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PROCESSOS BIOLÓGICOS Metabolismo dos carboidratos • Parede primária - Rica em celulose - Formada por pectina e betaglucanos • Parede secundária - Formada por hemicelulose - Lignina junta parede primária e secundária - Sustentação de rigidez - Quanto mais velha uma planta, mais lignina possui e mais difícil de ser absorvida ela é. • Carboidrato estrutural: presente na parede celular das células vegetais • Carboidrato não estrutural: armazenamento nutricional. Digestão e absorção do carboidrato • Não Fermentativa - Produto final: monossacarídeo simples - Absorção: vilosidades intestinais - É o animal quem faz - Intestino grosso: tudo o que sobrar a bactéria usará para ela mesma. Sulco pancreático -> amilase pancreática (amido se quebra) -> dissacarídeo (sulco intestinal quebra) -> monossacarídeo. • Fermentativa - Feita pelos microrganismos - Anaeróbia – sem O2 - Possui os AGVs: ácidos graxos voláteis (servem como energia). Propionato, butirato, acetato. - Animais absorvem os AGVs localmente no intestino grosso ou rúmen. - Glicose é o produto final. • Não existe enzima digestiva no trato digestivo do animal capaz de absorver carboidratos estruturais. • Características: - Boca, estômago, abomaso e intestino delgado: digestão não fermentativa. - Rúmen, retículo e intestino grosso: digestão fermentativa. _______________________________________________________________________________________ Glicólise • Via catabólica • Células anaeróbias • Acontece no citosol • Produto final: 2 piruvatos e pode virar Ribose 5P • Na falta de O2 vira lactato • Interdependente pois precisa das lançadeiras para gerar NAHD no citosol. _______________________________________________________________________________________ Ciclo de Krebs • Via aeróbia – depende de O2 • Acontece na mitocôndria • Via catabólica • Produto final: Oxalacetato (OAA) • Balanço energético • Geração de ATPs: - Glicose: Lactato – 2 ATPs Piruvato – 8 ATPs - Ciclo de Krebs: 30 ATPs - Final: 8 + 30 = 38 ATPs. _______________________________________________________________________________________ Cadeia Respiratória • Funções: - Gerar H2O - Gerar energia - Reciclar coenzima NAD e FAD para o ambiente mitocondrial • Acontece na mitocôndria _______________________________________________________________________________________ Lançadeiras • Gera NAD no citosol • Lançadeira glicerol fosfato: - Função: gerar NAD livre no citosol nas células anaeróbias - Células musculares e adiposas • Lançadeira malato aspartato: - Células hepáticas e nervosas _______________________________________________________________________________________ Via das pentoses • Seu objetivo é produzir Ribose 5P • Acontece no citosol • Importância: formação de nucleotídeo DNA e RNA • Função: - Gerar intermediário da via glicolítica 2 F6P e 1 GA3P - Produzir Ribose 5P - Produção de NADPH2 (coenzima reduzida) usada na biossíntese de proteína e lipídeo. • Via contínua _______________________________________________________________________________________ Glicogênese • Nomenclatura: - Gênese = formação - Lise = quebra • Via anabólica • Hormônio circulante: insulina – estoca no fígado e músculo • Estoque de glicogênio _______________________________________________________________________________________ Glicogenólise • Hormônio circulante: glucagon • Quebra de glicogênio • Acontece no citosol • Células hepáticas e musculares • As células musculares usam o glicogênio nela mesma -> só atua em célula muscular! _______________________________________________________________________________________ Gliconeogênese • Produz uma nova glicose -> não vem da dieta • Ocorre no fígado e nos rins • Precisa de substrato glicogênico para produzir: - Lactato - Propionato -> AGV gera OAA - Glicerol - Aminoácido • Estoque limitado • Velocidade acelerada • Qual a diferença para a glicólise? - Piruvato é quem dá origem ao OAA - PDHA vem de fora – glicerol - Quinase é substituída por fosfatase na fase final da gliconeogenese ou fase de pagamento da glicose • A normoglicemia dos ruminantes depende da gliconeogenese? Sim. Como os ruminantes possuem os AGVs, a maior parte do carboidrato é absorvido no rúmen, com isso não terá o suficiente para absorver. Com a geração dos AGVs (nele possui o propionato) ele consegue gerar uma nova glicose a partir da gliconeogenese. _______________________________________________________________________________________ LIPÍDEOS • Insolúvel ao meio aquoso • Menos hidratado -> menos afinidade com a água • Em meio aquoso os lipídeos tendem a se aglutinar • Função: - Triacilglicerol – armazenamento de energia (ATP) – TAG - Fosfolipideo: membrana celular - Colesterol: Hormônios esteroides Ácidos biliares Membrana celular - Ácido araquidônico • TAG precisa ser quebrado para ser digerido • Quanto mais denso, menos H2O – possui mais energia • Ligação ester – junta glicerol + ácido graxo • Lipídeo composto - Apresenta na molécula porção polar (hidrofílica) e porção apolar (hidrofóbica) • Ácido graxo não essencial: - Podem ser sintetizados (animal produz). - Saturado ou insaturado • Ácido graxo essencial: - Não pode ser sintetizado endogenamente (dieta). • Poli-insaturado • TAG vegetal: liquido no ambiente (insaturado) • TAG animal: sólido no ambiente (saturado) _______________________________________________________________________________________ Lipogênese • Balanço energético positivo (BE+) -> mais carboidrato • Sobra de glicose • Alta quantidade de insulina e ATP • Muito ATP = célula diminui a produção • Lipogênese desvia a molécula = deriva TAG • Via ilimitada • Células: - Adiposas - Hepáticas - Glândula mamária ativa • Citrato do CK desviado por causa da sobra de ATP • ATP não se estoca • PDHA desviado da glicólise • Destino do Acetil CoA: - Virar malonil coa - Gerar Acetil ACP - Alongar cadeia saturada do Palmitoil ACP para geração de ácido graxo monossaturado - Síntese de colesterol _______________________________________________________________________________________ Lipólise • Balanço energético negativo (BE -) – menos carboidrato • Hormônio circulante: glucagon • AMPC segundo mensageiro – atua proteína quinase • AMPC – enzima adenilciclase – catalisa sua formação e é inibida pelo aumento dos ácidos graxos livres. • Ácido graxo – armazenado no adipócito. Sofre hidrólise pela ação da lipase hormônio sensível. • Glicerol não pode ser usado pelo tecido adiposo e deve ser destinado ao sangue. Utilizado na gliconeogenese para produção de glicose. • Ácido graxo utilizado pelos tecidos periféricos (transporte sanguíneo via albumina) -> produção de energia através da betaoxidação. _______________________________________________________________________________________ Betaoxidação • CAT I e CAT II -> transporte de acil • Quanto maior o ácido graxo, mais acetil coa é liberado • Ácido graxo – 16 C – 8 Acetil CoA – 7 voltas • Betaoxidação – quebra de ácido graxo • Acontece nas células periféricas na mitocôndria • Objetivo: - Liberação de Acetil CoA para gerar energia no CK. • Acetil CoA (no citosol) vem do citrato. Citrato foi para o citoplasma pela sobra de ATP. • Acetil CoA na mitocôndria pode vir do piruvato ou de betaoxidação • Nas células periféricas em condição de BE – o piruvato viraria OAA, por causa da Betaoxidação para utilizar os Acetil CoA. • Acetil CoA podem também gerar corpos cetonicos (compostos hidrossolúveis que servem de fonte energética no cérebro e outros tecidos dependentes de glicose). • Produz FADH2 e NADH2 em cada volta oxidativa. _______________________________________________________________________________________ Cetogênese – BE + • Acontece na célula hepática • Excesso de Acetil CoA (betaoxidação) -> cetogenese • Acetil CoA gera corpo cetônico -> combustível de emergência(não pode ser reservado e estocado) • Corpos cetônicos: - Acetoacetato, Beta OH butirato, Acetona - São formados no tecido - Célula nervosa usa - Solúvel em solução aquosa • Via continua em BE – • Excesso de corpo cetônico no sangue é tóxico • Acetona sai na respiração _______________________________________________________________________________________ Cetogenólise • Quebra de corpo cetônico • Célula hepática • Via contínua acelerada em BE – _______________________________________________________________________________________ Colesterol • Colesterol Sais biliares Membrana plasmática Síntese de hormônio (esteroides) • Fonte: - Exógena (dieta) - Endógena (animal produz) • Ocorre em Células hepáticas Células endócrinas Células intestinais • No citosol: - A síntese endógena de colesterol tem seu meio independente de BE+ (sobra de atp), porém o processo de finalização independe de BE e ocorre em função da necessidade de compensação a falta de colesterol exógeno. • Lipoproteína carrega lipídeo - Quanto menor o tamanho, mais lipídeo carrega - Quilomicrom carrega lipídeo da dieta para o músculo - VLDL produzido no fígado carrega TAG para a célula adiposa - LDL: carrega colesterol livre para a artéria - HDL: carrega colesterol livre para o fígado • Transportado pelas lipoproteínas • 2 moléculas de Acetil CoA (torna AcetoAcetil CoA) que se condensa a uma outra molécula de Acetil CoA -> Produz HMG CoA. • A redução do HMG CoA produz mevalanato. Essa redução catalisada pela HMG CoA redutase é a etapa mais importante da síntese de colesterol. • Mevalanato após várias condensações vira asqualeno -> ciclização em colesterol _______________________________________________________________________________________ PROTEÍNAS • Proteína formada de aminoácido -> são macromoléculas • Função: - Estrutural: estrutura física de um animal - Hormonal: algumas tem a constituição proteica -> glucagon, insulina - Enzimas: ativa em todas as transformações de moléculas - Transporte: lipoproteínas (carregam lipídeo) - Receptores: célula entender evento biológico - Defesa: imunoglobulina - Contração: actina e miosina - Combustível energético: quebra de proteína formando aminoácidos • Desnaturação proteica - Se a proteína for exposta a uma mudança brusca de pH ou de temperatura elevada ela perde a sua função e sua forma • Aminoácido não essencial: produzido endogenamente • Aminoácido essencial: produção exógena (dieta) • Proteína verdadeira: contem aminoácido • Proteína não verdadeira: São NNP (nitrogênio não proteico) -> proteína que não tem aminoácido, mas tem grupo amina. Ex: uréia -> é utilizado como suplemento proteico para ruminantes. - Microrganismo que morre no rúmen são os que mais possuem fonte proteica para os ruminantes. • Proteína não se estoca, só é usada para combustível energético. Quando há sobra, a proteína é quebrada. • Proteínas no corpo animal são recicladas -> as velhas são levadas para o fígado e são quebradas. Assim se forma uma proteína nova. • Metabolismo proteico é uma via contínua. Sua velocidade é alterada de acordo com a sua produção. _______________________________________________________________________________________ Digestão fermantativa • Vem da ureia. • As bactérias usam o nitrogênio para produzir aminoácidos de origem microbiana, assim dão origem a proteína microbiana, e assim, o corpo de uma nova bactéria para obter o nitrogênio faz proteólise. As bactérias quebram as proteínas verdadeiras e são liberados os aminoácidos -> Fazem a desaminação (separa o grupo amina do aminoácido) e nele está o nitrogênio (NH3 amônia) • Nem toda proteína a bactéria consegue quebrar, assim, as que sobram seguem o trato. Isso é chamado de escape. • Nem toda amônia as bactérias conseguem absorver localmente. As que sobram são levadas ao fígado pelo sistema porta hepático e transformadas em ureia. _______________________________________________________________________________________ Digestão não fermentativa • O controle intrínseco do trato digestório é feito pelo nervo vago. A entrada de nutrientes no organismo provoca a excitação do nervo vago, que faz a estimulação de um sistema endócrino específico do trato, ativando hormônios específicos. 1º: hormônio gastrina (agem no estomago) que leva o pH. 2º: hormônio colicistoquinina (age no intestino delgado) - Com a elevação do pH por causa da secreção de HCL que acaba deixando o pH ácido estimula o primeiro hormônio que faz a liberação de secretina, que faz peptinogenio (inativa) em pepsina (ativa) -> sai do estomago e vai para o intestino delgado. No intestino delgado, todos os sulcos digestivos são liberados e o mais importante é o sulco pancreático. As enzimas liberadas por ele são ativadas pelo enteropeptídeo liberado pelo sulco intestinal, com isso tripsinogênio (tripsina) e quimiotripsinogenio acabam de fazer a quebra dos polipeptideos em aminoácidos. • Aminoácidos livres são absorvidos no intestino delgado _______________________________________________________________________________________ Destinos dos aminoácidos no fígado • Os aminoácidos que chegam no fígado, todos são transformados em proteínas não essenciais novas. • Proteólise endógena - Reciclagem proteica (turn over proteica) -> quando a proteína perde a sua função elas serão quebradas em aminoácidos e irão para o fígado produzir outra proteína que precisa de aminoácidos essenciais e não essenciais. - A produção de proteínas é continua porem o aumento da velocidade será em BE- com glucagon circulante -> com o BE + a proteólise diminui a sua velocidade _______________________________________________________________________________________ Transaminação • Ocorre na mitocôndria - Não importa qual aminoácido, se ele vem exógeno ou endógeno, nesse processo age a enzima amina transferase (transfere grupo amina) para o alfacetoglutarato que vira glutamato (ele vem do CK) para receber grupo amina. Então sobra um cetoácido -> esse cetoacido irá produzir energia ou na cetogenese ou na gliconeogenese -> são 6 possíveis cetoacidos: Piruvato -> OAA -> malato -> gliconeogenese Acetil CoA -> cetogenese Alfacetoglutarato -> succinil CoA -> succinato -> fumarato -> malato Succinil CoA -> succinato -> fumarato -> malato Fumarato -> malato OAA -> malato • Acetil CoA na mitocôndria vem do piruvato, cetogenolise, betaoxidação, transaminação e vai para o CK ou cetogenese. _______________________________________________________________________________________ Desaminação • É o processo de retirada do grupo amina do glutamato que volta a ser alfacetoglutarato , retirado e feito pelo glutamato. A desidrogenase e esse grupo amina vai para excreção no fígado e transformado em ureia. Ou então se liga a um cetoacido e vira aminoácido. _______________________________________________________________________________________
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