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DIREITO CIVIL IV Prof. Giordano _Direito Civil Brasileiro 5 1) Introdução ao Estudo do Direito Civil Brasileiro 1.1) Evolução Histórica A) Código Civil de 1916: O Brasil teve 8 Constituições: → 1824: Imperial. Outorgada. → 1891: Republicana. Promulgada. → 1934: Era Vargas. Promulgada. → 1937: Ditadura Vargas. Outorgada. → 1946: Redemocratização. Promulgada. → 1967: Ditadura de 1964. Outorgada. → 1969: AI 5. Outorgada. → 1988: Carta de Outubro. Constituição Cidadã. # A Constituição de 1824 determinava a edição de um Código Civil. # 1899: Clóvis Beviláqua: fez o Código, inspirado do francês. # 1916: fez-se o Código Civil. Valores: INDIVIDUALISMO e PATRIMONIALISMO. B) Código Civil de 2002: o Código de 1916 resistiu a 6 Constituições e também à 2ª Guerra Mundial. Valores: SOCIABILIDADE (norma preocupada com o coletivo), OPERABILIDADE (aplicação simplificada da norma) e ETICIDADE (valores, boa-fé objetiva). 2) Conceitos e Diferenças entre Direito Real, Direito Obrigacional, Obrigação Real, Obrigação com Eficácia Real e Obrigação Natural 2.1) Direito Subjetivo Patrimonial: direitos reais. Direitos Reais: é o conjunto de normas que regula a relação entre pessoas (naturais/jurídicas) e a coisa (bens corpóreos). É impossível haver uma relação entre pessoas e coisas. O que existe é uma relação de dominação/apropriação. Relação Jurídica só existe entre pessoas. Os direitos reais são absolutos, ou seja, oponíveis erga omnes (contra todos). Por isso, a relação de direito real possui como sujeito ativo o titular do direito, como sujeito passivo a coletividade, como objeto o bem corpóreo e como vínculo a norma. 2.2) Direito Subjetivo: obrigacional/pessoal. É o conjunto de regras que regulamenta a relação existente entre pessoas (naturais/jurídicas). Relação de COOPERAÇÃO – PRESTAÇÃO – EXIGIBILIDADE JURÍDICA (executividade) – PRETENSÃO. 2.3) Obrigação Mista/Real/In Rem/Ob Rem/Propter Rem: é obrigação que se adere a alguma coisa (bem) e vai persegui-lo onde quer que esteja. Ex.: IPTU, IPVA etc. 2.4) Obrigaçãocom Eficácia Real (absoluta): é obrigação com oponibilidade erga omnes. É obrigação que, devido a sua importância, o direito confere que possa ser oposta a todos. Ex.: art. 8ª da L. 8.245/91 (Lei de Locações). 2.5) Obrigação Natural: possui prestação, mas não possui pretensão, isto é, ela não possui exigibilidade jurídica. Ex.: dívida de jogo, dívida prescrita etc. 3) Direitos Reais: Generalidades 3.1) Conceito: O CC/02 denomina essas normas de Direito das Coisas. Savigny: afirma que a nomenclatura deveria ser direitos reais, pois direito principal (das coisas) é a propriedade, e essa sempre foi inerente à realeza. Hoje, tem-se que o direito das coisas é gênero, englobando a posse e os direitos reais. Beviláqua: complexo das normas regulamentadoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de apropriação pelo homem. Diferença entre bem e coisa: BEM: é gênero, podendo ser corpóreo ou incorpóreo. COISA: é espécie de bem, que é material e economicamente apreciável. Obs.: Direito das Coisas estuda a relação de dominação do homem sobre bens com valor econômico, ou seja, coisa. Direito das Coisas é gênero que engloba o estudo da posse, que não é direito real, segundo o art. 1.225 do CC. 3.2) Características dos Direitos Reais → Absolutos → Geram Preferência → Atributivos (a um sujeito) → Imediatos → Permanentes → Sequela → Taxativos (numerus clausus) → Jus in re (direito à coisa) A) Taxatividade: somente é considerado direito real o que a norma diz ser direito real. Os direitos reais são numerus clausus. Não podem ser criados novos direitos reais pela autonomia de vontade das partes. → Art. 1.225 do CC: → Propriedade → Superfície → Servidão → Usufruto → Uso → Habitação → Dir. do promitente comprador do imóvel → Penhor → Hipoteca → Anticrese → Uso para moradia → Direito real de uso B) Absolutismo: a sociedade, sujeito passivo da relação de direito real é obrigada a respeitar o exercício desse direito pelo titular, ou seja, o titular de direito real pode opor este direito contra todos (oponibilidade erga omnes), respeitando a função social. Obs.: diferença entre direito real e direito obrigacional: → Na relação de direito real existe apropriação de coisas pelo homem. É o chamado ius in re. → No direito obrigacional existe uma relação de cooperação entre pessoas. O que existe é prestação. → Os direitos reais são absolutos. São oponíveis contra todos. A sociedade deve se abster de intervir na relação de direito real (iura excludendi omnes alios). → Os direitos obrigacionais são relativos, isto é, oponíveis somente entre as partes. C) Preferência: em concurso de credores, havendo um ou mais com direitos reais de garantia (penhor, hipoteca e anticrese), terão preferência no crédito. → Art. 1.422: privilégios legais que relativizam essa característica D) Sequela: os direitos reais se aderem às coisas, acompanhando-as onde quer que elas vão e com quem elas estejam. O titular do direito real tem direito de perseguir e reaver a coisa. 3.3) Relação de Direito Real: → Sujeito ativo: titular. → Sujeito passivo: a coletividade → Objeto: a coisa (bem corpóreo e com valor econômico). → Vínculo: a norma. 3.4) Classificação dos Direitos Reais: A propriedade foi o primeiro reconhecimento jurídico acerca da apropriação de coisas pelo homem. Com o tempo, outros instrumentos foram surgindo, com o fito de proteger, desdobrar e elastecer esse direito. Para entendermos a classificação dos direitos reais será necessário analisar a escala de poderes que se exercem sobre a coisa, para apontar se essa relação é de propriedade, domínio ou posse. → Art. 1.228 do CC: poderes inerentes à “propriedade”/direitos reais. O CC ainda guarda certo apego à expressão “propriedade”. Às vezes, quer dizer direitos reais. → Usar; → Gozar/Fruir; → Dispor; → Reivindicar: sequela. 1 → Propriedade: a pessoa tem todos os poderes inerentes (usar, gozar, dispor e reivindicar) + possui registro. 2 → Domínio: a pessoa tem todos os poderes (usar, gozar, dispor e reivindicar), mas não tem registro. 3 → Posse: a pessoa tem um ou alguns dos poderes, mas não todos. Em especial, tem os poderes de usar, gozar e reivindicar. # QUESTÃO: propriedade é sinônimo de domínio? → 1ª Corrente – Histórica: Sim. O que diferencia é um mero ato de registro. → 2ª Corrente – Moderna: Não. A propriedade é a titularidade, enquanto o domínio é a face interna da propriedade, ou seja, os poderes. Assim sendo, a propriedade é “ilimitada” (atenção à função social) e, por uma questão de sistematização, os demais direitos que circulam a propriedade são desdobramentos de seus poderes (do domínio). Logo, são limitados, em regra, chamados de direitos reais em coisa alheia. Os outros direitos reais, que não a propriedade, são desdobramentos dela. CLASSIFICAÇÃO: 1 → Direitos Reais de gozo e fruição: → Usufruto; → Habitação; → Uso → Servidão. 2 → Direitos Reais de Garantia: → Penhor; → Hipoteca; → Anticrese. 3 → Direitos Reais de Aquisição: → Promessa de compra e venda. Obs.: a propriedade fiduciária e a superficiária, são direitos reais em coisa própria, e são exceção. 4) POSSE: Premissa: para entendermos a propriedade, é necessário analisarmos o fenômeno posse. 4.1) Teorias sobre a posse: Teoria Subjetiva de Savigny: historicamente, a posse sempre foi um apêndice da propriedade. Quem tinha propriedade, tinha posse. Como explicar o fato de alguém exercer poderes sobre uma coisa sem ser proprietário? A essa pergunta Savigny, em sua obra “A Teoria da Posse” deu a seguinte resposta: esse fenômeno jurídico é chamado de posse, que é autônoma ao conceito de propriedade. Quemé proprietário pode ser possuidor, mas a recíproca não é verdadeira, ou seja, o mero possuidor não é proprietário. Para conceituar posse, deve haver a reunião de dois elementos: - Corpus: é o contato físico, também conhecida como apreensão; - Animus rem sibi habendi: agir com intenção de ser proprietário/como se dono fosse. Surgem inúmeras críticas a Savigny, baseadas na seguinte indagação: e se a pessoa tem corpus, mas não tem animus, a exemplo do comodato? Não seria possuidora? Não teria direito aos interditos possessórios inerentes ao poder de reivindicar (sequela)? Teoria Objetiva de Ihering: Ihering foi discípulo de Savigny e problematizou a sua teoria, dizendo que a subjetividade deveria ceder espaço para a objetividade. Para Ihering posse é um corpus. É mero contato físico e apreensão da coisa. # QUESTÃO: qual das duas teorias o Código Civil de 2002 adotou? * R: Depende. Como regra para definir posse, adotou a Teoria Objetiva (art. 1.196). Excepcionalmente, o Código Civil utiliza a Teoria Subjetiva de Savigny para considerar posse apta a gerar usucapião. Como usucapião é forma originária de aquisição da PROPRIEDADE, precisa-se da intenção de agir como se dono fosse. 4.2) Conceito de Posse: a posse é uma situação fática. Não é um direito. Posse é relação fática interumana, poder físico, material, que a lei confere proteção. 4.3) Detenção: em alguns casos a lei retira a característica de possuidor daquele que tem corpus. A consequência é: a ele não competem os poderes inerentes à reivindicação. Logo, não pode usucapir nem tem direito à indenização por benfeitorias e acessões, pois existe uma relação de dependência entre o que ele exerce e o verdadeiro possuidor (art. 1.198). Parágrafo único; Art. 1.208. Casos de Detenção: - Fâmulo da posse: quem tem fâmulo é chamado de gestor da posse do titular desse direito. É subordinado. Não gera nenhum poder de posse. Exs.: caseiro, veterinário, adestrador, capataz etc. - Atos de permissão ou tolerância (posse precária): permissão do titular da posse para que outro esteja com ou na coisa. Ocorre a chamada posse vigiada. Exs.: aluguel, comodato. Obs.: essa detenção conserva alguns poderes que são característicos da posse (defesa da posse), porém, não traz consigo a característica de cômputo de prazo para aquisição da coisa por usucapião. É uma situação híbrida. # QUESTÃO: o que é convalescimento de posse? R.: Existem, dentre as espécies de posse, as chamadas posse injusta e posse justa. O convalescimento é um instituto jurídico que transforma a posse injusta passa a ter efeitos de justa (cômputo de prazo para usucaíão). Consequentemente, deixa de ser caso de detenção, passando a ser, literalmente, POSSE. Esse fenômeno acontece após a contagem do prazo de ano e dia do início da posse injusta. # QUESTÃO: posse precária (ato de permissão ou tolerância) convalesce? R.: Jamais. Somente convalescerão as chamadas POSSE VIOLENTA e POSSE CLANDESTINA. - Posse violência: adquirida com violência. - Posse clandestina: adquirida com ocultação, ardil # QUESTÃO: existe alguma possibilidade de a posse precária tornar-se injusta e ter direito ao convalescimento? R.: Sim. Isso se chama interversão da posse. Ex.: Contrato de Aluguel por 3 anos. Ao fim do contrato, a parte não devolve o imóvel, permanecendo nele. Com isso, a posse que era precária passa a ser violenta ou clandestina. A isso se dá o nome de INTERVERSÃO. A partir deste momento, inicia-se a contagem do prazo para o convalescimento, pois posse violenta e clandestina convalesce. Portanto, após ano e dia, a detenção passa a ser posse. - Posse violenta ou clandestina, antes do convalescimento: - REsp 1.003.708/PR: permissão ou concessão de uso de bem público de uso comum ou especial. - REsp 556.721/DF: ocupação irregular de área pública. Novo CPC e a Detenção: o CPC de 1973 afirma que, caso o detentor seja citado em ação cujo polo passivo deva ser composto pelo possuidor ou proprietário, deve nomear à autoria este sujeito (intervenção de terceiro provocada), conforme o art. 62. Isso gera um processo incidente (demora), e o novo CPC prima pela celeridade, extinguindo, assim, a nomeação à autoria e, no caso citado, o detentor deverá apontar o erro em preliminar de contestação (ilegitimidade passiva), a teor dos arts. 337, XI e 338 do NCPC. 4.4) Objeto da Posse: - Para haver posse, deve haver corpus (contato/apreensão). Assim sendo, deve ser bem corpóreo (coisa). - Exceção: Súmula 193 do STJ. 4.5) Composse/Coposse/Compossessão: é o exercício simultâneo de posse por duas ou mais pessoas (art. 1.199 do CC). Exs.: casamento, condomínio. - Requisitos: - Pluralidade de partes. - Unicidade do objeto. - Indivisibilidade da coisa. - Efeitos: - Cada copossuidor exerce a posse sobre tudo e, a cada copossuidor, cabe a defesa da posse contra terceiros e contra os co-possuidores. #QUESTÃO: composse pode gerar aquisição por usucapião em relação aos copossuidores? - Não, pois contraria a própria natureza do instituto. - Exceção (RE 10.978/RJ): se a posse é exclusiva de um, desnatura a compossessão, cabendo usucapião. Ex.: herança/inventário em que um dos herdeiros cuida da coisa de forma exclusiva. 4.6) Função Social da Posse: é a preocupação com o impacto que a posse exerce sobre a sociedade. Seu exercício deve ser voltado para a coletividade, e não para o indivíduo. - Não é prevista no ordenamento. É um conceito análogo ao da função social da propriedade. - A função social da propriedade vem prevista: no art. 5º, XXXII e XXXIII da CRFB, no art. 170 da CRFB e no art. 1.228 do CC. Como se fala em função social da propriedade fala-se, por via de consequências, em função social da posse. - A tese da Função Social da Posse surge na Espanha, com Antônio Hernández Gil. - No Brasil, surgiu com Miguel Reale, na Exposição de Motivos do Código Civil. - A Função Social da Posse é chamada de Posse-Trabalho. Vejamos 5 exemplos de Função Social da Posse: Art. 1.210, § 2º do CC (art. 557, parágrafo único do NCPC): “as ações possessórias serão julgadas em favor do melhor possuidor.” O melhor possuidor vencerá a ação possessória, mesmo que a outra parte detenha a propriedade. Contudo, a possuidor cumpridor da função social tem melhor direito que o proprietário. Promessa de Compra e Venda: é um contrato em que o promitente-vendedor entrega a posse para, depois do recebimento das prestações pelo promitente-comprador, ser a ele entregue a propriedade. Acontece que, se o promitente-vendedor não entrega a propriedade, o promitente-comprador teria o direito à aquisição forçada da propriedade por meio da Adjudicação Compulsória. O art. 1.417 do Código Civil condiciona essa adjudicação ao registro da promessa de compra e venda, ignorando a função social da posse. A esse equívoco o STJ propõe uma correção, com a Súmula 239. Reduzir Prazos de Usucapião (art. 1.238 e 1.242, parágrafo único do CC): Art. 1.848 do Código Civil: em certos casos de transmissão da coisa, é possível gravar o bem com cláusula restritiva (inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade). Essas cláusulas podem ser quebradas se houver descumprimento da função social da posse. Desapropriação Indireta Privada (art. 1.228, §§ 4º e 5º do CC): o Poder Judiciário promove essa desapropriação, EXCEPCIONALMENTE, com pagamento de desapropriação justa são os particulares que ocupam a coisa ou a Administração Pública, subsidiariamente, quando essas pessoas forem participantes de programas sociais do governo de habitação de renda ou de distribuição de renda. Requisitos: Ocupação de extensa área ininterrupta e de boa-fé por mais de 5 anos, por considerável número de pessoas que realizam obras ou serviços relevantes Isso não é usucapião, pois há indenização e é cabível de terra pública. 4.7) Classificação da Posse: A) Posse Direta e Posse Indireta: Desdobramento da Posse: a posse pode ser dividida, desdobrada,em posse direta (aquele que está, efetivamente, no exercício dos poderes inerentes à posse) e em posse indireta (aquele que não está no exercício direto dos poderes, mas guarda o poder de defesa da posse). Ex.: posse precária (detenção por ato de permissão ou tolerância). Art. 1.197 do CC. # QUESTÃO: É possível o possuidor indireto defender a sua posse contra atos do possuidor direto? Sim, é possível. Art. 1.197 do CC + Enunciado 76 da Jornada de Direito Civil. # QUESTÃO: É possível desdobramento do desdobramento da posse? É possível. Ex.: sublocação. # QUESTÃO: É possível o desdobramento sucessivo? É possível. B) Posse Justa e Posse Injusta: - Injusta: pode ser considerada meros atos de detenção. - Violência - Clandestina - Precária - Justa: - Aquela que conta prazo para usucapião (quando a posse injusta passa a ser justa). - Quando a posse violenta ou clandestina convalesceu. - Quando a posse precária teve interversão e convalesceu. - Nos demais casos (todos os direitos reais que não tenham posse violenta, clandestina e precária). Quando é face do direito de propriedade. Será posse injusta a posse violenta e a clandestina, antes do convalescimento e a posse precária, antes da interversão e anterior convalescimento. Serão posse justa as injustas, após o convalescimento, e os demais casos de posse (posse decorrente do exercício da propriedade). A posse justa gera contagem de prazo para usucapião. A injusta, não. C) Posse de Boa-Fé e Posse de Má-Fé: Boa-fé: é a posse em que o titular desconhece o vício que pesa sobre a coisa. Ou não existe vício na posse ou ele existe, mas o titular a desconhece. Má-fé: o possuidor conhece o vício, sabe de sua existência. Ambas geram efeitos, mas de forma diferente. D) Posse Nova e Posse Velha: Posse Nova: é a posse com menos de ano e dia. Posse Velha: é aquela que tem mais de ano e dia. E) Posse Natural e Posse Civil: Posse Natural: é a posse fática. É o corpus. Gera direito às ações possessórias. Posse Civil: é conhecida como posse contratual. Decorre de negócio jurídico e tem o nome de Constituto Possessório. Ex.: aquisição de imóvel pela Caixa Econômica Federal em leilão. Não gera direito às ações possessórias. Gera, apenas, direito à imissão na posse. Com a imissão, surge o corpus. Obs.: é possível, no entanto, haver direito às ações possessórias na posse civil, desde que, no contrato, haja a chamada Cláusula Constituti. É uma garantia. Dá-se o corpus sem a pessoa tê-la, faticamente. 4.8) Regime Jurídico da Posse: A) Efeitos da Posse: 1) A posse justa é chamada, também, de posse plena e gera prazo para usucapião, pouco importando se é de boa ou má-fé. 2) Responsabilidade civil do possuidor. - O possuidor responde pela perda ou deterioração da coisa. - O possuidor de boa-fé responde de forma subjetiva: deve haver conduta, dano, nexo e culpa civil (dolo e culpa stritu sensu). - O possuidor de má-fé responde de forma objetiva. Necessita, somente, de conduta, dano e nexo causal. Não há que se perquirir a culpa. O ônus da prova é invertido. O risco é integral (não cabe alegação de caso fortuito ou força maior), cabendo, apenas, como exclusão da responsabilidade, a culpa exclusiva da vítima ou se provar que o dano aconteceria mesmo se a coisa estivesse com outra pessoa. 3) Regime Jurídico dos Frutos (em relação à posse): - Possuidor de Boa-fé (art. 1.214 do CC): cessada a posse, terá o seguinte regime: - Frutos já colhidos: o possuidor de boa-fé tem direito a eles. - Frutos pendentes: o possuidor de boa-fé. Não tem direito a colher, mas recebe pelas despesas da produção. Obs.: se o possuidor de boa-fé colheu fruto pendente, teve restituir ou indenizar. 4) Regime Jurídico do Possuidor de Má-fé: tem direito a nada. - Os colhidos: deve restituir ou indenizar. - Os pendentes: não podem ser colhidos. Obs.: despesas de produção indenizadas (art. 1.216), pois é vedado o enriquecimento sem causa (arts. 884 e 885 do CC). 5) Regime Jurídico das Benfeitorias: - Benfeitorias: é um acréscimo. É um melhoramento com uma finalidade específica. A finalidade especial é o que diferencia a benfeitoria da acessão. A acessão não tem essa finalidade especial. - Benfeitoria Necessária: manutenção. Ex.: conserto do telhado. - Benfeitoria Útil: comodidade. Ex.: chuveiro elétrico. - Benfeitoria Voluptuária ou Suntuária: deleite, aformoseamento. Ex.: chafariz. Obs.: e a piscina? Depende. Ex.: se for em uma academia de hidroginástica, é necessária. Se for uma academia de musculação, é útil. Se a piscina for construída em um sítio particular, será voluptuária. - Acessão: é um acréscimo sem finalidade. Podem ser: - Naturais: não são feitas pelo homem. - Formação de ilhas - Aluvião - Avulsão - Artificiais: feitas pelo homem. - Construções - Plantações - Possuidor de boa-fé: art. 1.219 do CC. - Benfeitorias necessárias e úteis, quando cessa a posse, terá direito a indenização e retenção da coisa até receber. - Benfeitorias voluptuárias: terá direito à indenização e levantamento. - Possuidor de má-fé: art. 1.220 do CC. - Benfeitorias necessárias: o possuidor de má-fé tem direito à indenização. - Benfeitorias úteis e voluptuárias: tem direito a nada. Obs.: exceções: I – Art. 35 da Lei de Locações (L. 8.245/91): - As benfeitorias úteis somente serão indenizáveis se houver permissão do locador. Obs.: cabe cláusula que proíbe indenização das úteis (Súmula 335 do STJ). II – No comodato, as benfeitorias úteis não são indenizáveis (art. 584 do CC). B) Proteção Penal da Posse: - O possuidor pode exercer a legítima defesa da posse (desforço incontinenti/imediato). Autotutela. - Os requisitos são os mesmos do CP. - Cabe responsabilidade civil pelo excesso de legítima defesa. - A reação deve ser imediata (Enunciado 495 da Jornada de Dir. Civil). - Perdida a imediatidade, restam as ações possessórias. C) Tutela Civil da Posse: são as ações possessórias, conhecidas como interditos proibitórios ou possessório. Determinadas ações contra a posse alheia geram determinados tipos de ação. Esbulho/supressão/perda total da posse: reintegração de posse. Turbação/perda parcial/perturbação/posse prejudicada: manutenção de posse. Ameaça à posse: interdito proibitório/possessório. Obs.: quem é proprietário e também possuidor não usa ações possessórias. Nesse caso, usa-se a ação reivindicatória em qualquer caso. Obs.: algumas ações têm efeito possessório, mas cuidado: não são ações possessórias. Ex.: ação de imissão na posse, ação de dano infecto, ação de nunciação de obra nova. C.1) Classificação das Ações Possessórias: 1) Ação de Força Nova: - Quando o esbulho ou a turbação tiver menos de ano e dia. - Foi criada pelo ordenamento jurídico para premiar aquele que está preocupado com o exercício da função social da posse. Obs.: a ameaça que gera a ação de interdito sempre é de força nova, mesmo que tenha mais de ano e dia. - Nas ações de força nova, caberá liminar (provimento jurisdicional de cognição sumaríssima). - Art. 566 do NCPC: o provimento das ações de força nova é especializado, porém, após a fase liminar, se ordinariza (passa para o chamado procedimento comum). 2) Ação de Força Velha: - É aquela ação cujo esbulho ou turbação tem mais de ano e dia. Obs.: a ameaça, que gera o interdito, sempre será de força nova, ainda que tenha mais de ano e dia. - O ordenamento pune aquele que não está preocupado com o exercício da posse, nos moldes da função social. - Não cabe pedido de liminar, porém CABE TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA OU EVIDÊNCIA), ou seja, pode ter cognição sumária. - Vide arts. 554 a 568 do NCPC. C.2) Características das Possessórias: - Não se discute propriedade (será açãoreivindicatória) em sede de possessória. Essa vedação é chamada da excepitio domini (exceção de domínio). - É possível cumulação de pedidos (art. 555 do NCPC). - As ações possessórias possuem natureza dúplice (art. 556 do NCPC). - O réu tem direito de pedir (como se fosse reconvenção). - Intervenção do MP (art. 554, § 1º do NCPC). P2 5) Propriedade: 5.1) Teoria Geral: - É o mais amplo e complexo direito real reconhecido. É um direito subjetivo do titular exercido contra a coletividade (oponibilidade erga omnes), caracterizada pela titularidade, que deriva do registro e possui um complexo de poderes, previstos no art. 1.228 (usar, gozar, fruir/dispor e reivindicar). - A propriedade é a reunião dos poderes (usar, gozar/fruir, dispor e reivindicar) + o registro. - O domínio é a reunião dos poderes sem o registro. - A posse é a reunião de um ou mais poderes, em especial, usar, gozar e reivindicar. - As ações de proteção desses direitos: - Propriedade: Ação Reivindicatória. - Domínio: Ação Publiciana. - Ações Possessórias: Ação Possessória. 5.2) Extensões da Propriedade: - Segundo a doutrina, existem duas extensões do direito de propriedade: 1ª extensão: interna/endógena/horizontal. - Significa os poderes de usar, gozar, dispor e reaver 2ª extensão: externa/exógena/vertical: - É prevista nos artigos 1.229 e 2.230 do CC e no artigo 20, VIII e IX da CRFB/88. - A propriedade do solo abrange o subsolo e o espaço aéreo correspondente em um uso útil. 5.3) A Descoberta: - É o nome dado ao instituto jurídico que gera direito à recompensa pelo encontro de coisa alheia móvel perdida. - Vejamos 3 conceitos: 1) Res Nulius: é coisa de ninguém. Res Nulius encontrada gera propriedade. 2) Res Derelictae: é coisa que foi abandonada. Res Derelictae encontrada gera propriedade. Res Deperdita: coisa perdida por alguém. É o que gera o instituto jurídico da descoberta. Gera direito à recompensa, recompensa essa que é chamada de achádego. A recompensa não pode ser inferior a 5% do valor da coisa. Vide arts. 1.233 a 1.237 do CC. Obs.: não confundir descoberta com outros dois institutos, quais sejam: - Ocupação: art. 1.263 do CC. - Arrecadação de bens vagos: art. 746 NCPC. 5.4) Função Social da Propriedade: - Norberto Bobbio: livro “Da Estrutura à Função” (1970). Transmuta a ideia de “o que é o direito” (norma) para a ideia de “para que serve o direito” (função). - Nasce mais que um conjunto de direitos, surgindo um grupo de obrigações perante à sociedade. - O ter não pode suplantar o ser. - A função social da propriedade deve ser cumprida em três setores: - Econômico; - Ambiental; - Humano. 5.5) Tutela Jurídica: vide apostila. 5.6) Propriedade Resolúvel: vide apostila. 5.7) Regras de Responsabilidade Civil do Proprietário: - Estuda a atribuição de responsabilidade jurídica/civil ao proprietário por atos que gerem dano. - Regra: é subjetiva (conduta + dano + nexo + aferição de culpa (dolo ou culpa stritu sensu (negligência, imprudência ou imperícia))). O ônus da prova cabe a quem alega, isto é, é do autor da ação. - Exceções: será objetiva (conduta + dano + nexo), dispensando, pois, a prova relativa à culpa. Consequentemente, o ônus é invertido. Será objetiva a responsabilidade em três casos: 1) Art. 936 do CC: regulamenta os danos ocasionados na guarda de animal. É sem risco integral. 2) Art. 937 do CC: ruína da coisa. Aqui a responsabilidade é sem risco integral (cabe alegação de caso fortuito ou força maior) 3) Art. 938 do CC: coisas caídas. Com risco integral. Às coisas caídas que geram dano não cabe alegação de caso fortuito ou força maior. 5.8) Formas de Aquisição da Propriedade Imóvel: - Existem duas formas de aquisição da propriedade imóvel: 1ª Forma - aquisição originária da propriedade. Não há translatividade de direitos. Não há negócio jurídico. A propriedade nasce sem histórico, de forma originária. Pode se dar por: 1.1 – Acessão: 1.1.1 – Natural: 1.1.1.1 – Aluvião: 1.1.1.2 – Avulsão: 1.1.1.3 – Formação de ilhas: 1.1.1.4 – Álveo Abandonado: 1.1.2 – Artificial: 1.1.2.1 – Plantações: 1.1.2.2 – Construções: 1.2 – Usucapião: 2ª Forma - aquisição derivada da propriedade. Aqui há translatividade; há negócio jurídico. Obs.: A aquisição derivada dá-se por registro. 2.1 – Por ato inter vivos: 2.1.1 – Contrato de compra e venda: 2.1.2 – Contrato de doação: 2.2 – Por causa mortis: 2.2.1 – Herança: 2.2.2 – Testamento: Obs.: o que diferencia aquisição originária da derivada é a translatividade. Não há translatividade na aquisição originária. 5.8.1) Aquisição Derivada: - Decorre de negócio jurídico em que se transmite a propriedade por um instrumento (escritura pública) que é levado a registro no RGI. É regida pela L. 6.015/73 (Lei de Registros Públicos). Obs.: Súmula 449 do STJ: vaga de garagem pode ter registro próprio, sendo propriedade independente. Se tem registro próprio, não é protegida pelo bem de família. - O registro gera presunção relativa de propriedade. Portanto, cabe declaração de nulidade de título ou retificação (art. 1.247 do CC + art. 212 e 213 da LRP). Obs.: há um caso de presunção absoluta de propriedade. É previsto no art. 277 da LRP. Não cabe alegação de nulidade nem pedido de retificação. O regramento para esse tipo de registro é diferenciado. O juiz concede esse tipo de registro, após pedido. Não é o tabelião que procede ao registro. Só se aplica a propriedades rurais. É o registro torrens. 5.8.2) Aquisição Originária: - Não há translatividade! Acessões: são acréscimos sem finalidade específica. Acessões Naturais: em regra, ocorrem sobre em curso de águas. Avulsão: desprendimento abrupto e repentino de terras. É a desagregação de uma parte de terras (de um grande volume de terras) por força natural e violenta que se anexa em outra propriedade. Regras da Avulsão: art. 1.251 do CC. O proprietário que perdeu o volume tem o prazo decadencial de um ano para exigir: a) indenização pelo volume ou b) devolução. Aluvião: é o desprendimento lento e gradual de terras que se aderem a outra propriedade. Classificação de Aluvião: Própria: desprendimento gradual. Imprópria: é o desvio de pequena parte do curso d’água, fazendo nascer terreno antes invisível. Há mudança no curso d’água. Nesse caso, a mudança pode ser repentina ou gradual. Indenização: art. 1.250 do CC. Não há indenização. Formação de Ilhas: acréscimo de terras dos proprietários ribeirinhos na proporção de suas testadas (margens). Art. 1.249 do CC. Se a ilha nasce no mar ou em rio navegável, pertencerá à União, que pode conceder o uso. Álveo Abandonado: é o resultado do esvaziamento de um rio. Art. 1.252 do CC. Acessões Artificiais: são as construções e as plantações. - Art. 1.253 a 1.259 do CC Usucapião: arts. 1.238 a 1.244 do CC + normas especiais. - É a aquisição originária, pois não há translatividade da coisa de ninguém para ninguém. - É chamada de prescrição aquisitiva. - A prescrição fulmina a pretensão ao exercício de um direito. - A prescrição da Parte Geral do Código Civil é um fenômeno jurídico que aniquila o exercício de uma pretensão. No estudo do fenômeno usucapião, é possível falar em prescrição aquisitiva, pois um proprietário que não exerce o seu direito de proteger a coisa que está em posse de terceiro por um determinado tempo perde a propriedade, mas, em contrapartida, o possuidor adquire a propriedade. - Cabem todas as regras inerentes à prescrição (art. 197 a 199 do CC). - Nomenclaturas: quem adquire é chamado de usucapiente e quem perde a propriedade é usucapido. - Natureza jurídica da sentença que reconhece usucapião: para adquirir a propriedade por usucapião é necessário ter posse por um tempo determinado e posse é uma situação de fato. Ao términodo prazo legal, o Judiciário, após provocação, reconhecerá a propriedade por usucapião, DECLARANDO-A, e não a constituindo, reconhecendo a propriedade desde o primeiro dia do exercício da posse, ab ovo. B.1 Naureza juidica da sentença que reconhece Usucapião Para adquirir propriedade por usocapião é necessario ter posse por tempo Determinado e posse é uma situação de ato. Ao termino ao prazo propriedadelegal o judiciario apos a provaçãoreconhecerá a propriedade por uso capião> Declarando-a e no consentimento- a reconhecendo a propriedade desde o 1° Dia do exercicio da Posse, Abono. Dia 12/05/2016 B.2- Usucapiao de bem Publico Art. 183 §3°, 191 P.único> CRFB/88 -Art. 102 c.c PS:TJMG> Processo n°19410011238-03 B.3- Os requisites para uso capião 1° Requisitos Facultativos: - Justo Titulo - Boa Fé 2° Requisitos Obrigatórios. - Lapso Temporal - Idoneidade da coisa - Posse Qualificada # Lapso Temporal: É o praso que a lei exige de posse para comfigurar o instituto. -É possivel a chamada soma de posses, podendo ser: - Ato ‘’ Inter Vivos’’ – Acessio Possessionis”. -Por ‘’Causa Mortis’’- Sucessio Possessionis”. -Quanto ao Tempo, o justo titulo e a Boa Fé, têm o carater de redução. JUSTO TITULO: É o titulo apto a transmitir propriedade se nao fosse o gravame (vicio) que lhe pesa. BOA FE: È a ignorancia a cerca do vicio. IDONEIDADE DA COISA: Coisa Usucapivel NÃO PODE SER USUCAPIDO: - Bem Incorporeo, salvo linha telefonica, sumula 193 STJ # - Bem Público : Área comum de comdominio Edilicio -Comdominio Pose Qualificada: Posse Mansa e passifica/ Ininterrupta.> Posse Continua e nao reclamada judicialmente / Desidioso# Posse Subjetiva (Savigny) – Corpus + Animus Rem Sib Habendi.> Intenção de Dono , paga tributos, ele cuida da coisa. Agir, Defender como Dono. B.4- ESPECIES DE USUCAPIÃO: -Extraordinario. -Ordinaria. -Tabular. -Especial Urbano Individual. -Especial Urbano Coletivo. -Familiar/ Conjuga l/ Abandono de Lar. -Especial Rural. -Especial Indigena. -Especial Administrativo. -Em Cartorio. B.4.1 – Extraordinario #Art. 1.238 Exige requisitos obrigatorios Prazo> 15 Anos Reduz para 10 Anos se Há: -Moradia ou Produtivo B.4.2- Usucapião Ordinaria. ART- 1.242: Exige os requisitos facultativos somados aos requisitos Obrigatorios. -Prazo para Usucapião Ordinario: De 10 anos, se possui justo titulo + boa fé. -Paragrafo Unico: o Juiz Pode Reduzir o prazo para 05 anos se há: Moradia Produtividade Titulo Derivado de Registro Publico *Marcar Vade: Com Justo Titulo é Boa Fé. B.4.3-Usucapião Tabular: Lei de Registro Publicos (LRP) 6015/73 ART: 214 §4º Usucapião Tabular: O Proprietario de um Imovel adquirido de forma derivada Registro citado em ação anulatoria ou declaratoria de nulidade pode em sua defesa solicitar o reconhecimento de usu capião. B.4.4: Usucapião Especial Urbano Individual ART. 183 CF e ART 1.240 C.C Requisitos: Prazo de 5 Anos. Imovel Urbano Não Superior a 250 m2 Quadrados. Não ser proprietario de outro Imovel Rural ou Urbano. Usar Para Moradia. #OBS: Pessoa Jurida não pode alegar esta modalidade. #OBS: Só pode ser alegado uma unica Vez. B.4.5 Usucapião Especial Coletivo: Lei: 10.250/02 ART. 10 Requisitos: 5 Anos Imovel Urbano Superior Superior a 250m2. Composse de população de Baixa Renda. Não ser proprietario de outro Imovel, Rural ou Urbano. Uso para Moradia. B.4.6- Usucapião Familiar/ Conjugal ART. 1.240-A C.C * Formas de Aquisição da Meação do Imovel do Casal: (Casamento ou União estavel) Por Conta do Abandono do Lar Requisitos: Prazo de 2 anos. Imovel Urbano Integrante da Meação , não superior a 250m2. Não ter outro Imovel Urbano ou Rural. Uso Para Moradia. #OBS: Pessoa Jurica não Pode Alegar. #OBS:Sómente pode ser Alegado uma Unica Vez. #OBS: Ocorre na Varia de Familia. B.4.7:Usucapião Especial Rural: ART. 191 CF 5 Anos Imovel Rural Não Superior a 50 Hectaries. Não ter outro Imovel Rural Urbano. Usar para Moradia ou Produtividade. B.4.8- Usucapião Especial Indigena. Estatudo do Indio- 6001/73 Art. 33 Requisitos: Prazo de 10 anos Imovel não Superior a 50 hequitares Ocupado por indios. B.4.9- Usucapião Especial Indigena Administrativa. Art 60 da Lei 11977/09- Lei Minha Casa Minha Vida Requisitos: Prazo 05 Anos. Detentor de Titulo de Posse. Não Beneficiario de Outro Programa Social. B.4.10- Usucapião Administrativo. Art. 1071 – NCPC- Desjudicialização da Usucapião. *Qualquer Especie de Usocapião pode ser reconhecida em Cartorio. Requisito: Pedido Notificação do Proprietario= Negar Expressamente ou Fidar em Silencio (Vai ao Judiciario Concordar. ( Lavrar o Registro) 5.9- Perda da Propriedade: Art. 1.275 C.C 6-Direitos Reais Em Coisa Alheia. Conceito: São Desdobramentos / Desmembramentos do Dominio, ou seja, dos Poderes Inerentes a Propriedade. # Na Propriedade a relação e : Pessoa / Coisa, com o Desdobramento de Seus Poderes outra pessoa exercerá Direitos Sobre à Coisa consequentemente haverá uma Relação Pessoa / Direito e não Pessoa/ Coisa. 6.13- Usufruto - Usar e fluir - quem recebe usufruto- usufrutuario - quem Concede / compelido- su – proprietario -Descoberta a Posse= Direta e indireta Classificado -Legal = Pais- Bens dos filhos Menores -Judicial -Convencional – Contrato -Improprio- Bens fungiveis. Ao termino gera indenização - Proprio= Infugivel- ao termino gera devolução -Temporario -Vitalicio Materia esta no papel 02/06/16 6.2- Direito Real de coisa alheia de Garantia 6.2.1 Penhor # Incide sobre bens Moveis , em regra sobre implissitamente o Art 1.431, permite sobre imoveis, tansferindo-se a posse da coisa ao credor Pignoraticio, como garantia de uma divida salvo no penhor Rural Industrial Mercantial de veiculos nao há a transferencia da posse da coisa Art 1431 Art 1433 direitos do credor pgnoraticios (Posse da coisa empenhada) #grifar. PS: Penhor- Empenhar- Direito.Material – Garantia de divida Penhora- Penhorar-Dir Processual- Ato de Restrição a Bem com fim de satisfazer obrigação em fase de execução. Art 1.467 6.2.2- Hipoteca Recai sobre bens Imoveis, não transmitindo a posse ao credor hipotecario. É um cntrato de garantia que Grava o bem Imovel, por isso, deve ser registrado no Cartorio de imoveis, averbando á escritura. Art 1.473 - E possivel hipoteca de Navio e aeronave, sendo regulamentada em lei especial, segundo o §1° lei 7652/88 Art 1.489- Versa sobre a Hipoteca Legal 6.2.3- Anticrese Direito Real de Garantia em que há transferencia de um imovel para um credor anticretico no sentido de retirar frutos do bem como pagamento da divida. Art 1506 a 1510. 6.3 Direito Real de Coisa Alhea de Aquisição Promessa de compra e venda: E um contrato preliminar que se registrado na matricula do imovel gera oponibilidade erga ommines e direito a adjudicação compussoria. Se não é registrado, é mera obrigação de fazer. Art. 1417 e Art 1.418 Regulamentação decreto lei 581937 – decreto 3079/38 Lei 6766/79
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