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RELATÓRIO CAPS

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Marcia Castro
Bianca Tavares
Dulcineia Barreto
Jose Renato Felles
Dayanne Lima
ORGANIZAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS 
Draft Assunto: Relatório de visita ao CAPS
Orientadora Professora: Ana Luiza
Rio de Janeiro
2016
Que é o CAPS?
São centros de atenção psicossocial de serviços comunitários, para tratamentos de pessoas com transtornos mentais graves e também com problemas mentais decorrentes de álcool ou drogas.
Quando foi implantado o CAPS no Rio de Janeiro?
Foram implantados nos anos 90, hoje, porém, são unidades autônomas de saúde. O CAPS da Freguesia (Ilha do Governador) tem horário de funcionamento das 08:00h às 16:00h e localiza-se no antigo prédio da Biblioteca da Ilha, onde o acolhimento é feito por profissionais de nível superior que fazem a identificação dos usuários do serviço e os direcionam para os seus respectivos atendimentos. Nesse CAPS não há atendimento de emergência, todas as emergências ocorridas são encaminhadas ao hospital Evandro Freire (que possui uma ala psiquiátrica) porém, ainda assim, os pacientes são acompanhados pelos profissionais de referência do próprio CAPS, isso é possível devido à proximidade entre o CAPS Ilha e o hospital.
Relatório da visita:
Fomos recebidos pela psicóloga Fabiana, que já trabalha lá há 13 anos e que também é a coordenadora técnica há 1 ano. A entrevista foi realizada com ela e uma enfermeira que estava se aposentando naquele dia.
A equipe é composta por 11 membros (diretora, 3 psicólogos, 2 terapeutas ocupacionais, 2 oficineiros, 2 técnicos de enfermagem e 1 assistente social) que atuam de forma multi e interdisciplinar. Todas as decisões clínicas são tomadas em conjunto. A hierarquização é mais evidente nas questões burocráticas destinadas à Direção e à Coordenação Técnicas.
O espaço era casa de um artista plástico e foi doado pelo seu filho, inclusive há algumas obras pintadas nas paredes, que são patrimônios tombados. Tal espaço denota bem a precavidade pela falta de recursos (características típicas das organizações públicas no Brasil). Apesar das paredes estarem bem sujas e as mobílias parecerem vem velhas (o que desperta um certo desconforto), o espaço é grande: Tem sala de vivência, sala de oficinas, enfermaria, refeitório, recepção, sala de atendimento e um pátio. A unidade que visitamos nos relatou que atende, em média, 40 pacientes por dia e possui mais de 700 prontuários.
Quando perguntadas sobre o objetivo da instituição, nos deram como resposta: Acompanhamento dos pacientes com transtorno mental grave e persistente. Sendo feito após uma avaliação inicial (por dois profissionais) do paciente que chega pela primeira vez. Quando se certifica a demanda para este dispositivo, o paciente “ganha” um técnico de referência (que pode ser qualquer profissional que trabalha na unidade) e um médico psiquiatra.
Uma vez por semana os profissionais se reúnem para uma supervisão, chamada clínico-institucional, onde se discutem alguns casos mais evidentes para a semana em questão, o trabalho realizado e os procedimentos adotados. Esta supervisao é feita por uma supervisora que não faz parte da unidade e a pauta é definida no momento da reunião.
As intervenções feitas são o cuidado clínico associado aos recursos terapêuticos como: psicoterapia (que geralmente acontece em grupos terapêuticos, oficinas, musicoterapia, avaliações médicas, assistência à família, visitas domiciliares, administração de medicamentos (quando necessário) busca ativa, etc.
Todas as intenções são no sentido de inserir o paciente na sociedade e desenvolver a autonomia do paciente e quanto menos o paciente necessitar frequentar o CAPS e alguns sinais de melhora, ou de que se alcançara, os objetivos são: Notar que um paciente está mais integrado na sociedade e que não necessita mais ir com tanta frequencia ao CAPS. 
Quando isso ocorre, há também a opção de encaminhamento para ambulatório ou Clínica da Família, dependendo da localidade em que ele reside.
A relação trabalhista (vínculo empregatício) foi retratada pela profissional de forma positiva, a qualidade do trabalho e a relação da equipe foram citadas como muito satisfatórias. As dificuldades apontadas foram as típicas das Políticas Públicas, como os recursos financeiros (falta de alimento e medicação) mas que também não tem sido frequentes, e a falta de contratação de funcionários para preencher vagas de cargos necessários para a melhoria do trabalho.
Os desafios considerados foram os da questão do próprio contexto da saúde mental: os preconceitos em torno da mesma e as dificuldades ao cumprimento de todas as propostas da reforma psiquiátrica, pois ainda existem muitos locais em que os pacientes não são tratados (por vários fatores) com total dignidade. Pudemos ver que, apesar de o CAPS ser um dispositivo que evidencia a evolução ao processo de desinstitucionalização, ainda há muitos objetivos a serem alcançados.

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