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Controle da Glicemia Efeitos da Insulina (metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas) Efeitos dos Hormônios sobre a glicemia Diabetes Milito Distúrbio metabólico crônico; Hiperglicemia (deficiência de insulina/resistência à insulina); Glicosúria: quando mal tratado, em longo prazo; Diurese osmótica; Desidratação, sede (Polidipsia); Emagrecimento: quando mal tratado ou quando não tratado; Cetoacidose diabética (lipídeos); Cetonúria (corpos cetônicos); Célula que não capta glicose, começa a usar lipídeos como fonte de energia; Saturação de tamponamento eliminação de corpos cetônicos na urina cetonúria; Diabetes Milito Tipo I Destruição das células beta pancreáticas (deficiência total de insulina); Tendência à cetoacidose; Casos decorrentes de doença autoimune ou origem desconhecida; Destruição das células beta pancreáticas: desconhecida; Susceptibilidade genética; 5-10% do diabetes da população; Diabetes Milito Tipo II Graus variáveis de resistência à insulina; Deficiência relativa na secreção de insulina evolução da doença potencializa a deficiência de secreção; 80-90%; Ocorre: Indivíduos obesos, com mais de 40 anos, história familiar; Evolução de forma lenta; Sintomas moderados (menos alterações metabólicas que o Tipo I); Não dependentes de insulina para prevenir cetoacidose; Tratamento: Dieta, exercícios; Hipoglicemiantes orais: controlar sintomas da hiperglicemia e limitar complicações microvasculares (retinopatia, nefropatia); 1/3 insulina: acabam, com a evolução da doença, a usar insulina; fazem uso de Estatinas: impedir doença ateromatosa (pacientes possuem um aumento nos níveis de LDL); Tratamento Diabetes Tipo I Insulina: Receptor: Complexo glicoproteico (na membrana da célula); Receptor tipo III (ligado às cinases – tirosinocinase); Duas subunidades alfa ligadas a duas beta por pontes de sulfeto; *** fosfatidil inositol 3-quinase (possui domínio SH2) promove o recrutamento de transportadores de glicose (GLUT-4) para a membrana das células musculares e adiposas; Aspectos farmacocinéticos: Via parenteral (subcutânea) não pode ser via oral; Emergência: pode ser usada via IV; Pode ser usada via intramuscular; Em pacientes em diálise: via MV: 10 min; Metabolização: Fígado e rins; 10% eliminado na urina; Comprometimento renal redução de dose para evitar o acúmulo; Diferentes formulações: tempo para efeito máximo e duração de ação; Insulina solúvel (regular): efeito rápido e curta duração; Insulina + Protamina ou Zinco: formação de cristais sólidos administrados na forma de suspensão insulina liberada aos poucos; Insulina Lispro: Impede a glicemia pós prandial; Análogo da insulina; Alteração de posição da Lisina e da Prolina; Efeito rápido e de curta duração; Usado antes das refeições; Insulina Glargina: Impede a glicemia pós absortiva; Quantidade basal constante de insulina; Solução límpida (microprecipitada no pH fisiológico no tecido subcutâneo liberada aos poucos); Absorção prolongada nível basal constante pelo dia; Usada com insulina de ação curta evitar glicemia pós prandial e pós absortiva; Combinação de insulina de ação curta e intermediária administrada duas vezes ao dia caso não suficiente múltiplas injeções diárias de insulina + insulina de ação mais longa (noite); Exemplos: Insulina de ação rápida: Lispro, Asparte, Glulisina; Administrar imediatamente antes das refeições; Duração de ação: 4-5 horas; Insulina de ação curta: Chamada de Regular (solúvel); Administrar 30-45 min ou mais antes das refeições; Absorvida mais lentamente; Duração de ação: 5-8 horas; Pode ser administrada por via IV para reverter cetoacidose diabética; Insulina de ação intermediária: Precipitada com Protamina; Conhecida como NPH; Início da ação: 2-5 horas após a administração; Não evita glicemia pós prandial; Duração de ação: 4-12 horas; Insulina de ação longa: para manter os níveis basais; Glargina: mantem por mais tempo que a Detemir; Início da ação: 1-1,5 horas após administração; Efeito máximo: 4-6 horas; Duração de ação: 11-24 horas ou mais; Detemir: Início de ação: 1-2 horas após administração; Duração de ação: mais de 12 horas; Efeitos adversos: Hipoglicemia: pode causar lesão cerebral; Bebida doce ou lanche; Hiperglicemia de rebote; Dose alta de insulina hipoglicemia rebote em função dos hormônios contra regulatórios hiperglicemia; Alergia e resistência à insulina; Hipoglicemiantes Orais Biguanidas (Metformina); Mecanismo de ação: Reduz glicemia: Aumenta a captação de glicose utilização de glicose pelo músculo esquelético; Diminui a gliconeogênese diminui liberação de glicose para a corrente sanguínea; Diminui a absorção de carboidratos; Aumenta a oxidação de ácidos graxos; Diminui VLDL e LDL; Não causa hipoglicemia (1o fármaco a ser usado em pacientes com Diabetes tipo II); Aspectos farmacocinéticos: MV: 3 horas; Eliminada inalterada na urina; Efeitos adversos: Distúrbios gastrintestinais (anorexia, náuseas, diarreia); Acidose láctica contra-indicada em doença renal, hepática, doença pulmonar hipóxica, insuficiência cardíaca e choque (são situações que diminuem fluxo sanguíneo tecidual, favorecendo ácido láctico); Interfere na absorção de vitamina B12 muitos diabéticos desenvolvem anemia (tratamento: suplementação); Cautela em mulheres grávidas; Uso clínico: Diabetes tipo II; Não estimula apetite; Sulfonilureias: (Tolbutamida, Clorpropamida, Glibenclamida, Glipizida – duas últimas mais potentes) Clorpropamida: forma metabolitos de longa duração de ação que são eliminados via renal não é mais usada pois o paciente começa a ter comprometimento renal problemas na eliminação continuam a agir hipoglicemia grave disfunção neuronal; Mecanismo de ação: Estimulam a secreção de insulina; Bloqueia canais de K modulados pelo ATP (presente nas células pancreáticas) age também nos músculos lisos e cardíaco; Canais de K Ocorre de forma indesejada efeitos cardiovasculares; Despolarização da célula abre canais de Ca dependentes de voltagem entrada de Ca nas células estimula secreção de insulina para a circulação sanguínea aumento da captação de glicose pelas células reduz glicose plasmática; Aspectos farmacocinéticos: São bem absorvidos (pelo TGI) quando administrados por via oral; [ ] plasmática máxima: 2-4 horas; Duração ação: variável; Ligação (albumina) X Salicilatos e Sulfonamidas; Problema interação medicamentosa fármacos tendem a aumentar a porção livre de sulfonilureias e sua [ ] plasmática; Eliminação: urina Cautela em idosos e pacientes com doença renal); A maioria atravessa a placenta (cautela em grávidas); Leite (cautela com a amamentação); Glipizida tem efeito diurético; Somente produtos inativos se acumulam na insuficiência renal; Afeitos adversos: Geralmente bem tolerados; Hipoglicemia (grave e prolongada) pode causar disfunção neurológica; Incidência maior com Glibenclamida e Clorpropamida; Monitoramento da glicemia plasmática; Evitar: idosos e pacientes com comprometimento renal leve; Metabólito ativo da Glibenclamida se acumula na insuficiência renal; Aumentam o apetite, desconforto gastrintestinal, rashes cutâneos alérgicos, lesão da medula óssea (rara) e efeitos no sistema cardiovascular; Interações medicamentosas: Fármacos que aumentam o efeito hipoglicemiante: AINES, alguns uricosúricos, álcool, inibidores da MAO; Deslocando a sulfonilureia, diminuindo metabolismo hepático das sulfonilureias ou diminuindo eliminação renal; Alguns antibacterianos (Sulfonamidas, Trimetoprima, Cloranfenicol); Alguns antifúngicos imidazólicos; Fármacos que diminuem o efeito: Diuréticos tiazídicos (favorecem o aumento da glicose), diuréticos de alça, espironolactona; Corticosteroides (estimulam a gliconeogênese hepática); Uso clínico: Requer que o indivíduo tenha células funcionais (estágios iniciais de diabetes tipo II); Repaglinida e Nateglinida: Mecanismo de ação: (mesmo mecanismo deação das sulfonilureias) Canais de K dependentes de ATP (células B pancreáticas); Vantagem: parecem ser mais seletivas para os canais de K menor risco de efeito cardiovascular; Aspectos farmacocinéticos: Início e término de ação rápida vantagem pouca chance de causar hipoglicemia; Administrados pouco antes das refeições para diminui elevação pós-prandial de glicose; Tiazolidinadionas (Glitazonas): Ex.: Rosiglitazona e Pioglitazona; Início lento e ação (efeito máximo em 1-2 meses) pela regulação de expressão gênica; Ganho de peso (1-4Kg) (início do uso do fármaco estabiliza em 2-6 meses); Retenção hídrica (aumenta a permeabilidade à H2O nos túbulos proximais); Aumento do volume plasmático; Aumento da deposição de gordura subcutânea; Mecanismo de ação: Receptor nuclear (receptor ativado por proliferadores de peroxissomos); Receptor no tecido adiposo, músculo e fígado (nas suas células); Favorece captação de glicose por essas células); Aumenta a captação muscular de glicose; Aumenta a expressão e síntese do receptor GLUT-4 dependente de insulina nas células musculares e adiposas; Queda da glicose plasmática; Diminui a saída de glicose hepática (diminui gliconeogênese hepática) diminui liberação de glicose na corrente sanguínea; Aumenta a lipogênese; Aumenta a captação de glicose e ácidos graxos; Aumenta a síntese e atividade de lipase lipoproteica hidrolisa triglicerídeos nos quilomícrons e na VLDL aumenta ácido graxo no sangue; Aumenta a síntese de proteína transportadora de ácidos graxos ligam-se a esses ácidos graxos para que sejam transportados; Aumenta a síntese de proteína ligante de ácidos graxos aos adipócitos retira o ácido graxo da albumina e vai leva-lo para dentro da célula adiposa aumenta o nível de ácido graxo nessa célula; Célula adiposa aumenta glicose e ácido graxo = triglicerídeos formados favorece a gordura subcutânea; GLUT-4; Reabsorção de Na; Aspectos farmacocinéticos: Administração: oral (rápida e quase completamente absorvidas); [ ] plasmática máxima: menos de 2 horas; Ligação com proteínas plasmáticas (99%); Metabolismo: hepático; MV: menos de 7 horas (fármaco original); Metabólitos: Fracamente ativos – Rosiglitazona: até 150 horas; Metabólitos ativos – Pioglitazona: até 24 horas; Metabolização: Rosiglitazona: CYP2C8 e eliminada na urina; Pioglitazona: CYP2C8 e CYP3A4 e eliminada na bile (fezes); Efeitos adversos: Disfunção hepática (monitorar aminotransferases); Retenção hídrica (análise de eletrólitos e hemograma); Ganho de peso; Precipitar ou piorar insuficiência cardíaca (decorrente a retenção hídrica); Cefaleia, cansaço; Distúrbios gastrintestinais; Contra-indicada: mulheres grávidas, lactantes e crianças; Uso clínico: Diabetes tipo II; Inibidores de alfa-Glicosidase: Ex.: Acarbose, Miglitol; Mecanismo de ação: Inibe a alfa-glicosidase intestinal (enzima envolvida no metabolismo de carboidratos); Retarda a absorção de carboidratos aos poucos (reduz o aumento da glicemia pós-prandial); Efeitos adversos: Flatulência, fezes amolecidas ou diarreia; Dor e distensão abdominal; Uso clínico: Diabéticos tipo II obesos; Fármacos que mimetizam as Incretinas (Incretinas: hormônios que estimulam a secreção de insulina pelas células B, favorecendo a captação de glicose pelas células) Exenatida, Liraglutida: Mecanismo de ação: Estimula secreção de insulina (diminui glicemia pós refeição); Suprime a secreção de glucagon diminui gliconeogênese e glicogenólise hepática); Retarda o esvaziamento gástrico também diminui a glicemia pós-prandial; Diminui a ingestão alimentar (efeito sobre a saciedade) atua no centro da regulação da saciedade; Diminui o acúmulo de gordura (fígado) previne contra esteatose hepática; Administração: Via subcutânea; 2x ao dia (antes da primeira e antes da última refeição); Efeitos adversos: Hipoglicemia; Distúrbios gastrintestinais; Usos: Diabetes tipo II; Gliptinas: Mecanismo de ação: Inibem competitivamente a enzima dispeptidilpeptidase-4 (enzima que degrada as Incretinas mais Incretinas para estimular a secreção de insulina pelas células B), reduzindo a glicemia por potencializarem as Incretinas endógenas (GLP-1 e GIP); Ex.: Sitagliptina, Saxagliptina, Linagliptina; Administração: Via oral; 1x ao dia; Metabolismo hepático (CYP) e eliminação renal; Uso: Diabetes tipo II.
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