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ASSIST�NCIA DE ENFERMAGEM NAS LES�ES E FERIMENTOS.pdf ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS LESÕES E FERIMENTOS PROF. PRISCILA CRISTINA OLIVEIRA ZIGNANI PIMENTEL ANATOMIA DA PELE Maior órgão do corpo humano; Corresponde a 15% do peso corporal; Recebe 1/3 do sangue circulante, Tem um pH ácido (4,5 a 6) Estrutura da pele: EPIDERME (camada epitelial) DERME (camada de tecido conjuntivo) TECIDO CONECTIVO SUBCUTÂNEO Epitélio estratificado: Queratinócitos Melanócitos Células de Langerhans 1 - EPIDERME Espessura (varia com a localização, idade ou sexo) Período de regeneração ± 4 semanas A PELE É COMPOSTA DE 3 CAMADAS: A PELE É COMPOSTA DE 3 CAMADAS: Camada intermediária 2 - DERME Espessura (varia com a localização) Compõe-se de céls. de tec. Conjuntivo (histiócitos, fibroblastos, mastócitos e as fibras colágenas, reticulares e elásticas) Fibras nervosas, pêlos, glândulas sudoríparas e sebáceas, vasos sangüíneos. Órgãos anexos Folículos piloso Músculo liso Funções: Reservatório de energia; Isolante térmico; Modela a superfície corporal; Fixação de órgãos. 3 – HIPODERME OU TECIDO SUBCUTÂNEO A PELE É COMPOSTA DE 3 CAMADAS: Classificação das Feridas Operatórias Limpas Limpas/Contaminadas Contaminadas Sujas / Infectadas Feridas Operatórias Se dividem em: INCISIVAS - Quando não há perda de tecido. EXCISIVAS - Quando ocorre a remoção de uma área da pele. Feridas Limpas São as produzidas em ambiente cirúrgico, sendo que não foram abertos sistemas como o digestório, respiratório e genito-urinário; Não há evidência de infecção Condições assépticas Cicatrização por primeira intenção Risco de infecção pós-operatória 1 - 2% Feridas Limpas / Contaminadas Também são conhecidas como potencialmente contaminadas; Pode haver contaminação grosseira, por exemplo nas ocasionadas por faca de cozinha, ou nas situações cirúrgicas em que houve abertura dos sistemas contaminados como digestório, genito-urinário; Risco de infecção pós-operatória 3 a 11%. Feridas Contaminadas Grande desvio na técnica estéril - procedimentos cirúrgicos de emergência Grande derramamento de fluido do trato gastroin- testinal Inflamação não purulenta Lesão traumática exposta Risco de infecção pós-operatória 15 - 20% Presença de ferida traumática, com retenção de tecidos desativados Fechamento por primeira intenção retardado, com drenagem purulenta conhecida Infecção clínica já existente Risco de infecção pós-operatória 50% Feridas Sujas / Infectadas FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO 1 - FASE INFLAMATÓRIA Fase trombocítica Agregação plaquetária (trombo) Fase granulocítica FAGOCITOSE de bactérias (formação de pus) e sujidade Fase macrofásica Ativação do processo cicatricial Sinais clínicos: Hiperemia, calor, edema e dor 2 - FASE PROLIFERATIVA (Fibroblástica ou de Granulação) Principais funções (angiogênese, síntese de colágeno e proliferação, contração e epitelização) Macrófagos, fibroblastos, céls. endoteliais e os queratinócitos Principal característica é a formação de um tecido novo, vermelho vivo, de aspecto granuloso (brotos capilares), composto de capilares e colágeno. 3 - FASE DE MATURAÇÃO (Reparadora ou Remodeladora) É a última e mais prolongada fase de cicatrização Principais funções: Deposição de colágeno na ferida Diminuição da capilarização Surgem os miofibroblastos (contração da ferida) Nesta fase a cicatriz torna-se mais plana e macia Podem ocorrer defeitos cicatriciais como quelóides, cicatrizes hipertróficas ou muito finas e friáveis e hipercromias TIPOS DE CICATRIZAÇÃO CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA OU DE PRIMEIRA INTENÇÃO; CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA OU DE SEGUNDA INTENÇÃO; CICATRIZAÇÃO TERCIÁRIA OU DE TERCEIRA INTENÇÃO. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO Ocorre em ferimentos assépticos Mínimo de perda tecidual ou em FERIDAS SUPERFICIAIS Resposta inflamatória rápida Reduz incidência de complicações Cicatriz com menor índice de defeitos CICATRIZAÇÃO PRIMÁRIA Cicatrização primária TIPOS DE CICATRIZAÇÃO Grande perda tecidual ou FERIDAS PROFUNDAS Ocorre em feridas sépticas Período cicatricial mais prolongado devido a resposta inflamatória intensa Maior incidência de defeitos cicatriciais (cicatriz hipertrófica, quelóide) CICATRIZAÇÃO SECUNDÁRIA Cicatrização Secundária TIPOS DE CICATRIZAÇÃO É sutura secundária Ocorre quando a lesão não consegue fechar por si só e necessita ser suturada. Ocorre quando o ferimento não foi suturado no início ou sofreu deiscência, sendo, mais tarde, novamente suturado. Nestes casos, formam-se duas superfícies de granulação justapostas, resultando numa cicatriz maior e mais profunda. CICATRIZAÇÃO TERCIÁRIA Cicatrização terciária Deiscência com necessidade de re-sutura FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO Má nutrição Doenças crônicas (Diabete Mellitus) Insuficiência do sistema imunológico Má perfusão tecidual Idade avançada FATORES SISTÊMICOS Subdividem-se em Fatores Sistêmicos e Fatores Locais FATORES ADVERSOS À CICATRIZAÇÃO Infecção Necrose Corpos estranhos Lesão muito extensa FATORES LOCAIS AVALIANDO A FERIDA Qual o tamanho ? Qual a localização ? Há quanto tempo existe ? É infectada ou colonizada ? Qual é o agente infectante ? Necessita desbridamento ? De que tipo ? Que curativo usar ? Está em qual fase da cicatrização ? Como está a pele ao redor ? Tem odor ? Tem exsudato ? AVALIANDO A FERIDA TECIDO DE GRANULAÇÃO SADIO : CARACTERÍSTICAS DO TECIDO DE GRANULAÇÃO Vermelho vivo Brilhante Não sangra facilmente ou muito pouco AVALIANDO A FERIDA TECIDO DE GRANULAÇÃO DOENTE : CARACTERÍSTICAS DO TECIDO DE GRANULAÇÃO Vermelho escuro Sem brilho ou ressecado Sangra com abundância AVALIANDO A FERIDA IDENTIFICAÇÃO DE FERIDAS INFECTADAS Presença de sinais inflamatórios (dor, calor, rubor e tumor) associado à presença de secreção purulenta; Doentes imunossuprimidos podem não apresentar sintomas clássicos de inflamação ou sequer de infecção Uma ferida que não cicatriza pode ser o único sintoma da presença de infecção AVALIAÇÃO DO ESTADO DA FERIDA Mensuração Extensão do tecido envolvido Presença de espaço morto Localização anatômica Tipo de tecido no leito da ferida Cor da ferida Exsudato Borda da ferida Infecção 1) MENSURAÇÃO Medida Linear (comprimento e largura) AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE 2) EXTENSÃO DO TECIDO ENVOLVIDO Estruturas envolvidas: Pele Tecido adiposo Tecido muscular Tecido ósseo 3) ESPAÇOS MORTOS OU CAVITÁRIOS Profundidade Presença de secreção 4) LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA Conforme região do corpo (sacral, abdominal, etc...) Potencial de contaminação (limpa, contaminada ou infectada) 5) TIPO DE TECIDO NO LEITO DA FERIDA Tecidos viáveis: Granulação e epitelização Tecidos inviáveis: Fibrina desvitalizada, tecidos necróticos Tecido de granulação sadio Tecido de granulação doente 6) COR DO TECIDO Granulação: Rosa, vermelho pálido, vermelho vivo Fibrina: Amarelo, marrom Necrose: Cinza, marrom, negra (VERMELHO AMARELO PRETO) 7) EXSUDATO Volume Odor Cor Consistência Pode ser: seroso, serosanguinolento, sanguinolento e purulento 8) BORDAS Regulares Irregulares Necrosada Macerada Infectada 9) INFECÇÃO Swab Aspiração Biópsia Sinais clínicos de infecção: dor, calor, hiperemia, mudança na cor do exsudato, odor CULTURA : CURATIVOS CURATIVO IDEAL Manter a umidade; Remover o excesso de exsudação; Isolador térmico; Impermeável a bactérias; Retirado sem traumas. Manter Umidade Nada de curativos secos em FERIDAS ABERTAS. Não há necessidade de secar feridas abertas, somente a pele ao redor dela. Obs.: o curativo dever ser úmido e não encharcado!!! Remover o Excesso de Exsudação Na presença de secreção, deve-se utilizar material absorvente e trocar o curativo quantas vezes for necessário. Lembre-se: o curativo ideal deve ser mantido limpo e seco!!! Isolador Térmico As feridas não devem ser limpas com loções frias. A lavagem ou irrigação da ferida deve ser realizada com SF-0,9% aquecida entre 36 a 37°C. Impermeável a Bactérias Para as FERIDAS ABERTAS E PROFUNDAS deve-se utilizar curativo fechado com compressa, esparadrapo ou atadura. Retirado sem Trauma Nada de curativos secos em feridas abertas. É preferível irrigá-las a esfregá-las. Se necessário umidecê-la antes de retirar o curativo FERIDAS SUPERFICIAIS São aquelas que atingem apenas a epiderme e derme. Feridas superficiais como queimaduras de primeiro grau, lacerações, esfolamentos, deve-se fazer a limpeza com água e sabão usar antisséptico e deixar aberto/exposto.. FERIDAS PROFUNDAS FERIDA PROFUNDA SUPERFICIAL: aquela que destrói a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo. FERIDA PROFUNDA TOTAL: aquela que atinge o tecido muscular e as estruturas adjacentes; como por exemplo tendões, cartilagens, ossos, etc... MATERIAIS MAIS USADOS EM CURATIVOS SOLUÇÕES MAIS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DE FERIDAS Solução fisiológica (SF-0,9%) Povidine-Polivinilpirrolidona-Iodo (PVPI) Clorexedina Solução fisiológica (SF-0,9%) Lavagem a jato sob pressão (seringa de 20 ml + agulha 40x12); Solução a uma temperatura fisiológica (36-37°C) Povidine-Polivinilpirrolidona- Iodo (PVPI) Usado na anti-sepsia da pele e mucosas peri- cateteres para prevenir a colonização de microorganismos (M.O.) Contra-indicado para feridas abertas; Formulações: aquosa, alcóolica e degermante. Clorexedina Poderoso anti-asséptico; Indicado para pele e mucosas íntegras; Contra-indicado para feridas abertas; Formulações: aquosa, alcóolica e degermante. TERAPÊUTICA ESPECÍFICA NO TRATAMENTO DE FERIDAS Pomadas enzimáticas; Carvão ativado; Hidrocolóide; Hidrogel; Papaína; Ácidos graxos essenciais (AGE); Alginato de cálcio; Sufadiazina de prata; Filme transparente. Pomadas enzimáticas Pomadas a base de Colagenase; Atua na degradação e digestão de enzima como desbridante químico, facilitando o crescimento e regeneração celular; Indicado para os casos de desbridamento enzimático suave e não invasivo de lesões (usar somente em tecido necrótico em lesões superficiais); Contra-indicado nas feridas de cicatrização por primeira intenção. Obs.: aplicar somente na área com necrose!!!! Não deixar escorrer à áreas circunvizinhas!!! Carvão ativado Cobertura composta de uma almofada de não tecido, contendo em seu interior um impregnado de carvão ativado e prata a 0,15%; É estéril e embalado individualmente; Age como limpador mecânico, pois o exsudato é absorvido pelo tecido do carvão enquanto a prata tem ação bactericida; Carvão ativado Indicado em feridas infectadas, fétidas e com grande quantidade de exsudato; Contra-indicado em feridas com exposição óssea e tendinosa, feridas limpas e queimaduras A troca do curativo deve ocorrer de acordo com a quantidade de exsudato, em média é de 48 a 72 horas; Dependendo da condição, pode-se, simplesmente, trocar a cobertura secundária. Obs.: recortar a folha de curativo o suficiente para cobrir somente a área indicada!!! Hidrocolóide É moldável, composto de um dorso de espuma impregnado por um adesivo à base de hidrocolóides naturais, que absorvem o exsudato da ferida, formando um gel que favorece a cicatrização; Indicações: úlceras de decúbito, tratamento de feridas limpas com quantidade pequena ou mediana de exsudato, prevenção de úlceras de pressão; Podem permanecer na ferida por até 7 dias; Também pode vir sob a apresentação de pasta Hidrogel É um curativo transparente, indicado para feridas de queimaduras que necessitem de remoção de crostas e tecidos desvitelizados e feridas limpas com pouca quantidade de secreção; Contra-indicado nas feridas infectadas e com grande quantidade de secreção, em pele íntegra e incisões cirúrgicas fechadas; Também pode vir sob a apresentação de gel Papaína Atua como desbridante químico, tem ação bacteriostática, bactericida e antiinflamatória, proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo crescimento tecidual uniforme, aumenta a força tênsil da cicatriz e diminui a formação de quelóides. Indicações: Tecido de granulação ou pouco exsudato: não exceder concentração de 2%; Feridas com exsudatos purulentos: diluição de 4 ou 6%; Necrose: 8 ou 10% Ácidos graxos essenciais (AGE) Ácido linoléico (Dersani) – o mais usado; Promovem neo-angiogênese, mantém o meio úmido e aceleram o processo de granulação; Indicações: cicatrização de feridas, profilaxia de úlceras de pressão. Alginato de cálcio É derivado de algas marinhas marrons; Indicações: feridas abertas, cavitárias com grande quantidade de secreção, com ou sem infecção ou sangramentos; Auxilia no desbridamento, absorção da secreção, diminuindo os sangramentos e mantendo o meio úmido propício para a cicatrização; Contra-indicações: feridas superficiais, sem ou com pouca secreção e lesões por queimaduras; Troca do curativo a cada 24 ou 48 horas. Recortar a folha de curativo o suficiente para cobrir a área lesada, não deixando áreas que não necessitem, exposta ao curativo!!! Sulfadiazina de prata Indicada nas lesões por queimaduras, usadas tanto no tratamento como prevenção de infecção, devido a ação bacteriostática e bactericida dos sais de prata; A troca de curativo se faz necessária a cada 12 horas. Filme transparente É elástico, semipermeável que adere a locais secos. Sua finalidade é manter o local da lesão úmido, auxiliando na cicatrização e, ao mesmo tempo, permitindo a troca gasosa e evaporação de água; É indicado para a pele íntegra (proteção para evitar úlceras de pressão), curativos de cateteres e curativos cirúrgicos a partir do 2° dia de cirurgia; Contra-indicado para feridas abertas. Periodicidade de troca de curativos substância indicação Cobertura e troca observação PVPI tópico Cateteres, introdutores Primária: cada 24 horas Trocar se solto, sujo e/ou úmido SF-0,9% Incisões fechadas Drenos Feridas abertas Primária: Cada 24 horas Cada 24 horas Máxima 24 horas Verificar exsudato drenado e trocar secundário s/n AGE Feridas abertas Primária: cada 24 horas Secundária: sempre que necessário Papaína Feridas abertas para: cicatrização ou desbridamento Primária: cada 24 horas Secundária: sempre que necessário Periodicidade de troca de curativos substância indicação Cobertura e troca observação Alginato de cálcio Feridas abertas, profundas e com abundante exsudato Primário: Infectadas: cada 24 h Não infectadas: 48 h Quando diminuir o exsudato, trocar o tipo de curativo Carvão ativado Feridas abertas, infectadas e/ou fétidas Primário: 48 a 72 h, dependendo do exsudato Secundário: trocar sempre que necessário Sulfadiazina de prata Queimaduras Primário: cada 24 h Secundário: sempre que necessário Princípios essenciais no cuidado com feridas Cuidados a serem observados no momento do curativo Lavar as mãos, antes e após a realização de um curativo; Calçar as luvas, sempre ao contato com sangue e secreção; Não falar sobre a ferida; Utilizar sempre material esterelizado na realização de um curativo; Analisar as condições da ferida e verificar se o material necessário foi todo providenciado, evitando a interrupção do procedimento; Limpar a ferida partindo da área menos contaminada para a mais contaminada. Nas feridas sépticas, o local mais contaminado é o da lesão; Cuidados a serem observados no momento do curativo Nas feridas assépticas, proceder a limpeza das laterais, para retirar as marcas possíveis de esparadrapo, após a limpeza da própria lesão; Não encostar a ponta da almotolia na gaze; Proceder a retirada do esparadrapo sem, no entanto, puxar a pele do local; Se as gazes estiverem aderidas ao ferimento, umedecê- las com SF-0,9% morno; Em curativos contaminados, com muita secreção a ser retirada, principalmente aqueles localizados nos MMII, colocar uma bacia sob a área a ser tratada de maneira a facilitar a limpeza com SF-0,9% morno, a jato; Todo o material utilizado deve ser imergido em solução desinfetante; Fazer a desinfecção da superfície utilizada como suporte do material de curativo. Cuidados a serem observados no momento do curativo Técnica na realização de curativos CURATIVO DE LESÕES FECHADAS TIPO: feridas operatórias suturadas e íntegras recentes (até 24 ou 48 horas). MATERIAL: Pacote de curativo com pinças (anatômica, Kely reta ou mosquito); Gazes estéreis; SF-0,9% morno (36 a 37°C); Esparadrapo ou micropore; Saco plástico branco para lixo TÉCNICA Curativo de Lesões Fechadas Reunir material em bandeja ou carrinho de curativo; Lavar as mãos; Orientar o paciente; Manter a privacidade (porta fechada e uso de biombos s/n); Posicionar o paciente; Calçar as luvas; Retirar o curativo (micropore ou esparadrapo e gaze), desprezando no lixo; Se as luvas estiverem sujas, retirá-las e lavar as mãos; TÉCNICA Curativo de Lesões Fechadas Abrir o material no carrinho de curativo sob técnica asséptica, expondo as pinças na borda do campo, a cuba rim ou redonda colocando SF-0,9% morno e materiais necessários; Com as pinças, faça o bonequinho de gaze, umedeça com SF-0,9%; Realize a limpeza da incisão, com movimentos únicos, mudando o lado da gaze e trocando quantas vezes forem necessárias; TÉCNICA Curativo de Lesões Fechadas Realizar a limpeza das regiões laterais da incisão cirúrgica; Secar a incisão e laterais em movimentos únicos, trocando os lados da gaze e trocar a gaze quantas vezes forem necessárias; Ocluir a incisão com gaze e esparadrapo ou micropore, Identificar o curativo com o nome de quem realizou data e hora. TÉCNICA Curativo de Lesões Fechadas Recompor o cliente e recolher o material; Encaminhar as pinças para o expurgo e realizar desinfecção nos equipamentos; Lavar as mãos; Realizar anotações, descrevendo a localização, características da lesão, tipo de curativo e evolução. COMENTÁRIOS Curativo de lesões fechadas Utilizar sempre os EPIs apropriadas ao contato com sangue ou secreção (avental, máscara, óculos e luvas); As pinças podem ser dispensadas nos curativos quando a opção for pela realização do procedimento com as mãos enluvada. Nestes casos, usar luvas estéreis; Se a incisão permanecer liberando secreção ou sangramento, mantê-la ocluída; Se após 24 ou 48 horas, a incisão apresentar-se limpa, deixe aberta. Curativo de Lesões Fechadas CURATIVOS COM DRENOS Nas lesões com drenos, a limpeza da inserção deve ser realizada com movimentos circulares, utilizando as duas faces da gaze, trocando quantas vezes forem necessárias. Secar e instalar o coletor conforme indicação. CURATIVO DE LESÕES ABERTAS TIPOS: deiscências, lesões traumáticas, ulcerações, neoplasias, lesões inflamatórias. MATERIAL: Pacote de curativo com pinças (anatômica, Kely reta ou mosquito); Gazes estéreis; SF-0,9% morno (36 a 37°C); Seringa de 20 ml + agulha calibrosa (40x12 ou 30x8); Campo impermeável e lençol; Bacia para os curativos de MMSS e MMII; Saco plástico branco para lixo. TÉCNICA Curativo de Lesões Abertas Reunir material em bandeja ou carrinho de curativo; Lavar as mãos; Orientar o paciente; Manter a privacidade (porta fechada e uso de biombos s/n); Colocar o impermeável sob o cliente; Posicionar o paciente; Retirar o curativo (micropore ou esparadrapo e gaze), desprezando no lixo; Em casos de curativos muito grandes e contaminados, estes deverão ser retirados com a mão enluvada (luvas de procedimento) e o auxílio de gaze. Desprezar luvas e curativo no saco branco de lixo. Lavar as mãos novamente; TÉCNICA Curativo de Lesões Abertas Abrir o material no carrinho de curativo sob técnica asséptica, expondo as pinças na borda do campo, a cuba rim ou redonda colocando SF-0,9% morno e materiais necessários; Calçar luvas estéreis para prosseguir com o curativo; Com as pinças, faça o bonequinho de gaze, umedeça com SF- 0,9%; Realizar a limpeza ao redor da ferida, com movimentos únicos, mudando o lado da gaze e trocando quantas vezes forem necessárias; Realizar a limpeza da ferida com jatos de SF-0,9% morno, com auxílio da seringa e agulha, pressões muito intensas podem causas danos e traumas nos tecidos de cicatrização; TÉCNICA Curativo de Lesões Abertas Após a limpeza secar a área ao redor do leito da ferida; Colocar o curativo primário indicado, mantendo o leito da ferida úmida, proporcionando um meio mais propício para a cicatrização; Ocluir a incisão com curativo secundário; Identificar o curativo colocando o nome de quem o realizou, data e hora da realização; Recompor o cliente e recolher o material; Encaminhar as pinças para o expurgo e realizar desinfecção nos equipamentos; Lavar as mãos; Realizar anotações, descrevendo a localização, características da lesão, tipo de curativo e evolução. COMENTÁRIOS Curativo de lesões abertas Utilizar sempre os EPIs apropriadas ao contato com sangue ou secreção (avental, máscara, óculos e luvas); Utilizar bacia estéril nos curativos de MMSS e MMII; O desbridamento só pode ser realizado por profissional apto e segundo protocolo; Cobertura primária é a que permanece em contato direto com a ferida, podendo conter medicamentos para manter a ferida úmida e facilitar a cicatrização; Curativo secundário é aquele colocado sobre a cobertura primária e deve ser seco; A troca de curativo deve seguir as recomendações do tipo de curativo utilizado e evolução da lesão. RETIRADA DE PONTOS CRÚRGICOS DEFINIÇÃO: É o processo de remoção dos fios cirúrgicos com técnica asséptica. OBJETIVOS: Evitar a complicação como: infecção e rejeição. Favorecer a limpeza da incisão; Favorecer a drenagem de exsudato coletado na incisão cirúrgica. RETIRADA DE PONTOS CRÚRGICOS TIPOS: Total: todos os pontos (quando ausência de sinais inflamatórios). Alternados: devem ser retirados alternadamente, sendo que os pontos das regiões proximal e distal da ferida cirúrgica não devem ser removidos . Contra-indica-se a retirada de pontos na presença de sinais inflamatórios e secreção. RETIRADA DE PONTOS CRÚRGICOS MATERIAIS: 1 pacote de “retirada de pontos” contendo: 1 pinça de Halsted (“mosquito” reta ou curva) ou 1 pinça “dente de rato” e 1 tesoura de Íris (curva ou reta) ou 1 lâmina de bisturi. Gaze estéril; Anti-séptico tópico (PVPI ou clorexedina); Luvas de procedimento; 1 saco plástico branco para lixo; RETIRADA DE PONTOS CRÚRGICOS TÉCNICA: Lavar as mãos; Reunir o material; Explicar o procedimento ao paciente e posicioná-lo; Avaliar o local de retirada de pontos (questionar tempo de incisão, verificar presença de sinais inflamatórios e secreção); Abrir o pacote de “retirada de pontos” com técnica asséptica e abrir o pacote de gazes estéreis sobre o campo estéril; Fazer os bonecos com gaze com auxílio das pinças e realizar a anti-sepsia do local quantas vezes forem necessárias; Secar o local com gaze e separar uma gaze deixando-a próxima à ferida cirúrgica para colocar os fios retirados; RETIRADA DE PONTOS CRÚRGICOS TÉCNICA: Fixar e levantar o ponto, na altura do nó cirúrgico, utilizando a pinça com dente; Cortar o fio com tesoura ou lâmina de bisturi abaixo do nó cirúrgico, próximo à pele, e puxá-lo (o fio deverá ser cortado de um lado só); Colocar os fios retirados sobre a gaze; Recolher o material e encaminhar ao expurgo; Anotar no prontuário do paciente o procedimento realizado, condições da pele e intercorrências. O processo de cicatrização ideal não depende apenas dos fatores sistêmicos e locais relacionados ao paciente, depende fundamentalmente de cuidados apropriados por parte da enfermagem, que deve deter de conhecimentos necessários a uma execução eficaz do tratamento e prevenção das feridas!!! OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!
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