados.
Não ser proprietario de outro Imovel Rural ou Urbano.
Usar Para Moradia.
#OBS: Pessoa Jurida não pode alegar esta modalidade.
#OBS: Só pode ser alegado uma unica Vez.
B.4.5 Usucapião Especial Coletivo: Lei: 10.250/02 ART. 10
Requisitos:
5 Anos
Imovel Urbano Superior Superior a 250m2.
Composse de população de Baixa Renda.
Não ser proprietario de outro Imovel, Rural ou Urbano.
Uso para Moradia.
B.4.6- Usucapião Familiar/ Conjugal ART. 1.240-A C.C
* Formas de Aquisição da Meação do Imovel do Casal:
(Casamento ou União estavel) Por Conta do Abandono do Lar Requisitos:
Prazo de 2 anos.
Imovel Urbano Integrante da Meação , não superior a 250m2.
Não ter outro Imovel Urbano ou Rural.
Uso Para Moradia.
#OBS: Pessoa Jurica não Pode Alegar.
#OBS:Sómente pode ser Alegado uma Unica Vez.
#OBS: Ocorre na Varia de Familia.
B.4.7:Usucapião Especial Rural: ART. 191 CF
5 Anos
Imovel Rural Não Superior a 50 Hectaries.
Não ter outro Imovel Rural Urbano.
Usar para Moradia ou Produtividade.
B.4.8- Usucapião Especial Indigena.
Estatudo do Indio- 6001/73 Art. 33
Requisitos:
Prazo de 10 anos
Imovel não Superior a 50 hequitares 
Ocupado por indios.
B.4.9- Usucapião Especial Indigena Administrativa.
Art 60 da Lei 11977/09- Lei Minha Casa Minha Vida
Requisitos:
Prazo 05 Anos.
Detentor de Titulo de Posse.
Não Beneficiario de Outro Programa Social.
B.4.10- Usucapião Administrativo.
Art. 1071 – NCPC- Desjudicialização da Usucapião.
*Qualquer Especie de Usocapião pode ser reconhecida em Cartorio.
Requisito:
Pedido
Notificação do Proprietario=
 Negar Expressamente 
 ou Fidar em Silencio 
 (Vai ao Judiciario Concordar.
 ( Lavrar o Registro)
5.9- Perda da Propriedade: Art. 1.275 C.C
6-Direitos Reais Em Coisa Alheia.
Conceito: São Desdobramentos / Desmembramentos do Dominio, ou seja, dos Poderes Inerentes a Propriedade.
# Na Propriedade a relação e : Pessoa / Coisa, com o Desdobramento de Seus Poderes outra pessoa exercerá Direitos Sobre à Coisa consequentemente haverá uma Relação Pessoa / Direito e não Pessoa/ Coisa.
 6.13- Usufruto
- Usar e fluir
- quem recebe usufruto- usufrutuario
- quem Concede / compelido- su – proprietario
-Descoberta a Posse= Direta e indireta
Classificado
-Legal = Pais- Bens dos filhos Menores
-Judicial
-Convencional – Contrato
-Improprio- Bens fungiveis. Ao termino gera indenização
- Proprio= Infugivel- ao termino gera devolução
-Temporario 
-Vitalicio
Materia esta no papel
02/06/16
6.2- Direito Real de coisa alheia de Garantia
6.2.1 Penhor
# Incide sobre bens Moveis , em regra sobre implissitamente o Art 1.431, permite sobre imoveis, tansferindo-se a posse da coisa ao credor Pignoraticio, como garantia de uma divida salvo no penhor 
Rural
Industrial
Mercantial
de veiculos nao há a transferencia da posse da coisa
Art 1431 Art 1433 direitos do credor pgnoraticios (Posse da coisa empenhada) #grifar.
PS: Penhor- Empenhar- Direito.Material – Garantia de divida
Penhora- Penhorar-Dir Processual- Ato de Restrição a Bem com fim de satisfazer obrigação em fase de execução.
Art 1.467
6.2.2- Hipoteca
 Recai sobre bens Imoveis, não transmitindo a posse ao credor hipotecario. É um cntrato de garantia que Grava o bem Imovel, por isso, deve ser registrado no Cartorio de imoveis, averbando á escritura.
Art 1.473 - 
 E possivel hipoteca de Navio e aeronave, sendo regulamentada em lei especial, segundo o §1° lei 7652/88
Art 1.489- Versa sobre a Hipoteca Legal
6.2.3- Anticrese
 Direito Real de Garantia em que há transferencia de um imovel para um credor anticretico no sentido de retirar frutos do bem como pagamento da divida. Art 1506 a 1510.
6.3 Direito Real de Coisa Alhea de Aquisição
Promessa de compra e venda: E um contrato preliminar que se registrado na matricula do imovel gera oponibilidade erga ommines e direito a adjudicação compussoria. Se não é registrado, é mera obrigação de fazer. Art. 1417 e Art 1.418
Regulamentação decreto lei 581937 – decreto 3079/38
Lei 6766/79

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