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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES DEPARTAMENTO DE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ALTERANATIVAS DE INVESTIMENTO ROBERTO IVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ALTERANATIVAS DE INVESTIMENTO – ENGENHARIA ECONÔMICA GUSTAVO CALZA MICHEL CAVALHEIRO ROBERTO DIONISIO FABIANI ERECHIM 2016 IVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES ENGENHARIA ECONÔMICA 1. INTRODUÇÃO Com a atual crise que o mercado brasileiro vem sofrendo nesses últimos meses, e a queda do valor da moeda brasileira, muitas pessoas vêm buscando meios satisfatórios para conseguir um retorno financeiro do seu dinheiro. Para isso buscam alternativas de investimento, onde é um meio lucrativo de retorno a curto ou longo prazo. Uma das maneiras mais rápidas e eficazes de se obter sucesso é aproveitar oportunidades de investir nas mais diversas opções. A idéia de fazer economias ou apenas guardar dinheiro na poupança sem um planejamento adequado, já deixou de ser a melhor opção frente a tantas outras alternativas encontradas no mercado financeiro. Portanto após a classificação dos projetos tecnicamente corretos é imprescindível que a escolha considere aspectos econômicos. E é a engenharia econômica que fornece os critérios de decisão, para a escolha entre as alternativas de investimento. Infelizmente, nem todos os métodos utilizados são baseados em conceitos corretas. Por esta razão é muito importante ter cuidado com uso de alguns destes métodos, e principalmente, conhecer suas limitações. Neste trabalho tem por objetivo apresentar alguns métodos de avaliação que convenientemente aplicados dão o mesmo resultado e formam a base da engenharia econômica, dentre eles os que iremos abordar são: • Método de valor presente líquido descontado (VPL); • Taxa interna de retorno (TIR); • Método de custo anual equivalente (CAE); • Múltiplas alternativas; 2. MÉTODO DE VALOR PRESENTE LÍQUIDO DESCONTADO (VPL) O método do valor presente líquido, também conhecido pela terminologia método do valor atual, é utilizado para calcular o valor presente de uma série de pagamentos futuros, descontando uma taxa de custo de capital estipulada. Em outras palavras, o dinheiro que será recebido no futuro não vale a mesma coisa que o dinheiro no tempo presente. Pela análise desse método o dinheiro no futuro, vale menos, justamente por não termos certeza de que vamos recebê-lo. Portanto, esse cálculo justamente faz esse ajuste, descontando as devidas taxas do fluxo de caixa futuro. Se o valor presente for positivo, a proposta de investimento é atrativa, e quanto maior o valor positivo, mais atrativa é a proposta. Essa comparação se dá através da formula a seguir: Onde: FC: Fluxo de caixa esperado; t: Momento em que o fluxo de caixa ocorreu; i: Taxa de desconto (ou taxa de juros compatível ao risco que o investimento oferece); n: Período; VPL: Valor presente líquido; Uma vez calculado, o VPL permite que saibamos exatamente qual é o valor atual de um determinado investimento, pela diferença entre o valor presente das entradas de dinheiro e o valor presente das saídas de dinheiro. 3. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de juros que iguala, em determinado momento do tempo, o valor presente das entradas (recebimentos) com o das saídas (pagamentos) previstas de caixa. A TIR é usada como método de análise de investimentos, onde o investimento será economicamente atraente se a TIR for maior do que a taxa mínima de atratividade (taxa de retorno esperada pelo investimento). A TIR também é utilizada na comparação entre dois ou mais projetos de investimentos, quando estes forem mutuamente excludentes. Neste caso, o projeto que apresentar o maior valor da TIR será o projeto economicamente mais atraente. O cálculo da TIR é um processo muito complexo quando calculado à mão, sendo normalmente calculado com o uso de calculadoras financeiras ou programas de computador. A TIR deve ser comparada com a TMA para a conclusão a respeito da aceitação ou não do projeto. Uma TIR maior que a TMA indica projeto atrativo. Se a TIR é menor que a TMA, o projeto analisado passa a não ser mais interessante. O cálculo da TIR é feito normalmente pelo processo de tentativa e erro, quando aplicada à série de fluxos de caixa futuro , faz com que o VPL seja igual a zero: Onde: FC: Fluxo de caixa esperado; t: Momento em que o fluxo de caixa ocorreu; TIR: Taxa interna de retorno; n: Período; 4. MÉTODO DE CUSTO ANUAL EQUIVALENTE (CAE) O Custo Anual Equivalente (CAE) é um indicador que permite encontrar o custo anual (mensal) que equivale ao investimento inicial. Mostra qual é a quantia uniforme que deve ser investida a cada ano (mês) durante a vida útil de modo que iguale o investimento inicial, ou seja, fornece a informação acerca da distribuição do investimento inicial do negócio. Em muitos projetos, o fator receita é extremamente incerto de forma que a comparação entre os projetos pode levar em conta os custos de cada um destes. ��� � �� �� � �� Onde: CAE: Custo anual equivalente; CI: Capital investido; FC: Fator de correção; CA: Custo anual; A diferença do Custo Anual Equivalente e o Valor Anual Equivalente é que, se formos fazer um fluxo de caixa do custo anual equivalente, todas as operações terão o mesmo sinal, ou seja, é sempre saída de capital. O Valor anual equivalente tem operações de sinais diferentes, assim pode ser obtido o lucro anual. 5. MULTIPLAS ALTERNATIVAS Ao analisarmos o mercado nacional e internacional, no quesito investimento, não ficamos reféns somente dos três métodos citados anteriormente. Assim se buscarmos ao menos um pouco de conhecimento, verificamos que existem várias alternativas de investimentos. Dentre elas, serão citadas algumas que apresentam como principal característica o reconhecimento da variação do valor do dinheiro no tempo. 5.1 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) A TMA é a taxa a partir da qual o investidor considera que está obtendo ganhos financeiros. Existem grandes controvérsias quanto a como calcular esta taxa. Alguns autores afirmam que a taxa de juros a ser usada pela engenharia econômica é a taxa de juros equivalente à maior rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Uma proposta de investimento, para ser atrativa, deve render, no mínimo, esta taxa de juros. 5.2 Caderneta de Poupança Emitidas nominativamente por sociedade de crédito mobiliário, associações de poupança e empréstimo e caixa econômica estadual e federal, com o objetivo de captar recursos para o financiamento de construtores e adquirentes de imóveis. As aplicações são corrigidas a cada período de 30 dias pela Taxa referencial – TR, e remuneradas com uma taxa de juros de aproximadamente 0,5% ao mês. Podem ser resgatadas sem perda da remuneração a cada aniversário de trinta dias, a partir da data da aplicação (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2009). 5.3 Fundos de Investimentos Os fundos mútuos de investimento funcionam como uma sociedade de investidores, organizada por uma instituição financeira ou por um administrador de recursos. Nesta sociedade, cada investidor entra com o dinheiro que quiser investir, comprando cotas da carteira que tem o perfil desejado. E depois se retira do investimento vendendo estas cotas (BOVESPA, 2008). Seu ganho ou prejuízo estará expresso na diferença de preço entre a compra e a venda das tais cotas. Os fundos apresentam diversas vantagens, especialmente para o pequeno investidor, porque permite um maior rendimentopor tipo de aplicação e uma maior diversificação das aplicações, com potencial redução do risco. 5.4 Ações Ações são títulos emitidos por sociedades anônimas que representam a propriedade de uma fração do capital social da companhia, ou um pedaço de determinada empresa. Na prática, quem investe em ações, torna-se um sócio da companhia, mesmo que em proporção pequena em relação ao controlador, que é chamado de sócio majoritário, participando de seus resultados. As ações costumam acompanhar o valor da empresa. Se ela tiver bom desempenho, o valor da ação tende a subir, se for mal, o valor tende a cair (BOVESPA, 2009). 5.5 Títulos Públicos Assim como as empresas, o Tesouro Nacional também precisa captar recursos, para financiar as atividades do Governo Federal, tais como educação, saúde e infra- estrutura, garantir e fortalecer a economia do País para isso emite títulos públicos. A emissão destes títulos os torna uma opção de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da União. Os títulos públicos são resgatados em data predeterminada por um valor específico, atualizado ou não por indicadores de mercado, como, por exemplo, índices de preços. A venda de títulos públicos no Brasil pode ocorrer em três modalidades: • Oferta pública com a realização de leilão; • Oferta pública sem a realização de leilão (Tesouro Direto); • Emissões diretas para atender a necessidades específicas determinadas em lei; 6. CONCLUSÃO Através do presente trabalho, foram apresentados os critérios mais utilizados para alternativas de investimentos, verificando as vantagens de cada critério. Através do estudo de caso foi visualizada a grande importância em se fazer uma análise antes de fazer qualquer tipo de investimento. Conforme observado ao decorrer do trabalho, a utilização de metodologias de análise de investimento é uma atividade extremamente dependente de variáveis muito incertas e na maioria das vezes, imprevisíveis. Com isso, a dificuldade encontrada para se obter uma opção ideal de investimento é muito grande. Porém, se utilizada de forma correta, as metodologias tratadas neste estudo norteia o investidor para se obter uma opção mais próxima da ideal, dentro da medida do previsível. Espera-se que a metodologia de Análise de Investimentos proposta possa servir como um guia de iniciação aos interessados em investir seus excedentes. A metodologia, também, proporciona aos interessados o conhecimento básico das principais técnicas de investimento existentes, podendo ser um primeiro passo para que possam se aprofundar no tema. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Livro PLT Análise de Investimentos 2009. De Rodolfo Leandro de Faria Olivo. FORTUNA Eduardo. Mercado financeiro: produtos e serviços. 8 ed. revista e atual. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1996. BRASIL. BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN). Disponível em: <http://www.bcb.gov.Br/historiabc.html> Acesso em: Junho. de 2016. BOVESPA. Mercado de capitais (2008). Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Pdf/merccap.pdf>. Acesso em: Junho. de 2016. BERTOLO Professor Alberto, Administração Financeira e Análise de Investimentos (site), 2005. Disponível em: <http://www.bertolo.pro.br/AdminFin/index.htm>. Acesso em : Junho. de 2016.
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