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Aula - Limitacao ao poder de tributar

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MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 ADVERTÊNCIA
Prezado Acadêmico,
 
Os slides que seguem são orientações da aula do Professor. Por tal razão, os mesmos contêm apenas tópicos. Portanto, durante as explicações faça os devidos apontamentos e ao estudar para compreender o conteúdo e para as avaliações, Vossa Senhoria DEVE, necessariamente, se valer da bibliografia prevista na ementa dessa disciplina e naquela disponibilizada ao final da apresentação.
Por vez ou outra serão disponibilizados, no Aluno-Net, outros materiais de apoio, os quais poderão ser cobrados nas avaliações.
 
Atenciosamente;
 
Miqueas Liborio de Jesus
Professor.
 
Bom estudo!!
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTÁRIO
Princípios tributários gerais e específicos
Imunidades tributárias
Aula 
7
“Gosto de pagar tributos porque com eles compro civilização". 
Oliver Wendell Holmes 
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PODER DE TRIBUTAR
O pacto social plasmado do bojo da Constituição Federal outorga aos entes políticos de direito interno, poderes para instituir e arrecadar tributos, cujo propósito é custear as atividades estatais, na forma aprovada no orçamento anual.
 
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PODER DE TRIBUTAR
O poder de tributar nada mais é do que “um aspecto da soberania estatal”. O Estado, internamente, tem o poder de governar todas as pessoas que se encontrem situadas em seu território. O poder de tributar está assim, associado à legitimidade do próprio poder de governo.
A Constituição do Brasil delimitou o Poder Tributário, dividindo-o entre os diversos níveis de governo, uma vez que o Brasil é uma federação.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
LIMITAÇÃO AO PODER DE TRIBUTAR
O poder para instituir e arrecadar tributos não é absoluto e ilimitado. 
O mesmo enfrenta barreiras estipuladas pela própria Constituição Federal, cujo objetivo é proteger o cidadão contribuinte da expropriação indevida. 
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
As barreiras à expropriação indevida estão previstas nos artigos 150 a 152 da Constituição Federal, sob a forma de PRINCÍPIOS e NORMAS PRÓPRIAS.
OBSERVAÇÃO:
Esclarece-se que as limitações ao poder de tributar não se limitam aquelas previstas nos art. 150 a 152 – CF. Existem muitas outras espalhados pelo texto constitucional.
Assim não dá!!!!
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Celso Antônio Bandeira de Mello define princípio, como:
...mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.
 Pode-se dizer que princípios jurídicos são linhas diretivas que iluminam a compreensão de setores normativos, imprimindo-lhes caráter de unidade relativa e servindo de fator de agregação num dado feixe de normas.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da CAPACIDADE CONTRIBUITIVA ( artigo 145, §1º):
Determina que os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, que é a qualidade pré-jurídica do indivíduo que o capacita a dispor parte do seu patrimônio em favor das necessidades coletivas.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da LEGALIDADE (artigo 150, inciso I – CF):
 Significa que qualquer das pessoas políticas de direito interno somente poderá instituir tributos mediante a expedição de lei, estabelecendo a necessidade de que a lei traga no seu bojo os elementos descritores do fato jurídico e os dados prescritores da relação obrigacional:
 Hipótese de incidência/Fato gerador;
 Sujeito ativo e Sujeito Passivo (contribuinte);
 Base da cálculo;
 Alíquota;
 Obrigação assessória;
 Multa
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da LEGALIDADE - regras do art. 97 do CTN:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução (...);
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal (...);
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da LEGALIDADE – regras do art. 97 do CTN:
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
(...).
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Nota aos §§ 1º e 2º do art. 97 do CTN:
Os citados parágrafos têm por objetivo diferenciar a modificação da base de cálculo do tributo que visa tão-somente atualiza-la monetariamente daquela que corresponde a um efetivo aumento da carga tributária. Enquanto esta (§ 1º) representa uma real majoração do tributo, somente podendo ser realizada por meio de lei, aquela (§ 2º) é apenas a correção monetária da base de cálculo do tributo, sendo permitido ao Poder Executivo alterar a base de cálculo com base no índice de inflação oficial por meio de um ato normativo infra legal.
STJ – Súmula 160: “É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da LEGALIDADE – posicionamento do STF:
De acordo com a jurisprudência do STF, as matérias tributárias que não estejam entre as enumeradas no art. 97 do CTN não estão sujeitas à regra da estrita legalidade, podendo estar dispostas em normas infra legais.
EX: 
a) prazo para recolhimento do tributo;
b) atualização monetária;
c) fato gerador da obrigação tributária acessória.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Dos DECRETOS – Art. 99 do CTN:
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.
 NOTA:
Os decretos regulamentares são os atos normativos infra legais situados no mais elevado patamar hierárquico, pois são emanados pelo próprio chefe do Poder Executivo. Tais atos normativos visam disciplinar o cumprimento da lei e, nos casos de leis não auto executáveis, permitir que estas possam produzir efeitos a partir de sua regulamentação.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Exceções ao princípio da estrita legalidade (art. 153, §1º);
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
Permite que o Poder Executivo altere as suas alíquotas (II, IE, IPI, IOF) por decreto do Presidente da República ou por outro ato normativo (Portaria do Ministério da Fazenda).
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da IGUALDADE ou ISONOMIA TRIBUTÁRIA (art. 150, inciso II, CF):
O princípio veda a adoção de privilégio.
Em outras palavras, esse princípio estabelece a obrigatoriedade do agente arrecadador de tratar igualmente os contribuintes que se encontrem em situação equivalente, assegurando a tributação de acordo com a capacidade do sujeito passivo de contribuir, e realizando dessa forma a tributação com justiça social.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da IRRETROATIVIDADE da normatributária (art. 150, inciso III, alínea “a”, CF);
 Protege o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, impossibilitando que as entidades tributantes atinjam fatos passados (antes da vigência da lei), já consumados no tempo, debaixo de plexos normativos segundo os quais os administrados orientaram a direção de seus negócios.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da IRRETROATIVIDADE (Nota ao art. 106 do CTN):
 Inciso I:
Quando o próprio órgão elaborador da lei edita uma outra segundo a qual dispõe sobre a interpretação da primeira, trata-se da interpretação autêntica. 
Em caso de interpretação autêntica, o CTN autoriza a retroatividade da lei, desde que a interpretação inovadora não venha a resultar em aplicação de penalidade, a qual somente poderá ser aplicada em conformidade com o art. 105.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da IRRETROATIVIDADE (Nota ao art. 106 do CTN):
 Inciso II:
 Ato definitivamente julgado é aquele já sentenciado por uma decisão judicial transitada em julgado, ou seja, dela não cabe mais recurso. Em conformidade com o art. 5º, XXXVI, da CF/1988, a lei não pode prejudicar a coisa julgada.
Contudo, em caso de atos não definitivamente julgados, a lei tributária poderá retroagir para beneficiar o réu nos três casos citados nas alíneas do inciso II do art. 106 do CTN.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da IRRETROATIVIDADE (Nota ao art. 106 do CTN):
 Inciso II:
 A retroatividade da lei somente é possível no que diz respeito às penalidades. 
 NOTA: No tocante à tributos, não poderá haver retroatividade de lei, seja esta benéfica ou prejudicial (Vide advertência do art. 144 do CTN).
MLJ/.* 
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA (art. 150, inciso III, “b”, CF):
Proíbe aos entes Políticos cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
OBSERVAÇÃO:
Não se confunde com o PRINCÍPIO DA ANUALIDADE que previa a específica autorização orçamentária para se cobrar os tributos instituídos ou majorados.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Princípio da anterioridade nonagesimal, noventena ou anterioridade mitigada:
Prevista no §6º , do artigo 195 da CF/88, é uma exceção ao princípio da anterioridade tributária do exercício financeiro (art. 150. III, “b”), permitindo que as contribuições previdenciárias sejam instituídas e arrecadadas dentro do mesmo exercício, desde que respeitado o prazo de noventa dias, contados da publicação da lei.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS 
 Da NOVENTALIDADE TRIBUTÁRIA OU NÃO SURPREZA (art.150, inciso III, “c”, CF):
 Proíbe que sejam cobrados tributos antes de decorridos 90 dias da data de publicação da lei que os tenha instituído ou majorado.
 Trata-se do cumprimento do princípio da não surpresa.
 A noventalidade deve ser cumulada com o princípio da anterioridade do exercício financeiro (art. 150, III, “b”).
MLJ/.* 
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Do NÃO-CONFISCO (art. 150, inciso IV, CF):
 Também conhecido com o princípio da razoabilidade ou proporcionalidade tributária. Determina ao legislador que ao utilizar o poder de tributar conferido pela Constituição Federal, deve faze-lo de forma razoável e moderada de modo a não impedir o exercício de atividades, dificultar o suprimento de suas necessidade vitais, entre outros.
NOTA:
O conceito de confisco é indeterminado e sujeito a alto grau de subjetividade.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 Configuração do efeito CONFISCATÓRIO - posicionamento do STF:
“A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os houver instituído (a União Federal, no caso), (...). Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo - resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte.” (STF, Tribunal Pleno, ADC-MC 8/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 13.10.1999, DJ 04.04.2003, p.38)
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Do NÃO-CONFISCO X pena de perdimento
 Não há que se confundir possibilidade de aplicação da pena de perdimento com tributo confiscatório. O tributo não é sanção por ato ilícito (art. 3º - CTN). A pena de perdimento tem caráter punitivo.
NOTA:
Pena de perdimento – Art. 5º, XLVI, b, CF/88.
Dancei!!
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS
 Da NÃO LIMITAÇÃO DE TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS (art. 150, inciso V, CF):
 O objetivo do legislador constituinte foi evitar que os entes políticos criassem tributos (normalmente taxas) incidentes sobre a passagem de pessoas e bens em seu território, contrariando o direito das pessoas de se locomoverem livremente no território nacional de posse dos seus bens (Art. 5º, XV – CF/88).
 NOTA: Exceção:
 ICMS interestadual;
 Cobrança de pedágio.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
VEDAÇÕES ESPECIAIS – PROTEÇÃO AO PACTO FEDERATIVO
 Da UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO (art. 151, inciso I, CF):
 Este princípio proíbe que a União institua tributo de forma não uniforme em todo o país, ou dê preferência a Estado, Município ou ao Distrito Federal em detrimento de outro ente federativo.
 Permite-se, entretanto, a diferenciação, se favorecer regiões menos desenvolvidas. Visa promover o equilíbrio social e econômico entre as regiões brasileiras. Exemplo tradicionalmente citado é a Zona Franca de Manaus. 
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
VEDAÇÕES ESPECIAIS – PROTEÇÃO AO PACTO FEDERATIVO
 Da UNIFORMIDADE DA TRIBUTAÇÃO DA RENDA (art. 151, inciso II, CF):
 Aplicável exclusivamente ao imposto de renda, proíbe que a União tribute de forma diferenciada a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos servidores públicos, em níveis superiores ao que fixar para suas obrigações e para seus agentes.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
VEDAÇÕES ESPECIAIS – PROTEÇÃO AO PACTO FEDERATIVO
 Da VEDAÇÃO ÀS ISENÇÕES HETERÔNOMAS (art. 151, inciso III, CF):
Isenção heterônoma é aquela concedida por uma pessoa diferente da pessoa que tem a competência tributária, ou seja, por pessoa diferente da pessoa que tem a competência para instituir o tributo.
Assim, a competência tributária é sempre definida em sede constitucional sendo uma das principais garantias da existência da Federação, pois assegura que os entes federados terão autonomia econômico-financeira.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
VEDAÇÕES ESPECIAIS – PROTEÇÃO AO PACTO FEDERATIVO
 ISENÇÕES HETERÔNOMAS
 X 
TRATADOS INTERNACIONAIS
NOTA:
No sistema presidencialista adotado pela federação brasileira, o Presidente da República, agindo como Chefe de Estado (Art. 84, VIII – CF/88), firma tratados internacionais em nome da soberana REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (Estado Brasileiro).
No plano internacional, a República Federativa do Brasil é representada pela União Federal, a qual manifesta os interesses do Estado Soberano.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 ISENÇÕES HETERÔNOMAS X TRATADOS INTERNACIONAIS
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. (CTN)
NOTA:
Na verdade um tratado internacional não revoga nem modifica a legislaçãotributária interna, apenas prevalece sobre esta, tanto que, no caso de denúncia do tratado, a eficácia da lei interna incompatível é integralmente restabelecida. Noutras palavras o art. 98 quer dizer que os tratados internacionais que versem sobre matéria tributária prevalecem sobre a legislação tributária interna – seja esta anterior ou mesmo posterior ao tratado – que estará com sua eficácia suspensa naquilo em que for contrário ao tratado.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
VEDAÇÕES ESPECIAIS – PROTEÇÃO AO PACTO FEDERATIVO
 Da NÃO DIFERENCIAÇÃO DA PROCEDENCIA OU DESTINO (Art. 152, CF):
O presente princípio tem por escopo vedar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios da federação que instituam diferença tributária entre bens de qualquer natureza, levando em consideração a sua procedência ou destino.
Observe-se que esta limitação tributária não abrange a União, que pode estabelecer diferenças tributárias entre bens e serviços devido a sua procedência ou destino, quando se reportar a importação, exportação e fixação de alíquotas interestaduais do ICMS.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS ESPECÍFICOS
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS ESPECÍFICOS
 Princípios da UNIVERSALIDADE, PROGRESSIVIDADE E GENERALIDADE aplicáveis ao IR (Art. 153, §2º, I, CF/88):
 Universalidade: impõe que a lei que instituir o imposto de renda deve abarcar todos os rendimentos provenientes de atividades lucrativas para fins de cálculo do mesmo (Tributação de todas as rendas).
 Progressividade: determina que quanto maior for a renda, maior deve ser a alíquota do imposto.
 Generalidade: impõe que todas as pessoas que aufiram renda devem ser tributadas, excetuando-se, logicamente, às imunidades e isenções concedidas legalmente.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS ESPECÍFICOS
 Princípios da NÃO CUMULATIVIDADE:
Aplicável ao IPI (art. 153, §3º, II, CF) e ao ICMS (art. 155,§2º, I, CF), determina que o valor tributário realmente devido é aquele que resulta da compensação, entre aquilo que foi devido pelas operações/serviços praticados pelo contribuinte, com as anteriores aquisições de bens e serviços, num determinado período.
NOTA: Ao inserir o princípio da não-cumulatividade na Carta de 1988 o Constituinte beneficiou o consumidor final, que é quem termina arcando com o pagamento de toda a carga tributária, pois ao evitar o efeito cascata da tributação, através da compensação tributária, obtém os produtos com o preço mais reduzido ou menos onerado pela tributação.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS ESPECÍFICOS
 Princípios da SELETIVIDADE:
Traz o entendimento de que a tributação pode ser seletiva, como forma de alcançar com alíquotas mais elevadas os produtos de luxo ou supérfluos, coibindo o consumo exacerbado e de se tributar com alíquotas menos elevadas aquele produtos consumidos pela população (essencialidade do produto).
NOTA:
 Em relação ao IPI: observância obrigatória (art. 153, §3º, I – CF);
 Em relação ao ICMS: Observância facultativa (art. 155, §2º, III, CF).
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
EXIGENCIA DE LEI ESPECÍFICA PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS:
Regra do §6º, do art. 150 CF:
“§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.”
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
A imunidade tributária ocorre quando a regra constitucional impede a incidência da regra jurídica de tributação, ou seja, impede que o Estado cobre tributos sobre determinadas pessoas, fatos ou objetos imunizados.
Em outras palavras, a imunidade retira do entre tributante (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) o poder de tributar.
Alguns autores definem imunidade tributária como não-incidência constitucionalmente qualificada.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Distinção: Imunidade X Isenção
 Imunidade: decorre da constituição federal, retirando dos entes tributantes o poder de tributar;
 Isenção: é dispensa legal do pagamento de tributos. Em outras palavras, a isenção é outorgada pela lei. Somente que detêm a competência tributária, pode dispensar o recolhimento do tributo.
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. (CTN)
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Nota:
 No texto constitucional existem várias imunidades. 
	
Toda vez que a Constituição Federal empregar as expressões como: não incide; vedado cobrar; está isento; esta imune, entre outros – estar-se-á diante de uma imunidade tributária.
	 EX: incido III, §3º, do art. 153 – CF/88;
		 inciso XXXIV, art. 5º - CF/88;
		§7º, art. 195, CF/88.
As imunidades do artigo 150, VI, referem-se única e exclusivamente aos impostos e não aos tributos.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Nota:
 A imunidade só atinge a obrigação principal (§1º, do art. 113, do CTN), permanecendo assim as obrigações acessórias (§2º, art. 113, do CTN).
Imunidade é uma proteção que a Constituição Federal confere aos contribuintes, razão pela qual o STF reconhece a mesma o status de cláusulas pétreas, não podendo ser revogada ou modificada pelos entes tributantes.
Viva!!!
Finalmente uma boa noticia...
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
 Imunidade Objetiva
 As imunidades objetivas incidem diretamente sobre o objeto imunizado;
 Sua proteção é auto aplicável, ou seja, sua aplicação não fica condicionada a observância de critérios estabelecidos em lei complementar.
Ex.: livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (Art. 150, VI, “d” – CF/88).
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
 Imunidade Subjetiva
 As imunidades subjetivas incidem sobre pessoas jurídicas;
 Sua proteção fica condicionada a observância de critérios estabelecidos em lei complementar.
Ex.: templos de qualquer culto; patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. (Art. 150, VI, “a”, “b” e “d” – CF/88).
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
 Imunidade Subjetiva
 Inciso II, do Art. 146, da CF/88
Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; 
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
 Imunidade Subjetiva
 Inciso II, do Art. 146, da CF/88
§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.
§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.
MLJ/.* 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado.3ª ed., São Paulo: Método, 2009.
CASTRO, Domingos Poubel de. Auditoria e controle interno na administração pública. São Paulo: Atlas, 2008.
FÜHRER, Maximiliano C. A. e MILARÉ, Édis. Manual de Direito público e privado. 14ª ed., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003.
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Uma teoria do tributo. São Paulo: Quartier latin, 2005.
SEGUNDO, Hugo de Brito Machado. Direito tributário e financeiro. 4ª ed., São Paulo: Atlas, 2009. MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 27ª ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2006.
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