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1Agricultura de Precisão » Programa Agricultura de Precisão Introdução à Agricultura de Precisão » Módulo 4: Sensores mais utilizados na agricultura Ficha técnica 2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO INFORMAÇÕES E CONTATO Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua 87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar: Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 (62) 3412-2700 / 3412-8701 E-mail: senar@senargo.org.br http://www.senargo.org.br/ http://ead.senargo.org.br/ PROGRAMA AGRICULTURA DE PRECISÃO PRESIDENTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO Leonardo Ribeiro TITULARES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO Daniel Klüppel Carrara, Alair Luiz dos Santos, Osvaldo Moreira Guimarães e Tiago Freitas de Mendonça. SUPLENTES DO CONSELHO ADMINISTRATIVO Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva, Eleandro Borges da Silva, Bruno Heuser Higino da Costa e Tiago de Castro Raynaud de Faria. SUPERINTENDENTE Eurípedes Bassamurfo da Costa GESTORA Rosilene Jaber Alves COORDENAÇÃO Fernando Couto Araújo IEA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS S/S Conteudistas: Renato Adriane Alves Ruas e Juliana Lourenço Nunes Guimarães TRATAMENTO DE LINGUAGEM E REVISÃO IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO IEA: Instituto de Estudos Avançados S/S 3Agricultura de Precisão » Além da capacidade de receber e interpretar sinais de satélite, a agricultura de precisão depende de outro tipo de recurso tecnológico: o sensoriamento. Os sensores fornecem diversos ganhos de qualidade nas operações agrícolas a partir da obtenção eletrônica de informações sobre o cultivo e o solo. Ou seja, independente da percepção humana (ou das condições de luminosidade, por exemplo), os sensores são capazes de agilizar e potencializar a coleta de dados, disparando comandos para abrir e fechar válvulas automaticamente e executar outras ações em tempo real. Existe no mercado farta quantidade dos sensores disponíveis, que podem em geral ser divididos em dois grupos: direto e remoto. Ambos têm a finalidade de obter dados eletronicamente para automatização de processos ou para tomada de decisões. Para que os sensores operem bem durante tempo indeterminado, no entanto, você deve estar constantemente atento às orientações de calibração de cada equipamento. É este procedimento que vai dar confiabilidade à automatização das operações agrícolas. Atenção! Para os momentos em que você não pode estar conectado à internet, disponibilizamos um arquivo com o conteúdo deste módulo. Mas lembre-se: você deve retornar ao Ambiente de Estudos para realizar as atividades. Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você deve retornar ao Ambiente de Estudos para realizar a atividade de aprendizagem. Está pronto para mais um módulo? Faça bom proveito! Módulo 4 » Sensores mais utilizados na agricultura 4Agricultura de Precisão » Aula 1 A importância do sensoriamento nas operações agrícolas Nos módulos anteriores deste curso, você teve a oportunidade de ler que os sensores são gran- des aliados da agricultura de precisão. A partir de agora, vamos aprofundar o entendimento sobre estes dispositivos de suporte à tomada de decisão. As técnicas de sensoriamento, aliadas às técnicas de agricultura de precisão, podem refletir con- sideravelmente na melhoria do processo produtivo e da sustentabilidade ambiental, com po- tencial retorno econômico. Um exemplo é a aplicação localizada de insumos em tempo real, de acordo com as necessidades específicas dentro de cada lavoura. Ao mesmo tempo que os tratores e máquinas complementam os braços do trabalhador, pode- mos dizer que os sensores dessas máquinas substituem os olhos. Afinal, eles são capazes de executar tarefas, mesmo em más condições de trabalho, de forma muito eficaz. Para isso, neces- sitam ser bem selecionados e calibrados constantemente. Ao fim dessa aula, você deve ser capaz de: • reconhecer a importância do uso das técnicas de sensoriamento; • identificar as formas para obter dados confiáveis. Fonte: Shutterstock 5Agricultura de Precisão » Tópico 1 Sensoriamento para muitas aplicações O sensoriamento pode ser definido como a aquisição de informações a respeito de algum ob- jeto sem estar em contato físico com ele. Um exemplo simplista pode ser quando nossos olhos percebem a luz refletida de um objeto e nosso cérebro interpreta a informação. Neste exemplo, nossos olhos são os sensores/detectores e nosso cérebro, o computador que faz a imagem do que foi detectado. Mas, na tecnologia, os sensores tradicionalmente podem ser ópticos, térmi- cos e elétricos, por exemplo, além de monitores de funções específicas como fluxo de grãos e teor de umidade, entre outros. Na agricultura, a tecnologia de sensoriamento tem sido usada para variadas aplicações, que vão desde a avaliação do estado nutricional e hídrico em plantas até a detecção de plantas daninhas e insetos. O sensoriamento oferece uma rápida e eficiente maneira para acessar a variabilidade espacial e temporal dentro de uma área em uma propriedade agrícola. Além disso, tecnologias de sensoriamento têm sido desenvolvidas com o objetivo de fornecer informações sobre pro- priedades dos solos, diferenças entre tipos de estresses abióticos das plantas (água ou nutricio- nal) e estimar a produção relativa das culturas, permitindo ao produtor rural, tomadas de decisão rápidas e seguras. Veja a seguir outras utilidades da coleta de dados por sensoriamento. Índices de vegetação Características de solo Dados de sensoriamento também são amplamente utilizados para desenvolver índices de vegetação, como indicadores de cres- cimento da cultura, do estado nutricional e da produtividade. Tec- nologias mais avançadas, como a reflectância espectral de cultu- ras, podem ser usadas para detectar estresses bióticos e abióticos do ambiente, avaliar o estado nutricional, estimar o crescimento e monitorar as condições da planta, bem como para prever a produ- tividade das culturas. Em relação à terra da lavoura, os recentes avanços tecnológicos em sensores para as medições das características de solo em es- cala de campo e em tempo real têm trazido agilidade e eficiência dentro da agricultura de precisão, com obtenção de dados in situ (nas condições reais de campo) altamente confiáveis. 6Agricultura de Precisão » Condutividade elétrica Outros levantamentos O mapeamento da condutividade elétrica do solo com auxílio de GPS é uma ferramenta relativamente simples, porém que tem sido utilizada para determinar a textura e outras propriedades do solo com sucesso. A medição com sensores obtida in situ tem signifi ca- tiva correlação com o resultado de análises destas características em laboratório, sendo que ambas integram os efeitos da argila (tipo e quantidade) e teores de sais (cátions e ânions solúveis). Além disso, a medição in situ leva em consideração toda a massa de solo, representando bem a condição real. O levantamento de outras características do solo, como o teor de matéria orgânica, por exemplo, através dos métodos convencio- nais, pode ser uma operação trabalhosa e demorada. Com o uso de técnicas de mapeamento por sensoriamento remoto, estas informações podem ser adquiridas de forma muito mais rápida, otimizando as decisões técnicas do produtor. Neste mesmo sen- tido, o mapeamento das características da lavoura que se alteram muito rapidamente no decorrer tempo se tornam praticamente dependentes de um sistema de sensoriamento remoto, para que possibilite a coleta destas informações como base para a aplica- ção dos insumos adequados em tempo real. É importante ressaltar que a aplicação de pro- dutos a taxas variáveis com detecção das man- chas de solo em tempo real ainda não está to- talmente operacionalizada nonosso mercado. Entretanto, em condições ideais podemos afi rmar que se trata de uma forma mui- to efi ciente de utilização da agricultura de precisão, ten- do em vista a sua rapidez e redução de custos envolvi- dos, com coleta de amostras, análises, elaboração de ma- pas etc. Confi ra um esquema que ilustra um maquinário equipado de sensoriamento para aplicação de taxa variá- vel em tempo real. Fonte: adaptado/ elaborado pelo autor 7Agricultura de Precisão » Recapitulando Nesta aula, você estudou que o sensoriamento é parte integrante da agricultura de precisão, proporcionando diversos ganhos de qualidade nas operações agrícolas. Uma das vantagens dos sensores é que eles podem obter informações sobre objetos sem esta- rem em contato com eles. Assim, podem agilizar e potencializar a coleta de dados, abrir e fechar válvulas automaticamente e executar outras ações em tempo real. 8Agricultura de Precisão » Aula 2 Tipos de sensores mais utilizados na agricultura Na aula anterior você aprendeu que o sensoriamento remoto tem uma importante participação nas etapas da agricultura de precisão. Tendo em vista as diversas formas de uso dos sensores nas máquinas e implementos agrícolas, as indústrias especializadas têm disponibilizado no mer- cado grande variedade de sensores a cada ano. No entanto, isso pode se tornar um problema se não houver adequado conhecimento sobre qual tipo de sensor se aplica melhor para cada uso. Ao fim dessa aula, você deve ser capaz de: • identificar os principais sensores utilizados nas coletas de informações no campo; • reconhecer as possíveis adaptações que os sensores podem ter nos equipamentos agrícolas. Fonte: Senar-GO 9Agricultura de Precisão » Tópico 1 Sensoriamento direto e remoto Os sistemas eletrônicos e informatizados na agricultura de precisão permitem a detecção de uma grandeza física, não elétrica, que é transmitida sob a forma de um sinal elétrico (tensão, in- tensidade, impedância etc.) e tratada por uma unidade central, com um ou vários processadores. Além disso, podem enviar as instruções para dispositivos eletrônicos passivos, que as memori- zam, ou ativos, que acionam eletroválvulas para acionar motores hidráulicos. Existem sensores que são dedicados para realizar o mapa de variabilidade ou a transmissão em tempo real das condições de determinados fatores de produção, do solo ou da cultura, a fim de realizar o manejo levando em consideração estes dados, através da aplicação a taxas variadas de acordo com a necessidade. O registro automático de dados proporciona diversas vantagens, como, por exemplo, a elimina- ção de erros advindos do processo manual de digitação e leitura, redução das perdas de dados e da falta de sincronismo nas leituras entre vários instrumentos. Garantem também diferentes frequências de leitura, com intervalos precisos. Essa técnica é uma importante ferramenta no auxílio do planejamento das tarefas diárias dos engenheiros e técnicos de campo. Também existem sensores que são utilizados para determinar o mapa de variabilidade da pro- dutividade, como resultado final de todo o manejo anterior. Podemos dividir os tipos de sensoriamento em direto e remoto. O sensoriamento direto é quando o sensor faz contato físico com o alvo (solo, planta, fruto etc.), como no caso dos penetrômetros, sensores de umidade, pH etc. O sensoriamento remoto refere- se à observação terrestre e aquática à distância, isto é, sem contato físico com o alvo, tais como nas imagens aéreas, imagens de satélites etc. Em relação à forma como são medidas as variáveis, os sensores podem ser ópticos, térmicos e elétricos. Conheça a seguir detalhes de cada um deles. Penetrômetros Instrumento de controle usado para qualificar e quantificar a compactação de um material, como por exemplo, do solo. 10Agricultura de Precisão » Sensores ópticos Sensores térmicos São basicamente espectrômetros que utilizam uma ranhura exis- tente num disco de entrada que define, juntamente com as len- tes, uma linha estreita da imagem do objeto (campo), que faz com que a luz, ao se dispersar, forme uma imagem bidimensional que é projetada no sensor da câmara. Os sensores ópticos mais utilizados são os que permitem medir as características do solo, embora, na maioria das situações, sirvam apenas para “orientação” na delimitação de zonas onde se devem recolher os dados. As cartas de rendimento são, ainda, a principal fonte de informação sobre a variabilidade entre as parcelas, em- bora não suficiente, pois não fornecem, por exemplo, indicações sobre a variação da profundidade do solo. É fundamental a com- plementação da informação dada pelas cartas de rendimento com as das características do solo, para se estabelecerem relações de causa e efeito com as culturas. A matéria orgânica (MO) foi um dos primeiros parâmetros do solo a ser estudado e para a qual foram construídos sensores de medi- ção, em tempo real, semelhantes aos utilizados para medição da sua umidade. O princípio de funcionamento destes sensores ba- seia-se na emissão e absorção de certos comprimentos de onda, pois os solos que têm mais MO são mais escuros e têm uma me- nor reflexão que os que têm baixo teor de MO. Estes sensores têm emissores de ondas luminosas de determinado comprimento e células receptoras sensíveis. Os sensores mais utilizados na caracterização do solo permitem determinar outros fatores, nomeadamente: a densidade aparente, a compactação, o coeficiente de uniformidade dos agregados e o índice de plasticidade, características que poderão ser utiliza- das para estabelecer regressões em que a variável dependente é, por exemplo, a produtividade. A aplicação de análise estatística, levando-se em consideração todos os fatores ao mesmo tempo, permitirá seriá-los para se conhecer o grau de influência de cada um deles naquela variável (produtividade, por exemplo). Os sensores térmicos são utilizados para identificar várias radia- ções no âmbito dos raios infravermelhos - espectro visível. Para cada tipo de radiação que se quer quantificar, é utilizado um tipo de banda espectral, sendo que os sensores podem apresentar até 15 bandas, incorporando meios de calibração para todas elas. O princípio de funcionamento destes sensores baseia-se na reflexão 11Agricultura de Precisão » Sensores elétricos das superfícies, resultante da incidência da luz do sol, que tem uma elevada correlação com o sinal térmico emitido. Como as di- ferentes temperaturas correspondem diferentes bandas térmicas, a utilização de sensores para medir aqueles valores, permite iden- tificar as várias superfícies da camada terrestre. Para se manterem vivas as plantas necessitam irradiar, por eva- potranspiração, parte da energia solar que recebem, para diminuí- rem a sua temperatura e, assim, manterem os processos químicos necessários ao seu desenvolvimento. A variação da quantidade de calor libertada depende do estado de desenvolvimento da cul- tura, pelo que é possível utilizar esta tecnologia para estimar as produções. Relativamente ao solo a utilização de sensores térmicos remotos permite estimar várias características, nomeadamente: o teor de matéria orgânica, argila, ferro e outros minerais. A caracterização das propriedades físicas e químicas do solo é feita, cada vez mais, baseando-se na sua condutividade elétrica, determinada por sensores de indução. A utilização de amostras de solo e sua análise em laboratório, especialmente quando o seu número é elevado, torna muito cara a realização dos mapas. O funcionamento do equipamento consiste, basicamente, na emissão de uma corrente elétrica por dois discos, detectando os outros a diferença de potencial que ocorre no campo eletromag- nético gerado no solo resultante da corrente elétrica aplicada. Esta tecnologiausa, assim, a energia eletromagnética para medir a condutividade elétrica do solo, que depende da concentração de íons, da umidade, da quantidade e tipo de íons na água do solo, sendo que, a quantidade e tipo de argila, influenciam, igualmente, a condutividade elétrica do solo. A condutividade elétrica permite determinar, entre outros, a sali- nidade, a umidade, a temperatura, o teor de argila, a CTC (capa- cidade de troca catiônica), os minerais de argila e a porosidade (dimensão e distribuição) do solo. A utilização da condutividade elétrica para identificação de zonas com características semelhan- tes, nomeadamente: do seu potencial hídrico, teor de nutrientes etc., permite estimar a variação da produção em cada uma das zonas definidas. 12Agricultura de Precisão » Todos estes tipos de sensores visam a determinação de fatores de produção que podem ser ma- nejados, visando menor variabilidade espacial e maior produtividade. Estes dados dão suporte a operações agrícolas, como semeadura, aplicação de fertilizantes e aplicação de defensivos agrí- colas a taxas variadas, além de serem determinantes também em outras operações, tais como a quantidade e o momento correto para irrigação, por exemplo. Para elaborar o mapa de variabilidade da produtividade em determinada área, as colhedoras são equipadas com um sistema de GPS para coleta de informações sobre o posicionamento na área e uma série de sensores que auxiliam na coleta de informações sobre os dados de produtivida- des. Acompanhe os principais tipos se sensores a seguir. Monitor de funções das operações O monitor de funções das operações é montado na cabine da co- lhedora e está conectado a todos os sensores. Todas as informa- ções levantadas pelos sensores podem ser acessadas pelo moni- tor, e isto permite o monitoramento de todas as operações, para posteriormente calcular-se o mapa de produtividade dos grãos. Na tela principal de trabalho o operador poderá visualizar a produ- tividade em kg/ha, a umidade do grão, a quantidade total colhida, a velocidade de avanço etc. Além disso, esse monitor permitirá ao operador da máquina fornecer informações ao sistema, como a largura de corte da plataforma, por exemplo. Fonte: John Deere/Veneza Máquinas: www.venezamaquinas.com.br 13Agricultura de Precisão » Sensores para medição do fl uxo de grãos 1) O sensor de placa de impacto, onde a força centrífuga dos grãos ao sair do elevador gera um impacto tanto maior quanto maior for a massa dos grãos deslocada, sendo esta informação gerada pela placa de impacto. 2) O sensor óptico, que mede o volume de grãos nas canecas do elevador da colhedora sem ter contato com o produto, através de um emissor e um receptor de luz infravermelha, que é interceptada com a passagem dos grãos em proporção maior quanto maior for a quantidade de grãos. Fonte: adaptado de Carlos Varella, UFRRJ - http:// slideplayer.com.br/ slide/355749 gerada pela placa de montados no topo do elevador de canecas de grãos limpos, antes de serem armazenados no depósito da máquina. Há dois tipos de sensores de fl uxos de massa mais utilizados. 14Agricultura de Precisão » Sensor de umidade dos grãos Sensor de velocidade de deslocamento da colhedora Indicador da posição da plataforma da colhedora O sensor utilizado para determinar o teor de umidade dos grãos é geralmente colocado próximo ao sensor que mede o fluxo de massa e normalmente utiliza o método da capacitância para medir o teor de umidade dos grãos de forma contínua, à medida que a massa de grãos vai se deslocando. Existem atualmente quatro tipos de sensores disponíveis no mer- cado para medir a velocidade de deslocamento da colhedora: os sensores magnéticos instalados no eixo das rodas motrizes da co- lhedora, o radar, o ultrassom e o GPS. Com os sensores magnéticos instalados no eixo da roda motriz da colhedora, mede-se a velocida- de registrando o número de giros do eixo da roda motriz na trans- missão da colhedora, porém está sujeito a erros proporcionado pela patinagem. O indicador de posição da plataforma da colhedora é um sensor que emite um sinal para o monitor quando a plataforma de colheita está levantada, mostrando a interrupção de colheita como, por exemplo, nas manobras de cabeceira ao final das linhas. Esse sensor ajuda a controlar o cálculo da área colhida, evitando que o sistema de mo- nitoramento de grãos colhidos seja desligado, emitindo apenas um sinal de interrupção de coleta, no mapa de colheita. Recapitulando Nesta aula, você pôde ter noção da quantidade dos sensores disponíveis, de diversas formas, para incrementar a automatização da agricultura. Em geral, eles podem ser divididos em dois grupos: direto e remoto. O direto é quando o sensor faz contato físico com o alvo como, por exemplo, os penetrômetros, sensores de umidade, pH etc. O sensoriamento remoto refere-se à observação terrestre e aquática à distância, isto é, sem con- tato físico com o alvo, tais como nas imagens aéreas, imagens de satélites etc. Todos eles têm a finalidade de obter dados eletronicamente para automatização de processos ou para tomada de decisões. 15Agricultura de Precisão » Aula 3 Calibração dos sensores Nas aulas anteriores você pôde enumerar uma variedade de tipos de sensores, bem como a im- portância deles para a agricultura de precisão. Nesta aula, você vai estudar que os sensores são equipamentos que trabalham em condições muito severas de operação e, por isso, necessitam passar constantemente por calibrações a fim de continuar coletando informações confiáveis. Ao fim dessa aula, você deve ser capaz de: • reconhecer a importância da calibração dos sensores para obtenção de dados confiáveis; • enunciar procedimentos de calibração de sensores. Tópico 1 Sensores de colheita A calibração dos sensores é uma operação muito importante na coleta de dados para elaboração dos mapas de variabilidade. Tenha em mente que é a ação de calibração que garante a coleta con- fiável, uma vez que a leitura dos sensores pode ir acumulando erros no decorrer do tempo. Fonte: shutterstock 16Agricultura de Precisão » A periodicidade em que os sensores devem ser calibrados depende do tipo de sensor, da ope- ração, do tipo da cultura, entre outros fatores, e deve ser realizada de acordo com as recomen- dações no manual do fabricante. É a calibração periódica que elimina erros nos sensores e permite que a coleta de informações seja altamente confiável. No caso do monitoramento da colheita, os sensores devem, periodicamente, passar por limpeza e calibração, a fim de registrarem dados confiáveis. A informação da altura da plataforma é necessária para que o sistema de monitoramento de co- lheita pare o registro da área colhida no momento em que a colhedora realiza manobras ou finaliza o trabalho. A altura da plataforma varia de acordo com o tipo da cultura a ser colhida. Esta informação é dada no campo apropriado do sistema de monitoramento, que depende do modelo de monitor. Saiba Mais Para mais detalhes, deve-se consultar os procedimentos específicos no manual de instruções do equipamento. Da mesma forma, os sensores de fluxo de massa devem ser calibrados de maneira a alcançar o peso preciso dos grãos colhidos. A calibração deverá ser realizada sempre que iniciar um novo trabalho, observando as condições de maturação e tipo de cultura. O procedimento de calibração do sensor pode apresentar particularidades conforme o modelo ou fabricante. A informação da umidade dos grãos é importante para a correção dos índices de produtividade que é feito em tempo real. As informações obtidas pelo sensor de umidade podem gerar um mapa e, então, serem correlacionadas com outros atributos, como manchas de pragas de solo,doenças e plantas daninhas. O procedimento de calibração do sensor de umidade apresenta particularidades conforme o modelo ou fabricante. Normalmente, é feito da seguinte forma: zere a informação no monitor de rendimento, colha uma quantidade e verifique a umidade no monitor, recolha uma amostra de grãos colhidos e determine a umidade real da amostra, informe o valor real da umidade no monitor e habilite o alarme de umidade. 17Agricultura de Precisão » Além das informações da umidade real e da umidade informada pelo sensor da colhedora, é necessário que o operador estabeleça o nível de umidade máxima e de grão seco (mínima). Quando o valor da umidade medida pelo sensor estiver acima do valor da umidade máxima estabelecida, o monitor emitirá um aviso sonoro. Recapitulando Você está chegando ao fim do Módulo 4, onde estudou sobre o uso de sensores na agricultura de precisão. Nesta aula, você pôde aprender que o trabalho dos sensores é bastante árduo, porque precisa coletar informações em locais onde normalmente ocorre intensa vibração, al- tas temperaturas, muita poeira e inclinações diversas e frequentes. Para que estes dados coletados sejam confiáveis, você deve estar atento às recomendações do fabricante e executar de tempos em tempo as calibrações iniciais e de operação. Nas próximas páginas, você vai encontrar a atividade de aprendizagem para verificar os co- nhecimentos construídos ao longo deste módulo. Não esqueça que você deve entrar no Am- biente de Estudos para registrar as respostas no sistema, que também vai liberar o próximo módulo de conteúdo! Siga em frente e aproveite bem a atividade! 18Agricultura de Precisão » Atividades de aprendizagem Você chegou ao final do Módulo 4 do Curso Introdução à Agricultura de Precisão. A seguir, rea- lizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo. Lembre-se que as respostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão. 1. Considerando a importância do sensoriamento remoto para o funcionamento da Agricultura de Precisão apresentada na aula 1, assinale a alternativa correta. a) O sensoriamento remoto é a obtenção de informações quando não há necessidade do contato com o objeto de estudo. b) Os sensores são empregados apenas para elaboração de mapas para estudo da fertilida- de do solo. c) A técnica de sensoriamento remoto ainda não está totalmente operacional para as má- quinas agrícolas. d) O uso de sensores pode elevar o tempo para obtenção de informações importantes. 2. Considerando os tipos de sensores e suas diversas aplicações apresentadas na aula 2, assi- nale a alternativa correta. a) A medição da condutividade elétrica dos solos pode ser medida com sensores elétricos. b) Sensores remotos equipam a maioria dos penetrômetros de solo. c) O sensor de umidade está tradicionalmente presente nas semeadoras para detectar a umidade dos grãos durante o plantio. d) Os sensores térmicos são pouco empregados por apresentarem muitas limitações em di- ferentes faixas de temperaturas. 19Agricultura de Precisão » 3. Na aula 3 você estudou que os sensores precisam passar por calibrações constantes. De acordo com as informações apresentadas, assinale a alternativa correta. a) Os sensores da altura da plataforma devem ser calibrados de acordo com o tipo de solo. b) Os sensores das colhedoras de grãos são calibrados automaticamente. c) Os sensores de fluxo de massa devem ser calibrados para determinar o peso dos grãos colhidos. d) Todos sensores das colhedoras de grãos devem ser calibrados a cada dez horas de tra- balho.
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