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A estória de Chapeuzinho na versão do Lobo

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A estória de Chapeuzinho na versão do Lobo
	Lembro muito bem daquela tarde de primavera, fui dar uma volta na Floresta para saber se estava tudo nos conformes. Fazia um calor insuportável, então fui até o rio para me refrescar.
Depois que já tinha terminado o meu banho tão refrescante e estava saindo do rio, ouvi um canto ao longe, alguém cantava uma música de forma tão estridente, que resolvi ir até lá para pedir que cantasse mais baixo, pois poderia incomodar os outros animais que vivem na floresta.
 Quando cheguei ao local vi que a “cantora” nada mais era que uma garotinha, muito linda por sinal e que tinha um belo capuz vermelho, a garota avistou-me, e como se não te tivesse me visto, passou por mim e não me cumprimentou! Achei aquilo uma tremenda falta de educação, onde já se viu isso?
Mesmo assim resolvi abordá-la e perguntei se não tinha me visto, ela disse que a mãe dela a tinha orientado a não conversar com estranhos e principalmente um estranho tão feio e fedorento. Que horror! E que menininha mais mal criada, se fosse minha filha lhe daria uns tapas! Pensei: “que tipo de mãe deixa uma filha saí por aí, em uma floresta tão grande e ainda por cima ofendendo as pessoas? Deve ser uma desajuizada!”.
Mesmo com a tamanha falta de educação perguntei aonde ela ia, lhe disse que a floresta era perigosa e que ela não deveria andar por ali sozinha. Ela me chamou de lobo enxerido, curioso e mandou que eu fosse cuidar da minha vida, mas me respondeu que ia à casa de sua vó Dona Firmina que estava doente.
“Não acredito que uma menina tão mal criada, é neta da Dona Firmina!” Pensei com meus botões, “essa menina deve tá querendo é aprontar alguma coisa com a gentil velhinha, que sempre me ajudou e por sermos bons amigos, não poderia deixar que aquela garotinha malvada fizesse nada com a pobre velhinha”.
Então ensinei um caminho e lhe disse que chegaria mais rápido se fosse por lá. Ela me disse que iria por o caminho que ensinei, só assim chegaria mais depressa e poderia voltar logo para brincar. Saiu e nem agradeceu!
Enquanto isso, saí correndo por um atalho e cheguei à casa da vovó Firmina antes da garota de chapéu vermelho. Chegando lá contei a boa velhinha todo o acontecido e dona Firmina ficou estarrecida com a tamanha má criação de Chapeuzinho Vermelho, então pediu-me para ajudá-la a dar uma lição na menina, então a vovozinha se escondeu no armário e eu vesti as roupas da velhinha.
Minutos depois Chapeuzinho Vermelho chegou, e já foi logo entrando sem bater, eu fingindo ser a vovozinha estava deitado na cama, quando a menina chegou perto e foi logo dizendo: “Credo vovó seus olhos estão esbugalhados, deveria usar óculos escuros para esconder! E esse nariz meu Deus do céu é muito grande, vou descobrir se já estão fazendo cirurgias plásticas para você poder fazer uma, ninguém pode viver com um nariz desses!”. 
Antes que eu lhe respondesse ela falou que minha boca parecia uma versão mal feita da boca da Angelina Jolie e ainda disse que eu estava fedendo e que a doença não era motivo para não tomar banho.
Não aguentei diante de tanta arrogância, arranquei as roupas e pulei para cima daquela menina malvada e horrorosa, não para comê-la, mas para lhe dar uma surra, pois eu prefiro morrer de fome a comer um ser tão horrível, e a menina passara dos limites. Foi quando ela começou a correr pela a casa e a gritar, e a vovó vendo que ela me tirou do sério saiu do armário para tentar me acalmar, nesse momento chegou o caçador com quem a Chapeuzinho havia falado sobre ter visto um lobo grande e que daria um belo casaco de pele. Com isso pulei pela janela e sai em disparada, assombrado com tamanha crueldade daquela menina de chapéu vermelho, e ainda dizem por ai que eu é que sou mau.
Cleiliany Araújo

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