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PRojeção Concretado

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Introdução 
As definições sobre concreto projetado tem, como ponto em comum o fato de serem uma 
descrição do processo de projeção. O american concrete Institute (ACI) Commitee 506” no seu 
“guide to shotcrete” define como concreto projetado argamassa ou concreto 
pneumaticamente projetado a alta velocidade sobre uma superfície”. Neste caso tem-se uma 
definição mais suscinta e abrangente, pois insere a possibilidade de utilizar ou não agregados 
graúdos e optar pelo processo de projeção via seca ou via úmida. 
 No Brasil a Associacao brasileira de normas técnicas (ABNT), através da comissão de estudos: 
fez uma boa definição contemplado todos esses aspectos: o concreto projetado é um concreto 
com dimensões máxima do agregado superior a 4,8mm, transportado através de uma 
tubulação e projetado, sob pressão, a elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo 
compactado simultaneamente”. 
O que fica claro nestas definições de concreto projetado é a sua total dependência com o 
processo de projeção, o que constitui o enfoque principal deste trabalho. 
 O processo de projeção 
Como alerta o ACI, o sucesso da aplicação do concreto projetado requer um equipamento com 
operação e manutenção apropriada. Portanto é fundamental o conhecimento do processo de 
projeção, para que possa tirar o máximo proveito do equipamento, o que será estudado neste 
item. 
Processo de projeção disponível 
O processo de projeção pode ser classificado segundo o tipo de equipamento utilizado. Ele 
define em que condições que se irá trabalhar com o material, bem como as propriedades que 
ele irá apresentar. Assim, com os equipamentos disponíveis atualmente são possíveis dois 
tipos básicos de processos de projeção: o via seca (dry mix), via úmida (wet mix). 
O processo de projeção de via seca é assim chamado pelo fato do processo ser levado à 
maquina de projeção a seco. 
Neles uma mistura de agregados e cimento é conduzida por ar comprimido através de um 
mangote até o bico de projeção, onde é então adicionada a água. Existe uma grande 
possibilidade de variação deste esquema básico, que aparece em linha cheia no diagrama da 
figura 1. As variações, apresentadas na figura através de linha tracejadas, se concentram nas 
diferentes possibilidades de adição de aditivos aceleradores ou da água no processo. 
Existe uma terceira denominação de processo de projeção no Brasil chamada via úmida. Na 
verdade, este processo consiste num caso da via seca, pois se utiliza o mesmo equipamento 
modificando-se apenas o local de entrada de água na mistura. Na chamada semi-úmida além 
de da entrada de água no bico se dispõe de outra que ocorre a alguns metros antes do bico no 
mangote através de um anel pré-umidificador. Desta forma, neste trabalho dar-se-á 
preferência pela utilização pelo termo pré-umidificaçao para designar este procedimento. 
No caso dos equipamentos de projeção por via úmida, o concreto chega a bomba com toda a 
agua necessária já misturada, sendo o ar comprimido utilizado para acelerar a projeção no bico 
e, em alguns casos, para pressurização de camaras da bomba de concreto ou mesmo no 
transporte da mistura úmida pelo mangote. Na figura 2 se encontra um diagrama do esquema 
básico do processo de projeção por via úmida (em linha cheia) e algumas variantes do mesmo 
(em linha tracejada). Na tabela 1, se encontra uma comparação resumida dos dois processos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela: Fatores ligados à projeção por via seca e via úmida 
Fator Via Seca 
 
Via Úmida 
Equipam
ento 
 
-menos investimento total 
-manutenção simples e freqüentes 
-fácil operação 
Menos equipamento no local de trabalho 
Menor desgaste de bico,mangueira, e 
bomba para a mesma produção 
Consumo de ar até 60% vezes menor 
Mistura -na obra ou usina 
-possibilidades de utiização de misturas 
pré- dosada 
-desempenho alterado pela unidade de 
areia 
Na usina e apurada 
A umidade da areia não interfere no 
processo 
 
Produção 
e Alcance 
-raramente ultrapassa os 5m³/h no campo 
-pode transportar material a maiores 
distancias 
2-10m³/h na projeção manual 
Até 20m³/h na projeção mecanizada-robô 
Reflexão -15-40% para paredes verticais 
-20-50% para o teto 
-ocorre formação de bolsões de material 
refletido 
-variação do traço na estrutura por perda 
intensa de agregado 
Baixa reflexão que pode ser menor que 10% 
Não ocorre formação de bolsões de material 
refletido 
Pequena perda de agregado 
Qualidad
e 
-alta resistência devido ao baixo fator a/c 
-menor homogeneidade do material 
-depende da experiência da mão-de-obra 
Maior dificuldadepara obter grandes 
resistencias(altos fator a/c) 
Maior homogeneidade na qualidade 
Velocidad
e de 
Impacto 
-maior com melhor adesão e facilidade de 
aplicação no teto 
-maior facilidade de compactação do 
material 
Geralmente adequada para emprego em 
túneis e minas. 
Material menos compacto, geralmente. 
Aditivo -em pó adicionados na betoneira ou antes 
da cuba da alimentação 
-liquidos adicionados no bico de projeção 
Utiliza-se apenas os aditivos líquidos 
Poeira e 
Nevoa 
-grande produção de poeira 
Dificuldade de visualização no trabalho 
Formação de ambiente insalubre em túneis 
(exige ventilação) 
Muito pouca formação de poeira 
Melhor visibilidade. 
Pode produzir névoa de aditivo líquido de 
alta alcalinidade e tóxica exigindo ventilação 
Versatilid
ade 
Pode ser utilizada para jateamento de 
areia, projeção de argamassa e materiais 
refratários e recobrimentos 
Pode ser utilizada como sistema de 
bombeamento convencional de concreto. 
Flexibilid
ade 
Facilidade de interrupção com pouca ou 
nenhuma perda de material. 
Ajustável as condições da superfície(em 
presença de água) 
Exige planejamento cuidadoso para 
minimizar perdas por interrupção do 
trabalho. 
Apresenta dificuldade de operação em 
superfície molhada(exige maiores teores de 
aditivos aceleradores. 
 
 
 
Equipamentos de projeção pro via seca 
Entende-se aqui como equipamento de projeção aquele composto pela máquina de projeção e 
todos os acessórios necessários para a condução do processo. Chama-se máquina de projeção 
a “bomba” de concreto projetado propriamente dita. 
 Máquina de projeção 
A máquina de projeção via seca que é utilizada na quase totalidade das obras de túneis e em 
grandes partes das obras de recuperação de estruturas e de revestimentos em geral é a de 
rotor de câmaras. Esta é a única máquina de projeção de concreto via seca fabricada no Brasil 
pela Este Industrial e comercial LTDA. Nela a mistura seca é lançada na cuba alimentadora 
onde é mantida em movimento pelos braços rotativos de um agitador. Da cuba alimentadora a 
mistura vai, por gravidade, para as câmaras do rotor. No rotor a mistura faz um giro de 180º, 
chegando ao lado oposto da entrada, onde é impulsionada por uma corrente de ar 
comprimido, descendo para o interior da tubulação. Um Outro jato de ar comprimido carreia a 
mistura através do mangote até o bico de projeção, no qual é então adicionada a água. 
Sistema de alimentação 
A alimentação da máquina de projeção com a mistura seca pode ser feita de diversas formas, 
dependendo do equipamento disponível para isto e mesmo do lay-out da obra. O que é 
importante notar é que este sistema deve proporcionar uma alimentação o mais continua 
possível, para que se evite problemas de interrupção das atividades do trabalho., 
Uma alternativa seria a utilização de alimentadoras continuas, cuja justificativa básica seria a 
garantia de um fluxo constante de mistura seca, o que possibilita uma dosagem controlada de 
aditivo, quando utilizado em pó. Além disso, se obtém uma maior produtividade, poupando os 
operários de um trabalho extenuante, com redução das perdas de material. As alimentadorascontinuas podem ter um sistema de carregamento do material provido de esteira rolante ou 
de rosca-sem-fim. 
Outro tipo de alimentação continua, que pode ser executada quando o lay-out da obra assim o 
permite, é a alimentação direta da betoneira á maquina de projeção através de dutos 
Além de prática, este sistema garante o teor e a homogeneidade da mistura do aditivo 
acelerador de pega em pó, uma vez que sua dosagem pode ser feita diretamente na betoneira. 
Outro sistema que poderia ser utilizados é o chamado pré-begging, já empregado no Canadá, 
que possibilita o emprego de microssilica e aditivo de maneira mais eficiente. Este sistema, 
consiste no fornecimento da mistura totalmente seca em sacos de 30kg ou em embalagens 
plásticas de 1600kg.. como o processo de mistura, evita-se o problema da umidade 
responsável pelo fenômeno da pré-hidratação, que seria agravado pela presença dos aditivos.

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