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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA Bioquímica do Sistema Imune Turma: Odontologia Noturno Profa. Danielly Oliveira Recife, 2012 Bioquímica do Sistema Imune Sistema Imune • Eficácia da vacinação em algumas doenças infecciosas Bioquímica do Sistema Imune Bioquímica do Sistema Imune Imunidade Inata e Adaptativa Bioquímica do Sistema ImuneImunidade Inata e Adaptativa • IMUNIDADE INATA • IMUNIDADE ADAPTATIVA Bioquímica do Sistema Imune Imunidade Ativa e Passiva Bioquímica do Sistema ImuneTipos de Imunidade Adaptativa Componente da Imunidade Adaptativa: • anticorpos (ligam-se aos microrganismos extracelulares, bloqueiam sua capacidade de infectar células do hospedeiro e promovem sua ingestão e subsequente destruição pelos fagócitos); • células T auxiliares (aumentam a capacidade microbicida dos fagócitos, que ingerem os microrganismos e os destroem); • linfócitos T citotóxicos (destroem as células infectadas que são inacessíveis aos anticorpos e à destruição fagocítica). Bioquímica do Sistema Imune Imunidade Ativa e Passiva Bioquímica do Sistema Imune Respostas imunes adaptativas • Especificidade • Memória • Contração Bioquímica do Sistema Imune Componentes celulares do sistema imunológico adaptativo • Classes de linfócitos Bioquímica do Sistema ImuneCitocinas • Mediadores solúveis do sistema imunológico; • Grupo heterogêneo de proteínas solúveis produzidas por muitos tipos diferentes de células; • Medeiam e regulam todos os aspectos da imunidade natural e adaptativa; • O genoma humano contém cerca de 180 genes que podem codificar proteínas com as características estruturais das citocinas; • Não são armazenadas como moléculas pré-formadas; • Sua síntese é iniciada por nova transcrição gênica como resultado da ativação celular; • RNAm instáveis, rapidamente degradados, logo a síntese de citocinas é transitória; • Regulada também por mecanismos de pós-tradução (quebra proteolítica); • Atuação: ação autócrina (na mesma célula que a produz), parácrina (célula adjacente) ou ação endócrina (cair na ciculação e atuar em locais distantes); • Algumas citocinas atuam na imunidade natural (cels dendríticas, macrófagos e mastócitos), enquanto que outras são produzidas pelas células T auxiliares contribuindo para a imunidade adaptativa. Bioquímica do Sistema ImuneFases da respostas imune adaptativa Bioquímica do Sistema ImuneHipótese da seleção clonal - Clones de linfócitos específicos para determinado antígeno desenvolvem-se antes e independentemente de sua exposição ao antígeno. Bioquímica do Sistema ImunePrincipais células e tecidos do sistema imunológico e suas funções -Os macrófagos são fagócitos que estão presentes constitutivamente nos tecidos e respondem rapidamente aos microrganismos; - Os neutrófilos, um tipo abundante de fagócito, e os monócitos, precursores dos macrófagos teciduais, estão sempre presentes no sangue e podem ser rapidamente transportados para qualquer lugar do corpo; - Tecidos especializados, denominados órgãos linfóides periféricos, funcionam para concentrar antígenos microbianos que são introduzidos por vias comuns de entrada. Os antígenos são apresentados para os órgãos linfóides pelas células apresentadoras de antígenos (APC) para reconhecimento por linfócitos T específicos; - Linfócitos virgens migram para os órgãos linfóides periféricos, onde reconhecem os antígenos e iniciam as respostas imunológicas adaptativas. A anatomia dos órgãos linfóides favorece interações célula-célula que são necessárias resultando em células efetoras e de memória; - Linfócitos efetores e de memória circulam no sangue o que garante uma imunidade sistêmica. Bioquímica do Sistema ImunePrincipais células e tecidos do sistema imunológico e suas funções • A organização anatômica das células e dos tecidos do sistema imunológico é essencial para a geração de respostas imunes inata e adquirida eficazes; • Essa organização permite o rápido direcionamento de células efetoras da imunidade inata, incluindo neutrófilos e monócitos, para os sítios de infecção e permite que um pequeno número de linfócitos específicos para qualquer antígeno consiga localizar e responder eficazmente a tal antígeno independentemente do local em que ele é introduzido no corpo. Bioquímica do Sistema Imune Maturação de fagócitos mononucleares e células dendríticas Bioquímica do Sistema Imune Maturação de linfócitos Bioquímica do Sistema Imune Anatomia da Ativação de Linfócitos Bioquímica do Sistema ImuneHematopoiese: geração de todas a scélulas sanguíneas • A medula óssea é o sítio de geração da maioria das células sanguíneas circulante, inclusive hemácias, granulócitos e monócitos, e também, sítio dos eventos iniciais da maturação da célula B Bioquímica do Sistema Imune O sistema linfático • O sistema linfático capta antígenos microbianos do sítio de entrada e transporta-os aos gânglios linfáticos, onde podem deflagrar a resposta imune adaptativa; • Os gânglios linfáticos são órgãos linfóides secundários vascularizados e encapsulados, com características anatômicas que favorecem o início das respostas imunes adaptativas Bioquímica do Sistema Imune Gânglios linfáticos Bioquímica do Sistema Imune Migração dos linfócitos para os tecidos • Transporte dos leucócitos de linhagem mielóide (neutrófilos, monócitos) de seu local de maturação na medula óssea até os locais teciduais de infecção ou de lesão, onde essas células executam suas funções protetoras de eliminação dos agentes infecciosos, remoção dos tecidos mortos e reparo da lesão; • Transporte dos linfócitos de seus locais de maturação (medula óssea ou timo) para os órgãos linfóides secundários, onde entram em contato com antígenos e sofrem diferenciação em linfócitos efetores; • Transporte dos linfócitos efetores dos órgãos linfóides secundários em que foram produzidos até locais de infecção em qualquer tecido no qual desempenham suas funções protetoras. Movimento constante e regulado dos leucócitos Sistema circulatório sang e linf. Bioquímica do Sistema Imune Moléculas de adesão • O movimento dos leucócitos do sangue para os tecidos envolve um processo de adesão entre os leucócitos circulantes e as células endoteliais vasculares como um evento preliminar ao movimento dos leucócitos dos vasos para dentro dos tecidos. Bioquímica do Sistema ImuneAtivação das integrinas e ação de quimiocinas • As integrinas são proteínas heterodiméricas de superfície celular, compostas de duas cadeias polipeptídicas ligadas de modo não covalente, que medeiam a adesão das células a outras células ou à matriz extracelular, através de interações de ligação específicas com diversos ligantes; • As quimiocinas formam uma grande família de citocinas estruturalmente homólogas, que estimulam o movimento dos leucócitos e regulam a sua migração do sangue para os tecidos. 1- Macrófagos em contato com microrganismos liberam citocinas; 2- Ativação das células endoteliais a produzir selectinas, ligantes de integrinas e quimiocinas; 3- As selectinas medeiam a fixação fraca e o rolamento dos leucócitos do sangue circulante sobre o endotélio. Bioquímica do Sistema Imune Recrutamento de leucócitos para os tecidos Bioquímica do Sistema ImuneVias de recirculação dos linfócitos Bioquímica do Sistema Imune Mecanismo de saída dos linfócitos dos órgãos linfóides • A saída das células T do timo e dos gânglios linfáticos exige a expressão de um receptor de sinalização, denominado S1PR1 que se liga a um lipídio quimioatarente (esfingosina 1-P) Bioquímica do SistemaImune Imunidade Inata • A imunidade inata é a primeira resposta aos microrganismos que previne, controla ou elimina a infecção do hospedeiro por muitos patógenos; • Os mecanismos da imunidade inata reconhecem os produtos de células danificadas e mortas do hospedeiro e servem para eliminar tais células, iniciando o processo de reparo tecidual; • A imunidade inata aos microrganismos estimula as respostas imunológicas adaptativas e pode influenciar a natureza das respostas específicas, tornando-as mais eficazes contra diferentes tipos de patógenos; • Os dois principais tipos de respostas do sistema imune inato que nos protegem contra microrganismos são a inflamação e a defesa antiviral As especificidades do reconhecimento imune inato evoluíram para combater microrganismos e são diferentes, em diversos aspectos, daquelas do sistema imune adaptativo - O sistema imune inato reconhece estruturas moleculares que são características de patógenos microbianos, mas não de céls mamíferas; - As substâncias microbianas que estimulam a imunidade inata são padrões moleculares associados aos patógenos (PAMP). Bioquímica do Sistema ImuneEspecificidade da Imunidade Inata e Adaptativa Bioquímica do Sistema ImuneLocalização das moléculas de reconhecimento padrão do sistema imune inato - Algumas moléculas de reconhecimento de padrões da família TLR são expressas na superfície celular, onde podem se ligar a padrões moleculares extracelulares associados aos patógenos; -Outros TLR são expressos em membranas endossômicas e reconhecem ácidos nucléicos de microrganismos que foram fagocitados por células; - As células também podem apresentam sensores citoplasmáticos de infecção microbiana. Bioquímica do Sistema ImuneEstrutura, localização e especificidade dos TLR de mamíferos • Os receptores semelhantes a Toll(TRL), uma família evolutiva conservada de receptores de reconhecimento de padrões, são expressos por muitas células e reconhecem produtos de uma ampla variedade de microrganismos; • O gene Toll foi identificado em Drosophila com responsável pela embriogênese, mas também a proteína Toll medeia as respostas antimicrobianas neste organismos; • Esta descoberta levou à identificação de homólogos a Toll em mamíferos, que foram denominados receptores semelhantes a Toll (Toll-like receptors); • São glicoproteínas integrais de membranas que contêm repetições de leucina flanqueados por motivos ricos em cisteína nas regiões extracelulares envolvidas na interação com o ligante. Bioquímica do Sistema ImuneFunções de Sinalização dos TLR • Os TLR 1,2, 5 e 6 usam a proteína adaptadora MyD88 e ativam os fatores de transcrição NF-kB; •O TLR3 usa a proteína adaptadora TRIF e ativa os fatores de transcrição IRF3 e IRF7; •O TLR4 pode ativar ambas as vias; •O TLR 7 e 9 presentes no endossomo utilizam MyD88 e ativam NF-kB e IRF7. Bioquímica do Sistema Imune TLR + Inflamassomo • A ativação do inflamassomo NLRP3, que processa a pró-IL-1b a IL-1 ativa, é mostrada; • Os inflamassomos de outras proteínas NLRP funcionam de forma similar; • A expressão de pró-IL-1b é induzida por diversos PAMP ou DAMP, através da sinalização do receptor de reconhecimento de padrão, como os TLR. Bioquímica do Sistema Imune Existem ações antimicrobianas a nível das Barreiras epiteliais Bioquímica do Sistema ImuneFunções dos receptores de ativação e inibição das células NK • As células assassinas NK são distintos dos linfócitos T e B que desempenham importantes funções nas respostas contra vírus e bactérias intracelulares; • O termo Natural killer advém da capacidade de realizar a morte sem necessidade de clones; • As NK são originárias de precursores da medula óssea e parecem grandes linfócitos O receptores de ativação da NK reconhecem ligantes em células- alvo e ativam a proteína tirosina cinase (PTK) cuja atividade é suprimida por receptores inibidores que reconhecem moléculas MHC-classe I e ativam a proteína tirosina fosfatase (PTP) Bioquímica do Sistema Imune Funções das células NK • As células NK reconhecem ligantes em células infectadas ou submetidas a outros tipos de estresse, matando as células do hospedeiro; • Dessa forma as células NK eliminam reservatórios de infecção, bem como células disfuncionais; • As células NK respondem à IL-12 produzida por macrófagos e secretam IFN-γγγγ que induz macrófagos a matar microrganismos fagocitados. Bioquímica do Sistema ImuneVias de Ativação do Sistema Complemento - O sistema complemento é composto por várias proteínas plasmáticas que trabalham juntas na opsonização de microrganismos na promoção do recrutamento de fagócitos para o sítio de infecção e em alguns casos na morte direta de patógenos. Bioquímica do Sistema Imune Fagocitose e Digestão Intracelular de microrganismos Bioquímica do Sistema Imune Funções efetoras dos macrófagos Bioquímica do Sistema Imune Ações locais e sistêmicas das citocinas na inflamação Bioquímica do Sistema Imune Ações biológicas do interferon tipo I • Os interferons tipo I (IFN-a, IFN-b) são produzidos por células infectadas por vírus em resposta à sinalização intracelular mediada por TLR e outros sensores de RNA viral; • Os interferons de tipo I se ligam a receptores em células vizinhas não infectadas e ativam as vias de sinalização JAK/STAT, que induzem a expressão de genes cujos produtos interferem com a replicação viral; • Os interferons tipo I também se ligam a receptores de células infectadas e induzem a expressão de genes cujos produtos aumentam a susceptibilidade da célula à morte mediada por CTL Bioquímica do Sistema ImuneAções biológicas dos interferons tipo I Bioquímica do Sistema Imune Estímulo da resposta imune adaptativa Bioquímica do Sistema Imune Estrutura da imunoglobulina Estrutura de um domínio da imunoglobulina Bioquímica do Sistema ImuneFormas de membrana e secretadas das cadeias pesadas de Ig Bioquímica do Sistema Imune Natureza dos determinantes antigênicos Bioquímica do Sistema ImuneModos de interação dos anticorpos Bioquímica do Sistema ImuneAlterações na estrutura do anticorpo durante as respostas imunes humorais Receptores Imunológicos e Transdução de Sinais Bioquímica do Sistema ImuneFases da sinalização originada da superfície celular Bioquímica do Sistema ImunePrincipais tipos de receptores de sinalização do sistema imunológico Bioquímica do Sistema ImuneResposta Celular Bioquímica do Sistema ImuneResposta Celular Bioquímica do Sistema ImuneResposta Celular Bioquímica do Sistema ImuneAtivação das células B
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