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BIOQUÍMICA DA SALIVA

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Bioquímica da saliva
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Conceitos
Líquido ou fluido heterogêneo que umedece a cavidade bucal;
Denominada saliva integral, mista ou total
Secreção
Secretada principalmente pelas glândulas:
Parótidas (25% da secreção)
Submandibulares (70% da secreção)
Sublinguais e glândulas menores (5% da secreção)
Importância
Processo digestório (amilase)
Maltase
Importância
Manutenção da saúde oral.
Manutenção da integridade dos tecidos moles (gengiva, mucosa) e dentes.
COMPOSIÇÃO, CONCENTRAÇÃO E FLUXO salivar são alguns dos fatores determinantes no processo de cárie.
Sua importância é visível em:
Pessoas com xerostomia.
Proliferação bacteriana.
Aumento da frequência de lesões de cárie.
Ulcerações e infecções dos tecidos orais.
Dificuldades para mastigar, deglutir e falar.
CAUSAS DA Redução do fluxo salivar
Radioterapia de cabeça e pescoço.
Uso de determinados medicamentos.
Anorexia nervosa, desnutrição e jejum frequente.
Menopausa.
FUNÇÕES DA SALIVA
Lubrificante - lubrificação da mucosa e dos dentes.
Facilita a deglutição dos alimentos.
SABOR: age como um solvente, facilitando o reconhecimento dos sabores.
Articulação da língua (fala).
Manutenção da acuidade do paladar por interação com corpúsculos gustativos.
Função digestiva: presença da enzima amilase e mastigação (principal função digestória).
Limpeza dos alimentos (fluxo).
Função excretora.
Atualmente vem sendo utilizada na identificação de compostos ilícitos por atletas. 
Outras Funções
Proteção da mucosa bucal e dos dentes, com uma lubrificação perfeita evitando o ressecamento dessas unidades biológicas.
Defesa através de lisozima que exerce o papel de ação germicida evitando proliferação de MO no meio bucal.
Aglutinação de partículas alimentares para a formação do bolo alimentar.
Outras Funções
Autóclise ou autolimpeza da boca pelos movimentos mastigatórios.
Digestão inicial dos polissacarídeos.
Regulação do pH através dos tampões salivares mucina, bicarbonato e monofosfato evitando lesões causada por excessos de ácidos e bases.
Glândulas Salivares
As parótidas (maiores) são puramente serosas (saliva aquosa rica em amilase).
As submandibulares são muco-serosas e secretam saliva mais viscosa rica em mucina.
As sublinguais e glândulas menores são muco serosa e contribuem com 5% da secreção salivar.
MUCINA
É uma glicoproteína secretada pelas glândulas submandibulares
Possui elevada viscosidade.
Exerce um papel protetor de grande eficiência, lubrificando a mucosa da boca, aglutinando as partículas alimentares e micro-organismos.
Possui elevado poder tamponante (pH = 6,9)
A secreção salivar
É induzida por estímulos:
Psíquicos: 
Físicos (mecânicos):
A secreção salivar
É induzida por estímulos:
Químicos (diferentes sabores): 
Biológicos (inflamações):
Tipos de Estímulos que aumentam a secreção salivar:
Tipo de estímulo
Exemplos
Psíquicos
Odor, sabor, cor dos alimentos, e estado nutricional do indivíduo
Estímulos mecânicos
Pressões, mastigação, intervenção odontológica.
Estímulos químicos
Substâncias ácidas, básicas,doces, amargas, salgadas,medicamentos e
“variações do pH do meio bucal”
Biológicos
Inflamações.
Quantidade de fluxo salivar
 Sialorréia: 
salivação excessiva
 Sialosquiese: 
Baixa produção de secreção salivar.
 Xerostomia:
quando há a sensação de boca seca, porém sem uma real diminuição na produção de saliva.
Hipossalivação ou hipossialia:
	quando há uma diminuição real na produção salivar.
Propriedades físico-químicas
ASPECTO: 
	opalescente, as vezes límpida e incolor.
VISCOSIDADE:
	elevada devido à presença de mucina.
VOLUME: 
	de 1.000 a 1.500 mL/dia o que corresponde a 0,7 ou 1,0 mL/min, havendo contudo quem admita volumes menores que 0,25 a 0,5 mL/minuto.
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Propriedades físico-químicas
DENSIDADE:
	 de 1.000 a 1020 g/mL.
OSMOLARIDADE: 
	a saliva é hipotônica em relação ao plasma
pH:
	variação de 5,0 a 8,0 maior incidência é de 6,8/6,9
Composição química da saliva
ÁGUA
ÁGUA em elevada proporção: 99,1g%
Manutenção da umidade da mucosa e das superfícies dentárias e solvente geral das substâncias do meio bucal.
Substâncias inorgânicas
(ÂNIONS)
 Ânions = 150mg%
Bicarbonato
Monofosfato
Bifosfato 
 Permitem a constância do pH
Cálcio (4 a 10mg%) é usado como parâmetro para determinação à susceptibilidade dos pacientes à cárie dental.
Outros cátions: Sódio, Potássio e Magnésio.
Total de Cátions: 350 mg%
Substâncias inorgânicas
(cátions)
 
 Amilase ou ptialina
Hidrólise do amido e glicogênio.
 Mucina: 
Papel protetor devido a elevada viscosidade, lubrificante aglutina partículas alimentares e MO e tem função tamponante.
 Uréia
resíduo do catabolismo dos AA e que se excreta principalmente pela urina também é eliminada na saliva (20mg%).
Substâncias orgânicas
 Lisozima
Ação bactericida
Anidrase carbônica: (catalisa a reação)
 CO2 + água  ácido carbônico (H2CO3) H+e bicarbonato que é importante na formação do tártaro dental.
Glicose:
 (1,0 mg%) principal substrato para a via glicolítica explica a formação de acido láctico que está relacionado ao processo bioquímico da carie dental
Substâncias orgânicas
PRODUTOS DE EXCREÇÃO
Medicamentos (Iodeto e brometo)
Tóxicos (Chumbo, Prata, Bismuto e alcalóides)
ENZIMAS DA MICROBIOTA ORAL
Urease
Hidrolisa uréia em amônia (NH3).
eleva o pH salivar facilitando a precipitação dos sais de cálcio na formação do tártaro.
 
A NH3 é tóxica e lesiona o periodonto de proteção permitindo a instalação da doença periodontal.
Uréia
Amônia
Amônia
Fosfatases ácidas 
Hidrolisam ésteres fosfóricos que tomam parte no processo da cárie e aftas da mucosa da boca.
Fosfatases alcalinas 
Fazem parte nas alterações do periodonto precipitando sais de cálcio para a formação de tártaro dental.
Proteases 
Hidrolisam proteínas produzindo aminoácidos
Lipases 
Hidrolisam diferentes tipos de lipídeos produzindo ácidos graxos, glicerol, H3PO4 e outros.
Oxidases 
Sacarase
Lactase
Maltase
Amilase
PRODUTOS DA ATIVIDADE MICROBIANA (putrefação)
Fenóis
PRODUTOS DA ATIVIDADE MICROBIANA (putrefação)
Ácidos
Aminas
Amônia
Aminoácidos
Sulfidretos
PRODUTOS DA ATIVIDADE MICROBIANA (putrefação)
Tiois
PRODUTOS DA ATIVIDADE MICROBIANA (putrefação)
Indol 
PRODUTOS DA ATIVIDADE MICROBIANA (putrefação)
Escatol um composto medianamente tóxico, de cheiro desagradável e forte de fezes.
Referências Bibliográficas
ARANHA, Flávio Leite. Bioquímica odontológica. 3ª. ed. São Paulo: Sarvier, 2009.
NICOLAU, José. Fundamentos de bioquímica oral. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

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