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Terapia Farmacológica para a Hipercolesterolemia e Dislipidemia Estatinas: Agentes mais efetivos e tolerados objetivo de diminuir colesteróis totais e LDL, podem diminuir triglicerídeos e podem aumentar HDL; Mecanismo de ação: Atuam na primeira etapa de síntese de colesterol; Inibidor competitivo da enzima 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A redutase (HMG-CoA redutase) enzima responsável pera conversão do substrato (HMG CoA) em mevalonato; Etapa chave pois é irreversível uma vez formado o mevalonato, este será usado para a síntese de colesterol; HMG: porção semelhante ao ácido mevalônico; Inibem a síntese hepática de colesterol diminuição dos níveis de colesterol hepático; Aumentam a expressão do gene do receptor LDL mais receptores de LDL ligam-se nas apo B100 e apo E reconhecimento endocitose na célula hepática diminuição dos níveis plasmáticos de LDL; Também se liga as apo nos precursores de LDL; LDL apo B100; VLDL apo B100 e apo E; IDL apo B100 e apo E; Fígado produz VLDL corrente sanguínea sofre hidrólise para liberar glicerol e ácido graxo IDL sofre hidrólise LDL; HDL transporte reverso de colesterol; Aumentam a remoção de precursores de LDL diminuição na circulação sanguínea; Diminuem a síntese hepática de VLDL; Diminuem a síntese de triglicerídeos (pela menor formação de VLDL); Efeito cardioprotetor; Melhora função endotelial estimulam a formação de NO; Diminuem os níveis de PCR (na arteriosclerose aumenta-se níveis de PCR); Diminuem suscetibilidade das LDL à oxidação LDL na luz do vaso é oxidada agregação plaquetária inflamação captura por macrófagos favorece a conversão nas células espumosas diminui a agregação plaquetária; Diminuem a agregação plaquetária (diminuem o depósito de trombos plaquetários); Absorção, metabolismo e excreção: Administração: oral; Absorção: intestino delgado (30 a 85%); -hidroxiácido forma ativa, que inibe o HMG CoA redutase; Lovastatina e Sinvastatina: administradas na forma inativa lactonas inativas; Ocorre captação hepática de 1a passagem: catalisada por transportadores; Atorvastatina, Provastatina e Rosuvastatina: transportador de ânions orgânicos 2 transportados até os hepatócitos; Sinvastatina e Lovastatina: transportadas por difusão simples; Extenso metabolismo hepático de 1a passagem; Biodisponibilidade: 5 a 30%; Metabólitos: alguma atividade inibitória, conseguem inibir HMG CoA redutase em menor grau; Exceção: Fluvastatina e Pravastatina; 95% delas e de seus metabólitos são ligados às proteínas; Exceção: Provastatina e seus metabólitos 50% ligada às proteínas; Menor interação medicamentosa com medicamentos que ligam-se a proteínas – vantagem; [ ] plasmática máxima: 1 a 4h; Meia-vida: 1 a 4h (maioria); Atorvastatina e Rosuvastatina: meia-vida de 20h (maior eficácia na redução do colesterol); Eliminação: mais de 70% nas fezes sofrem transporte biliar; Efeitos adversos: quanto maior a dose maior o risco; Hepatotoxicidade (aumento de transaminases – exames); Pacientes (doses mais elevadas): determinar ALT (exames) após 3 meses antes de fazer uso de estatina, medir dosagem basal para comparação com o uso do fármaco; Exames: TGO – AST e TGP – ALT; Miopatia: geralmente em doses mais altas; Mialgia intensa (braços e pernas, depois se propagando para todo o corpo), fraqueza e fadiga; Mioglobinúria (devido ao dano muscular que causa liberação de mioglobina), insuficiência renal e morte; Exame: níveis de CK – creatino quinase, também presente no músculo esquelético em casos de miopatia, seus valores estarão 10x mais altos que o normal (não é exame de rotina, mas pode ser adicionado como de rotina se o paciente usar medicamentos que interferem no metabolismo da Estatina) metabolizadas principalmente pela CYP3A4; Uso de fármacos que diminuem o catabolismo de estatinas; Interações medicamentosas: aumentam a [ ] plasmática de Estatinas; Fibratos (genfibrozila); Digoxina; Varfarina; Antibióticas macrolídeos (Eritromicina); Antifúngicos azóis (Itraconazol); Niacina; Inibidores da protease do HIV; Amiodarona; Exceções: Pravastatina não é metabolizada significativamente pelo sistema CYP. Eliminada em grande parte inalterada na urina; Fluvastatina CYP2C9, metabolizada muito pouco pela CYP3A4; Esses fármacos diminuem as chances de desenvolver miopatia; Gravidez: Segurança não estabelecida; Não usar durante a amamentação; Uso terapêutico: Dose inicial: diminui LDL em 20 a 30%; Iniciar com dose que atingirá o alvo de redução; Não começar com a dose mais baixa possível; Valor limítrofe até 200 a 240 mg/dL; Acima de 240 dieta, exercício e medicamentação; Triglicerídeo: ideal inferior a 150mg/dL; LDL: ideal menor que 100 mg/dL; HDL: ideal acima que 45 mg/dL;mmeçar gbsjdsdsinaimunes.er 3A4na se o paciente usar mediacemntos que interferem no metabolismo da estatinaimunes. Ex.: LDL 150mg/dL (100mg/dL) redução de 33%; Síntese hepática de colesterol: a noite, entre meia noite e 2 horas; Estatinas são indicadas a noite; Atorvastatina e Rosuvastatina: podem ser tomadas em qualquer período, uma vez que suas meia-vidas é muito maior; Tratamento: quase sempre mantido por toda a vida; Monitoramento e exames: ALT/AST: Determinação basal; Repetição: 3 a 6 meses; ALT?AST normal: monitorar em 6 a 12 meses; CK: Estatina + fármaco que diminua o metabolismo da estatina (levando ao aumento da [ ] plasmática): miopatia; Avaliar perfil lipídico: colesterol total, LDL, triglicerídeo e HDL; Uso em crianças: Hipercolesterolemia familiar heterozigota; Atorvastatina, Lovastatina e Sinvastatina: a partir dos 11 anos; Pravastatina: a partir dos 8 anos; Estatinas X Outros Fármacos (que diminuem os lipídeos): Resinas (sequestradores de ácidos biliares): Colestiramina e Colestipol; Diminuem o LDL em 20 a 30%; Estatinas + Niacina: Miopatia (doses de estatina maiores que 25% da dose máxima); Se usar Estatinas com dose de até 25%, diminuem-se as chances de miopatia; Estatinas + Fibratos: Hipertrigliceridemia e aumento do LDL; Miopatia; Usar Fibrato (dose máxima) e Estatina (dose não maior que 25% da dose máxima) para diminuir as chances de miopatia; Fenofibrato: mais seguro em não aumentar as chances de miopatia em associação com Estatinas; Terapia Tríplice: Estatina + Resina + Niacina: diminui LDL (até 70%); Sequestradores de Ácidos Biliares: Resinas Colestiramina e Colestipol: Não são absorvidas pelo intestino (não causam miopatia pois não interferem no metabolismo); Recomendados: 11 a 20 anos; Mais usados como segundos agentes – pois não diminuem tanto o LDL sozinhas; Quando utilizadas como Estatinas, usar dose submáxima; Na dose máxima: diminui LDL em 25%; Efeitos colaterais: gastrintestinais; Colesevelam: Diminui LDL em 18%; Não usar em crianças e mulheres gravidas; Mecanismo de ação: Possuem carga positiva conseguem se ligar aos ácidos biliares, formando um complexo grande que não consegue ser absorvido pelo intestino ácidos biliares complexados a elas serão eliminados nas fezes; Depleção do reservatório de ácido biliares aumento da síntese hepática de ácido biliares (colesterol) diminuição dos níveis hepáticos de colesterol e aumento da expressão do receptor LDL receptor se liga ao LDL e o tira da corrente sanguínea, levando-o para a célula hepática; Efeito parcialmente compensado: aumento da síntese hepática de colesterol (efeito negativo); A longo prazo diminui a expressão do receptor de LDL; Outro efeito negativo: aumento da produção de triglicerídeos (usar com cautela em pacientes com hipertrigliceridemia maior que 250mg/dL); Colesevelam: mais recomendado para impedir a síntese se triglicerídeos; Efeitos sobre lipoproteínas: Doses máximas diminui LDL em até 25% e aumenta HDL de 4 a 5%; Contra-indicação: Hipertrigliceridemia grave (acima de 500mg/dL); Efeitos adversos: Colestiramina e Colestipol (mais causam); Sintomas gastrintestinais (dispepsia, distensão abdominal); Prisão de ventre; Administração: Colestiramina:Envelopes individuais (em pó) e a granel (ambas em dose de 4g); Para evitar dispepsia e distensão fármaco suspenso em água por várias horas; Colestipol: Envelopes individuais e a granel (amebas em dose de 5g); Comprimido (dose de 1g); Colesevelam: Cápsula dura; Menor tendência a causar dispepsia, distensão e prisão de ventre; Nunca devem ser tomadas na forma seca; Pó misturado com líquido; Tomar antes do desjejum e antes do jantar; Preparações light: adoçantes artificiais; Interações medicamentosas: Colestiramina e Colestipol ligam-se a muito fármacos: (Colesevelam se liga muito pouco); Furosemida; Propranolol; Tiroxina; Digoxina; Varfarina; Algumas Estatinas; Cuidar com os horários da administração (para não favorecer a excreção): não tomar uma hora antes da administração da resina (tomar duas horas antes ou mais), ou somente três horas depois do uso da resina; Niacina (ácido nicotínico – ácido piridino-3-carboxílico) Afeta todos os parâmetros lipídicos; Vitamina do complexo B hidrossolúvel; Conversão em NAD e NADP (nicotinamida): para ter função de vitamina; Niacina e Nicotinamida: via oral (vitamina); Somente a Niacina afeta os lipídeos; Melhor agente: Aumento de HDL em 30 a 40%. Em pacientes com HDL abaixo de 35mg/dL, aumentam em 15 a 30%; Diminui triglicerídeos em 35 a 45%; Diminui LDL em 20 a 30%; Diminui Lipoproteína A (Lp[a]); Mecanismo de ação: Tecido adiposo: Inibe lipólise menos substratos no fígado para a síntese de triglicerídeos; Inibe adenilato ciclase diminui síntese de AMPc diminui proteína cinase A diminui fosforilação da enzima lipase continua em baixa atividade (inibida) menos lipólise; Inibe enzima diacilglicerol acetiltransferase 2 (enzima chave de síntese de triglicerídeos); Fígado: Inibe síntese de triglicerídeos hepático e diminui a esterificação dos ácidos graxos (impede que o ácido graxo se liga ao glicerol para formar triglicerídeo); Diminui síntese de triglicerídeos diminui VLDL (diminui o transporte de VLDL para o sangue, diminuindo assim a síntese de LDL); Aumento do HDL: diminui depuração apoA-1 (impede a captura da apoA-1 pela célula hepática); Absorção, destino e excreção: Absorção quase completa (pelo TGI); [ ] plasmática máxima: 30 a 60min após administração; Meia-vida: 60min; 2 a 3 doses/dia; Doses mais baixas: captação fígado; Maior parte é eliminada na forma de metabólito; Metabólito principal: ácido nicotinúrico (urina); Doses mais altas: eliminada na forma de metabólito e de ácido nicotínico inalterado; Efeitos adversos: Rubor e dispepsia; Efeitos cutâneos: rubor, prurido (face, parte superior do tronco), exantemas cutâneos; Prostaglandinas; Rubor: início da terapia ou com aumento da dose; Ácido acetilsalicílico ou outro AINE para impedir a produção de prostaglandinas; Ressecamento da pele; Dispepsia; Náuseas, vômitos e diarreia; Tomar com as refeições: para evitar; Não é recomendada em pacientes com história de úlcera péptica; Hepatotoxicidade (avaliada por): Aumento de transaminases; Diminuição de albumina; Preparação de liberação prolongada (1x ao dia) para evitar/diminuir hepatotoxicidade; Hiperglicemia: pacientes com diabetes (cautela); Niacina causa aumento da resistência à insulina; Miopatia: Niacina + Estatina; Estatina não deverá ser usada mais que 25% da dose máxima; Hiperuricemia: favorece o aparecimento de gota; Usar Aloporinol para inibir a produção de ácido úrico; Niacina (nas doses usadas em humanos) causa efeitos congênitos em animais de laboratório contra-indicada na gravidez; Usos: Hipertrigliceridemia, hipertrigliceridemia com aumento do LDL ou hipertrigliceridemia com baixo HDL; Formas disponíveis: Niacina cristalina (liberação imediata e regular); Niacina de liberação prolongada em um período de 6 a 8h; Causa menos hepatotoxicidade; Começar com dose baixa (100mg/2x ao dia); Para evitar rubor e prurido associados à dose; A cada 7 dias: aumentar 100 a 200mg; Até 1,5 a 2g/dia após 2 a 4 semanas: exames; Perfil lipídico; Triglicerídeo, HDL, LDL; Glicose; Ácido úrico; Transaminases; Albumina; Monitorar: 3 a 6 meses; Derivados do Ácido Fíbrico (ver nomes dos remédios) Mecanismo de ação: Interação com receptores (tipo IV) ativados pelo proliferador peroxissômico (PPAR); Receptor na forma de isótopos: , , ; Ligam-se ao PPAR: Presente em grande quantidade no fígado, tecido adiposo marrom; Presente em menor quantidade no rim, coração e musculo esquelético; Diminuem triglicerídeos: Estimulação PPAR aumenta expressão de enzimas estimula oxidação ácidos graxos (utiliza ácido graxo como fonte de energia) estimula a síntese de LPL e diminui expressão da apoC-III (benéfico pois favorece a depuração hepática de VLDL) menos VLDL menos IDL menos LDL na corrente sanguínea; LPL atua na hidrólise de triglicerídeos; Aumentam HDL (pouco): Estimulação PPAR aumentam expressão das enzimas responsáveis pela síntese de apoA-I e apoA-II (principais apo proteínas de HDL); Fenofibrato: o que mais está associado ao aumento dos níveis de HDL; Diminuem LDL pois aumenta a depuração de VLDL); Efeito antitrombóticos pela diminuição dos níveis de LDL, diminuição da oxidação de LDL Inibe coagulação; Absorção, destino e excreção: Absorção rápida (maior que 90%): deve ser administrado com refeição (melhor absorvido); [ ] plasmática máxima: 1 a 4h; Meia-vida variável: 1,1h (Genfibrozila) a 20h (Fenofibrato); Distribuição: ampla; Genfibrozila atravessa a placenta; Excreção: 60 a 90% urina (conjugado glicoronídeo), pequena quantidade excretada nas fezes; Insuficiência renal: tomar cuidado; Contra-indicação: Insuficiência renal; Disfunção hepática; Efeitos adversos: Gastrintestinais; Raramente podem causar: impotência, queda de cabelo, cefaleia, fadiga, mialgia, anemia, exantema, urticária; Formação de cálculos biliares; Miopatia quando associados as Estatinas (Estatina não deverá ser usada mais que 25% da dose máxima); Interações medicamentosas: Clofibrato, Fenofibrato, Bezafibrato ligam-se à albumina e deslocam a Varfarina, aumentando sua [ ] livre potencializam ação dos anticoagulantes orais; Redução de dose da Varfarina; Ezetimiba Diminui colesterol total e LDL; Terapia adjuvante: Estatinas; Mecanismo de ação: Inibe proteína transportadora responsável pela captação de colesterol do lúmen do TGI pelos enterócitos jejunais; Suposta proteína de transporte: NPC1L1; Diminui absorção de colesterol em 54%; Compensação: aumento da síntese hepática (efeitos negativos); Pela grande diminuição, estimula (de forma compensatória) a síntese hepática; Diminui colesterol na forma de Quilomícrons chega na corrente sanguínea (Quilomícrons com menos colesterol) hidrolisada remanescente de quilomícrons (Quilomícrons com menos colesterol); Diminui colesterol (remanescente de QM) capturado pela célula hepática célula entende que precisa produzir mais colesterol, aumentando a atividade da enzima HMG-CoA redutase; Para evitar: usada em associação com Estatinas; Diminui absorção intestinal de colesterol (efeitos positivos): Estimulação de genes hepáticos aumento da expressão do receptor LDL (favorece a retirada e LDL da corrente sanguínea); Diminui LDL em 15 a 20%; Diminui triglicerídeos em 5%; Aumenta HDL em 1 a 2%; Terapia de combinação: Estatinas e Ezetimiba: Comprimido de combinação; 10mg de Ezetimiba + doses de Sinvastatina (10, 20, 40 e 80mg); Excreção: Eliminação: 70% nas fezes, 10% na urina (conjugado glicoronídeo); Interações medicamentosas: Sequestradores de ácidos biliares: esses, quando associados à Ezetimiba, ligam-se a ela, levando a sua perda; Efeitos adversos: Reações alérgicas raras; Segurança na gravidez não estabelecida; Administração: Comprimidos (10mg); Com ou sem alimento (qualquer hora); Usados com qualquer outra medicação exceto com Sequestradores de ácidos biliares.
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