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Aula Ensino Médio Direitos Humanos e Cidadania

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Ciências Humanas e suas 
Tecnologias - Sociologia
Ensino Médio, 1ª Série
Direitos Humanos e a Cidadania
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CIDADANIA
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Para início de conversa...
“A palavra cidadania é derivada de cidadão, que vem do latim civitas.
Na Roma Antiga, o conjunto de cidadãos que constituíam uma cidade era chamada de civitate.
A cidade era a comunidade organizada politicamente (1).”
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“Era considerado cidadão aquele que estava integrado na vida da cidade.
Naquela época, e durante muito tempo, a noção de cidadania esteve ligado à ideia de privilégio, pois os direitos eram explicitamente restritos a determinadas classes e grupos (2).”
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“A definição de cidadania foi sofrendo alterações ao longo do tempo, seja pelas mudanças nos modelos econômicos, políticos ou sociais; ou como conquistas resultantes das pressões exercidas pelos excluídos dos direitos e garantias a poucos preservados (3).”
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“O fato é que, modernamente, uma vez grande quantidade de direitos já está estabelecida pela legislação, direitos esses que alcançam todos os indivíduos, sem restrições (4).”
Mas, se já estão assegurados, a todos esses, direitos e liberdades, podemos questionar: por que estudar direitos humanos e cidadania ?
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“O que ocorre, na verdade, é que, embora garantidos pela Constituição Federal e pelas leis, o que se verifica é uma reiterada e ostensiva inobservância desses direitos de cidadania contra a maioria da população excluída dos bens e serviços desfrutados pelas elites (5).”
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“O grande desafio é, portanto, além de incorporar novos direitos aos já existentes, integrar cada vez mais um número maior de indivíduos ao gozo dos direitos reconhecidos (6)”. 
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Definição de Cidadania
“Um conjunto de direitos e liberdades políticas, sociais e econômicas, já estabelecidas ou não pela legislação. Já o exercício da cidadania é a forma de se fazer valer os direitos garantidos e zelar para que não sejam desrespeitados (7).”
Imagem: zitona qatar from doha, qatar / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
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Curiosidade
Foi de um discurso do dramaturgo Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais, em outubro de 1774, que surgiu o sentido moderno da palavra cidadão – que ganharia maior ressonância nos primeiros meses da Revolução Francesa, com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (8).
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CONCEITOS BÁSICOS UTILIZADOS
Imagem: Predrag Stakić, released by http://humanrightslogo.net/
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“A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada na Assembleia francesa em 1789, indica no título uma nítida distinção entre dois tipos de direitos: os do homem e os do cidadão. Embora o enunciado desses direitos, que iremos reproduzir a seguir, não esclareça as diferenças entre eles, procuraremos identificá-las ao longo do texto, pois não existe uma definição jurídica rigorosa para cada um deles (9).”
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Direitos do Homem
“Provenientes da natureza humana, são imutáveis e invariáveis, anteriores à lei e à organização do Estado.
São direitos fundamentais, que ocorrem no âmbito individual.
Na Idade Média, o Cristianismo introduziu as noções de dignidade humana, fraternidade e caridade como valores de origem divina (10).”
 
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“Mas, a partir do século XVII, passou-se a atribuir ao Estado o dever de proteger os direitos fundamentais do homem (11).”
Imagem: Manoel188 / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.
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Direitos do Cidadão
“São os direitos que a sociedade e o Estado atribuem ao cidadão como membro dessa sociedade.
Destacam-se a liberdade de participar, ou não, de todos os atos e valores da sociedade, bem como do poder exercido pelo Estado e a proteção do indivíduo pelo poder público (12).”
http://www.dialetico.com/direitos_humanos/07.pdf
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Direitos de Cidadania
“São considerados sinônimos ou atributos da nacionalidade, sempre relacionados com os direitos políticos (13)”.
Imagem: Meghana Kulkarni / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
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Direitos Individuais
“São assegurados pelas constituições a todo indivíduo sob o amparo da lei. São inerentes à dignidade do ser humano: liberdade, segurança, propriedade, etc. (14)”
http://www.dialetico.com/direitos_humanos/07.pdf
Imagem: Frederick Dielman / Public Domain.
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Direitos Políticos
“Constituem o poder de intervir e de participar no governo do país, de forma direta ou indireta, usando os direitos de votar, de ser votado e de exercer cargos públicos (15).”
Imagem: José Cruz / Agência Brasil / Creative Commons - Atribuição 3.0 Brasil.
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Direitos Naturais
“São as regras consideradas inatas da natureza humana, segundo o princípio de que a ordem natural do mundo físico se equipara à ordem natural das relações humanas.
O direito natural ou jus naturalismo, foi criado pela filosofia estoica na Grécia Antiga, incorporou-se à ética cristã, penetrou na Renascença e no Iluminismo e até hoje se reflete no enunciado dos direitos individuais e das liberdades públicas (16)”.
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“Alguns dos seus preceitos são da razão pura, universais e imutáveis no tempo e no espaço, como o direito à vida, à reprodução e à conservação da espécie.
Outros preceitos são da razão prática, adaptando-se às épocas e às regiões, como o direito de propriedade, de herança e a liberdade contratual (17).”
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Direito Positivo
“É elaborado pelo homem em sociedade, o imperativo da lei com os poderes coercitivos exercidos pelo Estado (18)”.
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Direito de Propriedade
“A lei assegura, ao proprietário, o direito de usar, de gozar e de dispor dos seus bens, e de reavê-los de quem quer que injustamente os possua (19).” (Código Civil Brasileiro)
Imagem: A family photo from 1969 / David Ball.
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Direito da Natureza (ecológico)
“Constituído de normas e de preceitos que regulam as relações do homem com o meio ambiente e sua consequente adaptação a ele (20). (Código Florestal)”
Imagem: DannyLazarov / GNU Free Documentation License.
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Autodeterminação
“É a autonomia da vontade.
Relativa aos indivíduos ou aos grupos sociais, é a possibilidade de escolher o próprio destino e de orientar a própria conduta.
Relativa a povos e nações, é a possibilidade de determinar o destino político e de escolher os próprios governantes sem interferências externas (21)”.
http://www.dialetico.com/direitos_humanos/07.pdf
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RESUMINHO
Direitos do homem
Direitos do cidadão
Direitos de cidadania
Direitos políticos
Direitos individuais
Direitos naturais
Direito positivo
Direito de propriedade
Direito da natureza (ecológico)
Autodeterminação
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Quem vê e convive, diariamente, com dezenas de crianças e adolescentes expostos nas ruas e sinais, ou passa por baixo de pontes e viadutos, transformados em gigantescas favelas, ou ainda acompanha o desleixo das autoridades com as escolas e hospitais públicos; pode até pensar se finalmente existe essa tal de cidadania.
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Palavra bonita, modismo político ou uma causa a se conquistar ?
Na verdade, avançamos bastante na aplicação deste conceito.
A sociedade civil organizou-se, e a partir de suas aspirações, formou ONGs, associações, movimentos populares, e partiu para a luta em busca de um mundo menos injusto.
É verdade que se alcançamos alguns objetivos, ainda faltam muitos a serem conquistados.
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A sociedade precisa aprender que cidadania não é apenas um conceito, mas sim uma necessidade, que garanta às classes menos favorecidas, meios e mecanismos de sobrevivência, principalmente nos grandes centros urbanos, marcados pelo desequilíbrio econômico entre a minoria abastada e a maioria excluída.
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É impossível não se deixar chocar ou se envolver com um sem-número de situações que agridem, afrontam e maculam, de maneira gritante, a nossa própria condição de seres humanos, pois a miséria pode ser considerada como a própria negação da cidadania.
Imagem: Otimarte at pt.wikipedia / GNU Free Documentation License.
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As autoridades, legalmente instituídas, precisam acordar para a realidade, e deixar de ver o povo apenas como um mero reprodutor de votos eleitorais, que, ao invés de amadurecer a democracia, acabam servindo para consolidar os "podres poderes" de alguns políticos mal intencionados.
Pesquisar a música Podres Poderes(Cazuza)
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O Brasil está inserido entre os países que mais desrespeitam os direitos do homem e do cidadão, embora nossas leis assegurem estes direitos, mas falta colocá-los em prática, porque o que vale aqui, não é a voz do povo, mas a vez do dinheiro; ou seja, quem tem mais, pode mais, e quem não tem, fica abandonado, jogado à própria sorte.
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“Na faixa entre 15 e 17 anos, mais de 85% das pessoas estão na escola, mas apenas 50,9% frequentam o ensino médio”, segundo informações de pesquisa do Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA), órgão do governo federal.
Pesquise os dados da educação no Brasil (que podem ser encontrados no comunicado do IPEA citado): http://agencia.ipea.gov.br/images/stories/PDFs/comunicado/101118comunicadoipea66.pdf
Monte uma apresentação (que inclua a fonte dos dados).
 
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Por isso, temos que buscar a cidadania, que certamente não será dada como uma concessão das classes dominantes, mas como uma conquista popular, construída a cada dia, com muita luta, força e, sobretudo, perseverança.
É uma questão de dignidade.
Uma questão de honra.
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Referências Bibliográficas
DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos Humanos e Cidadania. Coleção Polêmica. São Paulo: Moderna 2004.
LIBANIO, J.B. Ideologia e Cidadania. Coleção Polêmica. São Paulo: Moderna, 2004.
MARTINEZ, Paulo. Direitos da Cidadania. São Paulo: Scipione, 1996.
SOUZA, Hebert de (Betinho) & RODRIGUES, Carla. Ética e Cidadania. Coleção Polêmica. São Paulo: Moderna, 2004
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Tabela de Imagens
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