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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – CERES DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS DISCIPLINA: Teoria da Contabilidade PROFESSOR: Ney Fernandes de Araújo Os Princípios Fundamentais de Contabilidade – O Custo, a Moeda, a Competência e a Essência Componentes: Edson Azevedo de Lucena Iuri de Lucena Teixeira Lindomar Gonçalves de Lima Mikarla Vânia Severiano dos Santos Pedro João Cruz Neto Rosângela de Medeiros Pereira Tayrone Batista de Araújo Princípio do Registro Pelo Valor Original Conceito Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE. 2 Do Princípio do Registro Pelo Valor Original resulta: a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes; uma vez integrados no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais; 3 o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste; Os Princípios da Atualização Monetária e do Registro Pelo Valor Original são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada; O uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos. O Princípio do Denominador Comum Monetário ou Atualização Monetária Conceito: Este princípio expressa a dimensão essencialmente financeira (o termo é utilizado agora na acepção de homogeneização monetária) da Contabilidade, na tarefa que esta tem de homogeneizar, para o usuário das demonstrações contábeis, elementos de ativo, de exigibilidades e de patrimônio líquido, de tão diferentes naturezas, pelo Denominador Comum Monetário, que é sua avaliação em moeda corrente do País. Vantagens deste princípio: É a qualidade agregativa da Contabilidade que, sem deixar de dar a devida consideração às qualidades essenciais e específicas de Ativos e Passivos como geradores de fluxos futuros de caixa, ainda consegue adicionar e homogeneizar tais elementos diferenciados por meio do denominador comum monetário. A moeda e a informação Um padrão, para ser considerado como tal, não pode sofrer variações em sua essência, como instrumento de medição. Dessa forma, o real, como muitas outras moedas do mundo, não importando agora a graduação da perda de poder aquisitivo, não poder ser considerado um padrão afiançável de mensuração monetária, a não ser no exato momento de cada transação. Correção na comparação Como é útil e quase que mandatório expressar-se o balanço final em termos de moeda de final de exercício, tem-se que corrigir todas as demonstrações contábeis de exercícios anteriores para o poder aquisitivo da moeda de final de exercício. Valor presente Outro ponto que deriva desse princípio: o fato de algumas transações serem realizadas com base em valores prefixados e com a data de liquidação (vencimento) fixada a certo prazo da data de operação tem feito crescer a tendência de se trabalhar contabilmente com o conceito de valor presente. Realização da Receita Contabilidade Versus Economia A contabilidade tem necessidade de objetividade e consistência em seus procedimentos. Já economia geralmente enuncia e define conceitos que refletem a entidade de uma forma superficial. As etapas de um processo produtivo podem adicionar valores desproporcionalmente ao tempo envolvido na etapa e nos custos incorridos Competência Versus Caixa O ponto normal de reconhecimento da receita se dá no momento em que produtos ou serviços são transferidos ao cliente. Detalhando Competência Muitas vezes o ponto de transferência coincide com o momento da venda ou logo após o mesmo. A base usual de reconhecimento da receita é assim utilizada pela contabilidade porque se fundamenta em quatro argumentos: a transferência do bem ou serviço normalmente se concretiza quando todo o esforço para obter a receita já foi desenvolvido; nesse ponto configura-se com mais objetividade e exatidão o valor de mercado (de transação) para a transferência; no mesmo ponto já se conhecem todos os custos de produção do produto ou serviço transferido e outras despesas ou deduções de receita diretamente associáveis ao produto ou serviço, (os desembolsos efetivos com tais despesas frequentemente ocorrem somente após o ponto de transferência, mas razoavelmente estimáveis já no ato da transferência); mas, de qualquer forma, é necessário ainda verificar-se se está recebendo em troca dinheiro ou direitos com boa garantia de efetivo recebimento ou,em ultima instância ativos com valor de mercado amplamente reconhecido e realizável. Receitas a Serem Reconhecidas Proporcionalmente a Certo Período Contábil Decorrido Dois períodos contábeis Horas trabalhadas Quando não há proporcionalidade direta Trabalho de auditoria Juros Produtos ou Serviços de Longo Prazo de Execução Navio Petroleiro Um acionista saindo na metade do projeto Sociedade Fechada S.A. Custos Estimados Reconhecimento de Receita Antes da Transferência Em certos produtos, nos quais o processo de produção apresenta características especiais, como crescimento vegetativo ou acréscimo de valor natural, e em outros em que o valor de mercado ,e tão prontamente determinável, e em que o risco de não-venda é praticamente nulo, é possível, reconhecer receita antes do pondo de transferência. Algumas condições são observadas: Os estoques, no final do período de apuração contábil, são avaliados pelo valor de realização(venda) naquele momento; A atividade é primária e seu custo de produção é muito difícil de ser estimado; O processo de obtenção de lucro se caracteriza muito mais pelo processo vegetativo de crescimento, nascimento, envelhecimento do bem do que pela operação de venda e entrega do mesmo. Reconhecimento de Receita Após a Transferência Em casos especialíssimos, a receita poderá ser reconhecida após o ponto de transferência, veja alguns: no caso de um ativo não monetário (um imóvel) ser recebido em troca por uma venda efetuada, e este não tiver um valor conhecido de mercado. no caso de entidades que praticam a venda a prazo( na modalidade de venda a prestação), quando a operação for de natureza tal que não seja possível estimar. em casos de negócios altamente especulativos, em que os recebimentos são realizados em prestações e o recebimento das prestações finais é altamente duvidoso ou incerto. O Reconhecimento das Despesas e Seu Confronto Com as Receitas Descrição No reconhecimento das despesas é importante ressaltar que o mesmo não está relacionado ao montante de recursos efetivamente pago no período, mas ao consumo de ativos. O perfeito confronto Podemos consumir ativos pagos no mesmo período ou adquiridos em períodos anteriores. Exemplo: Depreciação de Equipamentos Despesas do período Todas as despesas e perdas ocorridas em determinado período deverão ser confrontadas com as receitas reconhecidas nesse mesmo período ou a ele atribuídas. Propaganda Mesmo institucional, devem ser considerados como despesas dos períodos em que ocorrem. Absoluta certeza Tanto despesas e receitas só devem ser reconhecidas tendo-se absoluta certeza Pré-operacional Os juros e encargos financeiros decorrentes da obtenção de recursos para construção ou financiamento de ativos de longo prazo de maturação ou construção somente poderão ser ativados durante o período pré-operacional. Entretanto, seu montantedeverá ser contabilizado em conta específica de ativo a ser amortizada a partir do exercício em que o ativo entrar em operação. As demais despesas financeiras serão apropriadas aos períodos em que foram incorridas. Despesas de exercícios anteriores Duas formas e forma atual Princípio da Essência Sobre a Forma Bibliografia IUDÍCIBUS, Sérgio de; e MARION, José Carlos – Introdução a Teoria da Contabilidade – Atlas – 4ª Ed. 2006.
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