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UnidadeII Corrosao (1)

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CORROSÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
Química Aplicada à Engenharia
Profa. Josy Eliziane Ramos
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CORROSÃO, PREVISÃO e PROTEÇÃO
O que é o fenômeno corrosivo e quais suas consequências
As formas de corrosão
Como prevenir a corrosão
A velocidade e cinética da corrosão 
Como prever a corrosão.
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Corrosão
Definição:
Deterioração de um material, geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio onde este se encontra, associada ou não a esforços mecânicos.
Conseqüências da corrosão sobre um material:
 Desgaste;
 Variações químicas;
 Modificações estruturais;
 Inadequação ao uso.
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Corrosão
Importância:
 Os problemas de corrosão são freqüentes e ocorrem nas mais variadas atividades, como por exemplo nas indústrias química, petrolífera, naval, petroquímica, de construção civil, automobilística, entre outras. 
 Foi estimado que aproximadamente 5% da receita de uma nação industrializada são gastos na prevenção da corrosão e na manutenção ou substituição de produtos danificados ou contaminados por reações de corrosão.
 Em termos de quantidade de material danificado pela corrosão, estima-se que uma parcela superior a 30% do aço produzido no mundo seja usada para reposição de peças e partes de equipamentos e instalações deterioradas pela corrosão. 
 
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Corrosão
Importância:
Perdas Diretas:
 Custos de substituição das peças ou equipamentos que sofreram corrosão.
 Custos e a manutenção dos processos de proteção (proteção catódica, recobrimentos, pinturas, etc.).
Perdas Indiretas:
 Paralisações acidentais para limpeza de trocadores de calor ou caldeiras, substituição de tubos corroídos.
 Perda de produto, como perda de óleo, soluções, gás.
 Perda de eficiência em trocadores de calor, nos motores automotivos, ou entupimento e perda de carga em tubulações de água. 
 
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Corrosão
Exemplos de Corrosão:
Corrosão de estrutura metálica do concreto causada pela amônia da urina humana.
Água contendo óxido de ferro proveniente da corrosão da tubulação.
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Corrosão
Exemplos de Corrosão:
Corrosão de estrutura metálica ocasionada por excrementos de andorinhas .
Corrosão de tubo de ferro usado em canalizações de água .
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Corrosão
Considerações Gerais:
 A corrosão é, em geral, um processo espontâneo. Esta pode ser considerada (sob certo ponto de vista) como o processo inverso da siderurgia;
 A corrosão é, geralmente, um fenômeno de superfície;
 O composto metálico oriundo da corrosão pode atuar como uma barreira entre o metal e o meio corrosivo, diminuindo a velocidade de corrosão do metal;
 Todos os metais estão sujeitos ao ataque corrosivo, caso o meio seja suficientemente agressivo. 
 Exemplos: corrosão do ouro e da platina pela água régia; corrosão localizada do aço inoxidável AISI 304 em presença da cloreto; corrosão do titânio pelo ácido fluorídrico; etc.
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Corrosão
Definição do problema:
O corrosionista tem por objetivo estudar a deterioração dos materiais pela ação do meio em que são usados. Existe um grande interesse prático neste estudo uma vez que a corrosão causa um prejuízo estimado em torno de 1,5 a 3,5% do PIB nos países industrializados.
Apesar da termodinâmica indicar a possibilidade de uma reação, não diz nada a respeito da velocidade com que esta reação ocorre. E é precisamente devido ao fato de que certas velocidades de reação são lentas que se pode utilizar os metais no cotidiano.
"Todos os metais podem ser utilizados sempre que sua velocidade de deterioração seja aceitavelmente baixa".
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Corrosão
Considerações Gerais:
MATERIAL METÁLICO
MEIO CORROSIVO
CONDIÇÕES OPERACIONAIS
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Corrosão
Previsão da Corrosão:
 A utilização da tabela de potenciais de eletrodo permite a previsão de qual metal tem maior tendência a ceder elétrons, se oxidar e logo sofrer corrosão;
 As informações fornecidas pelos potenciais de eletrodo são puramente termodinâmicas e não cinéticas;
 Algumas reações possíveis segundo os dados termodinâmicos não se realizam na prática;
 A tabela de potenciais padrão foi estabelecida para condições padronizadas: solução de 1,0 mol.L-1 a 298 K, e 1 atm. 
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Corrosão
Previsão da Corrosão:
ex: 2 H2O(l) + 2 e-  H2(g) + 2 OH-(aq) E0red = -0,83 V
Água = principal responsável pela corrosão.
Para esse potencial-padrão (concentração de 1 mol.L-1) o pH = 14 (solução fortemente básica).
Em geral o pH da água é próximo de 7.
Usando a equação de Nernst, o potencial calculado para essas condições é em torno de - 0,42 V. 
Ou seja, qualquer metal com potencial mais negativo do que - 0,42 V irá se oxidar. 
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Corrosão
Previsão da Corrosão:
Como esse valor é bem próximo do potencial da água, a tendência do ferro ser oxidado pela a água é pequena.
Por essa razão, o ferro pode ser usado em encanamentos de sistemas de abastecimentos de água sem enferrujar.
Por outro lado, quando o ferro é exposto ao ar úmido, isto é, na presença de oxigênio e água, a semi-reação abaixo é levada em conta: 
O2(g) + 4 H+(aq) + 4 e-  2 H2O(l) E0red = +1,23 V
Fe2+(aq) + 2 e-  Fe(s) E0red = - 0,44 V
E o ferro na presença de oxigênio e água pode oxidar o ferro (II) em íons ferro (III) → ferrugem.
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
___________________________________
2 Fe(s) + O2(g) + 4 H+(aq)  2 Fe2+(aq) + 2 H2O(l)
Esses íons precipitam como óxido de ferro (III) hidratado, Fe2O3.H2O, a substância marrom insolúvel conhecida como ferrugem. 
Catodo: O2(g) + 4 H+(aq) + 4 e-  2 H2O(l)
Anodo: 2 Fe(s)  2 Fe2+(aq) + 4 e-
4 H2O(l) + 2 Fe3+(aq)  6 H+(aq) + Fe2O3.H2O(s)
Catodo: ½ O2(g) + 2 H+(aq) + 2 e-  H2O(l)
Anodo: 2 Fe2+(aq)  2 Fe3+(aq) + 2 e-
___________________________________
2 Fe2+(aq) + ½ O2(g) + 2 H+(aq)  2 Fe3+(aq) + H2O(l)
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
Uma parte do ferro pode servir como anodo onde ocorre a oxidação de Fe a Fe2+. Os elétrons produzidos migram para a outra parte da superfície do metal que serve como catodo, onde O2 é reduzido. 
 A oxidação ocorre no local com a menor concentração de O2.
O aumento da corrosão provocado pela presença de sais é geralmente mais evidente nas cidades costeiras (maresia) e nos países frios onde é usado sal grosso nas estradas. 
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
Prevenindo a corrosão do ferro: 
A corrosão pode ser impedida através do revestimento do ferro com tinta ou um outro metal.
ex: o ferro galvanizado é revestido com uma fina camada de zinco e usa o princípio da eletroquímica para proteger o ferro da corrosão mesmo depois que o revestimento da superfície for quebrado. 
Fe2+(aq) + 2 e-  Fe(s) E0red = - 0,44 V
Zn2+(aq) + 2 e-  Zn(s) E0red = - 0,76 V
Zinco é mais facilmente oxidado que o ferro.
 a proteção de um metal contra a corrosão tornando-o catodo em uma célula eletroquímica é conhecida como proteção catódica.
 o metal que é oxidado nesse processo é chamado de anodo de sacrifício.
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
Prevenindo a corrosão do ferro: 
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
Prevenindo a corrosão do ferro: 
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
Prevenindo a corrosão do ferro: 
Para a proteção do encanamento subterrâneo, um anodo de sacrifício é adicionado.
O tubo de água é transformado no catodo e um metal ativo é usado como o anodo.
Freqüentemente, o Mg é usado como o anodo de sacrifício:
Mg2+(aq) +2e-  Mg(s), Ered = -2,37 V
Fe2+(aq) + 2e-  Fe(s), Ered = -0,44 V
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Corrosão
Corrosão do Ferro:
Prevenindo a corrosão do ferro: 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
As formas (ou tipos) de corrosão podem ser apresentadas considerando-se a aparência ou forma de ataque
e as diferentes causas da corrosão e seus mecanismos.
A morfologia:
Uniforme
Por Placas
Alveolar
Puntiformes ou por Pite
Intergranular
Intragranular
Filiforme
Por esfoliação
Grafítica
Dezincificação
Em torno do cordão de solda e empolamento por hidrogênio
 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
As causas ou mecanismos:
Por aeração diferencial
Eletrolítica ou por corrente de fuga
Galvânica
Associada a solicitações mecânicas
Em torno do cordão de solda
Seletiva
Empolamento ou fragilização pelo hidrogênio
Fatores mecânicos:
Sob tensão
Sob fadiga
Por atrito
Associada à erosão
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Corrosão
Formas de Corrosão:
O meio corrosivo:
Atmosférica
Pelo solo
Por microorganismos
Pela água do mar
Por sais fundidos, etc.
Localização do ataque:
Por Pite
Uniforme
Intragranular
Transgranular
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Corrosão
Formas de Corrosão:
Formas de corrosão - Uniforme, em placas, alveolar, puntiforme (pite), intergranular, transgranular.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO UNIFORME
Define-se corrosão uniforme como aquela caracterizada pelo ataque em toda a superfície metálica que mantém contato com o meio corrosivo com conseqüentemente homogênea diminuição da espessura.
Tal corrosão é atribuída a "micropilhas" de ação localizada sendo considerada o mais comum tipo de corrosão principalmente em estruturas expostas à atmosfera e outros meios que propiciem uniformidade do ataque à superfície metálica.
Seu acompanhamento por controles diversos é facilitado, como nos casos de equipamentos e instalações dada a homogênea perda de espessura provocada. 
Mesmo sendo de fácil controle, sua ação é importante do ponto de vista de desgaste, pois a redução da espessura do material causa a diminuição de sua resistência a esforços, como as tensões, podendo levar a rupturas. 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO UNIFORME
Corrosão uniforme em chapa de aço-carbono.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO POR PLACAS
Os produtos de corrosão formam-se em placas que se desprendem progressivamente. É comum em metais que formam película inicialmente protetora mas que, ao se tornarem espessas fraturam e perdem aderência, expondo o metal a novo ataque. 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO ALVEOLAR
O desgaste provocado pela corrosão se dá sob forma localizada, com o aspecto de crateras semelhantes à alvéolos (tem fundo arredondado e são rasos). É comum em metais formadores de películas semi protetoras ou quando se tem corrosão sob depósito, como no caso da corrosão por aeração diferencial. 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO POR PITES
A chamada corrosão por pites (do inglês pit, orifício) é uma forma de corrosão localizada que consiste na formação de pequenas cavidades e profundidade considerável. 
Caracteriza-se por atacar materiais metálicos que apresentam formação de películas protetoras.
Sendo uma corrosão que não implica uma homogênea redução da espessura e ocorrendo no interior de equipamentos torna-se um tipo de corrosão de acompanhamento mais difícil.
É de se considerar que um fator importante para o mecanismo da formação de pites seja a existência de pontos de maior fragilidade da película passivante (defeitos em sua formação). 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO POR PITES
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO INTERGRANULAR OU INTERCRISTALINA
Quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos, como no caso dos aços inoxidáveis austeníticos sensitizados, expostos a meios corrosivos.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO INTRAGRANULAR, TRANSGRANULAR OU TRANSCRISTALINA
Quando o fenômeno se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos grãos do material, como no caso da corrosão sob tensão de aços inoxidáveis austeníticos.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO FILIFORME
Ocorre em superfícies pintadas com um delgado filme de tinta de base orgânica, caracterizada pela aparência de finos filamentos em direções semi-aleatórias de uma ou mais fontes. 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO ESFOLIAÇÃO
A corrosão por esfoliação ocorre em diferentes camadas e o produto de corrosão, formado entre a estrutura de grãos alongados, separa as camadas ocasionando um inchamento do material metálico.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO GRAFÍTICA
Se processa no ferro fundido cinzento em temperatura ambiente. O ferro metálico é convertido em produtos de corrosão, enquanto a grafite permanece intacta. 
Observa-se que a área corroída fica com aspecto escuro, característico da grafite, e esta pode ser facilmente retirada com espátula.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO POR DEZINCIFICAÇÃO
Ocorre em ligas de cobre-zinco (latões), em que se observa o aparecimento de regiões com coloração avermelhada em contraste com a característica coloração amarela dos latões. Admite-se que ocorre uma corrosão preferencial do zinco, e o cobre restante destaca-se com sua característica cor avermelhada. 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
CORROSÃO POR EMPOLAMENTO POR HIDROGÊNIO
O hidrogênio atômico penetra no material metálico e, como tem pequeno volume atômico, difunde-se rapidamente e em regiões com descontinuidades, como inclusões e vazios, transforma-se em hidrogênio molecular, H2, exercendo pressão e formando bolhas.
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Corrosão
Formas de Corrosão:
EM TORNO DE SOLDA
Pode ser observada em torno de cordão de solda. Ocorre em aços inoxidáveis não-estabilizados ou com teores de carbono maiores que 0,03%. A corrosão se processa intergranularmente. 
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Corrosão
Formas de Corrosão:
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Corrosão
Taxas de Corrosão:
 Taxa de corrosão é a taxa de material removido como conseqüência da ação química. Pode ser expressa como a TPC (Taxa de Penetração de Corrosão) ou a perda de espessura de material por unidade de tempo.
 Do ponto de vista de engenharia, estamos interessados em calcular a taxa de corrosão em função de parâmetros conhecidos. Portanto:
W = perda de peso após um tempo de exposição t
ρ = massa específica da amostra 
A = área exposta da amostra 
t = tempo de exposição 
K = constante de dimensionalização 
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Corrosão
Taxas de Corrosão:
 A TPC é convenientemente expressa em mm/ano, mils/ano (milésimo de pol.). Assim:
Para a maioria das aplicações, uma taxa de penetração da corrosão de menos do que aproximadamente 0,5 mm/ano ou 20 mils/ano é aceitável.
OBS: Os valores de taxas de corrosão só podem ser utilizados para corrosão uniforme, não se aplicando para casos de corrosão localizada como, por exemplo, puntiforme e intergranular.
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Corrosão
Taxas de Corrosão:
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Corrosão
Taxas de Corrosão:
 Uma vez que existe uma corrente elétrica associada às reações de corrosão eletroquímica, pode-se expressar a taxa de corrosão em termos dessa corrente. 
 A taxa r, em unidades de mol/m2.s é determinada usando a expressão: 
i = corrente por unidade de área superficial do material que está corroendo
n = número de elétrons associados à ionização de cada átomo metálico 
F = constante de Faraday (96500 C/mol de e-) 
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Corrosão
Taxas de Corrosão:
 ex1: Um pedaço de uma placa de uma liga metálica corroída foi removida de uma navio em manutenção por um engenheiro naval. Foi estimada que a área original da placa era de 800 cm2 e que aproximadamente 7,6 kg do material foram corroídos durante o tempo de uso do navio. Assumindo uma taxa de penetração da corrosão de 4 mm/ano para essa liga na água do mar, estime em anos, o tempo que a chapa permaneceu em contato com a água do mar. A massa específica da liga é de 4,5 g/cm3. 
 ex2: Demonstre que o valor da constante da TPC é de 87,6 quando se utiliza ρ em g/cm3, área exposta em cm2, massa corroída em mg e tempo em hora para TPC expressa em mm/ano (milímetros
por ano).
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Corrosão
Fatores que Influenciam na Velocidade Corrosão:
 Efeito da Temperatura
De um modo geral, o aumento da temperatura acelera a corrosão, pois têm-se o aumento da condutividade do eletrólito e da velocidade de difusão dos íons. Entretanto, pode retardar a corrosão porque diminui a solubilidade do oxigênio na água.
 Efeito de Sais Dissolvidos
Os sais podem agir acelerando (ação despolarizante, aumentato da condutividade) ou retardando (precipitação de produtos de corrosão coloidais, diminuição da solubilidade de oxigênio, ação inibidora ou passivadora) a velocidade de corrosão. 
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Corrosão
Fatores que Influenciam na Velocidade Corrosão:
 Efeito do pH 
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
 Os diagramas de Pourbaix, desenvolvidos por Marcel Pourbaix (1904-1998), são diagramas nos quais se relaciona o potencial de um dado metal com o pH da solução com a qual ele está em contato e que permitem prever se esse metal apresenta ou não tendência para se corroer nesse meio.
Nestes diagramas as retas correspondem às condições de equilíbrio dessas reações.
	• As reações que só dependem do pH são representadas por um conjunto de retas paralelas ao eixo das ordenadas.
	• As reações que só dependem do potencial (E) são representadas por um conjunto de retas paralelas ao eixo das abscissas. 
	• As reações que dependem do pH e do potencial são representadas por um conjunto de retas inclinadas. As equações dessas retas decorrem da aplicação da equação de Nernst às reações em questão.
 
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
 A região compreendida entre as duas linhas paralelas a e b de inclinação (-0,0592 V/pH) representam o domínio de estabilidade termodinâmica da água.
REDUÇÃO DA ÁGUA: 2H2O(l) + 2e- → H2 (g) + 2OH- (aq) (linha a)
			 
OXIDAÇÃO DA ÁGUA: 2H2O(l) → 4H+ (aq) + O2 (g) + 4e- (linha b)
	Abaixo da linha a correspondendo a pH2 = 1 atm, a água tende a se decompor por redução gerando H2. 
	Acima da linha b correspondendo a pO2 = 1 atm, a água tende a se decompor por oxidação gerando O2. 
	
	As linha tracejadas 1’, 2’, 3’, 4’... Representam os limites de predominância relativa dos corpos dissolvidos.
 
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
 Dependendo da espécie metálica que domina, as várias áreas são designadas por:
 Zona de imunidade: zona onde as reações nunca são termodinamicamente possíveis. Nesta zona a corrosão é nula já que o metal apresenta um comportamento inerte, isto é, mantém-se na sua forma metálica. Exemplos de materiais imunes são o ouro e a platina cujos diagramas de Pourbaix apresentam áreas de imunidade muito extensas.
 Zona de corrosão: zonas onde as reações são possíveis, com conseqüente destruição metálica. São por esta razão, zonas onde as formas metálicas mais estáveis são as iônicas.
 Zona de passivação: zonas onde as reações são possíveis conduzindo à formação de óxidos (ou hidróxidos) metálicos, estáveis e protetores. Nesta zona a corrosão metálica é também praticamente nula.
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
Diagrama de Pourbaix para o sistema Fe-H2O a 25 °C
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
Diagrama de Pourbaix para o cádmio onde se indica as zonas de corrosão, passivação e imunidade.
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Corrosão
Diagramas de Pourbaix:
A partir do diagrama de Pourbaix é possível prever possíveis estratégias de proteção contra a corrosão.
• Assim, para o ferro sofrendo corrosão no ponto A do diagrama, pode-se aplicar as seguintes
proteções:
1. Diminuição do potencial de
corrosão para < -0,62 V: o Fe ficará na região de imunidade (proteção
catódica).
2. Aumento do potencial de
corrosão para > 0,4 V: o Fe
se passivará (proteção anódica).
3. Aumento de pH para acima
de 7: o Fe se passivará.
As linhas tracejadas correspondem ao
equilíbrio das reações de redução do oxigênio
(superior) e do hidrogênio (inferior)
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Corrosão
Limitações do Diagrama de Pourbaix:
 Pressupõem que todas as reações consideradas são reversíveis e rápidas, o que nem sempre acontece.
 Não informam sobre a cinética dos processos (velocidades das reações) apenas indica se uma reação é ou não termodinamicamente possível.
 Aplicam o termo passivação às zonas de estabilidade dos óxidos (ou hidróxidos), independentemente das suas propriedades protetoras. A proteção só é efetiva se o filme for aderente e não poroso.
 Apenas são aplicados a metais puros (não existem para ligas) e em soluções sem espécies complexantes ou que formem sais insolúveis.
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Corrosão
Prevenção da Corrosão:
 INIBIDORES: 
Substância ou mistura de substâncias que, quando presente em concentrações adequadas, no meio corrosivo, reduz ou elimina a corrosão. 
 quanto a composição: inibidores orgânicos e inorgânicos.
 quanto ao comportamento: inibidores oxidantes, não-oxidantes, anódicos, catódicos e de adsorção. 
 PROTEÇÃO CATÓDICA:
Método de controle de corrosão que consiste em transformar a estrutura à proteger no cátodo de um célula eletroquímica ou eletrolítica. É empregado para resguardar estruturas enterradas ou submersas tais como dutos, tanques, pés-de-torre, navios e plataformas.
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Corrosão
Prevenção da Corrosão:
 PROTEÇÃO ANÓDICA: 
Baseia-se na formação de uma película protetora, nos materiais metálicos, por aplicação de uma corrente anódica externa. 
Como a proteção anódica é utilizada em meios fortemente corrosivos, tem sido empregada em reatores de sulfonação, tanques de armazenamento de ácido sulfúrico, digestores alcalinos na indústria de celulose e trocadores de calor de aço inox para ácido sulfúrico. 
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Corrosão
Taxa de Oxidação:
Em geral, quando ocorre corrosão em meio aquoso é formado uma camada de óxido a partir desse processo eletroquímico. 
M  Mn+ + n e-
M  M2+ + 2 e- (formação de íons metálicos) 
½ O2 + 2 e-  O2- (formação de íons oxigênio) 
M + ½ O2  MO (formação de uma camada de óxido) 
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Corrosão
Taxa de Oxidação:
M  M2+ + 2 e-
½ O2 + 2 e-  O2-
Metal (M)
M2+
e-
O2-
Gás (O2)
Incrustação de óxido (MO)
A incrustação pode proteger o metal contra uma oxidação rápida quando atua como uma barreira à difusão iônica. A maioria dos óxidos metálicos é um forte isolante elétrico. 
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Corrosão
Taxa de Oxidação:
A taxa de oxidação (taxa de aumento da espessura do filme) e a tendência de o filme proteger o metal contra uma oxidação adicional estão relacionados aos volumes relativos do óxido e do metal. A razão entre esses volumes, denominada razão de Pilling-Bedworth, pode ser determinada a partir da seguinte expressão: 
onde: A0 é a massa molecular do óxido, a é o número de átomos do metal (M) em uma molécula de óxido, AM é a massa atômica do metal M, e ρ0 e ρM são as densidades do óxido e do metal, respectivamente.
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Corrosão
Taxa de Oxidação:
Φ < 1 óxido não protetor 
1 < Φ < 3 óxido protetor
Φ > 3 óxido não protetor
Φ < 1  o filme de óxido é poroso
Φ = 1  ideal para formação de uma película protetora
Φ > 3  o revestimento de óxido pode trincar e esfarelar
ex: Para cada um dos metais listados na tabela, calcule a razão de Pilling-Bedworth. Com base nos valores, especifique se a incrustação de óxido que se forma sobre a superfície é protetora ou não. 
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Corrosão
Cinética de Oxidação:
Uma das principais preocupações em relação à oxidação de um metal é a taxa na qual a reação avança. Uma vez que normalmente a incrustação de óxido produzida na reação permanece sobre a superfície, a taxa da reação pode ser determinada pela medição do ganho de peso por unidade de área em função do tempo. 
Existem 3 tipos de cinética:
 Linear: 
 Parabólica: 
 Logarítmica: 
Quando o óxido
que se forma não é poroso e adere à superfície do metal.
Quando o óxido que se forma é poroso ou esfarelado. 
Para camadas de óxido muito finas (geralmente menores do que 100 nm) que se formam em temperaturas relativamente baixas.
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Corrosão
Cinética de Oxidação:
Ex: Na tabela, constam os dados do ganho de peso em função do tempo para a oxidação do níquel em uma temperatura elevada. 
Determine se a cinética da taxa da reação de oxidação obedece a uma expressão linear ou parabólica.
 Calcule então W após um tempo de 600 min. 
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